terça-feira, 30 de novembro de 2010

A nossa árvore


Afinal, promessa para mim é dívida. Post rápido, curto, com o pezinho já em Dezembro, na correria e alucinação do final do ano.

Vocês também fazem promessa todos os anos de que no ano seguinte vai ser diferente, vamos nos programar com maior antecedência para não enlouquecer quando Dezembro chegar? Taí uma coisa que nem atualizando o Excel anualmente eu consigo dar conta sem ter uns ataques de louca histérica.

Mas, só de ter a árvore e a casa prontas antes do fatídico Dezembro, fico mais calma e com uma mini sensação de que esse ano serei uma louca menos histéria ou uma histérica menos enlouquecida.

Ah, não importa, contanto que toque "Jingle Bells" ao fundo e a casa tenha o cheirinho dos biscoitinhos de gengibre assando no forno.

(Há! Boa piada, se sentirem o cheiro, é na casa do vizinho, com certeza. Mais fácil eu encomendar biscoitos prontos e decorar com as crianças, do que correr esse enooooorme risco de assar biscoitos por conta própria!)

Mas, e aí? Gostaram da árvore?? E as botinhas com os nomes dos três bordados? Fofo, né?!

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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Reprovada em matemática??

A matemática de 1 gravidez + 1 gravidez, no meu caso, resultou em algo nada óbvio: 3 filhos. Portanto, nem sempre um mais um é igual à dois.

Honestamente? Eu simplesmente adoro esse resultado “errado”! Não sou daquelas mães nostálgicas com relação à gravidez, não tenho saudade da barriga, do corpo, não me achava bonita, pelo contrário! Tudo se tornava um incômodo e o nível de dificuldade só aumentava a cada dia.

Dá para sentir saudade?

Ok, não quero parecer uma pessoa horrorosa que odiou ficar grávida, curtir a barriga crescer e adquirir forma, o bebê mexer, fazer ultrassom, isso sim era bom! Ah! E as filas preferenciais também, claro!

Precisei tirar a segunda via do meu RG no Poupatempo (aliás, esse nome é uma grande contradição), empinei a minha barriga de apenas 2 meses e não passei mais de meia hora lá dentro.

Mas, sorry, ter tido os meus 3 filhos, desejados desde a vida toda e, ainda por cima, “economizando” uma gravidez?? Sonho meu!!

*****

Esse post foi inspirado por uma amiga do Twitter (Ro_England), que tem uma experiência matemática igual à minha, o resultado dela também deu errado: 1 + 1 = 3.

Mas, ela acha que deve caber mais uma gravidez aí. Será? Já pensou se 1 + 1+ 1 = 5? Quem arrisca fazer essa conta?

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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A famosa síndrome do quarto vazio

Ano passado, mais ou menos nessa época, faltando 1 mês para o Natal, a querida Vovó Célia (avó do maridinho, bisavó das crianças) esteve em casa e perguntou à Manu o que ela queria ganhar do Papai Noel. Com apenas 2 anos e meio, mas já extremamente pidona e metida, pediu uma televisão e um DVD das Princesas (não um filme, o aparelho de DVD mesmo...).

O pedido de um neto ou bisneto é uma ordem, uma lei daquelas impossíveis de desobedecer. Maridinho foi contra até o último fio de cabelo, mas a Vovó Célia foi firme em obedecer ao pedido da bisneta e não à exigência do neto.

(Eu quero viver para sentir isso, espero que demore, mas ser avó e bisavó deve ser daquelas experiências grandiosas e encantadoras da vida. De dar e receber amor, carinho sem nem se preocupar com educar, dar banho, impor limites, dar comida, trocar fralda, falar “nããããoooo!” 452 vezes por dia. Não deve ser bom??).

E então, no dia do Natal, o maior presente era o da Manu. TV e DVD cor de rosa, das Princesas, embrulhado e depois com o pacote rasgado em milhões de pedaços.

Manuzinha olhava aquela TV maravilhada e queria usufruir do presente. Daí, veio o problema.

Quando nos mudamos para esse apartamento, fizemos uma enorme reforma, mas tivemos que priorizar algumas coisas a fim de que ficasse tudo pronto ANTES dos meninos nascerem. Não fiquem com pena, por favor, mas o quarto da Manu não foi uma prioridade. Olha só, a gente não queria investir em um outro quarto de bebê, pois ela ainda era um. Sabíamos que era apenas uma questão de tempo para que um quarto mais de mocinha fosse feito, com cama, sem berço e armários decentes.

A TV e o DVD nos “obrigaram” a reconhecer a necessidade de fazer esse tipo de quarto. E assim foi feito: cama, armários, sapateiras, cômoda cheia de gavetinha, prateleiras para as inúmeras Barbie´s, mesa e estante para TV e DVD. Ficou uma graça! Ela participou de tudo, quis escolher tecidos, papel de parede e se apaixonou pelo quarto pronto, queria passar todas as horas do dia lá. Às vezes até fechava a porta para não ser incomodada pelos irmãos mais novos. (Um parênteses: quem estiver pensando que o fato de ter TV e DVD no quarto, fez da Manu uma menina viciada em televisão, pode ficar tranqüilo, isso não aconteceu. Tanto ela quanto os meninos sabem que não devem mexer sozinhos lá e dosamos bem os momentos de assistir aos filmes, TV aberta ou a cabo nem funcionam no quarto dela).

Seis meses depois da “inauguração do quarto da mocinha”, ele perdeu um pouco a graça e até brinco que está para alugar.

Manu só quer saber de dormir com os irmãos (fofa! Fofa! Fofa!). Monto uma caminha no chão com várias almofadas tipo um futton, cerco tudo com outras almofadas e rolos de tecido e voilà! Tem dormido feliz da vida. Não só ela, como eles também. Batem um papinho, dão umas risadinhas e capotam, feito anjinhos. De manhã, ouvimos a conversa animada dos três (fofos! Fofos! Fofos!), gritam “bom diaaaaaa!”, cantam e conversam de fato entre eles.

Então, tenho um quarto (suíte, gente! Alguém se interessa??) e um meinho na minha cama sobrando, mas o meu coração de mãe se alegra muito por vê-los querendo ficar juntos, mostrando-se amiguinhos queridos. Na verdade é o desejo de toda mãe, como eu, que tem como valor básico e fundamental criar uma família unida.

Papai Noel me presenteou mais cedo esse ano, tenho certeza!

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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Natal com crianças!!

Estou aqui quase literalmente enrolada nas luzinhas da árvore de Natal que eu resolvi montar essa semana. É preciso calma, muuuita calma... Arrumar árvore e a casa para o Natal é todo um processo que pode durar dias (no meu caso, com certeza!).

Aproveitei que as crianças estavam na escola só para montar a árvore, abrir os galhos e enrolar as luzinhas, a parte mais chata e trabalhosa.

Daí, deixei todos os enfeitinhos separados para eles pendurarem quando chegassem.

Eu acho a preparação para o Natal com crianças pequenas uma delícia, cada ano eles curtem mais! Pode ser um terror querer que eles participem de tudo, como eu quis (e foi!), mas é bem mais gostoso do que recebê-los com a árvore pronta.

Eles viram enfeitinho por enfeitinho, elegeram os preferidos para pendurar, fofos de tudo.

A reação de cada um também foi interessante. Joaquim e sua mania de grandeza e exageros achou a árvore “grandona e pesadona”. O Pedro, aquele moleque alucinado por macacos, quase tentou subir na árvore (peguei no pulo!) e procurou por bananas. A Manu foi a mais participativa para pendurar os enfeites, só aceitou ir dormir quando se certificou de que a caixa dos enfeites estava completamente vazia.

O resultado é uma árvore com enfeites concentrados na parte da frente e na altura dos bracinhos deles. Dá para ser mais fofo? Claro que eu já mexi bastante e distribuí enfeites, bolas e laços pela árvore inteira, mas quase chorei de fofura!

Ainda tem um monte de coisas para arrumar pela casa. Engraçado como eu consegui juntar taaanta coisa de Natal em tão pouco tempo de “vida própria” (casamento e filhos), dava para decorar a minha casa, a da praia, a a fazenda e o apartamento de Paris (que um dia a gente vai ter, hohoho!).

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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Mulher & Mãe

Recebi por Sedex ontem um pacote delicioso que continha vários exemplares da última edição da Revista Mulher & Mãe.

Essa revista é feita por mães e para mães, “com idéias, dicas e um pouco de filosofia sobre a maternidade”. Infelizmente, não está à venda, ela é distribuída gratuitamente nas maternidades.

Uma vez, fui visitar o bebê de uma amiga, ela estava naquele momento do banho demonstrativo e fiquei um pouquinho na sala de espera. Dei de cara com e revista, li por alguns minutinhos, mas queria, de qualquer jeito, levar comigo para casa.

Daí, as meninas do Mulher & Mãe, Carol e Danuzza, fofas que só vendo (sigam no Twitter @redemulheremae e vão ver como "fofas" é pouco!), me pediram um depoimento sobre a chegada dos irmãozinhos e como “gerenciar” a situação toda. Eu amei o resultado, a matéria toda, a foto, puro orgulho! Por isso, estou postando
para vocês o meu depoimento que acabou de sair na revista.

Enjoy!

“O meu marido e eu fizemos um único plano: ter filhos. Assim, no plural. Nunca quisemos pensar em quando, a diferença de idade entre um e outro, o quanto aproveitaríamos da vida e do casamento antes das crianças, nada disso. A idéia era ter filho rápido e cedo, para que pudéssemos curti-los e aproveitá-los o quanto antes e com todo o pique e a energia que uma criança exige.

Manuela nasceu exatamente no dia em que completamos 1 ano de casados, dá para ter uma idéia da rapidez com que eu engravidei... Simplesmente, deixamos acontecer e ela veio assim, de uma surpresa boa, meio que esperada, afinal, se quiséssemos, saberíamos como evitar filhos.

Manuela foi a primeira filha e primeira neta das nossas famílias. Muitos paparicos e mimos, um enxoval de princesa, mas não reinou absoluta por muito tempo.

Novamente, deixamos as coisas acontecerem naturalmente, já pensando no segundinho.

Outra surpresa boa. Ou melhor, surpresas boas, teríamos o segundinho e o terceirinho, já que o primeiro ultrasom revelou uma gestação gemelar. Essas surpresinhas vieram acompanhadas de um sustão e muito medo! Além da preocupação pelos riscos da gestação de gêmeos, também pensávamos em como seria criar e educar mais 2 filhos de uma só vez, já acompanhados da pequena Manu, com apenas 6 meses.

Joaquim e Pedro nasceram fortes, lindos e saudáveis após 37 ½ semanas na minha barriga. Manu tinha 1 ano e 2 meses. Aprendeu a andar no dia do nascimento dos irmãos. Teve febre no dia em que cheguei com eles da maternidade. Freud explica, certamente. E vocês podem ter uma vaga idéia da trabalheira que foi...

Organizar a rotina de 2 recém-nascidos e de um bebê recém-caminhante não foi nada fácil, sugou todas as nossas energias!! Mas, às vezes, eu sentia que o trabalho “braçal” exigido era bem mais fácil do que lidar com os ataques de ciúmes da primogênita. Esses sim reinaram absoluto aqui em casa!!

Procurei manter a rotina e os cuidados com a Manu da forma que eram e tentava fazê-la participar dos momentos de amamentação e banho dos meninos, por exemplo. Aqui, o fato de ganhar 2 irmãos se mostrava concreto para ela, já que durante a gravidez não parecia compreender todo esse “fenômeno” e também não apresentou mudanças de comportamento enquanto eu estava grávida.

Por mais que tentássemos, muitas vezes ela se mostrava brava diante de tanta atenção que os meninos exigiam de nós, tentou agredi-los algumas vezes e não me deixava entrar no quarto deles, ficava me puxando pelas pernas gritando “nããããõooo!”.

Tadinha, né?!

As avós foram nota mil conosco e com ela, permitindo que a baixinha reinasse absoluta em passeios e atividades durante os finais de semana, especialmente nas folgas da babá...

Também me preocupei em passar momentos só com ela. Conseguia algumas brechas na rotina e nos horário dos meninos e passeava sozinha com a Manu, fizemos isso diversas vezes e foi muito bom! Ela aproveitava bastante e se mostrava super feliz!

Manuela entrou na escola com 1 ano e 8 meses, os irmãos tinham 6 meses e considero esse fato como algo muito positivo para a sua individualidade. Ela tinha agora algo que era só seu, a escola, os amigos,a professora, a mochila, a lancheira. Tudo isso foi vivido de maneira muito tranqüila, adaptação fácil e gostosa, sem problema algum.

E, com o tempo, ela foi enxergando “graça” nos irmãos. Eles passaram da fase de só dormir, comer e chorar e começaram a distribuir sorrisinhos para a irmã. Ela amou e passou a interagir cada vez mais com eles. Até ensaiava alguns cuidados básicos observados através das ações dos adultos, dar chupeta, mamadeira, limpar a boquinha.

É muito legal observar diariamente a construção da relação entre irmãos. Não acho que seja algo simplesmente “natural”, mas que requer muita dedicação, incentivo, estímulo e, acima de tudo, amor.

Atualmente, Manuela com 3 anos, Joaquim e Pedro com 2, brincam juntos que é lindo e emocionante de ver! Dá uma sensação de missão cumprida. Obviamente, brigam, disputam brinquedos, atenção e se provocam, mas ter irmão é viver isso mesmo, o que é bom e traz resultados positivos para o resto da vida.

Nunca deixei de incentivar a individualidade dos meus filhos, especialmente por ter tido gêmeos univitelinos. Então, procuro passar algum tempo sozinha com cada um deles, fazendo o que eles mais gostam. O resultado é notável!

Observo muitas famílias que optaram por ter um único filho, ou que ainda estão pensando se vão partir para o segundinho e o meu conselho é de que sim, sigam em frente.

As famílias que optam por mais de um filho criam e educam crianças mais independentes, que se desenvolvem e aprendem tudo mais cedo, pelo estímulo do próprio irmão mais velho. Às vezes, o filho único não “enfrenta” o mundo como deveria, fica muito protegido e “isolado” com os pais, o que pode trazer algumas dificuldades de relacionamentos sociais, noções de regras e de como se defender por aí...

O trabalho é dobrado, no meu caso, triplicado, mas me sinto recompensada a cada dia! Essa semana, fiquei com os olhos cheios de lágrimas ao ver o meu filho Pedro falando para o pai de manhã cedo: “não vai trabalhar, Papai...”. No mesmo instante, a Manu foi até ele, deu um abraço, procurando consolá-lo: “o Papai precisa trabalhar, Pedrinho, para ganhar dinheiro e a gente poder ir passear no fim de semana!”.

Dá para entender o que é missão cumprida, então???”


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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Culpa não bate à porta!

São 9 dias desde que eu cheguei de viagem e não dormi sozinha nenhuma das noites. Quer dizer, odeio dormir sozinha, maridinho é, obviamente, a minha companhia preferida, diária e para sempre! Estou falando das crianças mesmo.

Cada noite é um. Manu às vezes aparece do nada, os meninos choram e falam: “quero ir na sua camaaaaaa!”. Já aconteceu da Manu acordar primeiro e ocupar no meinho. Algum tempo depois, o Pedro acorda exigindo o seu lugar. Daí, pego a Manu, volto para a cama dela, tiro o Pedro do berço e garanto o lugar do rapaz no meio dos pais.

Não sendo isso tudo, os meninos, quando colocados no berço, urram de tal maneira que chego a lembrar e me arrepiar todinha dos tempos sombrios e assustadores das cólicas dos recém-nascidos.

*****

Pois bem, a psicóloga aqui rasgou o diploma, picou bem picadinho e até botou fogo. Não sobrou nada, caminho sem volta. Quer dizer, ficou a culpa, claro. Aquela que sussurra diariamente no meu ouvido que os meus filhos estão passando por uma situação traumática de abandono dos pais.

E aí?

Penso em 3 alternativas: (1) encomendar um “puxadinho” para a minha cama, (2) overdose de terapia, assim, todos os dias mesmo e (3) não viajar nunca mais.

Alguém tem uma melhor???

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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Comendo a cheesecake que a madrasta amassou!

Informação no. 1: os meus filhos são verdadeiros petit gourmands alucinados por cheesecake. Pode ser de frutas, chocolate, goiabada, qualquer tipo, aliás vivemos inventando novos sabores. A própria Manu, quando fez 3 anos, pôde escolher o bolo que levaria para a comemoração do aniversário na escola e escolheu uma cheesecake. Eu fui uma mãe bruxa-malvada-quase-madrasta-invejosa e não permiti. Achei que poderiam até achar estranho uma cheesecake para um aniversário de criança e optamos por algo com muito leite condensado e granulado. Mas, daí, boazinha e coração mole que sou, fiz a cheesecake em casa à noite para cantar “Parabéns” com a família. (Compensou, vai?!)

*****

Informação no.2: o Joaquim e o Pedro são alucinados por macacos! Eles têm inúmeros de pelúcia, de borracha, nos livros e etc. Um dos pijamas preferidos, obviamente, é de macaco. Um macaco meio radical andando de skate.

*****

Esse fim de semana, perguntei ao Pedro qual pijaminha gostaria de colocar depois do banho. Ele me pediu o do “macaco andando de cheesecake”!!

Enquanto isso, o Joaquim falava que ia guardar o sabonete no “balde de sabonetes”, o novo nome empregado para as “saboneteiras” aqui de casa.

E eu, morri de tanta fofura, claro!

*****

Mas, voltando a falar sobre a madrasta, a Manu comentou que o Joaquim estava com inveja dela. Na mesma hora, perguntamos se sabia o que era inveja e ela disse que “é uma coisa muito feia de madrasta”.

Obrigada ao Senhor Walt Disney por ensinar, tão cedo, ainda na primeira infância, sentimentos “nobres” a minha filha!

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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A precocidade nua e crua

Eu tenho medo do que o futuro me reserva como mãe de dois meninos. Estou me referindo exclusivamente à adolescência, para não me preocupar e chorar (tanto!) agora.

Antes eu achava graça da associação que os meninos faziam cada vez que estavam no meu colo e apoiavam no meu peito:

- Parece um polvo!

Calma, explico, antes que você achem que a minha família é meio (muito?) maluca: eles têm um polvo de borracha que tem a cabeça redonda. Explicado? Entendido? Good enough?

Daí, hoje eu tava me trocando, Joaquim veio atrás de mim, já me olhou meio rindo:

- Olha o seu peito, mamãe!

Rapidinho, coloquei o sutiã e a blusa. Mais rápido ainda, a reação do moleque:

- Mamãe, eu quero ver o peito pelado...

*****

Aos engraçadinhos de plantão: sim, é muito cedo para dar a assinatura da Playboy nesse Natal. Entendido?

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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Mais das mães...

Nós embarcamos num vôo às 5 da tarde, eu já estava me achando de férias total e em plena lua-de-mel, sem nenhuma bolsa de criança cheia de fraldas, lencinhos, chupetas, McQueen´s e Barbie´s.

Bagagem de mão devidamente colocada no compartimento a cima das nossas cabeças, “niqui” senta uma família na nossa frente, pai, mãe e a “pentelhinha” (sorry, people...) de uns 2 anos.

Já imaginei a adorável criaturinha chorando por 12 horas, empurrando o banco, aquela confusão toda de viajar de avião com crianças, já tão bem relatada por muitas de vocês, caras leitoras.

Para piorar, a mãe resolveu fazer a menina dormir, eram 6 da tarde. Paniquei total! Maridinho que o diga:

- Ah, não, olha que absurdo, essa menina vai dormir agora e depois vai passar a madrugada inteira acordada, reclamando e enchendo todo mundo.

Sabe, coisa de mãe que fica segurando o filho só um pouquinho para dormir na hora certa (certa para quem, meu Deus? Para a criança exausta ou para a mãe que não quer amanhecer exausta no dia seguinte?) e não dar trabalho à noite?

Maridinho nem ligou, estava mais interessado em assistir aos filmes, aqueles que a gente não conseguiu ver no cinema e estavam estreando na tela 2X2 da Air France.

A fofinha de cabelos cacheados dormiu por quase 2 horas. Eu tinha certeza de que o caos estaria instalado pelas próximas 9 horas e me arrependi horrores por não ter comprado um corretivo mais power da MAC à venda no Free Shop para estreá-lo no desembarque em Paris.

Mas as mães pagam a língua. Direto. Ainda mais mãe alheia, intrometida e palpiteira como eu estava sendo naquele momento.

A princesinha dormiu o vôo todo. Nem sinal de criança na nossa frente. Eu não dormi, porque não durmo em viagem de avião mesmo, aliás, porque me preocupei então? Porque não investi logo de cara em todos os corretivos disponíveis anti-panda?

E, no sono e canseira que estava, esqueci de perguntar àquela mãe-fada se ela também tem blog... Podem brigar comigo!

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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Reflexões de mãe sobre as mães durante a viagem...

Estou escrevendo do quarto do hotel em Paris, charmosésimo que só vendo, se não fosse pela chuva de hoje... Depois de andar a manhã e a tarde toda com um guarda chuva que não funcionava (sabe aquele tipo que “espana” no vento e faz você querer morrer de vergonha? Então...), voltei para o hotel, me despedi do meu sapatinho fofo, presente do maridinho há alguns anos, mas vou ter que abandoná-lo depois dessas aventuras aquáticas em Paris, pena, pena, pena!! Banho tomado, quentinha e sentei para escrever antes de sair para jantar. Infelizmente, a internet WiFi oferecida gratuitamente pelo hotel não funcionou nenhum diazinho, nada de Skype, então, Word pra que te quero!

*****

E eu só queria compartilhar algumas impressões e fazer observações do que eu vivi na viagem. Coisa de mãe e de filho, tá? Ok, ok, se alguém reclamar, eu falo mais detalhadamente dessa experiência de viajar só o casal, deixar os filhos, morrer de saudades, sentir dor de saudades mesmo, depois eu conto, juro, juro! Só não preciso entrar nos detalhes da lua-de-mel, né?!

Só uma coisa: quem achou que a gente tá descansando, errou feio! Quer descanso? E mordomia? Resort! No nordeste já tá bom. Aqui, a gente acorda cedo, anda o dia inteiro (vá para a Europa e nunca mais faça exercício para as pernas NA VIDA!), carrega mala, se perde, roda a cidade toda de metrô, essas coisas difíceis de uma vida dura... Vocês me entendem, né?! O ideal era emendar uma semaninha num resort mesmo (que pessoa folgada!), mas tem uma hora que a realidade em Euros acaba e temos que voltar para a dos Reais que pagam leite, fraldas e etc.

Mas, gente, olha só, eu fiquei muito impressionada com as mães e as crianças européias, falando especificamente das italianas e francesas. Sério, vamos descobrir os blogs delas, botar no Google Translator e aprender tudo.

Aqui, você vê sempre as crianças na rua, independente da hora, do tempo e das condições da cidade. Por exemplo: Veneza. A cidade é inteira de pedras no chão, super irregular, aquelas ruazinhas e vielinhas minúsculas, um milhão de pontes.

Vocês acham que isso espanta as mães com filhos??? De jeito nenhum. Elas agasalham as crianças ao máximo, saem empurrando e carregando os carrinhos através das pontes e pelas pedras.

Panda é uma coisa absolutamente inexistente por aqui. Vi bebês pequenininhos, até recém-nascidos dando altas voltas no frio e na chuva (preciso falar da chuva, já, já) e todos com mães lindas, magras, bem vestidas e arrumadas. Como elas conseguem, Senhor? Eu era íntima do roupão e do meu amigo Panda nos primeiros meses de vida dos meus filhos. Sair? Só se fosse para ir ao pediatra. Na chuva? Só se fosse para ir ao pronto-socorro. Como elas conseguem, Senhor? Ah, e sem babás. Não vi nenhum membro do país das nuvens brancas. Sabe, do tipo que te dá uma folguinha para tomar banho, lavar e secar o cabelo, se arrumar e então sair desfilando a prole? Nenhuminha. Como elas conseguem, Senhor?

Agora é sério: a chuva. Esse esquema me assustou um pouco. Acho que todo mundo conhece ou já viu capa de chuva para carrinho de bebê, certo? Mas alguém já usou? Aqui é um must have daqueles! É só chover e lá se vão os carrinhos encapotados. Eu, particularmente, morro de aflição. Se chove, eu corro, com filho, mais rápido ainda, não fico passeando por aí, mesmo que seja de capa, guarda chuva e todo o equipamento necessário. Aquilo me dá uma sensação de claustrofobia, de que vai sufocar a criança, que ela vai ficar sem ar lá dentro, sei lá... Nunca usei e não gostei de ver em uso.

Sério de novo: entendi que a vida para as famílias é bem diferente na Europa. Desde a questão com a ajuda na casa, com os filhos e também com o transporte. Daí, me senti privilegiada, sabe? Principalmente porque vi muito, aliás, todos os bebês e crianças dormindo em condições não tão “acolhedoras”, entende? Eu acho que sonequinha de criança é fundamental pela saúde (“o sono alimenta, faz crescer e blá, blá, blá...” já diziam as nossas sábias avós, hein?!) e pelo descanso mesmo.

Meus filhos não dormem em carrinho, canguru ou em cadeira de restaurante. Lugar de dormir é em casa, no bercinho ou na caminha, bem gostoso, quentinho e confortável. Quando vi uma mãe tirando o tênis da filha, fazendo um travesseiro com a própria pashmina e cobrindo a menina com o casaco para dormir no banco do Musee D´Orsay quase chorei de pena. Daí, a menina dormiu e a mãe ficou lendo 600 vezes o mapinha do museu. Porque não foram descansar em casa ou no hotel? A chata e fresca sou eu ou vocês também acham normal dormir no banco duro do museu?

Agora, o uso prioritário do metrô como transporte acaba obrigando os pais a carregarem os filhos nos carrinhos. Inclusive crianças grandes, cheguei a estranhar. Você raramente vê crianças andando à pé, vivem nos carrinhos. Engraçado, né?! Eu acho carrinho um trambolho e me livrei dele assim que pude, adoro sair de mãozinha dada com os 3, mas entendo que nesse caso nem sempre passeio é passeio, acho que muitas vezes envolve aquelas tarefas chatas de mãe e pai, então fica mais fácil botar no carrinho do que fazer supermercado ou ir ao banco e ainda ficar de olho nos “pequenos terríveis”.

Pequenos, quem? Pois é, crianças terríveis não parecem fazer parte desse continente. Juro! Não vi manha, birra, grito, choro, nada! Elas são muito educadas e devem estar super acostumadas com essa vida na cidade, no meio de gente grande que quase até se comportam com tal. Será que criança no meio dos adultos fica parecendo adulto também? E isso é bom?

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terça-feira, 16 de novembro de 2010

Voltamos!

Estamos de volta! Médio, né?! Ainda sofrendo um pouquinho com o fuso horário, correndo atrás desses 16 dias para matar as saudades das crianças e, obviamente, botando as coisas em ordem.

A vida do casal aqui parou em alguns destinos da Europa, mas a realidade não deixou de existir simplesmente porque estávamos distribuindo “grazie´s” e “bonjour´s” por
aí, tomando uma garrafa de Borgonha por dia ou até mesmo gastando em Euros (afinal, né?!).

Manuzinha teve febre na nossa ausência, a empregada ficou doente e deixou minha mãe e a minha sogra na mão, claro, a mim também, já que resolveu pedir demissão (great timing!), o carro quebrou, mas pelo menos o orçamento não é em Euros, o que já faz essa chatice toda ficar quase 3 vezes mais fácil. Vamos pensar bem, há sempre um lado positivo em todos os acontecimentos!

Mas, que coisa feia, Camila! Dezesseis dias na Europa e essas reclamações todas??? Ai, gente, é duro voltar, restabelecer a rotina, ou não é?! Fui eu quem perdeu o pique, ou os meus filhos estão ligados no 220 mega-turbo? Mas, vamos lá, que já é Natal!

Preciso correr ali, encher umas bochechinhas de beijos, apertar umas coxinhas e até retomar a minha inspiração bloguística, viu?! Assunto não falta, podem me aguardar!! (Ah, e fazer supermercado, farmácia, deixar roupas na lavanderia, sapatos no sapateiro, contratar uma empregada nova, enfim, todas aquelas tarefas que me arrastam de volta à realidade!)

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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Um post importado!!

Cá estamos, Veneza – check!, Firenze – check! Eu jurei que tiraria férias virtuais também, mas sabe o que é? É muuuuito difícil! Ainda mais quando deixamos para trás 3 criaturinhas lindinhas. Então, estou semi-conectada, contratei um pacote de dados para o Blackberry de última hora e pronto! Jurei que “abandonaria” o blog durante essas férias, mas isso é impossível! Tenho visto cada coisa... assunto para um blog inteiro e prometo que farei posts super inspirados nessa viagem. Isso não vai virar um blog de viagens, estou longe de ter essa capacidade, só quero contar o que eu vi entre mães e filhos desse lado do Atlântico.
E essa noite eu estava pensando na realidade de deixar os 3 e vir pra cá só com o meu maridinho por exatos 16 dias. Os preparativos foram uma verdadeira operação de guerra, que, literalmente, me deixaram doente, enjoada, com insônia, extremamente ansiosa, um caco humano! O dia do nosso embarque então... chorei pelos cantos a cada 5 minutos, a cada gracinha, sorrisinho ou palavrinha das crianças. Também chorei de nervoso, de atraso, de mala pesada que não fechava e por aí foi. Manuzinha ainda me facilitou a vida dizendo que estava muito brava comigo, pois ia ficar com muitas saudades enquanto estivéssemos viajando. Legal, né?! Chorei de novo.
Mas o meu medo mesmo era da despedida. Ou melhor, do drama que poderia pintar nesse momento. Eu posso ser bem dramática (quando a situação requer, ok?), mas o fato é que eu não queria ser na frente das crianças, com medo de assustá-las (“que mamãe louca é essa?”), mas será que eu conseguiria me controlar na frente delas diante do drama (real!!) da distância de 16 dias?
Consegui. Me despedi direitinho, bonitinha e calminha. Claro, de óculos escuros para esconder algumas lagriminhas. Gente, e eu sobrevivi! Quer dizer, venho sobrevivendo, aproveitando horrores e estou extremamente feliz!
Ontem à noite, fiquei pensando nisso e cheguei a algumas conclusões importantíssimas, coisas que explicam a minha calma. Antes que um casal, pais de 3, resolve tirar férias sozinhos, é preciso contar com algumas certezas: a segurança e a confiança.
E percebi que tenho total confiança de que fiz tudo o que pude para deixar os meus filhos bem na nossa ausência. Desde as nossas conversas sobre essa viagem, em que tentamos explicar as nossas férias, até a casa totalmente “abastecida” para eles (roupa, comida, fraldas, leites e etc), todos os números de telefones e informações importantes devidamente anotados, enfim, confiança de que não faltará nada do que eles precisam e podem precisar enquanto não estivermos presentes.
Mas, mais importante do que isso tudo, é ter a segurança (e a certeza!) de que estarão muito bem cuidados e “acarinhados” por pessoas da nossa extrema confiança: as avós! Mãe e sogra no comando da turminha. Extremamente tranqüilizador. Me dei conta de que a dificuldade e tudo aquilo que me deixou doente não era achar que algo pode acontecer a eles, isso pode mesmo, comigo por perto ou não, difícil mesmo é agüentar a saudade. Isso dói o tempo todo, não há vinho, papardelle ou tiramisú que cure! Mas, vale a pena, eu juro! Vale muito, tentem!

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