sábado, 25 de dezembro de 2010

Falha minha!

Confesso que... eu falhei!

Na noite do dia 24, a Manu ajudou a separar umas bolachinhas e um copo de água para o Papai Noel. O extra foi a querida chupeta cor de rosa, ficou lá, para ser levada na saída, após deixar os presents e tomar o seu lanchinho.

A mocinha foi firme, dormiu sem chupeta, não acordou, não chorou à noite, moça de tudo, adolescente até, super madura e decidida (ok, um pouco interesseira, a Barbie câmera prometia!).

Acordou no dia 25 e foi conferir a bagunça do Papai Noel antes mesmo de ver os presentes. Um copo caído, uns farelos de bolacha e nada de chupeta. O estado de choque passou ao ver e curtir os presentes recebidos.

Mas, daí, né?! Chegou a noite e foi um chororô. Tantos argumentos (dos bons!) que renderiam posts quilométricos. Eu sem resposta e com o coração partido apenas falei que as chupetas tinham sido levadas pelo Papai Noel, mas que os irmãozinhos poderiam emprestar uma deles.

Manuzinha dormiu feliz. Agora me resta apostar no coelhinho da Páscoa? Ou existe alguma "entidade poderosa" carregadora de chupetas no Carnaval?

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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Update!

Ontem foi o primeiro dia da turminha aqui na Capital da Vela. Aproveitar é pouco para eles, se esbaldar, também!

Mas... dizem que qualquer coisa em excesso pode ser prejudicial e nem sei se posso aplicar nesse caso, mas fato é que a duplinha abusou horrores e daí atacou uma virose, trocas de fraldas e de lençóis de 5 em 5 minutos, para não ser escatológica ou causar enjôos em vocês.

Então, o dia hoje foi de tratamento de choque no quesito sol, piscina, mar e alimentação. Acabei de "bode" um dia para preservar os próximos. (Gente, não custa assoprar um pouquinho, pretty please!!)

*****

Manuzinha que está a própria formiga atômica alucinada não topou o tratamento de choque (tá certa ela!) e passou o dia longe de mim, em praias, piscinas, restaurantes e sorveterias mil.

Quando voltou, fui dar um banho caprichado na moça e, depois de prontinha, penteada e cheirosinha, dei um abraço, daqueles longos e apertados. Ela sorriu, como quem diz: "também senti saudades, Mamãe..." (Será??) e daí falou:

- Mamãe, posso te contar um segredo?

- Claro, filha, o que é?

- Eu não gosto quando você abraça o Papai assim.

*****

E assim, o Complexo de Édipo continua ganhando forças!

*****

Assoprar quando o post termina também é legal, faz bem e a família agradece.

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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Câmbio, desligo!

Estarei off pelos próximos dias. Notebook na mala, afinal, né?! Nunca se sabe, mas a idéia é estar atenta e ocupadíssima entupindo os meus filhotes de repelente e protetor solar lá na Capital da Vela.

Também vou tratar de me entupir de protetores ultra modernos, desses que protegem e bronzeiam, menos nas olheiras. Afinal, né?! O look Panda vai ser coisa do passado.

A todos vocês, os meus mais sinceros votos de um suuuuper Feliz Natal e que 2011 seja só sucesso.

Que as mães insones durmam horrores, que as grávidas coloquem no mundo bebês fofésimos, que os filhotes "ruins de garfo" passem a "bater pratão", que as recém-paridas fiquem magérrimas e lindas em no máximo 1 mês, que nenhuma outra criança dê trabalho para tomar banho, ou para se adaptar à escola, que as assaduras e viroses terminem junto com o ano de 2010!

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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Os Primeiros Passos de Um Homem

Domingo fomos comer uma pizza com as crianças e fiquei observando uma mãe suando escada a cima e abaixo com um menininho aprendendo a andar. Ok, o calor estava forte, mas a suadeira mesmo estava sendo causada pelo pequeno incansável.

É duro, eu sei, mas já me manifestei algumas vezes de que acho bem mais fácil quando os filhos começam a andar. Sabe, tenho a impressão de que no momento dos primeiros de muitos passos, uma chavinha especial com tag de maturidade bípede é ativada na cabecinha da criança, que passa a encarar o mundo na posição vertical.

Lindo, não é??

Mas, não se inspirem na minha experiência, sou apenas mais uma daquelas psicólogas filosofantes, apesar de três filhos, a minha vivência é coisa pouca, única, para ser exata.

Já comentei que a Manu andou no dia em que os meninos nasceram. Como eu estava bem barriguda lá na maternidade, não vi a chavinha dela virar, só ouvi o relato da avó que estava encarregada dos cuidados com a primogênita no momento do nascimento da duplinha.

O Joaquim resolveu andar na ocasião da nossa primeira viagem pós-filhos. Parece que fez de propósito: “Ah, é?! Vocês vão viajar? Então eu vou sair andando com 11 meses e ninguém vai ver, só a Vovó que ficou aqui cuidando de mim!”. E assim foi, outra avó, outro relato.

E um dia, estava eu à tarde em casa com as crianças, falando com a minha irmã no telefone, “oi, tudo bem? Ah! Aah! Aaah! Aaaah! Aaaaah! Aaaaaah!”, os meus gritos histéricos assustaram os três e a Tia Gi do outro lado do linha, mas não foram fortes o suficiente a ponto de derrubar o Pepê que começou a andar ali, bem na frente.

O último filho a nascer e o único que virou a chavinha na minha frente.

Obrigada, filhote, por me permitir participar desse grande salto na sua maturidade, independência e crescimento. Se tivesse sido diferente, precisaria providenciar mais um irmão ou irmã para poder viver esse momento!

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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

São tantas emoções....

Eu tinha esquecido de contar que, dentre os muitos acessórios com tema “macaco”, Pepê também tem uma chupeta desenhadinha com o babuíno em questão.

Chupeta querida, não dorme sem ela, a eternamente escolhida. Porém, como quase nada na vida é para sempre, essa semana encontramos um furo na chupeta. Chupeta furada é sinônimo de lixo na hora. Daí é que a coisa complicou...

Mostrei o furo para o Pedro, expliquei que a borrachinha poderia soltar e ele engasgaria, que isso é perigoso e, portanto, a chupeta iria para o lixo. Ele entendeu, concordou e quis jogá-la no lixo sozinho.

Fofo, né?!

Pois é, mas ficou arrasado. Cabeça baixa, carinha triste, falando no assunto o dia inteiro, fez questão de contar para todo mundo que encontrou.

Nessas horas, muitas pessoas acham graça nessa tristeza infantil, saem por aí contando a delícia de ser criança e ficar triste com coisas “bobinhas”, enquanto nós adultos é que temos tristezas reais, sérias e verdadeiras, tipo chorar 2 meses seguidos por ter essa mulher na Presidência do Brasil.

E aí vai o meu puxão de orelha: não façam isso. Ou melhor, até façam, mas nunca, em hipótese alguma na frente da criança. A tristeza dele é tão real, séria e verdadeira quanto qualquer uma das minhas ou das de vocês. Essa é a tristeza que ele “pode” ter e consegue elaborar aos 2 anos de idade. Tentem voltar no tempo e imaginar o que é perder a chupeta preferida e companheira de todas as noites.

Tentaram?

Conseguiram?

É muito, muito triste, difícil de conter as lágrimas minhas e dele. Então, eu choro e compartilho o sofrimento do meu filho. Em parte porque é o meu filho amado, também fiquei triste pela chupeta e por vê-lo tão chateado.

Mas tem outra parte.

A gente precisa realmente validar os sentimentos dos nossos filhos, reconhecê-los e fazê-los senti-los com a intensidade que lhes parecer necessária. Porque? Porque emoção faz parte do ser humano, não deve ser reprimida, disfarçada ou colocada de lado.

Pensem em um adulto frio e que não demonstra os próprios sentimentos. Essa pode ser apenas uma das conseqüências dessa “repressão” de emoções e sentimentos na infância e, honestamente, não é uma consequência legal para a própria pessoa e nem para quem convive com ela.

Então, caros leitores e leitoras, pai e mãe não estão no mundo apenas para brincar, dar banho, trocar fralda e fazer dormir. A nossa missão é bem mais complexa e a longo prazo, em todas as áreas das vidinhas deles, sem esquecer jamais do lado emocional.

Criança tem sentimento de verdade, sim! E os meninos também choram!

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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

As nossas ajudantes do dia-a-dia

Um assunto que sempre “ronda” os blogs e a realidade das mulheres (sejam elas mães ou não) são as empregadas, faxineiras, babás, folguistas, cozinheiras, arrumadeiras e afins. O assunto é absoluta e literalmente presente na minha vida, mas estava pensando de um outro ponto de vista.

Se você trabalha para alguém, é empregado da pessoa em questão, funcionário dela. O mesmo acontece com as profissionais citadas no início do post, porém não “podemos” mais chamá-las de “empregadas”. O termo parece ter se tornado pejorativo, ofensivo e retira a especialidade da funcionária (já ouvi tudo isso das próprias). Experimente chamar a babá ou a cozinheira de empregada e você verá a tromba que vai habitar a sua casa...

Então, sabendo disso, nunca as chamei de empregadas. Mas, não apenas por isso, acho que é uma questão de reconhecimento do trabalho, da função mesmo e do respeito pela pessoa que cuida da sua casa, do seu filho, limpa o seu banheiro, faz a sua comida, lava a sua roupa e etc.

Agora, quando você tem criança a coisa muda de figura, pois aquelas funcionárias fazem parte da rotina, do dia-a-dia da família e da casa, daí como a gente explica quem são elas? “Ah, fulana é a empregada!”. Acho meio abstrato, que pode ofender e gerar comportamentos abusivos nos “patrõezinhos”. Respeito é bom, eu gosto, ensino e passo adiante, especialmente na minha casa.

Costumo falar que fulana cuida das crianças, fulana limpa a nossa casa e a deixa cheirosíssima, fulana faz a nossa comidinha tão deliciosa e por aí vai. Mas, na minha realidade, todo mundo acaba ajudando com as crianças, independente da função específica. A fulana responsável pela comida deliciosa, também ajuda a dar o jantar para as crianças, ela não fica restrita à cozinha e acaba criando vínculos fortes e importantes com as crianças.

A última que foi embora daqui trabalhou conosco por 1 ano e deixou muitas saudades nas crianças, era realmente uma pessoa muito, muito boa, doce e carinhosa com os meus filhos. Apesar dos seus defeitinhos e complicações, também sinto falta da querida Bel.

Só que ela não foi a única. A Manu se lembra e tem saudades de absolutamente todas. O pior é que tem saído falando por aí que tem sei-lá-quantas babás, porque na cabecinha dela, todas são babás. Então, gente, se um dia cruzarem com a minha filha falando que tem 5 babás, fulana 1, fulana 2, fulana 3, fulana 4 e fulana 5, por favor, não acreditem, tá?? Ela só está expressando a saudade, enquanto os meninos dizem que querem ir para a Bahia ficar com a Bel.

Mereço??

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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Como chegar na lua???

Em uma das raras noites que conseguimos ver a lua e duas (!!!) estrelas no céu de São Paulo, a contemplação foi feita no terraço coberto do nosso apartamento e através de uma rede de proteção medonha.

Não poderia ser menos “romântico”, mas nem por isso deixou de ser mágico.

Os meninos pediram:

- Mamãe, eu quero sentar naquela lua!!

A Manu deu a idéia:

- É só pegar uma escada bem grande e subir lá na lua!!

*****

E aí, alguém conhece um bom marceneiro???

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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Tsc, tsc, tsc!

Junte uma mãe blogueira (sem adjetivos, "mãe blogueira" é uma categoria auto-explicativa que dispensa apresentações) a uma jornalista cheia de más intenções.

Pronto! A confusão estava armada. Quem não sabe o que significa ser "mãe blogueira" vai descobrir na hora ao acompanhar a movimentação toda nos blogs maternos ao longo dessa semana.

A retratação veio rapidinho e, na minha opinião, de maneira humilde, fazendo o mea culpa e levantando a questão que deveria ter sido considerada desde o início de tudo: transparência.

Alguém é contra o conteúdo dos blogs maternos, por exemplo? Quer criticar? Fique à vontade, mas em hipótese alguma "abusando" da própria mãe blogueira cheia de disponibilidade e boa vontade.

Coisa feia! Merecia ficar sentada no cantinho pensando.

Mais ainda, senhores jornalistas, pesquisem a fundo antes de falar qualquer coisa. A velocidade da informação atualmente não permite tempo para checar fontes, fatos e etc. Tudo tem que ser na hora, rápido, rápido, rápido. Viu só? Deu bobeira. Pior ainda quando resolveu mexer com uma única mãe blogueira. Não sabia que essa "raça" é mais unida do que motoboy quando tem um acidente?

(Gente, mil desculpas, mas linkei os posts da Rede Mulher & Mãe por uma questão de praticidade, está tudo resumidinho e explicadinho lá. Ainda não tenho o link da matéria da Folha, quem tiver, manda através dos comentários, acho super importante. Mandem os links das postagens de vocês sobre esse assunto também nos comentários. Vamos ampliar e divulgar a leitura e opiniões ao maior número de pessoas possível, certo?)

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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Mamãe Tá Trabalhando!!!

Hoje eu não estou aqui, fui bater ponto !

Vão dar uma olhadinha nessa "full time mom" trabalhando direitinho, coisa digna de executiva!

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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Papai Noel apareceu de novo???

Quanto ao fã clube da Manu, nunca houve dúvida sobre quem eram os fundadores: Joaquim e Pedro! Admiração e adoração total.

Já do lado dela, a recíproca tem sido cada dia mais forte e verdadeira. É "meu queridinho" pra cá, "meu amorzinho" pra lá e a exigência diária de dormir no quarto deles.Ufa! Satisfação absoluta: as manifestações constantes de ciúmes são agora parte do passado, daquelas histórias que até já conseguimos dar risada. Passou, então, né?!

Mas, melhor do que tudo isso, é notar os frutos colhidos em casa sendo espalhados mundo afora.

*****

Sábado participamos de um evento na escola das crianças em que as professoras expunham os trabalhos feitos e desenvolvidos pelos alunos ao longo do ano. Uma gracinha que só vendo... as apresentações então...

A professora de inglês da Manu trabalhou com os alunos o Thanksgiving, ou Dia de Ação de Graças. Ela foi super criativa e construiu uma árvore imensa em que cada aluno pendurava um post-it que contendo seus agradecimentos. As crianças agradeceram pelos brinquedos, pelo macarrão, expressões super fofas e válidas para a idade, ou acharam que alguém agradeceria a eleição da primeira presidentA na história do Brasil??

Manuzinha se superou. Nos emocionou e nos encheu de orgulho.




Papai Noel me presenteou novamente. E, como a Priscila já comentou aqui: funciona como um tapinha nas costas de alguém te dizendo "É isso aí. Você está no caminho certo..."

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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Que maldade, mamãe...

Eu tava fazendo aquela brincadeira maldosa com as crianças de falar palavras difíceis para eles repetirem e daí dar risada das repetições fofas que acabam saindo. Palavras como “jabuticaba” e “escorregador” garantem milhares de gargalhadas, mas deixei o melhor para o final.

Joaquim que de bobo não tem nada, entendeu o meu objetivo com aquela brincadeira e quis dar um basta nas gargalhadas maternas às custas dos próprios filhos.

Mandei a melhor de todas: “helicóptero”! E o moleque, estraga-prazer e cansado de ser alvo das minhas risadas, respondeu:

- Avião!!

*****

Viu? Quem mandou querer brincar de sacanear os filhos? Bem feito para mim! (Mas que é fofo e engraçado, isso é. Vale a pena tentar se o seu filho deixar...)

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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

História de criança para criança

A Manu adora ouvir histórias de quando as pessoas eram pequenas, podem ser histórias dela, do Joaquim e do Pedro, minha, do maridinho, enfim, tendo gente conhecida e sendo uma boa história, o sucesso é garantido! E a repetição da “contação” também.

A história da vez (tem sempre uma eleita, a do momento, a da moda, né?!) já foi publicada aqui no blog. Era essa aqui:

A coitada da primogênita ganhou 2 irmãos de uma única vez. Como se esse fato não fosse difícil o suficiente, eles eram idênticos.

Joaquim e Pedro nunca tiveram apelidos na nossa cabeça antes de nascer. Arranjar um para “Pedro” é fácil, mas para “Joaquim” parecia mais complicado. Joca? Jô? Quim?

O Pedro, menino lindo que nasceu ratinho de tudo, cheio de sobras de pele não preenchidas, logo virou “Pedrinho” e depois “Pepê”. Assim ficou, até hoje. (Claro que mãe é um bicho estranho e arranja zilhões de apelidos para os filhos, mas nem vou compartilhar, afinal quando eles forem adolescentes e resolverem ler os arquivos do blog, vão querer me matar bem matadinho).

Daí, a Manu resolveu o nosso problema e apelidou o Joaquim de “Quiquim”, o que permanece até hoje.

E o Pedro? Ela não nomeou, não? Naquela época, absolutamente, não.

Em um episódio bem engraçado, perguntamos a Manu como chamavam os irmãos e ela respondeu:

- Quiquim!

- Quiquim e...

Manuzinha, pensando no irmão “espelhado”, responde brilhantemente:

- Quiquim e outro Quiquim!!

*****

Mas, passou e o “espelho” já se quebrou. A resposta perdeu essa graça espontânea e criativa tão característica das crianças!!”


*****

Então, a contadora da vez dessa história era a minha mãe, que reproduzia a gracinha na maior empolgação. Chegando ao fim, todo mundo deu risada com a frase final: “O Quiquim e o outro Quiquim”.

Mas, não terminou aí, não.

O Pedro, em um momento também brilhante, de menino praticamente caçula e observador que só ele, responde assim, no mínimo, indignado:

- Não!! O Pepê e o outro Pepê!!

*****

Boa, filho! Ainda bem que você está se defendendo direitinho!

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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A tal da lista!

Foi a Naiara que acabou tocando no assunto da lista de resoluções para o próximo ano. Juro que não tenho pensado em outra coisa desde que li o post dela.

E aí? Vamos lá?

- Lavar o meu carro todas as semanas (essa é boa e eu prometo todo ano!),

- Ginástica e dieta (idem parênteses a cima...),

- “Vedar” e “selar” os meus filhos contra a ação das bactérias e vírus malvados,

- Não permitir mais que os discos da minha coluna tenham vida e vontade próprias, causando toda a dor que me acompanhou por boa parte desse ano...

- Não fazer mais maratona, carregamento de peso e nem troca da guarda durante as minhas sagradas horas de sono. Como? Não será mais necessário, prometo que os meus três filhos dormirão a noite toda feito os anjinhos que são. Quer dizer, eu prometo se alguém garantir. Uma ajudinha, por favor!

- Prometo encontrar as minhas amigas queridas com a freqüência que eu quiser, o meu coração pedir e a saudade gritar,

- Prometo até ser menos controladora e delegar mais,

- Às sextas, sábados e domingos, permitirei que os meus filhos me ensopem enquanto dou banho neles e joguem toda a água que quiserem para fora da banheira,

- Prometo nunca mais recusar uma tacinha de vinho oferecida pelo maridinho, mesmo que seja no jantar de segunda-feira,

- Prometo convencê-lo de mais uma viagenzinha básica só nós dois ao longo do ano,

- Rezarei muito por um sobrinho, sobrinha, afilhado, afilhada ou todas as opções juntasaomesmotempoagora!

- Vou me livrar de todas as chupetas, mamadeiras, fraldas e dos dois berços que ainda restam aqui em casa,

- Não vou sucumbir à próxima novela das 8,

- Vou me entregar de corpo e alma ao BBB11 (#prontofalei!).

Tá bom assim??

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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Dicta & Contradicta Vol. 6


Gente, já se passaram 6 meses!

E, novamente, lá vou eu corujar algo além das crianças: maridinho! Ele é editor e articulista da Revista Dicta & Contradicta , idealizada pelo próprio lindomaravilhosomaisinteligentedomundo e por outros membro do IFE (Instituto de Formação e Educação).

Vale a pena para mim e para todas vocês e expandir um pouco os horizontes. Sair da virose, da pomada para assadura, das birras e noites sem dormir e prestigiar o lançamento dessa coletânea de ensaios sobre filosofia, literatura, artes e humanidades em geral. Ou seja, uma revista su-per cabeça.

A estrela dessa edição da Dicta é, além do maridinho, of course, o Mario Vargas Llosa, atual Prêmio Nobel de Literatura. Coisa recente, minha gente, matéria fresquíssima!

Dá para melhorar: no lançamento haverá uma conversa com os realizadores de "Tropa de Elite", José Padilha (Diretor) e Bráulio Mantovani (Roteirista). Será que, se souber que - além de intelectuais -, estarão presentes umas mamães lindas e charmosésimas, o Wagner Moura também aparece? Hein? Hein?

Ou seja, vamos??

Onde mesmo? Na Livraria Cultura do Conjunto Nacional em São Paulo - Teatro Eva Herz (Av. Paulista, 2073).
Quando? Dia 7 de Dezembro de 2010 (na próxima terça!!)
Que horas? Às 19:30h.
(Maiores informações no convite que ilustra o post)

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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

A revelação do amigo secreto!!


Posso começar com um parênteses?? Vou explicar a minha estratégia: os presentes foram chegando e tive que guardá-los, ou melhor, escondê-los até que chegassem os três. Se desse um presente para um e nada para os outros, o resultado seria uma guerra.

Hoje recebi todos e fiz a farra do amigo secreto, por isso a demora para postar e agradecer muito, muito e muito. Foi um sucesso! Adorei essa idéia do amigo secreto, poderíamos fazer uma vez por mês, que tal?? Hahahaha!

Vamos lá: o Lucas tirou a Manu e mandou uma caixa cheia de fivelinhas, elásticos de cabelo, tiarinha, faixinha, tudo aquilo que enche de charme e agradou muito a minha Manu. Obrigada, Lucas, ela amou!

A Emília tirou o Joaquim e deu um livro de "O que é? O que é?" que é o máximo, super obrigada! Joaquim avisa que já decorou o livro inteirinho, verdade verdadeira, nada de corujice da minha parte!

E o Dedé tirou o Pedro e também acertou em cheio: uma mochilinha dos Backyardigans cheia de massinha e acessórios para brincar com ela. Dá para ser mais legal??

Manuzinha posou...


Joaquim gostou muuuuito!


O Pedro e a alegria diante do presente!


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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Conversa de adulto

Conversar com criança é a coisa mais deliciosa que tem! Sempre adorei e acho que, desde sempre e até não intencionalmente, estimulei a fala dos meus filhos. Eu gosto de falar, de conversar, falo, falo e falo.

Daí, né?! Conversava feito uma matraca com a barriga, com os três recém-nascidos e criei três matraquinhas.

A famosa fase dos “porquês” nem chega a me incomodar, custo para mandar o clássico “porque sim!”, eu simplesmente adoro explicar, falo de igual para igual, adapto o conteúdo à realidade infantil, mas sem infantilização.

Talvez por tudo isso, tenho notado, principalmente na fala da Manu, algumas expressões mais “adultas” e a forma como ela as tem empregado nas suas construções de linguagem infantil, obviamente.

A expressão do momento é “ponto final!”.

Sabe: “Manuela, agora você vai fazer xixi, escovar os dentes, dormir e ponto final!”?

Então, o “ponto final!” adquiriu a conotação mista de braveza + defesa.

O amigo falou que ela é feia, por exemplo. Ela me conta:

- Mamãe, daí eu falei pra ele: ponto final!

A amiga falou que não vai convidá-la para a festinha de aniversário. Ela me conta:

- Mamãe, daí eu falei pra ela: ponto final!

E assim vai... Ela se acha super poderosa lançando seus pontos finais por aí, se defende das “agressões terríveis” dos amigos e amigas e me mata de fofura ao me contar cada um desses “causos”. Tem como não amar muito? Morrer de orgulho? (E de rir trancada no banheiro sozinha??)

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terça-feira, 30 de novembro de 2010

A nossa árvore


Afinal, promessa para mim é dívida. Post rápido, curto, com o pezinho já em Dezembro, na correria e alucinação do final do ano.

Vocês também fazem promessa todos os anos de que no ano seguinte vai ser diferente, vamos nos programar com maior antecedência para não enlouquecer quando Dezembro chegar? Taí uma coisa que nem atualizando o Excel anualmente eu consigo dar conta sem ter uns ataques de louca histérica.

Mas, só de ter a árvore e a casa prontas antes do fatídico Dezembro, fico mais calma e com uma mini sensação de que esse ano serei uma louca menos histéria ou uma histérica menos enlouquecida.

Ah, não importa, contanto que toque "Jingle Bells" ao fundo e a casa tenha o cheirinho dos biscoitinhos de gengibre assando no forno.

(Há! Boa piada, se sentirem o cheiro, é na casa do vizinho, com certeza. Mais fácil eu encomendar biscoitos prontos e decorar com as crianças, do que correr esse enooooorme risco de assar biscoitos por conta própria!)

Mas, e aí? Gostaram da árvore?? E as botinhas com os nomes dos três bordados? Fofo, né?!

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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Reprovada em matemática??

A matemática de 1 gravidez + 1 gravidez, no meu caso, resultou em algo nada óbvio: 3 filhos. Portanto, nem sempre um mais um é igual à dois.

Honestamente? Eu simplesmente adoro esse resultado “errado”! Não sou daquelas mães nostálgicas com relação à gravidez, não tenho saudade da barriga, do corpo, não me achava bonita, pelo contrário! Tudo se tornava um incômodo e o nível de dificuldade só aumentava a cada dia.

Dá para sentir saudade?

Ok, não quero parecer uma pessoa horrorosa que odiou ficar grávida, curtir a barriga crescer e adquirir forma, o bebê mexer, fazer ultrassom, isso sim era bom! Ah! E as filas preferenciais também, claro!

Precisei tirar a segunda via do meu RG no Poupatempo (aliás, esse nome é uma grande contradição), empinei a minha barriga de apenas 2 meses e não passei mais de meia hora lá dentro.

Mas, sorry, ter tido os meus 3 filhos, desejados desde a vida toda e, ainda por cima, “economizando” uma gravidez?? Sonho meu!!

*****

Esse post foi inspirado por uma amiga do Twitter (Ro_England), que tem uma experiência matemática igual à minha, o resultado dela também deu errado: 1 + 1 = 3.

Mas, ela acha que deve caber mais uma gravidez aí. Será? Já pensou se 1 + 1+ 1 = 5? Quem arrisca fazer essa conta?

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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A famosa síndrome do quarto vazio

Ano passado, mais ou menos nessa época, faltando 1 mês para o Natal, a querida Vovó Célia (avó do maridinho, bisavó das crianças) esteve em casa e perguntou à Manu o que ela queria ganhar do Papai Noel. Com apenas 2 anos e meio, mas já extremamente pidona e metida, pediu uma televisão e um DVD das Princesas (não um filme, o aparelho de DVD mesmo...).

O pedido de um neto ou bisneto é uma ordem, uma lei daquelas impossíveis de desobedecer. Maridinho foi contra até o último fio de cabelo, mas a Vovó Célia foi firme em obedecer ao pedido da bisneta e não à exigência do neto.

(Eu quero viver para sentir isso, espero que demore, mas ser avó e bisavó deve ser daquelas experiências grandiosas e encantadoras da vida. De dar e receber amor, carinho sem nem se preocupar com educar, dar banho, impor limites, dar comida, trocar fralda, falar “nããããoooo!” 452 vezes por dia. Não deve ser bom??).

E então, no dia do Natal, o maior presente era o da Manu. TV e DVD cor de rosa, das Princesas, embrulhado e depois com o pacote rasgado em milhões de pedaços.

Manuzinha olhava aquela TV maravilhada e queria usufruir do presente. Daí, veio o problema.

Quando nos mudamos para esse apartamento, fizemos uma enorme reforma, mas tivemos que priorizar algumas coisas a fim de que ficasse tudo pronto ANTES dos meninos nascerem. Não fiquem com pena, por favor, mas o quarto da Manu não foi uma prioridade. Olha só, a gente não queria investir em um outro quarto de bebê, pois ela ainda era um. Sabíamos que era apenas uma questão de tempo para que um quarto mais de mocinha fosse feito, com cama, sem berço e armários decentes.

A TV e o DVD nos “obrigaram” a reconhecer a necessidade de fazer esse tipo de quarto. E assim foi feito: cama, armários, sapateiras, cômoda cheia de gavetinha, prateleiras para as inúmeras Barbie´s, mesa e estante para TV e DVD. Ficou uma graça! Ela participou de tudo, quis escolher tecidos, papel de parede e se apaixonou pelo quarto pronto, queria passar todas as horas do dia lá. Às vezes até fechava a porta para não ser incomodada pelos irmãos mais novos. (Um parênteses: quem estiver pensando que o fato de ter TV e DVD no quarto, fez da Manu uma menina viciada em televisão, pode ficar tranqüilo, isso não aconteceu. Tanto ela quanto os meninos sabem que não devem mexer sozinhos lá e dosamos bem os momentos de assistir aos filmes, TV aberta ou a cabo nem funcionam no quarto dela).

Seis meses depois da “inauguração do quarto da mocinha”, ele perdeu um pouco a graça e até brinco que está para alugar.

Manu só quer saber de dormir com os irmãos (fofa! Fofa! Fofa!). Monto uma caminha no chão com várias almofadas tipo um futton, cerco tudo com outras almofadas e rolos de tecido e voilà! Tem dormido feliz da vida. Não só ela, como eles também. Batem um papinho, dão umas risadinhas e capotam, feito anjinhos. De manhã, ouvimos a conversa animada dos três (fofos! Fofos! Fofos!), gritam “bom diaaaaaa!”, cantam e conversam de fato entre eles.

Então, tenho um quarto (suíte, gente! Alguém se interessa??) e um meinho na minha cama sobrando, mas o meu coração de mãe se alegra muito por vê-los querendo ficar juntos, mostrando-se amiguinhos queridos. Na verdade é o desejo de toda mãe, como eu, que tem como valor básico e fundamental criar uma família unida.

Papai Noel me presenteou mais cedo esse ano, tenho certeza!

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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Natal com crianças!!

Estou aqui quase literalmente enrolada nas luzinhas da árvore de Natal que eu resolvi montar essa semana. É preciso calma, muuuita calma... Arrumar árvore e a casa para o Natal é todo um processo que pode durar dias (no meu caso, com certeza!).

Aproveitei que as crianças estavam na escola só para montar a árvore, abrir os galhos e enrolar as luzinhas, a parte mais chata e trabalhosa.

Daí, deixei todos os enfeitinhos separados para eles pendurarem quando chegassem.

Eu acho a preparação para o Natal com crianças pequenas uma delícia, cada ano eles curtem mais! Pode ser um terror querer que eles participem de tudo, como eu quis (e foi!), mas é bem mais gostoso do que recebê-los com a árvore pronta.

Eles viram enfeitinho por enfeitinho, elegeram os preferidos para pendurar, fofos de tudo.

A reação de cada um também foi interessante. Joaquim e sua mania de grandeza e exageros achou a árvore “grandona e pesadona”. O Pedro, aquele moleque alucinado por macacos, quase tentou subir na árvore (peguei no pulo!) e procurou por bananas. A Manu foi a mais participativa para pendurar os enfeites, só aceitou ir dormir quando se certificou de que a caixa dos enfeites estava completamente vazia.

O resultado é uma árvore com enfeites concentrados na parte da frente e na altura dos bracinhos deles. Dá para ser mais fofo? Claro que eu já mexi bastante e distribuí enfeites, bolas e laços pela árvore inteira, mas quase chorei de fofura!

Ainda tem um monte de coisas para arrumar pela casa. Engraçado como eu consegui juntar taaanta coisa de Natal em tão pouco tempo de “vida própria” (casamento e filhos), dava para decorar a minha casa, a da praia, a a fazenda e o apartamento de Paris (que um dia a gente vai ter, hohoho!).

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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Mulher & Mãe

Recebi por Sedex ontem um pacote delicioso que continha vários exemplares da última edição da Revista Mulher & Mãe.

Essa revista é feita por mães e para mães, “com idéias, dicas e um pouco de filosofia sobre a maternidade”. Infelizmente, não está à venda, ela é distribuída gratuitamente nas maternidades.

Uma vez, fui visitar o bebê de uma amiga, ela estava naquele momento do banho demonstrativo e fiquei um pouquinho na sala de espera. Dei de cara com e revista, li por alguns minutinhos, mas queria, de qualquer jeito, levar comigo para casa.

Daí, as meninas do Mulher & Mãe, Carol e Danuzza, fofas que só vendo (sigam no Twitter @redemulheremae e vão ver como "fofas" é pouco!), me pediram um depoimento sobre a chegada dos irmãozinhos e como “gerenciar” a situação toda. Eu amei o resultado, a matéria toda, a foto, puro orgulho! Por isso, estou postando
para vocês o meu depoimento que acabou de sair na revista.

Enjoy!

“O meu marido e eu fizemos um único plano: ter filhos. Assim, no plural. Nunca quisemos pensar em quando, a diferença de idade entre um e outro, o quanto aproveitaríamos da vida e do casamento antes das crianças, nada disso. A idéia era ter filho rápido e cedo, para que pudéssemos curti-los e aproveitá-los o quanto antes e com todo o pique e a energia que uma criança exige.

Manuela nasceu exatamente no dia em que completamos 1 ano de casados, dá para ter uma idéia da rapidez com que eu engravidei... Simplesmente, deixamos acontecer e ela veio assim, de uma surpresa boa, meio que esperada, afinal, se quiséssemos, saberíamos como evitar filhos.

Manuela foi a primeira filha e primeira neta das nossas famílias. Muitos paparicos e mimos, um enxoval de princesa, mas não reinou absoluta por muito tempo.

Novamente, deixamos as coisas acontecerem naturalmente, já pensando no segundinho.

Outra surpresa boa. Ou melhor, surpresas boas, teríamos o segundinho e o terceirinho, já que o primeiro ultrasom revelou uma gestação gemelar. Essas surpresinhas vieram acompanhadas de um sustão e muito medo! Além da preocupação pelos riscos da gestação de gêmeos, também pensávamos em como seria criar e educar mais 2 filhos de uma só vez, já acompanhados da pequena Manu, com apenas 6 meses.

Joaquim e Pedro nasceram fortes, lindos e saudáveis após 37 ½ semanas na minha barriga. Manu tinha 1 ano e 2 meses. Aprendeu a andar no dia do nascimento dos irmãos. Teve febre no dia em que cheguei com eles da maternidade. Freud explica, certamente. E vocês podem ter uma vaga idéia da trabalheira que foi...

Organizar a rotina de 2 recém-nascidos e de um bebê recém-caminhante não foi nada fácil, sugou todas as nossas energias!! Mas, às vezes, eu sentia que o trabalho “braçal” exigido era bem mais fácil do que lidar com os ataques de ciúmes da primogênita. Esses sim reinaram absoluto aqui em casa!!

Procurei manter a rotina e os cuidados com a Manu da forma que eram e tentava fazê-la participar dos momentos de amamentação e banho dos meninos, por exemplo. Aqui, o fato de ganhar 2 irmãos se mostrava concreto para ela, já que durante a gravidez não parecia compreender todo esse “fenômeno” e também não apresentou mudanças de comportamento enquanto eu estava grávida.

Por mais que tentássemos, muitas vezes ela se mostrava brava diante de tanta atenção que os meninos exigiam de nós, tentou agredi-los algumas vezes e não me deixava entrar no quarto deles, ficava me puxando pelas pernas gritando “nããããõooo!”.

Tadinha, né?!

As avós foram nota mil conosco e com ela, permitindo que a baixinha reinasse absoluta em passeios e atividades durante os finais de semana, especialmente nas folgas da babá...

Também me preocupei em passar momentos só com ela. Conseguia algumas brechas na rotina e nos horário dos meninos e passeava sozinha com a Manu, fizemos isso diversas vezes e foi muito bom! Ela aproveitava bastante e se mostrava super feliz!

Manuela entrou na escola com 1 ano e 8 meses, os irmãos tinham 6 meses e considero esse fato como algo muito positivo para a sua individualidade. Ela tinha agora algo que era só seu, a escola, os amigos,a professora, a mochila, a lancheira. Tudo isso foi vivido de maneira muito tranqüila, adaptação fácil e gostosa, sem problema algum.

E, com o tempo, ela foi enxergando “graça” nos irmãos. Eles passaram da fase de só dormir, comer e chorar e começaram a distribuir sorrisinhos para a irmã. Ela amou e passou a interagir cada vez mais com eles. Até ensaiava alguns cuidados básicos observados através das ações dos adultos, dar chupeta, mamadeira, limpar a boquinha.

É muito legal observar diariamente a construção da relação entre irmãos. Não acho que seja algo simplesmente “natural”, mas que requer muita dedicação, incentivo, estímulo e, acima de tudo, amor.

Atualmente, Manuela com 3 anos, Joaquim e Pedro com 2, brincam juntos que é lindo e emocionante de ver! Dá uma sensação de missão cumprida. Obviamente, brigam, disputam brinquedos, atenção e se provocam, mas ter irmão é viver isso mesmo, o que é bom e traz resultados positivos para o resto da vida.

Nunca deixei de incentivar a individualidade dos meus filhos, especialmente por ter tido gêmeos univitelinos. Então, procuro passar algum tempo sozinha com cada um deles, fazendo o que eles mais gostam. O resultado é notável!

Observo muitas famílias que optaram por ter um único filho, ou que ainda estão pensando se vão partir para o segundinho e o meu conselho é de que sim, sigam em frente.

As famílias que optam por mais de um filho criam e educam crianças mais independentes, que se desenvolvem e aprendem tudo mais cedo, pelo estímulo do próprio irmão mais velho. Às vezes, o filho único não “enfrenta” o mundo como deveria, fica muito protegido e “isolado” com os pais, o que pode trazer algumas dificuldades de relacionamentos sociais, noções de regras e de como se defender por aí...

O trabalho é dobrado, no meu caso, triplicado, mas me sinto recompensada a cada dia! Essa semana, fiquei com os olhos cheios de lágrimas ao ver o meu filho Pedro falando para o pai de manhã cedo: “não vai trabalhar, Papai...”. No mesmo instante, a Manu foi até ele, deu um abraço, procurando consolá-lo: “o Papai precisa trabalhar, Pedrinho, para ganhar dinheiro e a gente poder ir passear no fim de semana!”.

Dá para entender o que é missão cumprida, então???”


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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Culpa não bate à porta!

São 9 dias desde que eu cheguei de viagem e não dormi sozinha nenhuma das noites. Quer dizer, odeio dormir sozinha, maridinho é, obviamente, a minha companhia preferida, diária e para sempre! Estou falando das crianças mesmo.

Cada noite é um. Manu às vezes aparece do nada, os meninos choram e falam: “quero ir na sua camaaaaaa!”. Já aconteceu da Manu acordar primeiro e ocupar no meinho. Algum tempo depois, o Pedro acorda exigindo o seu lugar. Daí, pego a Manu, volto para a cama dela, tiro o Pedro do berço e garanto o lugar do rapaz no meio dos pais.

Não sendo isso tudo, os meninos, quando colocados no berço, urram de tal maneira que chego a lembrar e me arrepiar todinha dos tempos sombrios e assustadores das cólicas dos recém-nascidos.

*****

Pois bem, a psicóloga aqui rasgou o diploma, picou bem picadinho e até botou fogo. Não sobrou nada, caminho sem volta. Quer dizer, ficou a culpa, claro. Aquela que sussurra diariamente no meu ouvido que os meus filhos estão passando por uma situação traumática de abandono dos pais.

E aí?

Penso em 3 alternativas: (1) encomendar um “puxadinho” para a minha cama, (2) overdose de terapia, assim, todos os dias mesmo e (3) não viajar nunca mais.

Alguém tem uma melhor???

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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Comendo a cheesecake que a madrasta amassou!

Informação no. 1: os meus filhos são verdadeiros petit gourmands alucinados por cheesecake. Pode ser de frutas, chocolate, goiabada, qualquer tipo, aliás vivemos inventando novos sabores. A própria Manu, quando fez 3 anos, pôde escolher o bolo que levaria para a comemoração do aniversário na escola e escolheu uma cheesecake. Eu fui uma mãe bruxa-malvada-quase-madrasta-invejosa e não permiti. Achei que poderiam até achar estranho uma cheesecake para um aniversário de criança e optamos por algo com muito leite condensado e granulado. Mas, daí, boazinha e coração mole que sou, fiz a cheesecake em casa à noite para cantar “Parabéns” com a família. (Compensou, vai?!)

*****

Informação no.2: o Joaquim e o Pedro são alucinados por macacos! Eles têm inúmeros de pelúcia, de borracha, nos livros e etc. Um dos pijamas preferidos, obviamente, é de macaco. Um macaco meio radical andando de skate.

*****

Esse fim de semana, perguntei ao Pedro qual pijaminha gostaria de colocar depois do banho. Ele me pediu o do “macaco andando de cheesecake”!!

Enquanto isso, o Joaquim falava que ia guardar o sabonete no “balde de sabonetes”, o novo nome empregado para as “saboneteiras” aqui de casa.

E eu, morri de tanta fofura, claro!

*****

Mas, voltando a falar sobre a madrasta, a Manu comentou que o Joaquim estava com inveja dela. Na mesma hora, perguntamos se sabia o que era inveja e ela disse que “é uma coisa muito feia de madrasta”.

Obrigada ao Senhor Walt Disney por ensinar, tão cedo, ainda na primeira infância, sentimentos “nobres” a minha filha!

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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A precocidade nua e crua

Eu tenho medo do que o futuro me reserva como mãe de dois meninos. Estou me referindo exclusivamente à adolescência, para não me preocupar e chorar (tanto!) agora.

Antes eu achava graça da associação que os meninos faziam cada vez que estavam no meu colo e apoiavam no meu peito:

- Parece um polvo!

Calma, explico, antes que você achem que a minha família é meio (muito?) maluca: eles têm um polvo de borracha que tem a cabeça redonda. Explicado? Entendido? Good enough?

Daí, hoje eu tava me trocando, Joaquim veio atrás de mim, já me olhou meio rindo:

- Olha o seu peito, mamãe!

Rapidinho, coloquei o sutiã e a blusa. Mais rápido ainda, a reação do moleque:

- Mamãe, eu quero ver o peito pelado...

*****

Aos engraçadinhos de plantão: sim, é muito cedo para dar a assinatura da Playboy nesse Natal. Entendido?

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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Mais das mães...

Nós embarcamos num vôo às 5 da tarde, eu já estava me achando de férias total e em plena lua-de-mel, sem nenhuma bolsa de criança cheia de fraldas, lencinhos, chupetas, McQueen´s e Barbie´s.

Bagagem de mão devidamente colocada no compartimento a cima das nossas cabeças, “niqui” senta uma família na nossa frente, pai, mãe e a “pentelhinha” (sorry, people...) de uns 2 anos.

Já imaginei a adorável criaturinha chorando por 12 horas, empurrando o banco, aquela confusão toda de viajar de avião com crianças, já tão bem relatada por muitas de vocês, caras leitoras.

Para piorar, a mãe resolveu fazer a menina dormir, eram 6 da tarde. Paniquei total! Maridinho que o diga:

- Ah, não, olha que absurdo, essa menina vai dormir agora e depois vai passar a madrugada inteira acordada, reclamando e enchendo todo mundo.

Sabe, coisa de mãe que fica segurando o filho só um pouquinho para dormir na hora certa (certa para quem, meu Deus? Para a criança exausta ou para a mãe que não quer amanhecer exausta no dia seguinte?) e não dar trabalho à noite?

Maridinho nem ligou, estava mais interessado em assistir aos filmes, aqueles que a gente não conseguiu ver no cinema e estavam estreando na tela 2X2 da Air France.

A fofinha de cabelos cacheados dormiu por quase 2 horas. Eu tinha certeza de que o caos estaria instalado pelas próximas 9 horas e me arrependi horrores por não ter comprado um corretivo mais power da MAC à venda no Free Shop para estreá-lo no desembarque em Paris.

Mas as mães pagam a língua. Direto. Ainda mais mãe alheia, intrometida e palpiteira como eu estava sendo naquele momento.

A princesinha dormiu o vôo todo. Nem sinal de criança na nossa frente. Eu não dormi, porque não durmo em viagem de avião mesmo, aliás, porque me preocupei então? Porque não investi logo de cara em todos os corretivos disponíveis anti-panda?

E, no sono e canseira que estava, esqueci de perguntar àquela mãe-fada se ela também tem blog... Podem brigar comigo!

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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Reflexões de mãe sobre as mães durante a viagem...

Estou escrevendo do quarto do hotel em Paris, charmosésimo que só vendo, se não fosse pela chuva de hoje... Depois de andar a manhã e a tarde toda com um guarda chuva que não funcionava (sabe aquele tipo que “espana” no vento e faz você querer morrer de vergonha? Então...), voltei para o hotel, me despedi do meu sapatinho fofo, presente do maridinho há alguns anos, mas vou ter que abandoná-lo depois dessas aventuras aquáticas em Paris, pena, pena, pena!! Banho tomado, quentinha e sentei para escrever antes de sair para jantar. Infelizmente, a internet WiFi oferecida gratuitamente pelo hotel não funcionou nenhum diazinho, nada de Skype, então, Word pra que te quero!

*****

E eu só queria compartilhar algumas impressões e fazer observações do que eu vivi na viagem. Coisa de mãe e de filho, tá? Ok, ok, se alguém reclamar, eu falo mais detalhadamente dessa experiência de viajar só o casal, deixar os filhos, morrer de saudades, sentir dor de saudades mesmo, depois eu conto, juro, juro! Só não preciso entrar nos detalhes da lua-de-mel, né?!

Só uma coisa: quem achou que a gente tá descansando, errou feio! Quer descanso? E mordomia? Resort! No nordeste já tá bom. Aqui, a gente acorda cedo, anda o dia inteiro (vá para a Europa e nunca mais faça exercício para as pernas NA VIDA!), carrega mala, se perde, roda a cidade toda de metrô, essas coisas difíceis de uma vida dura... Vocês me entendem, né?! O ideal era emendar uma semaninha num resort mesmo (que pessoa folgada!), mas tem uma hora que a realidade em Euros acaba e temos que voltar para a dos Reais que pagam leite, fraldas e etc.

Mas, gente, olha só, eu fiquei muito impressionada com as mães e as crianças européias, falando especificamente das italianas e francesas. Sério, vamos descobrir os blogs delas, botar no Google Translator e aprender tudo.

Aqui, você vê sempre as crianças na rua, independente da hora, do tempo e das condições da cidade. Por exemplo: Veneza. A cidade é inteira de pedras no chão, super irregular, aquelas ruazinhas e vielinhas minúsculas, um milhão de pontes.

Vocês acham que isso espanta as mães com filhos??? De jeito nenhum. Elas agasalham as crianças ao máximo, saem empurrando e carregando os carrinhos através das pontes e pelas pedras.

Panda é uma coisa absolutamente inexistente por aqui. Vi bebês pequenininhos, até recém-nascidos dando altas voltas no frio e na chuva (preciso falar da chuva, já, já) e todos com mães lindas, magras, bem vestidas e arrumadas. Como elas conseguem, Senhor? Eu era íntima do roupão e do meu amigo Panda nos primeiros meses de vida dos meus filhos. Sair? Só se fosse para ir ao pediatra. Na chuva? Só se fosse para ir ao pronto-socorro. Como elas conseguem, Senhor? Ah, e sem babás. Não vi nenhum membro do país das nuvens brancas. Sabe, do tipo que te dá uma folguinha para tomar banho, lavar e secar o cabelo, se arrumar e então sair desfilando a prole? Nenhuminha. Como elas conseguem, Senhor?

Agora é sério: a chuva. Esse esquema me assustou um pouco. Acho que todo mundo conhece ou já viu capa de chuva para carrinho de bebê, certo? Mas alguém já usou? Aqui é um must have daqueles! É só chover e lá se vão os carrinhos encapotados. Eu, particularmente, morro de aflição. Se chove, eu corro, com filho, mais rápido ainda, não fico passeando por aí, mesmo que seja de capa, guarda chuva e todo o equipamento necessário. Aquilo me dá uma sensação de claustrofobia, de que vai sufocar a criança, que ela vai ficar sem ar lá dentro, sei lá... Nunca usei e não gostei de ver em uso.

Sério de novo: entendi que a vida para as famílias é bem diferente na Europa. Desde a questão com a ajuda na casa, com os filhos e também com o transporte. Daí, me senti privilegiada, sabe? Principalmente porque vi muito, aliás, todos os bebês e crianças dormindo em condições não tão “acolhedoras”, entende? Eu acho que sonequinha de criança é fundamental pela saúde (“o sono alimenta, faz crescer e blá, blá, blá...” já diziam as nossas sábias avós, hein?!) e pelo descanso mesmo.

Meus filhos não dormem em carrinho, canguru ou em cadeira de restaurante. Lugar de dormir é em casa, no bercinho ou na caminha, bem gostoso, quentinho e confortável. Quando vi uma mãe tirando o tênis da filha, fazendo um travesseiro com a própria pashmina e cobrindo a menina com o casaco para dormir no banco do Musee D´Orsay quase chorei de pena. Daí, a menina dormiu e a mãe ficou lendo 600 vezes o mapinha do museu. Porque não foram descansar em casa ou no hotel? A chata e fresca sou eu ou vocês também acham normal dormir no banco duro do museu?

Agora, o uso prioritário do metrô como transporte acaba obrigando os pais a carregarem os filhos nos carrinhos. Inclusive crianças grandes, cheguei a estranhar. Você raramente vê crianças andando à pé, vivem nos carrinhos. Engraçado, né?! Eu acho carrinho um trambolho e me livrei dele assim que pude, adoro sair de mãozinha dada com os 3, mas entendo que nesse caso nem sempre passeio é passeio, acho que muitas vezes envolve aquelas tarefas chatas de mãe e pai, então fica mais fácil botar no carrinho do que fazer supermercado ou ir ao banco e ainda ficar de olho nos “pequenos terríveis”.

Pequenos, quem? Pois é, crianças terríveis não parecem fazer parte desse continente. Juro! Não vi manha, birra, grito, choro, nada! Elas são muito educadas e devem estar super acostumadas com essa vida na cidade, no meio de gente grande que quase até se comportam com tal. Será que criança no meio dos adultos fica parecendo adulto também? E isso é bom?

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terça-feira, 16 de novembro de 2010

Voltamos!

Estamos de volta! Médio, né?! Ainda sofrendo um pouquinho com o fuso horário, correndo atrás desses 16 dias para matar as saudades das crianças e, obviamente, botando as coisas em ordem.

A vida do casal aqui parou em alguns destinos da Europa, mas a realidade não deixou de existir simplesmente porque estávamos distribuindo “grazie´s” e “bonjour´s” por
aí, tomando uma garrafa de Borgonha por dia ou até mesmo gastando em Euros (afinal, né?!).

Manuzinha teve febre na nossa ausência, a empregada ficou doente e deixou minha mãe e a minha sogra na mão, claro, a mim também, já que resolveu pedir demissão (great timing!), o carro quebrou, mas pelo menos o orçamento não é em Euros, o que já faz essa chatice toda ficar quase 3 vezes mais fácil. Vamos pensar bem, há sempre um lado positivo em todos os acontecimentos!

Mas, que coisa feia, Camila! Dezesseis dias na Europa e essas reclamações todas??? Ai, gente, é duro voltar, restabelecer a rotina, ou não é?! Fui eu quem perdeu o pique, ou os meus filhos estão ligados no 220 mega-turbo? Mas, vamos lá, que já é Natal!

Preciso correr ali, encher umas bochechinhas de beijos, apertar umas coxinhas e até retomar a minha inspiração bloguística, viu?! Assunto não falta, podem me aguardar!! (Ah, e fazer supermercado, farmácia, deixar roupas na lavanderia, sapatos no sapateiro, contratar uma empregada nova, enfim, todas aquelas tarefas que me arrastam de volta à realidade!)

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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Um post importado!!

Cá estamos, Veneza – check!, Firenze – check! Eu jurei que tiraria férias virtuais também, mas sabe o que é? É muuuuito difícil! Ainda mais quando deixamos para trás 3 criaturinhas lindinhas. Então, estou semi-conectada, contratei um pacote de dados para o Blackberry de última hora e pronto! Jurei que “abandonaria” o blog durante essas férias, mas isso é impossível! Tenho visto cada coisa... assunto para um blog inteiro e prometo que farei posts super inspirados nessa viagem. Isso não vai virar um blog de viagens, estou longe de ter essa capacidade, só quero contar o que eu vi entre mães e filhos desse lado do Atlântico.
E essa noite eu estava pensando na realidade de deixar os 3 e vir pra cá só com o meu maridinho por exatos 16 dias. Os preparativos foram uma verdadeira operação de guerra, que, literalmente, me deixaram doente, enjoada, com insônia, extremamente ansiosa, um caco humano! O dia do nosso embarque então... chorei pelos cantos a cada 5 minutos, a cada gracinha, sorrisinho ou palavrinha das crianças. Também chorei de nervoso, de atraso, de mala pesada que não fechava e por aí foi. Manuzinha ainda me facilitou a vida dizendo que estava muito brava comigo, pois ia ficar com muitas saudades enquanto estivéssemos viajando. Legal, né?! Chorei de novo.
Mas o meu medo mesmo era da despedida. Ou melhor, do drama que poderia pintar nesse momento. Eu posso ser bem dramática (quando a situação requer, ok?), mas o fato é que eu não queria ser na frente das crianças, com medo de assustá-las (“que mamãe louca é essa?”), mas será que eu conseguiria me controlar na frente delas diante do drama (real!!) da distância de 16 dias?
Consegui. Me despedi direitinho, bonitinha e calminha. Claro, de óculos escuros para esconder algumas lagriminhas. Gente, e eu sobrevivi! Quer dizer, venho sobrevivendo, aproveitando horrores e estou extremamente feliz!
Ontem à noite, fiquei pensando nisso e cheguei a algumas conclusões importantíssimas, coisas que explicam a minha calma. Antes que um casal, pais de 3, resolve tirar férias sozinhos, é preciso contar com algumas certezas: a segurança e a confiança.
E percebi que tenho total confiança de que fiz tudo o que pude para deixar os meus filhos bem na nossa ausência. Desde as nossas conversas sobre essa viagem, em que tentamos explicar as nossas férias, até a casa totalmente “abastecida” para eles (roupa, comida, fraldas, leites e etc), todos os números de telefones e informações importantes devidamente anotados, enfim, confiança de que não faltará nada do que eles precisam e podem precisar enquanto não estivermos presentes.
Mas, mais importante do que isso tudo, é ter a segurança (e a certeza!) de que estarão muito bem cuidados e “acarinhados” por pessoas da nossa extrema confiança: as avós! Mãe e sogra no comando da turminha. Extremamente tranqüilizador. Me dei conta de que a dificuldade e tudo aquilo que me deixou doente não era achar que algo pode acontecer a eles, isso pode mesmo, comigo por perto ou não, difícil mesmo é agüentar a saudade. Isso dói o tempo todo, não há vinho, papardelle ou tiramisú que cure! Mas, vale a pena, eu juro! Vale muito, tentem!

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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Cartão de embarque, por favor!


Hoje estou aqui só para me despedir mesmo. Estamos saindo de férias. Não pesquisei nenhum site ou blog sobre dicas de programas em viagens com crianças, se é que vocês me entendem. Vamos só nós dois. Nosso presente de 30 anos, um amigo que está nos fazendo o favor de casar lá beeeeem longe, estamos cansados, merecemos e porque sim!!!

Criancinhas ficarão entre uma avó e outra, entre uma casa e outra e cheias de visitantes sempre ilustres!

Pretendo tirar férias do blog e da internet em geral. Com exceção do Skype, para que eu possa ver os meus filhos comendo brigadeiro de café da manhã na casa da avó.

(Antes que alguém pergunte, somos TRI e não estamos partindo num projeto rumo ao TETRA, ok?? As nossas encomendas dessa viagem são apenas bens de consumo, certo?)

*****

Estou contando os dias há meses e tenho passado os últimos tempos organizando a vida das crianças na nossa ausência. O maior obrigada a minha mãe e a minha sogra, que farão o enoooorme favor de nos substituir durante a nossa ausência. Não apenas substituir os pais, mas estragar as crianças. Avó serve pra isso e tudo bem, de vez em quando é bom.

Agradeço também ao Excel, pela sua existência e perfeição proporcionado uma organização neurótica como eu gosto e me sinto sossegada estando longe.

Viajamos na sexta-feira, mas preciso cuidar da vida! Os preparativos para uma viagem de 16 dias não são poucos, ainda mais quando preciso deixar a casa abastecida e em ordem para a tropinha e os convidados todos.

Enfim, esse é um post pra cima e alegre. Porque se for falar da saudade e da despedida, será o fim do teclado por alagamento. Melhor não! (E o Tratado da Culpa vou ficar devendo, fica para a volta, ok?)

Então, é isso aí! Até a volta, mas alguns recadinhos: não morram de saudade, votem direitinho (apertem dois números na sequência, facinho, facinho, o primeiro é par e, o segundo, ímpar!) e não deixem que ninguém plagie o meu blog, tá bom??

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terça-feira, 26 de outubro de 2010

E a malandragem só continua...


Quando você tem dois menininhos gêmeos idênticos, malandragem (e doencinhas!!) pouco é bobagem!

Os meninos tiveram febre, gripe e tal, mas não perderam o "rebolado"!

Maridinho foi medir a febre do Pedro:

- Filho, tá com febre, sim, vamos tomar o remédio!

E ele, o que dá mais trabalho quando está doente e precisa tomar remédio, já começou a se debater, dizendo "não! Num queio tumar remédio" e afins.

Maridinho insistindo:

- Mas, filho, você está com febre, precisa tomar o remédio...

Um momento de inspiração "malandrística" do Pedro:

- Mas eu sou o Joaquim!

*****

Novamente, sem mais.

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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Blogagem Coletiva: "A ética da blogosfera"


Depois daquele post, fiquei realmente chateada, muito mais do que um dia poderia imaginar. Parece bobo e é difícil de explicar, mas porque será que uma pessoa que não me conhece, copia o meu perfil e o toma como dela? É infeliz consigo mesma? Achou o meu perfil mais interessante? Não teria condições de se descrever e gostou do meu jeito? Eu não sei e desisti de procurar os motivos dessa pessoa.

Mas entendi porque fiquei tão triste e decepcionada.

Esse mundo virtual acaba tomando uma dimensão quase que real para muitas pessoas, especialmente as que estão envolvidas com blogs e redes sociais. Em uma realidade de tantos reality shows de sucesso então...

E o maior erro é assumir que simplesmente por ser virtual existe uma proteção do anonimato. De que podemos fazer qualquer coisa ou sermos qualquer pessoa, pois ninguém descobrirá.

Errado! Errado! Errado! O Big Brother rola solto aqui, mais do que na televisão.

Há ferramentas especializadas em rastrear todos os cliques de uma pessoa, fornecendo detalhes do tipo de computador que a pessoa usa, o idioma, o local, de onde veio, para onde foi. Então, meus caros, foi se o tempo do anonimato na internet. Além de haver legislação específica para alguns “causos” virtuais, a própria lei protege para outros também relacionados à internet. (Já consultei o meu advogado para esse assunto, pois não gosto de falar bobagem. Mas os outros doutores que quiserem se manifestar, por favor, fiquem à vontade!).

Ou seja, a ética na internet deve ser a mesma da vida “normal”.

Se você gostou da blusa que eu estou usando, vai roubá-la? O normal é que não roube. Pode elogiar, perguntar onde eu comprei e até comprar uma idêntica (acho meio bizarrinho, mas vá lá...). Ou se “inspirar” num estilo e adotá-lo para si, mas sempre dando a sua própria “cara” para aquilo. Dá para entender?

Se você gosta de um determinado texto, música ou poesia, vai copiá-lo num cartão e mandá-lo para a pessoa amada? O normal, novamente, é de que não e sim dizer que o tal do Chico Buarque sabe falar tão bem de amor e que aquilo foi escrito para o lindo casal apaixonado.

Eu não acho que deve haver diferença de conduta entre o virtual e o real, independentemente de anonimato, proteção e legislação. Boas maneiras, boa educação e gentileza são grandes virtudes e valores que precisam ser aplicados em todos os tipos de relação, sejam elas íntimas, familiares ou virtuais.

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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Pérolas de Manu!!


Ok, vamos lá, que hoje é sexta-feira! Bola pra frente e algumas risadas não fazem mal a ninguém!

E, na segunda, blogagem coletiva: "a ética na blogosfera e internet". Não se esqueçam, vamos aderir, participar e postar juntas, com direito a um selinho da Anne exclusivo para a ocasião.

*****

Um adendo: aqui em casa, quando alguém apronta (entenda-se Manu batendo nos meninos), a "punição" é ficar uns minutinhos "pensando" na cadeira. A clássica estratégia da educação moderna!

Ontem, a pergunta da mocinha foi:

- Mamãe, o que tem dentro da cabeça?

- Filha, tem o cérebro.

(Resposta certa?? O que se diz para uma criança de 3 anos? Posso começar a introduzir neuroanatomia no repertório dela? Ou é melhor falar em sonhos, fantasias e idéias? Como ela já manifestou interesse em ser médica, resolvi apresentar-lhe essa estrutura exclusivamente humana tão importante!)

A pergunta seguinte e óbvia para quem conhece Manuzinha:

- E o que o cérebro faz, mamãe?

- Ele é quem faz a gente pensar!

- Quando bate nos irmãos???

*****

Sem mais. Bom final de semana!!

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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Continuando

Eu não estava a fim de postar nada, nadinha. Se alguém quiser saber como eu estou depois do tal do plágio, é só reler o post de ontem.

Mas, no entanto, não poderia ignorar os muitos comentários recebidos, os quase 500 acessos que o blog teve e toda a movimentação gerada no Twitter. Obrigada a todos que se solidarizaram e foram tão carinhosos comigo.

A Carol Passuelo (@carolpassuelo, www.vinhosviagenseumavidaemcomum.blogspot.com) foi uma fofa e lançou a campanha para uma blogagem coletiva a respeito da ética nos blogs. Preparem seus posts, pessoal! É para segunda-feira! Os meus dedinhos estão se aquecendo aqui neste que vos tecla.

A Anne (@annesuperduper, www.mammisuperduper.blogspot.com)até preparou um selinho especial para a ocasião, outra fofa! Este vocês podem e devem copiar e exibir nos bloguinhos!

E um comentário meu lá naquele encontro da Crescer (cliquem lá, agora tem até um videozinho!!)acabou inspirando o Marcelo para o post de hoje no Sopa de Pai. Corretíssimo eticamente, por sinal. Adoramos esse tipo de inspiração que nos conta de qual fonte bebemos, certo?

E, depois de lerem o Sopa de Pai, vocês vão entender melhor ainda. Mas estou aqui exercitando o meu instinto em relação a essa coisa toda. Instinto não fala à toa e nem na linguagem mais fácil. A gente tem que ficar quietinha para entender direito, sabe?

Então, é isso.

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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Uma grande decepção

Então, eu estou muito brava. Brava mesmo, uma onça! Descobri, completamente sem querer e por acaso, uma pessoa que copiou a descrição do meu perfil e “adotou” como dela.

Ipsis litteris.

Já faz alguns dias e tenho pensado desde que descobri. Todo mundo sabe o risco que corre por estar na internet, por ter um blog e tal. Plágio acontece direto, tem gente que rouba post, fotos, escuto esse tipo de história direto, mas plagiar o perfil???

A pessoa não sabe se descrever? Não sabe dizer quem é? Gente, desculpa, eu sou eu, sou única, como cada um de vocês e não adianta tentar copiar, porque nunca ninguém, por mais que tente, vai conseguir ser igual ao outro. E tenho gêmeos idênticos que só reforçam essa realidade...

Eu não quero botar o dedo na cara de ninguém, não, nem fazer algum tipo de denúncia, a consciência e o problema é da “pessoa plagiadora”, aliás, acho que ela nem é leitora assídua deste blog, faz mais o tipo que vai dando CTRL-C e CTRL-V por aí, faz um patchwork bem mal feito e nem sabe de onde vieram tantos retalhos.

O que tenho notado através da leitura e de acompanhar tantos blogs de mães é que as pessoas se ajudam, trocam figurinhas e dicas o tempo todo e isso é muito rico. A gente acaba criando uma rede de “mães amigas virtuais” que se ajudam, queremos saber dos filhos, se estão bem, se desfraldaram, se melhoraram da virose, não há recriminação ou retaliação quando nos rendemos àquelas ações facilmente condenáveis mundo afora, afinal uma mãe entende a (culpa?) da outra e tudo bem. Eu mesma tenho moderação de comentários e tive que excluir apenas um e não tinha nada de tão grave, era só engraçadinho e anônimo.

Portanto, eu me sentia relativamente segura e protegida mantendo o meu querido blog.

Tenham a certeza de que uso os meus próprios filtros, escuto quem me diz que eu não deveria contar isso ou aquilo, pois trata-se de exposição extra e tal. Achar que se conhece alguém desde sempre simplesmente pela leitura de um blog é uma ilusão, pessoal. Com relação a mim, certamente. O que eu mostro aqui é uma parte de mim, o lado da maternidade quase que exclusivamente. Claro que podemos encontrar inúmeras afinidades com algumas pessoas e passarmos a ser amigas, o que é o máximo e apoio super. Ainda assim, eu me sentia tranqüila cercada por tantas mães fofas e queridas.

A “ética blogueira” implícita não exclui uma mãe inspirar a outra, tanto no sentido de fazer algo com o filho que deu certo, quanto a motivação para algum post.

Se eu contar que comer mamão à noite ajudou o meu filho a dormir 12 horas seguidas e alguém quiser tentar, tenho certeza de que o esperado da educação é mandar um comentariozinho fofo agradecendo pela dica. E isso acontece muito, ainda bem!

Outra coisa é alguém escrever um post enooorme sobre algum assunto importante e relacionado à maternidade. Vem outra pessoa, se empolga e escreve também, mas linkando e citando o post inicial e inspirador. Muito educado e correto. Também acontece bastante, novamente, ainda bem!

Mas daí, me vem a “pessoa plagiadora” e copia o meu perfil. NÃO ME CONFORMO! E, uma coisa que ninguém sabia ao meu respeito, é que dificilmente me decepciono com alguém, mas quando acontece, raramente consigo me “des-decepcionar”.

É isso.

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terça-feira, 19 de outubro de 2010

As crianças


Talvez esse post esteja um pouco atrasado, mas é que eu andei pensando esses dias em inúmeros motivos pelos quais eu gostaria de voltar a ser criança. Vejam só:

- usar o shampoo do Shrek e o condicionador da Barbie, lavar os cabelos, penteá-los e tê-los sempre lindos e em ordem. Independente de leave-in´s, silicone, químicas mil, secador, chapinha e todos os etcs que nós, mulheres, precisamos e usamos tanto;

- fazer uma, duas ou três “chuquinhas” ou encher o cabelo de fivelinhas e todo mundo achar lindo e fofo (imaginem se cometêssemos um crime desses? Internação na hora!);

- ter, LITERALMENTE, uma pele de bebê, que dispensa os mais variados cremes, produtinhos e maquiagens milagrosas;

- ter uma bexiga novinha em folha e super resistente, que não te obriga a levantar 2 vezes por noite para fazer xixi, mesmo não estando grávida, o que é bem pior!

- Acordar de manhã cedo, sem olheiras, cheia de energia, pique e disposição diariamente depois de, no mínimo, 10 horas de sono;

- ser, de fato e de verdade, todas as princesas e super-heróis apenas trocando de fantasia milhares de vezes por dia;

- se confortar, se acalmar e se proteger no “meinho” da cama dos pais, certamente o melhor e mais seguro lugar para estar diante de qualquer medo!

- Comer pipoca, brigadeiro, cachorro-quente, batata frita e bolo sem se preocupar com o fato daquilo tudo permanecer depositado na sua cintura eternamente...

- Usar Crocs coloridas cheias de “badulaques” pendurados e estar na moda (??);

- Ser bochechudinha, cheia de dobrinhas e linda;

- Ganhar roupas novas praticamente a cada mês (crescimento vertical e não lateral, vejam bem...).

São tantas as vantagens! E tenho certeza que todo mundo pode colaborar e acrescentar algumas. Mas, se a minha terapeuta lesse esse post (alô, doutora, tá aí??), ela me diria que estou nostálgica, cansada, querendo voltar para o colo ou barriga da mamãe e me sentindo velha, balzaca de tudo.

Vai, manda o diagnóstico com carimbo e tudo, assino embaixo!

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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O novo circo


Levamos as crianças ao circo esse fim de semana. A falta de piscadas durante todas as atrações assistidas e o espetáculo à parte, me ocorreram duas coisas:

1) Já vi uma série de blogs e livros que comparam as atividades da maternidade aos exercícios executados por malabaristas e contorcionistas. Parabéns a todas pela analogia! Está certíssima! Temos muito o que aprender para a nossa vida prática com esses profissionais.

2) Desde que o meu mundo é mundo, há animais nos circos. Pois, o meu mundo acabou sábado à tarde! Eles estão proibidos devido aos maus tratos. Eu me lembro de levantar na hora do intervalo, ir comprar uma pipoca e ver, ao voltar para a segunda parte, o picadeiro todo cercado com grades. Era um sinal de que seria a hora dos animais, perigosíssimos para as crianças, claro, as grades não estavam ali à toa. E essa era a parte mais emocionante! E o moço na moto no globo da morte? Nada disso, esqueçam.

O assunto é polêmico e já rendeu discussões, mas o circo “politicamente correto” perdeu parte da sua graça. Vejam só a indignação da pequena Manu diante da apresentação de um bailarino:

- Mamãe, ele não pode dançar assim! Ballet é coisa de menina!

Viram? São essas as nuances do politicamente correto que enfrentamos e enfrentaremos para o resto da vida com os filhos. Quem explica? E quem tem razão??

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sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Convidado especial para o Dia dos Professores!


Então, eu quis estar na moda dos bloguinhos e convidei alguém para escrever aqui.

A escolha do meu convidado se explica, em primeiro lugar, pela raridade que é um pai blogueiro dando depoimentos e opiniões. A experiência da paternidade desperta o interesse e a curiosidade de muitas mães, tenho certeza!!

O espaço hoje é do Marcelo Cunha Bueno, grávido do Enrique, colunista da Revista Crescer e autor do Sopa de Pai. O Enrique ainda não nasceu, mas ele já é pai, sim, viu?! E conta no blog as expectativas, medos, alegrias em se tornar pai e a evolução da gravidez da Gabi, a mulher dele.

Leiam o post dele aqui, mas depois corram e !

Mas, o mais legal é que o Marcelo também é professor, tem uma escola, a Estilo de Aprender e trabalha com formação de professores mundo afora. Tudo isso só pode trazer ainda mais vantagens para nós, leitoras, não é mesmo?

Entre o meu convite cara de pau e a escolha do tema para o post dele, apenas sugeri que fosse algo relacionado à educação, já que eu gostaria de homenagear todos os professores pelo dia de hoje.

Espero que gostem e aproveitem!

*****

SER PROFESSOR

Ser professor é escolher estar com outros.

Ser professor é afirmar todos os dias que acreditamos nas pessoas, no mundo.

Aprendemos o ofício vivendo as relações presentes na escola, na cultura...

O professor é um inventor de espaços. Um guardador de contos. Criador de espaços de aprendizagem. Um espaço que pode ser dentro da sala, embaixo de uma árvore, de olhos fechados, num quintal gostoso, numa quadra. Professor pode inventar espaços. Se estudam os romanos, por que não dar uma aula no Coliseu? Se estudam os egípcios, por que não dar uma aula ao lado das pirâmides? Se estudam o fundo do mar, por que não dar uma aula no navio de Cousteau? É preciso entrar na história, habitá-la para fazer sentir.

Ser professor é fazer uma escolha. Uma escolha que deve ser refeita todos os dias, que deve ser pensada todos os dias. É preciso saber e entender que estamos escrevendo uma história juntos. Que somos parte da vida das crianças, dos jovens, das famílias. Somos responsáveis pelo tempo da criança enquanto ela estiver conosco.

Têm noção do que isso significa? Responsável pelo tempo... Temos de nos perguntar todos os dias se entendemos o que representa ser uma referência, uma segurança, um companheiro de crescimento. Ser o tempo. Ser um tempo. Que deve se descolar da ideia do tempo cronológico. Temos de ser o tempo das intensidades, do tempo vivido a cada instante, do hoje, do aqui e do agora.

Percebi isso quando entrei pela primeira vez em uma sala de aula. Quando vi que aquelas crianças de 4 anos me olhavam esperando algo. Esperavam que aparecesse alguém atrás da imagem do professor. Foi a primeira lição que aprendi delas. Ser professor é também deixar transbordar uma pessoalidade. Quando percebi isso, todos os dias, elas me olhavam esperando a mesma surpresa! Ser professor é mobilizar, é surpreender. É transformar o rotineiro, o já sabido em inédito. Assim fazem os contadores de histórias, assim aprenderam os nossos antepassados. Com histórias. Não é preciso mágica. O que os estudantes querem é ver que o professor é gente! Parece uma bobagem, mas é a pura verdade.

É preciso ter uma vontade de coexistir com os estudantes. De aprender ensinando. Coexistir significa deixar de ser o mestre explicador. Deixar de ser aquele que simplesmente passa a informação. O conhecimento está no mundo para ser atravessado e modificado. Degustado e transformado em um conceito habitado por individualidades. Atravessado pelos entendimentos e culturas dos múltiplos que o frequentam. Ser professor é reconhecer no outro uma potência geradora de conhecimento. É ver as possibilidades que cada um tem para encontrar caminhos que nos levem ao entendimento de como chegamos a ser o que somos.

Professor encanta. Encanta crianças e jovens com o seu apetite por conhecer, por saber, por desbravar. Professor deve contagiar. Deve sentir as coisas que fala. Deve ter paixão pelo mundo. Deve mostrar que sente. Deve sentir. As crianças sentem quando o professor se envolve, quando gosta, quando quer... e professor tem de querer, sentir, gostar! Podemos isso! Uma pessoa com desejos. Um desejo de compartilhar, ensinar, aprender. Não há nada mais desinteressante do que ter um professor que não demonstra interesse pelo que ensina, pelo que conversa. É uma afronta ao desejo de ensinar. Aprendemos mais e melhor quando sentimos que o outro quer também. Dependemos dos demais, precisamos dos outros para nos mobilizar, para nos desafiar. Professores são essas pessoas para as crianças, e elas são essas pessoas para os professores.

Bem, os desafios em sala de aula são diversos. Salas cheias, indisciplina, burocracias, exigências de chefes, falta de condições e precariedade de materiais... sabemos disso. E é por isso que a pergunta sobre a nossa escolha deve ser refeita. Ou nos entregamos a essas questões que, de fato atrapalham, ou mostramos às crianças que o que vale nessa vida são as relações que estabelecemos na diversidade, na inoperância e descaso político, nas burocracias rígidas que engessam o trabalho dos docentes.

Esse dia de professores e professoras deve ser mais um dia para reafirmarmos a nossa escolha por estarmos nesse barco. Deve ser um dia para refletirmos sobre como nos dispomos às crianças. Deve ser um dia para planejarmos os nossos estudos. Mais um dia para pensarmos sobre o sentido de estar com e para os outros!

Feliz Ser Professor para todos!

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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Da série: o meu filho preciiisa disso XI (ou não?)


Quando o Joaquim e o Pedro entraram na escola, quase tatuei os nomes nos dois para que pudessem ser diferenciados durante o período escolar.

A expressão das professoras e dos funcionários da escola era sempre de dúvida sobre quem era quem. Já pensou se trocassem só a fralda do Joaquim? Ou se o Pedro tomasse lanche duas vezes?

A escola deles exige o uso do uniforme e, portanto, estavam sempre idênticos, assim a tatuagem parecia a melhor solução.

Insanidades à parte, comprei um tênis de cada cor e avisei:

- O tênis do Pedro é o verde e o do Joaquim, o azul.

Hoje em dia o tal do tênis nem serve mais e tanto faz, pois já aprenderam a diferenciá-los sem stress.

A iniciativa desses bodyzinhos é muito legal e bem cool, é só definir quem é o bebê A e o B. Mas, vem cá, o que é pior: tatuar gêmeos univitelinos ou chamá-los de A e B??

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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Querida Cindy


Outro filme da minha época herdado pelas meus filhos é "Os Goonies". Quem não conhece, vale o Google.

A gente já sabia que tesouros e navio pirata faziam sucesso aqui em casa, só não esperávamos o gosto pela trilha sonora do filme também.

Assistir aos Goonies ouvindo "Good Enough" da Cindy Lauper é uma delícia de programa família. A criançada aprovou.

E, durante esse feriado, estava Manuzinha comigo no carro e começa a passar "Girls Just Wanna Have Fun", da mesma e maravilhosa Cindy Lauper. Obviamente, não mudei de rádio e fiz ainda pior: me empolguei com a música naquele nível em que a gente reza para não conhecer o fulano do carro ao lado. São Paulo tem essa vantagem, maior ainda no meio de um feriadão...

*****

Momento confissão vergonhosa: "Girls Just Wanna Have Fun" já foi toque do meu celular...

*****

Nisso, vira a especialista em música exibindo o seu repertório "oitentinha":

- Mamãe, olha só, é a música dos "Goonies"!

Ok, ela errou (na trave, vai...), mas perceberam a noção de reconhecimento de estilo musical que essa menina tem???

E já sabe o que é Cindy Lauper!!!

Orgulho da mamãe!!

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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A Semana das Bruxas


A vida das crianças é marcada pelas diversas fases que passam. Já sabemos disso. Tem aquelas fofas, das primeiras risadinhas, gargalhadas, gracinhas e palavrinhas, que adoramos contar, recontar e exibir. Um pouco a função desse blog, admito...

Mas elas vivem aquelas fases terríveis, de cansaço e esgotamento total para os pais, principalmente. E, quanto a essas, podemos nos queixar, reclamar, nos arrastar pelos looongos dias e buscar soluções. Outro função desse blog, novamente admitindo...

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E a Semana da Criança foi substituída pela das Bruxas. Eu nem sabia que isso existia, mas existe sim.

O exagero não é à toa quando falo sobre 3 criancinhas “embruxadas” e agregadoras de fases. Pra mim, chega até parecer fácil uma criança que não quer dormir à noite. Mas imaginem 3 que não querem dormir, comer, acordam cedo, berram por conta dos pesadelos e parecem estar com aftas nas boquinhas.

Tudojuntoemisturadoaomesmotempoagora, entenderam?

Nem vou entrar em detalhes para vocês não ficarem cansados e abandonarem o post. Mas a minha cabeça, devagar que só essa semana, já se fundiu tentando achar a explicação para todas essas questões que se parecem interligadas.

O resultado é a tal da malvada: a culpa. Minha, claro.

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Aproveitei essa época de abacaxis extra doces e entupi os meus filhos com essa fruta tão docinha e ácida. Afta. Que atrapalha a alimentação e dói à noite. Muito, aliás.

Também achei que o “Nemo” era um filme lindo, fofo e inocente. Mas eles estão achando o Bruce um tubarão muito malvado e assustador. Pesadelos. Berreiros durante a noite. Muitos.

Agora, multipliquem o problema por três. Visualizem essa mãe aqui, então. Que estava tentando engrenar uma dietinha, mas ataca doces por culpa. Eu sei que faria mais sentido me penalizar enchendo a cara de abacaxi e a boca de aftas, mas quem entende os caminhos tortos de uma mente culpada?

E daí que autorizei o “bed sharing” essa semana toda, cada dia era um que vinha ocupar o “meinho”. Fofos que são, até respeitaram aquele papo de “cada dia é um” e não teve congestionamento de filhos entre maridinho e eu. Cada um nos chutou, socou, empurrou e nos espremeu em um pedacinho da cama no seu próprio dia.

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Estamos dois cacos ambulantes. Mas a culpa é minha mesmo, já sei, já sei...

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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Encontro de Blogueiros


Aconteceu ontem, na editora Globo, um encontro de blogueiros organizado pela Revista Crescer. Fiquei fe-liz da vida por ter participado, reencontrado outra blogueira querida já amiga e ter adicionado "carinhas" aos bloguinhos lidos diariamente.

Tudo muito, muito legal mesmo!

Discutimos uma série de assuntos referentes aos blogs, especialmente os de mães, mas saibam que tinham pais blogueiros por lá também.

A conversa toda poderia ter durado um dia inteiro, quer dizer, mais do que isso, tenho certeza, e renderia até um novo blog. Desde a questão da exposição dos filhos e da família através de fotos postadas nos blogs, o vício pela internet em geral, a adesão ou não a outras redes sociais (e os filhos? Podem aderir?), o que os maridos acham dos blogs (parece que todos sentem ciúmes, acreditam??) e vários outros.

Enfim, um papo muito interessante a base de cafezinhos, sanduichinhos e saladinha de frutas. Obrigada, Revista Crescer, pelo convite, a oportunidade e a receptividade de todas vocês!

Para saber detalhes e quem mais estava lá, é só clicar aqui.

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Poucas palavras e muito conteúdo!!



Na verdade, a gente só queria aproveitar a sexta-feira para desejar um bom fim de semana, um super feriado e um Dia das Crianças excelente para todos.

Vamos encher essas criancinhas lindas e amadas de beijinhos...



receber milhares de sorrisos...



e babar nesse charme todo!!



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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Baby, baby, baby, ohhhh...


Resgatei para as crianças “Os Incríveis”, aquele filme da família de super-heróis. Era meu mesmo, tá?! Sem vergonha nenhuma, mas tive uma fase de comprar esses desenhos e acabaram ficando de herança para eles.

Eles estão adorando e acham um barato a Mulher Elástica. Ela estica os braços e separa os filhos que estão brigando, por exemplo. Cena bem comum nessa família, a briga, tá? Porque eu ainda não tenho braços elásticos, bem que gostaria e peço por um parzinho todas as noites para o Papai do Céu. (Espero que esse ano o papai Noel receba a minha cartinha e atenda ao meu pedido).

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Mas, daí, tava eu lá morrendo de rir com os meus referrals do Sitemeter e a Manu me chamando sem parar, para pegar alguma coisa em uma estante alta. Geralmente, ela sobe em tudo e pega sozinha, mas as últimas broncas serviram para ensiná-la a não escalar os móveis, é só pedir que alguém pega.

Só que o Sitemeter estava muito engraçado e ela lá pedindo há algum tempo. Eis que ela me dá um ultimato:

- Mamãe, pega logo o meu livro, que eu não sou a Mulher Elástica!

E eu não sabia o que era mais engraçado, o Sitemeter ou a fala da Manu.

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Ah, querem saber a graça?

Tadinha da menina pré-adolescente, gente. Jogou lá no Google: “quero ir numa matinê mas só tenho 11 anos”. Caiu aqui.

Como decepção pouca é bobagem, voltou no Santo Google e perguntou: “como se comportar em matinê?”. Voltou no mesmo post.

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Coincidentemente, passamos em frente a uma matinê nesse último fim de semana. Eram quase 5 da tarde e estava a maior fila na porta.

Fiquei horrorizada! Rola a maior economia nos tecidos para a confecção das saias e shortinhos das meninas e um desperdício absurdo nos laquês da vida para o cabelo dos Justin Bieber´s que vimos por lá.

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Filho meu, não. Vou bloquear o Google, para nem dar idéia, ou configurá-lo para direcionar as crianças sempre para sites do tipo Discovery Kids, Disney e etcs.

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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Isabel


Vocês se lembram dessa história?? O post é do dia 28 de maio de 2010 e a continuação vem só agora, quase 5 meses depois, final feliz e engraçado.

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Isabel nasceu, obviamente, e já tem 4 meses. Falo com propriedade de causa: ela é tão linda, mas tão linda e tão boazinha, do tipo de bebê que me traz a aquelas vontades de partir para o quarto filho, sabe? E a Carol, a mãe, está mais bonita e mais magra, páreo duro para aquela moça Bündchen, que faz a gente pensar que o parto traz de volta aquele “corpitcho” enxutinho e firme e ainda acrescenta o brilho, a alegria e a beleza que a maternidade nos proporciona. (Eu não me iludo, tá? Isso é para poucas, pouquíssimas...)

Mas depois da aventura toda, a Carol foi liberada para casa, repouso de uma semana, com muuuuito remédio para segurar a mocinha lá no quentinho por mais algum tempo, afinal eram 35 semanas e 4 centímetros de dilatação.

Passado o repouso, vida normal, trabalho e tal. Mais uma consulta de rotina, agora com 37 semanas. A médica sentiu a cabecinha da Isabel!! A mocinha virou! (Carol, imagina só do que essa menina vai ser capaz na vida?? Quem consegue virar com 37 semanas, pode tudo!!).

Mais alguns dias, algumas consultas e nada de novo. Com 38 semanas e 5 dias, a médica resolveu “dar uma ajudinha”, descolando alguma coisa, ou tirou o tampão, sei lá. A Carol saiu da consulta com uma coliquinha, mas nada que a impedisse de ir almoçar com vááááários amigos no shopping.

Durante o almoço, entre uma batatinha e outra, uma contração. Mas, nada para se preocupar. Quase 39 semanas, contrações de 6 em 6 minutos, mas e daí? Nada de dor, ou seja, nada de trabalho de parto. Ela estava até achando graça (mãe de segunda viagem é uma beleza!!), mas não quis incomodar a médica, tinha motivo??? Vejam bem: QUASE 39 SEMANAS E CONTRAÇÕES DE 6 EM 6 MINUTOS! Foram as amigas que a obrigaram ligar para a doutora (obrigada, meninas, pelo bom senso!) que mandou-lhe parar com as batatinhas e voar para o Einstein.

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(Tenho informações de fontes seguras de que, nessa hora, ela telefonou para o marido e ele ficou todo preocupado pelo fato de... estar sem carro!! Então, pediu para a Carol ir buscá-lo. Ela foi. Acreditem: dirigindo. Afinal, pegar um táxi nessa situação do nascimento da segunda filha representaria uma despesa com a qual eles não estavam contando. Orçamento e plnejamento são princípios básicos para a manutenção da família. Desde sempre, até durante o trabalho de parto).

*****

No fim, não sei como, mas chegaram à maternidade às 5 da tarde com 7 centímetros de dilatação. Nas próprias palavras da Carol: “sei que só deu tempo de trocar de roupa, colocar umas paradas na barriga para monitorar as contrações, dar uns pulinhos numa bola de pilates, a bolsa estourar, quase morrer de dor, anestesia, empurrar, empurrar, empurrar e às 18:24h a minha linda Isabel nasceu! Momento incrível que só quem passou por isso entende (independente do parto normal ou cesária, é especial demais da conta).”

*****

Adoro essas boas histórias de parto, ainda mais quando são tranqüilos e até engraçados.

Obrigada, Carol, por compartilhar tudo e por colocar no mundo uma nora em potencial!!

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terça-feira, 5 de outubro de 2010

A Festa da Democracia


Eu não consegui votar nas últimas eleições. Tinha 2 menininhos coliquentos com apenas 2 meses que provavelmente não me deixaram nem tirar o pijama naquele domingo.
A confusão, o sono, o cansaço e os hormônios eram tanto que também nem me lembro quais eram os candidatos ou o cargo em questão.

Esse ano foi diferente, quer dizer, mais ou menos. Votei. Tudo direitinho, mas o processo em si foi tumultuado.

Primeiro, foi a vez do maridinho votar. Uma chuvinha fina e falta de vagas nos obrigaram a ficar no carro esperando.

Enquanto isso (meia horinha básica) a conversa era mais ou menos assim:

- Onde o Papai foi?

E eu, só para provocar, respondi:

- Na festa da democracia!

Eles não gostaram da resposta, não entenderam, ainda mais porque o pai havia ido sozinho à festa. Judiação! Então, resolvi explicar melhor:

- O Papai foi votar.

E eles:

- O que é votar?

Respondi que na votação a gente apertava um monte de botõezinhos para escolher os “chefes do Brasil”. (Expliquei bem?? A resposta para essa pergunta, quando vinda de uma criança, é tão difícil...). Falando em chefe do Brasil, os meninos já saíram gritando: “O Kaká! O Kaká!”. Voltei à explicação de que a tal da festa da democracia era diferente da festa da Copa do Mundo.

Mas, enfim, comecei a falar dos candidatos, dizendo quem é lindo ou feio, bonzinho ou malvado, quem come gente e prende criancinha. Nada didático ou politicamente correto, eu sei, mas dá para explicar a diferença entre o candidato de direita, o de esquerda e o de cima do muro parra crianças nessa idade?? Mais complicado ainda...

Eu sei que eles conversaram, perguntaram e entenderam tanto e tão bem que resolveram que mandariam um “bolo de brigadeiro e morangos” para o candidato “lindo e bonzinho” e um “bolo de pum bem fedido” (em blog de mãe a gente pode falar de pum à vontade, lembram?) para a candidata “feia, malvada, que come gente e prende criancinha”. (Não citei nomes, ok?!).

E, na minha participação da festa (balada sem fila na porta, ótimo!), levei o Pepê para apertar os botõezinhos comigo. Cola em mãos, fui direcionando os dedinhos dele, que ficou feliz da vida por apertar o botão verde tantas vezes.

*****

Quem disse que precisa ter 16 anos para votar??

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