quinta-feira, 30 de setembro de 2010

A Cozinheira


Tem filho que é xerox do pai. Filha que é a cópia da mãe. Desde o nascimento, mas pode mudar um pouquinho, ficar mais parecido com um, depois com o outro. Todas semelhanças físicas.

Rapidamente, beeeeem antes do que imaginamos, eles pões as garrinhas de fora e mostram ao mundo para o que vieram, exibindo a tal da personalidade.

E os traços da personalidade podem ser idênticos (adquiridos? Aprendidos? AprEEndidos? Imitados? Genéticos?) aos dos pais ou opostos.

A Manu, dizem, é uma versão física minha tamanho miniatura, às vezes até me assusto. É muito legal me enxergar e me reconhecer naquele serzinho, parte de mim, sangue do meu sangue. Até falo: "ai, Manu, você é tão minha filha...".

E em determinados aspectos da personalidade também. Ela é mandona e brava como eu, vejam só que lindas qualidades passei para a minha filha... Mas herdou algumas qualidades-qualidades mesmo, que não vêm ao caso, em outro post eu me exibo, tá?!

Só que agora tem mostrado um lado, um interesse que eu não consigo identificar a "herança genética!". A nova mania é olhar qualquer comida e perguntar como aquilo é feito.

- Mamãe, como faz pipoca? Como faz melancia? Como faz ovo?

Justo pra mim essas perguntas difíceis todas? Prefiro até responder àquela curiosidade de como ela foi parar na minha barriga, psicóloga que sou e preciso de receita para fazer gelo e mapa para chegar na minha própria cozinha.

Ela vive me dizendo que, quando crescer, vai ser uma cozinheira. (Ô, filha, dá uma melhoradinha aí no termo, o certo é chef...), assiste "Ratatouille" com um brilho especial naqueles olhinhos dee jabuticaba, passa horas vendo os meus livros de receita e escolhendo o menu do almoço, do jantar e para quando os amiguinhos vêm em casa. Até na lista do supermercado a menina dá pitaco!

(Estranho, eu sei, mas tenho zilhões de livros de receitas. Coleciono. Junto com o pó todo!).

Hoje ela me pediu para fazer um bolo de ovo de codorna e uma sopa de forno.

Podem segurar o riso aí, hora de guardar o nome da minha filha, ela ainda vai ser estreladíssima no Michelin!

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Sou Mais Bonita Que Você


Corretivo, base, blush, rímel e um batonzinho são os segredos, sim!

Mas o panda morre mesmo com uma diquinha extra: antes do corretivo comum, aplique um corretivo vermelho ou rosa. Faz tooooda a diferença, garanto!

A boa notícia é que a expert também tem blog, cheio de dicas e excelentes referências. Vale a visita no blog da Clarinha!!

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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Era uma vez um panda!!!


O meu estado panda vai ser coisa do passado, ok?!

Panda por dentro, sem dúvida e forever, mas por fora, jamais!! Uma amiga veio em casa ontem, passou a tarde comigo numa deliciosa aula de maquiagem!

Ainda não cheguei nos looks festa e balada (nem tenho forças para encarar uma, confesso...), mas cara de saúde e descanso devem ser fundamentais para enfrentar todas as tarefas do dia-a-dia, das mais simples, tipo deixar as crianças na escola e partir para o pilates, até um jantarzinho com o maridinho. Cara de panda, não dá e nem pode!!

Então, eu juro que vou me trancar no meu banheiro com mais frequência, explorar as funções dos meus pincéis, usar tudo o que eu tenho e sair lindinha por aí!

Também vou dar um "check!" na listinha dos "itens a possuir" que me foi elaborada hoje à tarde.

É verdade, os pandas estão em extinção.

*****

E, sempre, um dia após o outro, um passo de cada vez.

Maridinho veio almoçar em casa hoje. Sentamos à mesa como de costume, um de frente para o outro. Ele me olha, um sorrisinho familiar:

- Você se maquiou hoje...

E eu:

- Ahã...

Ele:

- Nossa, que diferença! Ficou linda...

Não falei? Ele nem vai reclamar de pagar tudo da minha listinha!

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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Acertei??


Eu acreditava que o maior peso que carregaria na vida seriam 2 bebês gêmeos na minha barriga por 37 1/2 semanas. (Quem me conhece sabe que a minha "estrutura" não é a mais adequada para este feito...)

Mas é que eu não conhecia na-da a respeito da culpa e das dúvidas que as mães carregam todos os dias e para sempre. Não cabem em bolsa alguma.

Só que, às vezes, algumas cenas da vida nos mostram que acertamos. Sem saber como ou quando, mas deu certo, de alguma maneira.

*****

Maridinho saindo para trabalhar de manhã. Pedrinho vira e fala:

- Não vai trabalhar, Papai...

A Manu corre até ele, tentando consolá-lo com um abraço e as seguintes palavras:

- Pepê, o Papai precisa ir trabalhar para não ficar pobrinho (???), ganhar dinheirinho e a gente poder passear e ir ao cinema no fim de semana.

O amor pelo pai é a coisa mais linda. O amor pelo irmão também, mas, vem cá: de onde vieram essas idéias de trabalho = dinheiro = passeios, Dona Manuela?? A gente anda martelando muito isso na sua cabecinha, filha??

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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Redenção


Nos rendemos à "Galinha Pintadinha". Não sei dizer se isso é bom ou ruim, mas a verdade é que as crianças ficam hipnotizadas diante do novo DVD. Eu poderia tomar um belo banho, com direito à hidratação, hidratante, escova, maquiagem e eles ainda estariam lá, feito uns "bonequinhos de açúcar".

Também não sei se o DVD é bom ou ruim. A idéia, as imagens e animações são bem simples e exercem um fascínio que eu não consigo explicar ou entender. Talvez tenha a ver com esse fenômeno de grudar com Super Bonder a música na minha cabeça. Desde 6a. feira. Já tentei fixar outras coisas, mas a Galinha Pintadinha e o Galo Carijó estão no topo dos meus "trending topics", sem chance de perder a posição pelos próximos dias (meses? Anos?).

*****

E me rendi também a 3 envelopes enooormes e bem recheados chamados de "Recordação Escolar". Aquelas fotos tiradas pela escola, individual, com a classe toda e professoras.

Os meus filhos saíram lindosmaravilhosos em todas elas!

Tem 3x4 colorida e branco e preto, cartão de Natal, 13x18 preto e branco, identificador de mochila, marcador de livro, calendário de mesa, cartela de adesivos tudo, tudo com as carinhas maaaais bonitinhas do mundo.

Ok, vocês venceram. Comprei todas. Já tem foto grande em porta-retratos pela e as pequenininhas na minha carteira.

Não dava para ser de outro jeito, né?!

*****

Mas, olha, vou confessar: a minha irmã deu de presente o DVD da "Mary Poppins" para as crianças. Nada comparado ao sucesso galináceo, mas eles curtiram bastante. E eu bem que gostaria de me render aos encantos de uma babá daquelas...

Já pensou organizar brinquedos, roupas e gavetas daquele jeito?? Estalando os dedos?? Eu nem saberia o que é uma hérnia de disco lombar, Arcoxia, Feldene e similares!

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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

O Sitemeter me contou...


O Sitemeter é uma ferramenta bem interessante e, quando tenho tempo, fico lá fuçando para saber mais sobre as visitas que o Mamãe Tá Ocupada!!! recebe.

Até já contei sobre isso. E me lembrei na hora desse post da Paloma.

E, hoje, ai, tive um acesso de riso! Quero compartilhar, alegrar a sexta-feira e o comecinho do fim de semana de todo mundo. Só não sei como, tenho que tomar cuidado, afinal, trata-se de um bloguinho de mães e filhos, limpinho, cheirosinho, puro, ingênuo e inocente. Mas, vou tentar.

O fulano, lá no Rio de Janeiro, resolve dar uma pausa no trabalho, nos estudos, não sei, ou simplesmente estava "navegando" na internet cheio de más intenções e procurando inspirações para alguma coisa. (Já deu para sentir o assunto?)

Então, um pouquinho antes do meio-dia, ele vai ao Google e digita 4 palavrinhas (impublicáveis, sorry, quem quiser saber, manda email, mas aqui, não posso, não!) em busca de estímulos, digamos, "calientes", para não revelar a baixaria, pornográfica e sem vergonha desse tarado carioca!

(Pronto, falei!)

Ele clicou e entrou aqui.

Fato é que ele se deparou com um post de conteúdo suuuper adulto que dizia que os meus filhos MAMAM e que acham muito GOSTOSO comer frutinhas que a mamãe PICA bem pequenininha para eles não engasgarem.

E aí, captaram o nível do visitante que permaneceu pouco mais do que alguns segundinhos neste que vos bloga?

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A Dragoa e a Cachorrinha


Assistindo ao filme do "Shrek":

Eu:

- Olha só, o dragão é menina, uma DRAGOA.

Manu:

- Não é DRAGOA que fala, é "dragão fêmea".

Ah, tá.

*****

Brincando com os bonecos-personagens do Peter Pan:

Manu:

- Quem é essa?

Eu:

- É a cachorrinha da Wendy, do João e do Miguel, o nome dela é Nana.

- Não é "cachorrinha" que fala, é "cadelinha".

Ah, tá. De novo? De novo.

*****

Isso só me dá uma breve idéia da delícia que vai ser enfrentar a adolescência da minha filha.

Me faz querer arrancar todos os meus cabelos e encharcá-los nas minhas infinitas lágrimas por perceber que eu não sou o máximo da sabedoria para ela, que o "mundo" tá aí, mais forte, sábio e poderoso do que eu.

*****

Peraí, que eu preciso ir lá embaixo pegar a encomenda de lencinhos da farmácia!

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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Os pediatras de plantão


Hoje levei as crianças no pediatra. Ou melhor, na pediatra. Melhor ainda, uma nova pediatra.

Adorei a médica, a consulta, o tratamento dela com as crianças e comigo. Não, ela não é minha médica, e sim dos meus filhos, mas de uns tempos para cá, vinha sentindo necessidade de um pediatra que conhecesse as mães e também soubesse lidar com elas.

Vejam só, eu não escolhi ser pediatra e jamais faria essa escolha profissional.

Assim como também não escolhi que o meu filho tivesse um febrão domingo à noite, quando o pediatra estava viajando, pouco a fim de atender ao celular para dar as recomendações necessárias a uma mãe aflita com o filho pelando de febre, acima de 39°C, especificamente.

Um parênteses se faz necessário aqui: sei muito bem dar passos sozinha com relação à saúde e aos cuidados com os meus filhos, doentes ou não. Tenho extremo bom senso quanto às ligações (testemunhas, manifestem-se!), ou seja, não ligo à toa.

A experiência de ter 3 filhos me presenteou com o conhecimento do que é normal e esperado para os quadros de doencinhas que OS MEUS FILHOS têm apresentado. Adquiri calma e segurança, aliados à responsabilidade, claro e sempre.

Por exemplo: semana passada todos ficaram doentes, febrinha e tossinha. Descontando a porcaria do tempo, as crianças tinham “abusado” um pouquinho de sol e piscina no fim de semana anterior, portanto, para mim, a equação estava resolvida. Criancinhas foram devidamente cuidadas e já estão boas. Não precisei ficar ligando para o médico, dei conta do tri-recado. Mas, obviamente, entraria em contato com o pediatra no mesmo segundo se algo estivesse chamando a minha atenção por estar fora do padrão, ou aparentemente grave. (E não estou defendendo a auto-medicação, mas, num caso desses, as mãe “aprendem” que Tylenol alternado com o Alivium, se necessário, inalação, Rinosoro e umidificador resolvem a questão, certo??).

Mas, mãe que é mãe, é insegura, preocupada com a saúde dos filhos, deseja total atenção, exclusividade, rapidez e agilidade no atendimento e que ele seja personalizado.

Ou seja, se eu ligo para o pediatra e me identifico, quero que ele saiba na hora quem sou eu e os meus filhos, ao invés de simplesmente passar a receita de Tylenol+Rinosoro+inalação, sabe? E, às vezes, eu sentia que isso não acontecia. Quer dizer, o pediatra era dos mais competentes (e caros!), porém parecia não conhecer todos os pacientes, tinha um emprego para cada dia da semana, hospital, maternidade, consultório 1, consultório 2, aulas na faculdade e por aí vai.

Então, além de faltar um atendimento mais personalizado, sobravam poucos horários na agenda para consultas. O tempo de espera era um absurdo (deixar bebês e crianças esperando 1 hora e meia ou duas chega a ser insalubre!) e a sala de espera, propriamente dita, era lo-ta-da. De crianças doentes, na maioria das vezes, coisa que eu tenho pânico, porque a gente nunca sabe o que o outro tem e meus filhos parecem ter atração por brincar com criancinhas viróticas, melequentas e remelentas. Só me resta rezar para a Nossa Senhora da Saúde Infantil, conhecem?!).

*****

A minha questão é bem mais simples do que a discussão entre o atendimento médico público e particular. Trata-se de relação humana, pura e simplesmente.

O cara que escolheu a pediatria deve, no mínimo, conhecer o tipo de paciente que irá atender para o resto da vida e, assim, calcular bem o atendimento, a atenção e a disponibilidade que irá oferecer igualmente para o resto da vida.

A consulta do oftalmologista é bem diferente do oncologista, que difere do reumatologista, do endocrinologista, do ginecologista e do pediatra. Concordam?

Enfim, acabei definindo outras prioridades além da qualidade e da competência para o atendimento pediátrico dos meus filhos. Cliente satisfeita e com a sensação de estar no caminho certo!!

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terça-feira, 21 de setembro de 2010

O Joaquim e o Joaquim



Outro dia, uma amiga, também blogueira, me mandou um email querendo satisfazer uma curiosidade. Ela queria saber se a Manu conseguia diferenciar os irmãos.

Respondi que sim, mas nem sempre foi assim.

*****

A coitada da primogênita ganhou 2 irmãos de uma única vez. Como se esse fato não fosse difícil o suficiente, eles eram idênticos.

Joaquim e Pedro nunca tiveram apelidos na nossa cabeça antes de nascer. Arranjar um para “Pedro” é fácil, mas para “Joaquim” parecia mais complicado. Joca? Jô? Quim?

O Pedro, menino lindo que nasceu ratinho de tudo, cheio de sobras de pele não preenchidas, logo virou “Pedrinho” e depois “Pepê”. Assim ficou, até hoje. (Claro que mãe é um bicho estranho e arranja zilhões de apelidos para os filhos, mas nem vou compartilhar, afinal quando eles forem adolescentes e resolverem ler os arquivos do blog, vão querer me matar bem matadinho).

Daí, a Manu resolveu o nosso problema e apelidou o Joaquim de “Quiquim”, o que permanece até hoje.

E o Pedro? Ela não nomeou, não? Naquela época, absolutamente, não.

Em um episódio bem engraçado, perguntamos a Manu como chamavam os irmãos e ela respondeu:

- Quiquim!

- Quiquim e...

Manuzinha, pensando no irmão “espelhado”, responde brilhantemente:

- Quiquim e outro Quiquim!!

*****

Mas, passou e o “espelho” já se quebrou. A resposta perdeu essa graça espontânea e criativa tão característica das crianças!!

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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

A morte do blog? E o nascimento?


Maridinho é fã declarado e incondicional deste bloguinho, acessa o dia todo, não apenas para ler os meus posts diários, mas também para acompanhar os comentários. E, muitas vezes, o blog é assunto dos nossos jantares em casa.

Pois bem, o fã clube solo (interessados em participar, manifestem-se! Mando o contato do Sr. Presidente) está ainda mais eufórico, pois ele realmente acredita que, quando os nossos filhos crescerem, eu ficarei sem assunto e o blog vai morrer.

"Amorzinho, é difícil me calar, mas pode ser que você tenha razão."

E daí, ele acha que eu vou enfrentar uma tristeza profunda pela morte do blog, o que, na verdade, significaria a ausência de bebezinhos em casa, não apenas para cuidar, amassar, viver fofuras mil e gerar assunto para o Mamãe Tá Ocupada!!!

O resultado seria uma mulherzinha (eu! Eu!) desesperada pelo 4o. filho. E nem seria necessário implorar e convencer o maridinho para aumentar a nossa prole, ele toparia no instante seguinte.

*****

Será? Será? Será?

*****

Maridinho é advogado, um cara bom, ou melhor, imbatível na argumentação e faz excelentes previsões.

Então, novamente, SERÁ???

*****

Mas, só para constar e até acalmar algumas de vcs, estou me desfazendo totalmente de tudo o que me restou da fase da gravidez.

Guardei todos os jeans e calças legais adquiridos enquanto a minha barriga crescia e gerava os meus filhotes.

Acho que elas ficaram tempo de mais no armário e (finalmente?) estou dando outro rumo mais útil, interessante e rentável a elas.

Divulgarei em breve, assim que tiver mais detalhes e informações. Mas já adianto: a idéia é boa!

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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Mais brincadeiras??


Mas tem uma brincadeira que eles não aprenderam nas profundezas do meu útero.

Sabe aquele clássico do gêmeo bom em matemática que faz a prova duas vezes? Por ele e pelo irmão? E o malandro que sai com a própria namorada e com a do irmão?

Ninguém fez isso, não. Ainda.

Mas, outro dia, veio uma amiga em casa, bateu o olho no Joaquim e acertou na hora.

Daí perguntou:

- Você é o Joaquim?

E o futuro malandro responde com a maior cara de pau:

- Não, eu sou o Pedro...

Ele acabou de fazer 2 anos e já está enganando as pessoas?? Sair com as namoradas do Pedro vai light diante do que esse moleque vai me aprontar...

*****

Mas quero compartilhar o meu palpite da origem dessa brincadeira.

Muita gente vê os dois e fala:

- Você é o Joaquim ou o Pedro?

Ou, já vai tentando adivinhar quem é um e o outro e, invariavelmente, erra.

Mesmo para os pituquinhos, deve encher um pouco, ou não?

Imaginem vocês, toda hora tendo que falar quem é: “eu sou a Camila, não, não sou a Angela”.

Fico extremamente feliz e satisfeita por eles saberem direitinho quem são, saibam que há casos sim de gêmeos que se confundem.

Além de não se confundirem, a esperteza vai bem além desse aspecto “normal” para os gêmeos (viram? Acabou de passar uma coruja bem aí!), tanto que estão tirando sarro da cara de quem os confunde ou cansam a beleza com as meeeeesmas perguntas de sempre...

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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Brincadeiras dos gêmeos


Eu já assisti zilhões de vezes àqueles programas das Discovery´s da vida sobre gestações múltiplas, grávida e não grávida dos meus gêmeos.

Determinadas informações são sempre mais marcantes e, de vez em quando,acabo me lembrando delas ao observar o Joaquim e o Pedro.

Os gêmeos univitelinos dividem uma placenta no útero, mas cada um tem o seu saco gestacional, facilmente visíveis no ultrasom. Uma das funções desse saco é de “amortecer” e “lubrificar” o mexe-mexe e a porradaria toda que acontece durante a gestação gemelar.

Pois bem, eles nascem acostumados com chutes, socos e tapas do irmão com quem dividiram o útero. Nascem sim. Podem falar que não, que não há comprovações científicas sobre o assunto (se alguém tiver esse tipo de informação, favor compartilhar!), mas eu tenho certeza que vêm ao mundo “calejadinhos”, porém sem hematomas aparentes.

E comprovo isso diariamente.

Assim ó: as crianças tem um túnel (trambolhento) de pano. Eles amam e brincam pra caramba. O Joaquim e o Pedro entram lá, um de cada lado, ficam entalados, se chutam e se atropelam, pé na cara de um, joelho na barriga do outro e outras confusões do gênero.

Pergunta se eles ligam, reclamam ou choram? Na-da. Na-di-nha. É a maior diversão e morrem de rir.

Ok, isso não é o suficiente para comprovar hipótese alguma. Mas, acrescente ao teste uma nova variável: a Manu, aquela mocinha espaçosa, que não dividiu placenta com ninguém.

Se resolve participar da brincadeira e o dedinho dela esbarra num fio de cabelo de um dos meninos, pronto! Começa o chororô e o caos geral.

Além do túnel, tenho milhares de exemplos. Em todas essas brincadeiras de pular, rolar no sofá, na cama, ou seja, momentos em que envolve contato (pancadaria??) entre as crianças, sempre flui bem entre os dois. Entrando a Manu em cena, desanda.

Sempre me lembro também desses programas falarem que os bebês, gêmeos, principalmente, reproduzem, após o nascimento, algumas brincadeiras da vida intra-uterina. Sempre achei bobagem, ainda mais porque nem é muito possível imaginar um bebê brincando na barriga da mãe. Quer dizer, aqueles chutes e socos que nós sentimos quando grávidas são o quê, mesmo?

Agressividade gratuita?

Melhor imaginar os nossos filhotes já brincando felizes da vida dentro das nossas barrigas.

Uma forma de observar as tais brincadeiras, de acordo com o programa, é ver o verdadeiro fascínio que as crianças têm por brincar nas cortinas. Especialmente os gêmeos, tá? Os meus fazem isso direto, desde pequenininhos. Fica um de cada lado da cortina, se abraçando e se empurrando.

Diz o programa que isso vem lá da vida intra-uterina, quando brincavam meio que através do saco gestacional, que lubrifica e amortece, lembram? A sensação de ter a cortina entre eles parece ser a mesma da separação ocasionada pela presença daquela película.

Será?

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terça-feira, 14 de setembro de 2010

Cenas da vida de uma mãe


Joaquim com febre, ficou em casa, levei só a Manu e o Pedro à escola.

Pepê abre o maior berreiro quando percebe que o irmãozinho gêmeo não vai lhe fazer companhia na escola. Tenta fugir do elevador (!!!) e voltar para casa.

Foi chorando até a escola, dizendo “não quero! Não quero!”. Entreguei o meu Pepezinho na mão da professora, choroso, carinha de tristeza, só se animou depois de uns agradinhos da professora. (Que me contou, na hora da saída, que ele passou super bem a tarde, mas na hora da “chamada”, viu a foto do Joaquim, fez bico e ameaçou chorar...)

Enquanto isso, Joaquim ficou em casa com a mamãe, fe-liz-da-vi-da assistindo ao seu DVD preferido sem precisar ficar brigando pela escolha do filme com o Pedro e a Manu.

*****

Falando em Manu, a malandrinha já entendeu que escola não é playground. Voltou dizendo que também ia “pegar” febre e ficar em casa tomando remédio.

*****

E eu ainda não defini se é mais difícil lidar com a relação de filhos gêmeos ou com a malandragem da primogênita...

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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Banho muito molhado


Compartilhar conhecimento e sabedoria é a chave para o sucesso da mini-humanidade que são os meus pequenos e os de vocês.

Então, vamos lá.

De uns tempos para cá, tenho dado banho de chuveiro ou chuveirinhos nos 3. Eles morriam de medo e eu achava que deveriam criar coragem e enfrentar o chuveirão. (Tô errada??)

Daí, quem entrasse no banho, seria o encarregado de deixar os 3 limpinhos e cheirosinhos, um a um. E quem estivesse do lado de fora, ia tirando, trocando, vestindo, até terminar a longa missão que é o banho da turminha.

Esse fim de semana, na fazenda, aproveitamos a piscina sábado e domingo, quando chegava a hora do banho, eu entrava com eles no chuveiro, ainda de bíquini e dava conta do recado. Maridinho ou a Bel ficavam do lado de fora, tirando, trocando, enfim, a logística toda.

Mas, vem cá, fazer tudo isso no chuveirão envolve um adulto disposto a se molhar e a tomar banho depois. Mas nem sempre essa disposição existe de fato.

Na fazenda, ok, eu estava de bíquini e já agilizava o meu banho (banho de mãe é SEMPRE agilizado? Não tem jeito de ser mais esticado e relaxante, não?!). Mas, no dia-a-dia, o banho das crianças é depois da escola e o meu, não. Quando eles voltam, já estou limpinha e arrumadinha, entenderam?

A pergunta que não quer calar é essa: como dar banho de chuveirão/chuveirinho sem precisar estar de bíquini ou terminar essa tarefa inteira ensopada?

Tem jeito?

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Pipas ao ar!!


Eu não me lembro de ter empinado pipa na minha infância (mãe! Pai! Uma forcinha aí, please!), mas sei bem como eram as pipas “daquela” época.

Pauzinhos de uma madeirinha fina, papel de seda colorido, cola e linha. Sei também que volta e meia as pipas rasgavam, os pauzinhos nada resistentes se quebravam, uma linha cortava a outra e é só esse mesmo o meu conhecimento “pipal”.

Mas, daí que os meus filhos ganharam uma pipa da Vovó Célia e levamos o brinquedo novo para a fazenda nesse fim de semana, afinal, não há melhor lugar do que lá para empinar uma pipa.

A deles não tem nada a ver com a “da minha época”, nadinha. Ela é feita daquele nylon de pára-quedas, é enorme e em formato de um macaco gi-gan-te! O má-xi-mo, simplesmente! As crianças piraram, principalmente por terem visto um macaco enorme voando, “igual o pi-piu”, eles diziam.

Só que “piração” de criança dura pouco, né?! Às vezes, a gente inventa uma brincadeira muuuuito legal, ou eles ganham o brinquedo maaaaais divertido do mundo e ficam lá brincando, a gente pensa que aquilo vai durar a tarde toda, mas, não. A empolgação passa, a concentração vai embora, o foco muda e lá vamos nós inventar mais uma coisa muuuuito legal para fazer.

Com a pipa foi igualzinho. Idêntico. Mas a dupla aqui, maridinho e eu, ficamos fascinados com a brincadeira, como se estivéssemos de fato relembrando alguma coisa da infância. (Ele me disse que nunca tinha empinado pipa na vida e eu realmente preciso de ajuda parental para descobrir, alô-ô...)

Enfim, esquecemos da vida e demos toda a linha para a pipa, ela voou beeeem alto, arriscamos até umas acrobacias, o macaco dava piruetas no ar e nós 2 nos divertimos horrores.

Até que, né?! Acho que era a nossa primeira “empinada” de pipa na vida mesmo e conseguimos enganchar o macacão na árvore mais alta já vista. A cara de frustração do casal deveria estar impagável, provavelmente com bico maior do que o do Joaquim.

Cortamos a linha, enrolamos tudo direitinho e passamos o resto do fim de semana olhando a pipa no topo da árvore. Achando que talvez ela tivesse descido um pouquinho, rezando por uma ventania daquelas para trazê-la de volta, sabe?

Bicos do casal à parte, empinem pipa! À dois, ou em família, não importa, é muito bom!

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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Mamadeira que pinga


Os meus 3 filhos têm uma frescura que me é extremamente irritante: só aceitam um tipo de bico de mamadeira e de chupeta. Sempre o mesmo, da mesma marca. Ai, de mim quando tentei trocar: cospem na hora com uma careta pior do que alguém que comeu quiabo com jiló.

Mas acho que a culpa é minha mesmo, que fiz enxoval “afrescalhado” cheio de mamadeiras de todos os tamanhos e chupetas para todas as idades daquela marca bacana que os filhos dos famosos de Hollywood, de NYC e do Projac usam.

Mãe é um bicho besta. Acha cocô do próprio filho lindo e cheiroso (num primeiro momento, vai...) e cai nos contos publicitários.

Todas as vezes que vou dar uma mamadeira aos meus filhos, ajeito o bico direitinho, rosqueio aquela rodelinha (deu para entender de qual parte da mamadeira eu estou me referindo?), faço tudo bonitinho, certinho e com calma para evitar vazamentos de leite. Mas, não tem jeito. Sempre tem um acidente que molha a roupa limpinha e cheirosinha e lá vou eu, muito brava, xingando o fabricante, trocar a roupa.

Hoje em dia, eles até já sabem e falam:

- Mamãe, tá pingando!

Mas isso só vem depois que já molhou tudo e eles estão sentindo o pescoço molhado e melado de leite. Que ódio!

Fico imaginando a Katie Holmes, a Angelina Jolie e a Angélica trocando os filhos ensopados de leite e difamando a Philips.

Ai, falei!

Vai ver que é isso: a Philips se meteu a fabricar mamadeiras, quando deveria ter permanecido nos eletrônicos mesmo.

Deve ser muito mais fácil fazer TVs e computadores do que umas mamadeirinhas decentes que simplesmente deveriam conter os liquidinhos lá dentro, ou não?

Peraí, que eu vou indicar o blog para essas minhas amigas famosas e falar mal das porcarias de mamadeiras que vivem pingando nos nossos filhotinhos. Afinal, alguma coisa em comum a gente já tem!

E quem disse que eu não teria assunto com as poderosas? Hein? Hein?

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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Da série: o meu filho preciiisa disso X


Eu sou a mãe louca da organização, já confessei inúmeras vezes e não tenho a menor vergonha, pelo contrário!

Morro de orgulho das caixas dos carrinhos pequenos, dos médios e do cesto dos grandes. Da caixa dos cubos, dos brinquedos de encaixar, da maletinha de ferramentas e do Lego.

Do cesto enorme das fantasias, da malinha de roupas e acessórios micro das Barbie´s, da outra com roupas e acessórios das bonecas, da "frasqueirinha kit beleza", o saquinhos dos fantoches, ou seja, são milhares de brinquedos organizados e guardados de acordo com o seu tipo.

Louca, Organizada e Caixa-organizadora são alguns dos meus outros sobrenomes.

Então, vocês conseguem me imaginar pulando de alegria diante dessas caixas??

Não deve ser difícil de fazer, inventar e incrementar, esses "labels" são o máximo!! Além de ter o "tipo" do brinquedo escrito, tem o desenho, o que ajuda e ensina os filhotes a guardarem também: sonho de mãe Caixa-Organizadora, Louca e Organizada.

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quarta-feira, 8 de setembro de 2010

O Walcyr e a crueldade


(Eu não vou discutir as diferenças entre as classes sociais, não é isso. Do tipo “fulano tem isso e eu não porque ele é mais rico”, vejam bem, na-da dis-so, tá?)

Mas é que a coluna do Walcyr Carrasco na Veja São Paulo desse fim de semana (8 de setembro de 2010) acabou gerando a maior conversa aqui, maridinho e eu refletindo o assunto.

O título é “A Crueldade dos Jovens” e, basicamente, trata daquela questão dos adolescentes que querem tudo, tudo, tudo, de marca, marca, marca. Nem sempre os pais podem atender a todos os pedidos, mas acabam cedendo para não frustrar os filhos ou entrar numa comparação com os amigos que têm e tal. O perigo (e parece que acontece bastante) é quando os pais começam a se endividar ou aumentar as horas de trabalho só para dar o tênis exigido, fazer a viagem dos sonhos, o celular ultra moderno, enfim, essas coisas. O pior é que, apesar de todo o esforço (desnecessário, vocês vão ver porque), o fulaninho não dá valor para o sacrifício dos pais e logo já vai pedindo alguma outra coisa. Entenderam “esforço desnecessário”? E tem até os absurdos dos filhos que chamam os pais de fracassados para baixo (e daí para pior...) por não poderem ir à Disney, por exemplo.

Eu não tenho filhos adolescentes, assim como a maioria de vocês, mas me preocupo sim. Sabe, essa questão toda (ou problema todo?) não começa com a adolescência, vai se instalando desde sempre, já pensaram nisso? E tava eu lá falando de frustração sem nem imaginar que o assunto ia render tantos comentários, ou que eu fosse me deparar com a coluna do Walcyr Carrasco.

Mas, então, você leva o seu filho de 1 ano meio, ou 2 ao shopping e precisa lidar com algumas daquelas cenas de birra da criança que sempre pede para comprar alguma coisa onde quer que vá. Daí, começa a explicar os motivos de não comprar e o tiraninho ou tiraninha começa a berrar, espernear, todo mundo fica olhando, os seguranças se aproximam, você está mortinha de vergonha, precisa acabar com aquela cena já e... cede! Compra mais um Buzz Light Year para a enorme coleção de Buzz´s do seu filhinho fofo.

Vocês realmente acham que o problema só vai surgir na adolescência?

Eu tenho uma preocupação muito minha, até me dá um pouco de vergonha por tê-la, mas vou compartilhar. No mundo “ideal", gostaria de poder “controlar” as amizades e as crianças com quem os meus filhos têm contato. No fundo, no fundo, gostaria que todos fossem gente como a gente, família como a nossa e que pudessem oferecer as mesmas coisas que nós podemos. Seria o único jeito de evitar comparações e concorrências. Vocês me entendem? É horrível e impossível, mas infelizmente não controlo os meus pensamentos...

É muito difícil frustrar os filhos, ser firme nessas situações, principalmente se acontecem em público. Sabe porque? Quando eles são pequenos, a felicidade deles é a coisa mais linda e sincera de se ver, a gente adora ver os filhos felizes, não é mesmo? Mas parece que tem um preço. E a conta pode demorar a chegar. Quanto mais demorar, mais altos os juros. E as parcelas vão se estendendo por toda a vida...
Sorry to disappoint you, mas a “previsão” econômica/psicológica é essa mesma.

Vou deixar as palavras do próprio Walcyr Carrasco como fim do post: “A única solução é a sinceridade. E deixar claro que ninguém é melhor por ter mais grana, o celular de último tipo, o último lançamento no mundo da informática. Pode ser doloroso no início. Também é importante não criar uma pessoa invejosa, que sofre por não ter o que os outros têm. Mas uma família pode se desestabilizar quando os pais se tornam reféns do pequeno tirano. A única saída para certas situações é o afeto. E, quando o adolescente está se transformando em uma fera, talvez seja a hora de mostrar que nenhum objeto de consumo substitui uma conversa olho no olho e um abraço amoroso.”

A minha meta de educação dos meus filhos está mais do que estabelecida e determinada.

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terça-feira, 7 de setembro de 2010

A outra metade, ou feriado parte II


Hopi Hari - check!

Receber as amigas em casa - check!

Receber sogra+cunhado+cunhada para almoçar - check!

Alguns minutinhos de descanso - ...

O feriado foi uma surpreendentemente delicioso!!

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domingo, 5 de setembro de 2010

1/2 Feriado



E é só metade do feriado, hein?!

Sessão de cineminha ("Como Cães e Gatos", chato pra caramba, mas tudo bem!)sábado à tarde - check!

Jantarzinho e sorvete pós-filme - check!

Almoço na casa da Vovó Célia - check!

Encontrar a minha filha dormindo (feliz da vida...)no chão do quarto - check!

Acordar no meio da noite com o maior barulho do mundo: um quadro despencou da parede!! - check!

Atualizar a leitura e os comentários nos blogs - check!

Conhecer novos blogs - check!

Estou adorando tudo isso! E ainda tem mais DOIS dias. Depois eu conto, depois eu conto!!

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sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Frustrar dói!!



A sensação é meio essa mesma. Numa frustração daquelas...

Frustração de mãe que não dormiu nem 5 horas essa noite e queria acordar no pique para a sexta-feira, véspera de feriado de-lí-cia!

Mas, o pior da vida, é frustrar os filhos. Isso dói horrores.

Do jeitinho deles, estavam contando os dias para a viagem do feriado. Todos os dias de manhã, perguntavam:

- É hoje que a gente vai para a fazenda? Nadar na psicina? Ir no galinheiro? Ver o Sansão (o cavalo)? Andar no Sansão?

E, hoje cedo, quando a pergunta foi feita novamente, tivemos que contar que não, que não iríamos mais, por motivo de força maior...

E eu queria estar naquela bagunça alucinante de arrumar as malas da família toda, com as minhas listas sem fim de tudo o que preciso pegar para levar, carregar e abastecer o carro, mas, não, nada de viagem.

Então, já comecei uma outra e nova lista: a dos programas para fazer com a turminha em São Paulo nesses 4 próximos dias...

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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Quase, quase....


Sexta-feira passada as criancinhas foram para a casa da Vovó e eu me encontrei sozinha, no maior silêncio do mundo. Mas como não consigo ficar de pernas para o ar, tirei a poeira dos meus livros de Psicologia e lá fui tentar “produzir” o primeiro artigo da série prometida.

Só se ouviam os barulhos das páginas mudando, as teclas do computador sendo pressionadas freneticamente, baixou o Freud e sua turma aqui, quite an experience! Quase perdi a hora para o programinha jantar+cinema com o maridinho. (Ou, vocês acharam que eu ia passar a noite no computador com a turminha dormindo fora??).

Em um grande momento de empolgação, fui consultar o meu editor (também conhecido como “maridinho”) a respeito do meu texto.

Suas palavras foram: “hermético, fechado, técnico e ininteligível”. Ah! O balde de água fria veio meio segundo depois.

Como no mundo nada se perde, enviei o meu texto para as duas mais famosas e conceituadas revistas de Psicologia de Zurique e uma cópia também para a qualificação do pós-doutorado. (Pensar grande é a chave para o sucesso, a-no-tem).

Passei esses dias tentando resolver se enfrentaria o pós-doutorado ou se carimbaria o meu passaporte rumo a um ciclo de palestras muito bem remunerado na Europa.

No fim, resolvi continuar pendurada no Blogger, cuidando dos meus filhotinhos e tentando iniciar a série de Psicologia que eu prometi.

Promessa, pra mim, é dívida. E isso aqui não passa de uma explicação besta pela minha incompetência em escrever algo psicológico e “bloguisticamente” decente para vocês, tá?!

Mas, eu vou. Ah, se vou.

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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Meeeeeeedo!!


Quando eu era pequena, tinha um livro só de histórias de medo. Não era de terror, eram várias histórias dos medos que diferentes pessoas sentiam.

Tinha os medos da mãe, do pai, dos filhos por fantasma, bruxa, sapo, perereca, barata e outros. Me lembro bem das ilustrações e da moral da história: todo mundo tem medo. Não importa a idade. Pode ser de borboleta, lobisomem ou ladrão.

Tem também aquele papo (de psicólogo!!!) de que os medos nos protegem, assim agimos com maior cautela e atenção em situações mais "perigosas", dizem até que é puro instinto de sobrevivência.

A minha própria mãe vivia dizendo que a minha irmã devia ter mais medo de cachorro, porque ela não podia ver um que já ia fazendo carinho, pegando e passando a mão.

Essa falta de medo dos "cachorros da vida" (qualquer um mesmo, sem pedigree ou carteirinha de vacinação) lhe rendeu bicho de pé, cicatriz de uma mordida e uma mordida sem cicatriz.

*****

E a Manu descobriu a polícia, ou melhor, o medo da polícia. (Só para constar, também me pelo de medo da polícia, mas essa questão não é para esse blog.)

No entanto, o medo dela é diferente. Vive me perguntando se a polícia prende criança. Eu explico, explico e explico e a pergunta volta:

- Mas a polícia, mamãe, prende criança?

E, de uns tempos pra cá, o medo e a pergunta foram um pouco mais longe.

- Mas a polícia, mamãe, come gente?

Essa é a nova moda do medo: saber quem come gente.

Já perguntou do lobo, do vampiro, do Shrek, da bruxa, do tubarão, da baleia, de todos os afins aquáticos e marinhos.

*****

Mas a melhor, pra mim, foi sábado à noite.

A nova vizinha de cima estava fazendo a maior barulheira, andando de um lado para o outro de salto (ma-la).

E a Manu não conseguia dormir, ficou na sala comigo. Também olhava de um lado para o outro procurando da onde vinha tanto barulho. Quis saber se a vizinha tava na nossa casa e a sensação era bem essa mesmo. Até que:

- Mamãe, a vizinha come gente?

*****

No mínimo, a Manu contaria a vocês que a vizinha tem um olho só, meia dúzia de dentes pretos e podres, garras enormes, cabelo verde de espanador, é corcunda, cheia de verrugas e fedorenta.

É assim o seu medo de quem come gente, filha??

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