quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O NOME DO PAI

Um dos sites que eu acesso com bastante freqüência “pendurou” um banner superior relativamente grande fazendo a seguinte pergunta: “você pegou o nome do seu marido depois que se casou?”.

Já tive essa discussão com algumas amigas, cada uma pensava de maneira diferente, foi uma conversa bem produtiva, de pontos de vista quase que opostos. Daí, fico vendo o banner com a pergunta que não quer calar, penso e reflito cada vez que o leio e resolvi escrever esse post.

Se quiserem, podem me perguntar: “você pegou o nome do seu marido depois que casou?”. A minha resposta é sim! Sim! Sim! Aliás, não consigo pensar em outra maneira de ser depois de casada, senão com o nome do meu marido. Além disso, chego a fazer campanha para as noivinhas pegarem os nomes dos maridos (até já consegui que algumas pegassem!).

Mas, vamos lá: quais os motivos de se querer pegar o nome do marido e até fazer campanha para isso? (Vou incluir aqui alguns argumentos que foram apresentados naquela discussão com as amigas.)

Do meu ponto de vista, a gente é uma pessoa até se casar. A gente é filho de um pai e de uma mãe, inserido em uma determinada família, tem uma história de vida pessoal, carrega o nome daqueles que nos botaram no mundo, “faz” um nome, até que... se casa!

Bom, você não deixou de ser aquela pessoa descrita no parágrafo a cima, mas você passou por uma das maiores transformações que uma pessoa pode passar e isso se chama casamento. Daí, meu amor, é outra história e outra família que está começando. Ok, vocês ainda são apenas dois, um casal, pode faltar comida na geladeira, ter só catchup e cerveja, por exemplo, mas é sim o início de uma família, queira você ter filhos ou não. Vocês têm a própria casa, as próprias contas, dividem uma cama, um banheiro, os sonhos, portanto esse embrião de família precisa ter um nome, minha fortíssima e pessoal opinião, que fique claro.

Talvez você já fosse “alguém” do ponto de vista profissional antes de casar, você tinha um nome (o de solteira) e era conhecida por ele, portanto não quer mudar, que trabalheira, hein?! Ok, não precisa mudar o nome pelo qual você é conhecida, pode continuar usando o de solteira, mas pode também acrescentar o nome do marido, por que não? Ou, já ouvi também, por que pegar o nome do marido? Se você se separar vai dar a maior trabalheira para voltar tudo... Isso existe? É claro que existe, mas eu casei para viver feliz para sempre, então a trabalheira é única: na hora de atualizar todos os documentos com o atual nome de casada. Aliás, digo que nem me lembro mais da burocracia, tenho é o maior orgulho de exibir o nome do meu marido nos meus documentos. Ah, esqueci de outro caso: gente que casa, pega o nome do marido, separa e mantém o nome do marido por questões profissionais. Até aí, sem problemas, contanto que seja de acordo dos dois e, eventualmente dos novos envolvidos nos existentes recasamentos, é claro.

Eu cumpri exatamente o protocolo paternalista: mantive o sobrenome do meu pai e acrescentei o sobrenome da família paterna do meu marido. Corretíssimo, do ponto de vista machista, podem atirar pedras, fiquem à vontade.

Tenho orgulho de termos o mesmo nome no plano de saúde, na conta bancária, nas passagens de avião, nas reservas dos hotéis, isso tudo me mostra que somos uma família. Podem continuar achando tudo uma besteira, afinal é só (?) um nome, mas me faz sentir como uma unidade, é o nosso núcleo familiar.

A minha mãe, por exemplo, casou com o meu pai e pegou o nome dele. Tiveram duas filhas, cada uma com o sobrenome do pai e da mãe. Unidade familiar perfeita. Daí, eles se separaram. A minha mãe foi lá e tirou o nome do meu pai. Acho justo. Eu me casei, fiquei com o nome do meu pai e o do meu marido. Então, se você pegar o nome da minha mãe hoje ele não tem nada a ver com o meu. São necessários alguns documentos para provar que ela é a minha mãe. Coisa chata uma pessoa ficar precisando de documento para provar que é mãe dos filhos, não acham? Mas, nesse caso, qual seria o mais correto? Ela, mesmo divorciada, andando por aí com o nome de casada, ou eu, casada, andando por aí com o nome de solteira?

É aí em que entram os filhos. Se antes éramos um casal, apenas duas pessoas, embrionárias de uma família, no meu caso, vieram três filhos e temos todos o mesmo nome. Ninguém nunca perguntou se eu era mãe deles ao olhar o meu RG e a certidão de nascimento deles, é óbvio, me dá orgulho de ter uma família unida e estabelecida inclusive em aspectos considerados burocráticos, não me importo.

É claro que eu sou outra pessoa depois de casada e com filhos, ainda bem que é assim! Tem que ser assim. A pessoa que eu era antes não morreu, ela se transformou, cresceu, amadureceu, ganhou status e condição de “matriarca” e carrega um nome para isso.

Mas, e vocês, pegaram o nome dos maridos depois de casar?



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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Um colar de pérolas!

O compositor escolhido como tema do projeto de música da classe da Manu para esse semestre é o Luiz Gonzaga. Eu achei a escolha bem interessante e fiquei curiosa para saber o que a minha filha ia me contar sobre o assunto.

Eis que a mocinha chega em casa animadíssima:

- Mamãe! Mamãe! Eu aprendi hoje uma música do Luiz Gonzaga!

- Ah, é, filha, que legal! Qual música você aprendeu?

- É o "SHORT das Meninas".

Tô rindo até agora!

Não entendeu?

Clica aqui.

*****

E a minha filha é sim meio abusadinha, dona da verdade, fala cheia propriedade, mãozinhas na cintura e dedo em riste.

Mas tem bom repertório futebolístico por conta do maridinho são-paulino roxo. Conhece, inclusive, o templo amado idolatrado que é o Estádio do Morumbi.

Outro dia, os três saíram com a minha irmã, aquela que é mini executiva, formada em Relações Internacionais e quis passar noções de política aos sobrinhos. Estavam no carro e passaram em frente ao Palácio do Governo aqui em São Paulo.

- Olha lá, Manu, tá vendo essa casona? É o Palácio do Governo! Sabe quem mora aí?

- Não, quem?

- O Governador do Estado.

- Ai, não é Estado, é ESTÁDIO que chama...

*****

Tem como não amar muito as pérolas??


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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

CONCURSO

A semana está começando e teremos concurso por aqui muito em breve, fiquem atentos. Ou melhor, fica! Vai ter concurso!

Boa semana!

Bom fim do mês do cachorro louco e bom começo de setembro, com direito a feriadinho!


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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Os filhos e suas preferências

Fruta é uma coisa que não pode falta aqui em casa. Acho até que os meus filhos comem muito mais do que eu já comi na vida (ai, que vergonha! Mas a idéia é de que as gerações evoluam, né?!).

Só que os gostos são variados e isso me dificulta um pouco.

Vejam a Manu, paladar sofisticado, frutas sofisticadas. As preferidas são as lichias e cerejas. O nível abaixa um pouco pelos morangos, jabuticabas e ameixas. Portanto, as compras são em lugares mais sofisticados (ei, bolso, cadê você?), daqueles em que as frutas são tão lindas (e caras!) que parecem terem sido polidas e lustradas.

Já os meninos, uma facilidade, o fim da feira é a festa deles! Bananas, maçãs e laranjas fazem da sobremesa um verdadeiro banquete! O máximo da sofisticação é uma manga...

Mas, me digam, isso é um fenômeno recorrente no caso do segundo e terceiro filhos ou frescura de primogênito??



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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Babás e enfermeiras

Eu tenho a impressão de que as babás e enfermeiras são as profissões do futuro. Ou, se não forem, são, no mínimo, aquelas profissionais muito bem remuneradas, especialmente nas grandes capitais.

Outro dia, eu soube o valor “de tabela” que uma enfermeira está cobrando por aí. Façam a conta: são DEZ salários mínimos!

Me lembrei de ter caído na bobagem de procurar uma enfermeira para gêmeos e a cada conversa telefônica ou entrevista, tinha ataques de riso. O cálculo do salário pedido por elas era dos dez salários mínimos da época (3 anos atrás) e multiplicados por dois, afinal, o trabalho era para cuidar de gêmeos. Algumas até exigiam uma “assistente”, dá para acreditar? E, olha só, não tem negociação. Não quer pagar, quer dar uma choradinha? Não rola, a fila anda, se você não pode pagar, tem alguém que pode e é isso que movimenta e sustenta esse mercado de salários absurdamente inflacionados.

Eu não sou contra babás e enfermeiras e sei muito bem que o trabalho delas é pesado, puxado e, de fato, em enorme volume. Sou grata e reconheço muito as pessoas que já passaram pela minha vida, pela dos meus filhos e que nos ajudam diariamente, mas acho que os salários exigidos estão fora de qualquer parâmetro da normalidade! Tem muito profissional por aí estudado, especializado, MBAzado que entra no mercado e não ganha o que uma enfermeira pede. Aliás, enfermeira pode até ser um mero título, nem todas elas têm diploma em enfermagem.

Apesar de achar os salários verdadeiros absurdos, nem era sobre isso que eu queria falar, mas é que me choca tanto e não consigo fugir do assunto.

A questão, para mim, é o trabalho em si.

Desde que me entendo por mãe de três que escuto as justificativas dos salários exigidos baseadas no tanto de trabalho que eles dão, portanto o salário tem que ser nas nuvens. A discussão aqui é bastante pessoal, até porque eu sou uma “stay at home mom” e faço tudo pelas crianças, ninguém fica no meu lugar ou me substitui nas tarefas, eu preciso mesmo é de braços extras para cuidar dos três, entendem??

Mas, outro dia, me surpreendi. Fomos passar alguns dias na fazenda e tinha uma mocinha de lá procurando emprego e resolvemos contratá-la para nos ajudar com as crianças durante esse período.

A moça era ótima, carinhosa e muito, muito prestativa, mas ela precisou se ausentar por um problema de saúde. Assumimos tudo sozinhos, já que ela necessitava de um certo repouso. Uns dois dias depois, ela aparece querendo trabalhar de qualquer jeito. Eu fiquei bem na dúvida, com medo de que algo acontecesse e a moça voltasse a passar mal, mas ela insistiu, insistiu, queria e precisava trabalhar.

Quase que instantânea e automaticamente, me vi reproduzindo o discurso das outras entrevistadas:

- Olha, pensa bem, cuidar de três crianças é um trabalho muito pesado e puxado...

Ela me interrompeu e até riu:

- Olha, Dona Camila, cuidar de criança não dá trabalho, não. Trabalho puxado mesmo é daqueles de acordar de madrugada e passar o dia na roça, isso sim, mas criança é tranqüilo.

Essa fulana quebrou as minhas pernas, deveria quebrar as das enfermeiras pós-graduadas em Harvard e mudou o meu discurso para sempre.



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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A etiqueta dos presentes

A minha querida ex-amiga virtual, atual amiga da vida real, Priscilla Perlatti, a Mãe de Duas, presenteou cada um dos meus três filhotes com pijaminhas lindíssimos e quentíssimos. Fiquei até meio triste, achando que só estrearia a fofura no próximo inverno, mas como o tempo em São Paulo é absolutamente imprevisível, já rolou uma estréia de sucesso aqui em casa.

A Pri me contou que ficou na maior dúvida de como presentear os “quase trigêmeos” e acabou optando pelo caminho do meio: a mesma coisa, porém em modelos diferentes. Mas, há outras opções também: três presentes idênticos, três presentes diferentes, um presente para os três, ou ainda, um presente para os dois meninos e um para a Manu??

Eu, como mãe de três e que opta por comemorar o aniversário de todos os filhos na mesma data, fico até com uma certa vergonha, pois as pessoas, de maneira geral, acabam comprando três presentes mesmo... Mas, como me perguntou a Pri, qual é a “etiqueta” na hora de presentear gêmeos?

Etiqueta mesmo, eu não sei, mas tenho algumas opiniões.

Acho que presentes absolutamente idênticos são menos úteis. Hoje em dia fala-se tanto em sustentabilidade, consumo consciente, então qual é o motivo de comprar dois (ou três?) presentes iguaizinhos para crianças que moram na mesma casa? Além disso, como mãe de gêmeos, acho importante preservar a identidade, a personalidade e os gostos individuais, o que vai por água abaixo se cada um ganhar o mesmíssimo brinquedo, certo?

A idéia de um presente para os dois (ou para os 3, por que não? É uma farra!) gera uma coisa muito legal da noção de dividir, de brincar junto, de interagir em família, sou sim a favor! Os três ganharam de uma amiga um teatrinho com vários fantoches e adoraram! Às vezes um faz o teatro e os outros dois, assistem. Já fiz teatro para os três. Já fui platéia para os três também! Esse foi um presente legal para toda a família.

Acho super fofo e me emociono de fato com as pessoas que conhecem os gostos de cada um e fazem questão de presenteá-los de caso bem pensado, sabe?

Eu, particularmente, adoro presentear as pessoas queridas e as os amiguinhos que, algumas vezes, não conheço direito por serem da escola das crianças, mas faço com o maior prazer e tudo bem pensadinho. Penso na idade da criança, no que os meus filhos me contam daquela criança, no tema da festa que veio antecipado no convite, tudo isso me dá algumas dicas.

Os meus filhos não são as regras, mas me dão bons parâmetros do que presentear. Um brinquedo legal, uma livro de história que fez sucesso, um jogo que os fez brincar juntos e daí procuro me basear na minha experiência para presentear quem eu não conheço. Pode dar certo, ou não, mas é uma forma pensada e delicada.

Depois de ir pensando e escrevendo esse post, Pri, acho que comprar presentes para uma, duas, três ou quatro crianças é fazer isso como eu disse ali em cima: de maneira pensada, delicada, com o carinho que eu faria para os meus filhos, fazendo para o filho dos outros.

(Ah, e de acordo com as possibilidades pessoais do próprio bolso, presente de R$1, R$2, R$10, ou R$100, não é o valor monetário investido que importa!).



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