segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

O começo de Dezembro

Dezembro começou de manhã cedinho, com a triste notícia de um falecimento na nossa família. Eu tinha um dia todo planejado e tive que replanejá-lo por conta de velório, enterro e rodízio. Até aí, tudo bem e fácil, a parte complicada é a das crianças, que entre horários de escola, ida à casa de um amigo e vinda de uma amiga em casa, também queriam montar a árvore de Natal e não sossegaram enquanto não me viram completamente enrolada e atrapalhada com as luzinhas.

Dezembro é um mês cão. Falam mal de agosto, mas Dezembro é muito pior. São milhares de providências, pendências, ajustes, compras, trânsito, confraternizações e um certo preparo tanto para a chegada do Natal, quanto para receber o Ano-Novo. Não acho fácil e acordei no dia 1º. de Dezembro com uma notícia triste, o corpo todo doído e travado sem qualquer motivo aparente, além da chegada do último mês do ano.

Até a Fátima Bernardes cansou de apresentar o Jornal Nacional e de chegar tarde em casa. Eu também tenho três filhos e me dou o direito de ficar cansada. Ok, ela trabalha, eu não. Mas ela deve ter um mega-staff, e eu, não. Portanto, estamos praticamente em pé de igualdade, ou seja, muito cansadas.

Demorei séculos para chegar no velório, debaixo de uma chuva absurda. Demorei mais séculos para voltar, debaixo de mais chuva e na guerra contra o rodízio. No meio disso tudo, tive o meu tempo para chorar e lavei a alma. Por uma tia querida que havia partido, pelo meu cansaço, pela raiva do trânsito e da chuva, pelo começo de dezembro, pelo fim de um ano bom, pela proximidade de um novo ano incógnito, chorei, chorei e chorei, um vexame muito particular, sem nem lencinho para enxugar lágrima alguma.

Cheguei em casa, Manuzinha tinha trazido uma amiga para brincar com ela. A primeira coisa que fez foi apresentar o nosso presépio de papel, que veio em um desses livrinhos sobre o Natal e havia sido montado de manhã.

Ela contou, do jeitinho dela, a história do nascimento do menino Jesus e apresentou todos os personagens representados naquela cena: Maria, José e os Reis Magos. E, nessas horas, a gente chora também: de emoção, de admiração e de sensação de mais uma missão cumprida!



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11 comentários:

Maria Thereza Pinel disse...

Nada compra essa sensação de missão cumprida! Coisa boa!!!

É uma fase complicada mesmo, o final de ano, mas já passamos por tantos, com o tempo a gente vai aprendendo, não????

Sinto muito por sua perda.
Beijo!

Milene diiirce disse...

Tô com vc: agosto é um mês fofo. Dezembro é o mês do cachorro louco. Do cachorro, do gato, do papagaio e das pessoas... Tudo enlouquecendo.
Sobreviveremos!!!
Jokas da Mi www.diiirce.com.br

Fe Piovezani disse...

É mesmo, né, Ca. Nessas horas de orgulho dos nossos filhos é que choramos mais ainda, mas aí, é um choro bom, né, querida.
beijão, e força que dezembro, do jeito que veio, logo se vai...

Anne disse...

Ai querida, fiquem bem. Esses episódios tristes só fazem mesmo a gente ;lembrar que com nossos pitocos por perto, tudo é mais lindo!
ps: agosto para mim sempre foi pior, mas dezembro está em segundo lugar... e ó que tem natal, ano novo, meu niver e agora o lançamento, niver do segundinho!!
bjo

Ana Elisa disse...

Camila querida!
Lindo post....tudo tem o seu lado positivo! A Manu certamente foi esse lado numa hora tão dificil como essa!

Beijos

Re Vitrola disse...

Ai... é correria, sim. Tem um final que a gente esquece que tem até que ele aparece, e na maioria das vezes dá certo. Que bom que o seu foi assim... benditos sejam nossos filhos, capazes de nos proporcionar sensações únicas!

Beatriz Zogaib disse...

Sim, dezembro estressa. Mas tem muita coisa boa, incluindo todos os compromissos típicos da época. Eu escrevi sobre as apresentações de final de ano hoje e acho que você poderia gostar de ler, afinal as suas são triplicadas!
Mas,segundo uma matéria que escrevi, o segredo para a maratona natalina está na organização...
Só que é difícil organizar tanta coisa né?
Vale tentar ano que vem.
Beijos
E meus pêsames.
Bia
www.maedacabecaaospes.com.br

Bianca disse...

Camila, vc tem razão. Dezembro parece que já começa com uma energia diferente, um corre-corre, uma lista interminável de afazeres... Fez muito bem vc de chorar, dar uma aliviada. beijos e boa semana.

Celi disse...

Camila nessas horas de tristeza os filhos nos colocam pra cima, mostram o quanto tem coisa boa na vida. Uma alegria sem tamanho! Compensa tudo!
E o mês de dezembro é tumultuado mesmo, mas já já acaba. O importante é priorizar o que realmente é necessário fazer nesse momento.
Boa sorte por aí.
Sinto sua perda. Fique bem!

Priscila Blazko disse...

Sinta meu abraço apertado.
Beijo

Marina disse...

Poxa, Camila, sinto muito pela sua tia!
Mas vc disse tudo no final do post, acho que é esse o lance mais gostoso da maternidade, a capacidade que os filhos tem de dar sentido e alegria a qualquer situação.
bjs

 
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