quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Um curso de graduação para o futuro

Já passamos da metade do mês de novembro e imagino que as crianças estejam meio cansadas dessa rotina de escola. A necessidade de férias parece estar esmurrando a porta!

Era a hora do jantar, sentei na mesinha com as crianças e a Manu me perguntou:

- Mamãe, quando eu tiver 19 anos eu ainda vou ter que ir para a escola?

Expliquei que, com essa idade que ela citou, as pessoas geralmente vão para a faculdade, que é uma escola que nos ensina a exercer a profissão que escolhemos. Daí, resolvi testar e perguntei:

- O Papai fez faculdade do quê?

Ela responde na hora:

- De advogado!

Ponto! Viva! Nota 10!

Resolvo perguntar sobre mim:

- E a Mamãe, fez faculdade do quê?

A resposta na ponta da língua:

- De blogueira!

Tem ponto? Tem “Viva!”? Tem nota para essa resposta?

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(O dia em que criarem uma curso de graduação para blogueiros, esqueçam a concorrência para a faculdade de medicina!)



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terça-feira, 29 de novembro de 2011

O chefe da família???

Estávamos na praia, finalzinho do feriado, passamos a tarde brincando na areia com as crianças e começou a chover. Volta correndo para casa, toma banho, deixa todo mundo limpinho e quentinho, menos o Maridinho, que resolveu aproveitar as ondas trazidas pela chuva e resgatar seus dias de surfista, um passado muito, muito distante.

Vestiu a bermuda, a lycra, pegou a prancha até que foi interrompido por uma mocinha bem curiosa:

- Onde você vai, Papai?

- Eu vou surfar um pouquinho!

E logo veio a segunda pergunta:

- Mas a Mamãe deixou você ir??

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O post é curtinho, mas suficiente para mostrar e registrar quem é que manda nessa família.



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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

SONECA DE MÃE

Com quatro anos e meio de experiência na maternidade extra-uterina, me dei conta de que eu nunca havia dormido durante o expediente. Ou seja, estive sempre acordada enquanto os meus filhos estavam acordados. Eu durmo quando eles dormem e isso inclui sonecas da tarde, quando elas existiam para eles, já que agora ninguém mais quer saber de descansar à tarde. (Quer dizer, se colocar para dormir, até dormem, mas daí corre-se o risco de presenciar uma rave aqui em casa. Como eu nunca gostei de rave e sou do dia, permanecemos todos acordados durante o horário comercial).

Só que, nesse último domingo, depois de um looongo almoço, de calor e de álcool, cheguei em casa, criancinhas começaram a botar a casa abaixo brincar, deitei no sofá, Maridinho ao lado, uma mão no Ipad e a outra fazendo cafuné (como eu te amo!!) e, pronto!

Dormi de verdade, acho que por uma hora no sofá. Depois eu soube que rolaram 4 idas ao banheiro (4 cocôs, gente, e eu DORMIA!!!), umas brigas, mas não vi nada, pois estava DORMINDO. Soube também que eles ficaram absolutamente indignados e inquietos por me verem assim, DORMINDO.

Como assim? Como é que um filho, ou melhor, 3, pode estranhar a mãe dormindo? Nunca me viram nessa situação (“... e o troféu para a categoria “melhor mãe do mundo” vai para...). Não vai para ninguém, não, pois disso tudo tirei uma séria conclusão: preciso fazer isso mais vezes. Preciso dormir mais. Os meus filhos precisam se acostumar a isso. Fato. Ponto final. E viva as sonecas das mães!!

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(Sei que não preciso dar satisfação, mas juro que não bebi nada, Coca-Cola e café expresso parecem fazer o efeito contrário em mim, apesar de toda a cafeína envolvida!).



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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

CONFRATERNIZAÇÕES

Já sinto no ar o clima de fim de ano, confraternizações, happy hour´s e amigos secretos. O meu programa preferido mesmo é tomar café com os queridos e já estou botando isso em prática antes mesmo de dezembro chegar, pois assim a gente garante uma vaguinha nas agendas super concorridas e solicitadas no último mês do ano.

E hoje, uma sexta feira, não poderia ser diferente: a Dani me chamou para um cafezinho delicioso, um convite irrecusável em um blog que eu adoro. Corram lá e vejam as minhas divagações sobre ser balzaca e materna.

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Também tomei café com a Tati no começo da semana. Fui lá contar pra ela, gravidíssima de duas menininhas, e para os leitores do Manual da Família Moderna sobre a descoberta de uma gestação gemelar, os quase 9 meses, parto, nascimento e a não-amamentação. Prestigiem!

Um super final de semana a todos!

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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Novo programa: ir dormir na casa do amiguinho!

Os meus três filhos têm a enorme experiência de dormir fora de casa desde os 6 meses de idade! Uau! Quanta independência e autonomia! É claro, contanto que não saiam do perímetro de segurança da casa de uma avó e da outra.

Algum tempo atrás, a Manu começou com uma conversa de ir dormir na casa dos amigos, fazer festa do pijama e tal. Ahãm, ignorei, não dei a menor bola mesmo.

Até que recebo a ligação da mãe de um AMIGUINHO da Manu. Amigo querido, fofo, dos primeiros que ela conheceu quando entrou na escola antes dos 2 anos, praticamente nosso vizinho, ele vem aqui em casa, a Manu vai na casa dele, nos encontramos na pracinha, na padaria e ele também vai para a mesma escola da Manu no ano que vem. Ou seja, excelente companhia e da maior confiança possível.

O que eu não esperava era o conteúdo da ligação: um convite para a Manu ir dormir na casa dele! Assim, sem preparo ou aviso prévio! Detalhe: o convite era para aquele mesmíssimo dia! Menos preparo ainda. Respirei fundo, não tive tempo de pensar em nada. Raciocinar? Menos ainda! Mas, achei que uma hora aquilo ia acontecer e não sei se a gente deve se preparar muito para esse momento. Sabe aquele casal que fica meses ou anos pensando se deve ou não ter um filho? E de tanto pensar acaba adiando um monte a decisão? Então, me vi exatamente nessa situação, com uma dose de drama a mais.

Fui buscar as crianças na escola e antes mesmo de encontrá-los pedi uma consultoria à professora, que me disse que esse programa de ir dormir na casa dos amiguinhos já faz parte do repertório dessa faixa etária (ó, céus, cadê a minha nenezinha?). Mas, é claro, eu deveria conversar com ela e me certificar se gostaria mesmo de ir dormir na casa do amigo, se demonstraria segurança e tranqüilidade para me abandonar assim por uma noite (drama! Drama!).

O que não me surpreendeu nada foi a reação da mocinha: chegou em casa, voou para o banho, que não durou nem 2 minutos de tanta ansiedade e fez a própria mochila de abandono dos pais e irmãos por uma longa noite.

Ela foi, gente, feliz da vida, brincou, jantou, dormiu e nem quis me dar “boa noite” pelo telefone.

Nós, os pais abandonados, sobrevivemos, apesar da longa e insone noite.

Resgatei a minha filhinha no dia seguinte de manhã, uma menina feliz e aparentemente, aos meus olhos, até mais amadurecida.

Eles crescem, né?! E o colinho da mãe deixa de ser a coisa mais importante do mundo, é isso mesmo?

Mas o que mais chocou a mim, ao maridinho e a toda a nossa família nada moderna foi essa estréia de dormir fora ter acontecido justamente na casa de um AMIGO. Honestamente? Difícil acompanhar a modernidade e o crescimento dos filhos!



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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Mata Atlântica ou Floresta Amazônica?

Estávamos viajando de carro com as crianças, uma estrada bonita, com uma vista privilegiada devido à presença da Mata Atlântica ainda preservada. Além da vegetação, uma outra surpresa: índios! Eles estavam na beira da rodovia e vendiam alguns de seus produtos manufaturados, imagino e espero eu.

Mostramos para as crianças: “olha! Vejam ali! Índios!”.

Manuela olhou e perguntou na hora:

- Aqui é a Floresta Amazônica??

Ela era uma grande entusiasta do projeto desenvolvido pela sua turma da escola no primeiro semestre desse ano e o assunto era justamente esse: “A Floresta Amazônica”. Muito se falou em casa sobre isso, especialmente sobre os animais, lendas e folclore trabalhados ao longo do projeto. Tudo muito legal, mas parece que não foi só isso de acordo com o seguinte comentário da moça:

- Sabia que índio tem a pele vermelha e os HUMANOS têm a pele amarela?

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Perdão, Funai, ela é uma criança que não sabe o que fala, um ser ainda inimputável!

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Pelamordedeus, não entendam esse comentário fantasioso como responsabilidade da escola, hein?!



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terça-feira, 22 de novembro de 2011

NYC - parte final

Acho que uma ida à Nova York tem lá as suas obrigatoriedades, como ir aos museus e passear no Central Park, concordam? Faz parte do pacote, sem o menor sacrifício, mas o legal mesmo é descobrir novidades num pacote nem tão fechado assim.

Quanto aos museus, tivemos a grata surpresa de ir ao The Cloisters. Foi, sem dúvida, o ponto alto da viagem, o melhor passeio que fizemos e fechamos as férias com chave de ouro já que deixamos o programa para o nosso último dia em NYC.

Fomos meio sem saber o que veríamos ou o que esperar, mas trata-se de um museu integrante do Metropolitan que fica dentro de um parque, chamado Fort Tyron. É bem afastado (ao norte de NY), você pega um trem expresso e desce na estação da rua 190th, um pouquinho mais de meia hora de “viagem”. Chegando lá, parece um mundo à parte, como se tivesse andado muito, muito e nem está mais em NY. O parque é um escândalo de bonito, especialmente durante essa época do ano, no outono. As cores mais lindas que eu já vi, tons de amarelo, vermelho e alaranjados indescritíveis, tudo isso acontecendo paralelo ao Rio Hudson, uma vista realmente espetacular.

Daí, você caminha dentro do parque até que chega ao The Cloisters, que não é simplesmente um museu, é um monastério europeu da Idade Média que ia ser desativado e foi comprado por aquela família pobre, os Rockfeller. Eles levaram para os EUA pedra por pedra e reconstruíram o monastério em seu formato original. Eles podem ser pobrinhos, mas foram generosos e doaram tudo para o Metropolitan, ainda bem!

Além do monastério, há a capela gótica, os jardins e até uma espécie de horta com plantas medievais, usadas para finalidades de magia, de veneno (!!!) e de remédio, tudo devidamente identificado com plaquinhas.

Como havia dito no começo do post, o Central Park é uma obrigação e pudemos presenciar também a beleza desse parque no outono, devido à presença dos amarelos, vermelhos e laranjas, tão bonito como o Fort Tyron. Eu sou suspeita, pois sou apaixonada pelas cores do outono e quando vejo essas paisagens maravilhosas nessa época específica do ano, tenho até vontade de me mudar para um país que tenha um outono “de verdade”!

Passeamos bastante sem rumo no Central Park, mas também “usamos” o parque para cortar caminho nas nossas longas caminhadas. Além de realmente cortar caminho, pudemos conhecer ainda mais o parque. Nessas andanças, acompanhamos os preparativos da famosa Maratona de Nova York, não assistimos à maratona, mas a confusão que fica a cidade no final da corrida, nós vimos bem de pertinho. Interessante ver o orgulho que os maratonistas têm e exibem: dois dias após a maratona, os caras ainda andam pela cidade com as medLinkalhas penduradas no pescoço!

Um dos motivos de não termos assistido à maratona, foi a escolha por um outro programinha no domingo. O Mario Batali inaugurou um empreendimento, o Eataly, que é como se fosse um “mercadão” com produtos top italianos, desde massas, queijos, azeites, que te deixa com vontade de comprar e trazer “um de cada, por favor!” para casa!

Há várias opções de restaurantes e vale a pena almoçar por lá, já que é tudo preparado com os produtos e ingredientes deliciosos e fresquíssimos disponíveis nas prateleiras.

Depois dessa comilança toda, fomos conhecer e andar no Highline, um projeto novo, ainda inacabado e muito interessante, pois buscou revitalizar algo como o Minhocão daqui de São Paulo.

É simplesmente uma passarela + jardim suspenso que segue acompanhando ruas do Meatpacking District até o Chelsea e fica lotado de gente passeando, inclusive com milhares de carrinhos de bebês! Tem vários jardins, espreguiçadeiras, ou seja, uma idéia nota 10!

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Agora, algumas constatações extremamente pessoais.

Tive a impressão de que a crise bateu forte por lá, já que notei americanos trabalhando em empregos que eram considerados "típicos de imigrantes". Nessa mesma linha de raciocínio da crise, por pura interpretação pessoal, parece que as mulheres se viram sem a opção de ficar em casa e cuidar dos filhos, elas precisaram sair, procurar emprego e trabalhar. Fato que notei pelo excesso de babás que vimos em todos os lugares. Certamente, visão e mão de obra antes inexistentes nos EUA.

Agora, ponto para nós! O Brasil está anos à frente da realidade americana na questão do lixo e das sacolinhas plásticas, sabiam? Chega a ser triste ver a quantidade de lixo que os estabelecimentos produzem e largam nas calçadas em imensos e numerosos sacos pretos. Notei também que qualquer compra, da mais leve e pequena que seja, é colocada em sacolinha plástica e reforçada com uma extra (sabe sacolinha dupla para uma garrafinha de água? Então...). Um verdadeiro exagero! Nada de eco-bags desfilando em NYC.

Por outro lado, os EUA são sempre vistos como má referência em alimentação e hábitos saudáveis, mas reparei que em qualquer restaurante, diner, ou lanchonete que se entre, eles já servem água, vão te abastecendo de refil e não cobram nada por isso. Quer dizer, a água é da torneira mesmo, mas que é potável e não custa nada, se você quiser água com gás ou água “gourmet”, será cobrado. Mas acho que é um hábito extremamente saudável que não se vê por aqui, muito menos de graça e com refil.

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Dica final: cada um faz a sua viagem, do seu jeito, com a sua própria cara e interesses pessoais. Nós contamos com dicas de amigos, de blogs, sites e guias de viagem.

Por pura coincidência, na semana em que fiz a reserva das nossas passagens, fui convidada pela Pati Papp para o lançamento do guia de Nova York da Didi Wagner, o "Minha Nova York", da Pulp.

O universo estava conspirando a nosso favor, certeza! Como dica boa a gente tem que compartilhar, se você for à NYC, invista em um guia da Didi! Como diz o título, é a Nova York dela, mas ficou um bom tanto pra gente também!

Além da Didi, que estava presente apenas nas páginas do guia, contamos com a companhia de amigos queridos de tudo, gente que mora lá e gente que estava de férias como nós. Foram inúmeros programas, de turistas e de "new yorkers" também! Obrigada, Gu, Marília, Cris, Chico, Mari, Malzo, Bibi, Michael, Leo e Joa!

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Bom, chega de férias? Podemos voltar à realidade da maternidade?



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