quinta-feira, 31 de março de 2011

Praying for Japan

Que mundo é esse em que os meus filhos estão vivendo?

Mundo este em que ficam chocados e com lagriminhas nos olhos ao verem o pai e a mãe comendo sushi, achando que estamos devorando o querido Nemo. (Obviamente se recusaram a experimentar, né?!).

E ainda nos perguntam porque estamos comendo com "canudinhos" no lugar do garfo e da faca.

*****

Tá na hora de "orientalizar" essas crianças. Urgente.

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quarta-feira, 30 de março de 2011

Ai, que menino chato!!

Não me contive. Não aguentei. Não deixei passar.

Olha só: estávamos no clube no domingo de manhã, um dia lindo de sol, aproveitando a piscina com as crianças. Mais especificamente, na piscina das crianças. Bem rasinha, segura, lotada de crianças pequenas e até bebês, todos acompanhados de algum adulto.

Em um certo momento, aparece um menino de uns 7, 8 anos, sozinho e do tipo chato. Ficava correndo de um lado para o outro, quase atropelando e derrubando as crianças bem menores do que ele, jogava água em todo mundo, tirava os brinquedos das mãos das crianças, tudo bem inadequado. Dava para ver a “tensão” dos outros pais diante da proximidade do moleque.

Vejo ele jogando água em uma menina fofa de tudo, de uns 3 anos e o pai dela olha feio e fala sério para o menino:

- Chega! Agora você vai parar de jogar água. Acabou.

Ele não foi bravo, não deu bronca, só chamou a atenção com seriedade, afinal estava realmente passando dos limites com todo mundo.

Logo em seguida, o moleque resolveu pegar um dos brinquedos dos meus filhos. Até aí, sem problemas, só que ele passou a jogar, ou melhor, atirar o brinquedo no meio das crianças e, se acertasse alguém, machucaria com certeza.

Cheguei perto e falei também em tom sério:

- Acho melhor você parar de jogar esse brinquedo, porque pode atingir alguma criança e machucar.

Só isso, gente. O menino atirou o brinquedo mais uma vez e saiu andando.

Maridinho achou que não se deve dar bronca em filho dos outros em hipótese alguma.

Justifico dizendo que não foi uma bronca, chamei a atenção de um menino de 7, 8 anos, sozinho em uma piscina, que fatalmente acertaria e machucaria alguma criança bem menor do que ele.

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E aí??

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terça-feira, 29 de março de 2011

Mamãe Galinha

“Ai de quem mexer com os meus pintinhos!” é uma frase já bem conhecida aqui em casa, tanto pela compreensão do seu significado, quanto pelo uso freqüente.

Visualizem a cena da mamãe galinha com os seus pintinhos debaixo das asas, protegidos de tudo e de todos, sempre quentinhos. Não é lindo? Sim, é. Mas só pode ser algo “photoshopado” por aí.

Eu costumo dizer que sou essa mãe, mais até pela graça que a imagem desperta nos meus filhos, porém sei que eu não sou essa mãe, não. Sei mais do que isso: ela não existe, pois é impossível atingir essss objetivos com total perfeição.

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Você se cuidou muito e bem durante toda a gravidez, fez um pré-natal nota 10, o bebê nasce e você equipa todos os cantos da casa com álcool gel, instala um piso de vinil branco no quarto do precioso bebê, que obriga todo mundo a tirar os sapatos sujos vindos da rua para que possam adentrar a redoma de cristal preparada ao longo de 9 meses do seu filho. E, um dia, ele fica doente. Cadê? Cadê esses vírus malditos que eu não vi? Essas bactérias que se apoderaram do meu filho, causando-lhe tamanho desconforto?

Ah, o enxoval é um assunto à parte... Tudo anti-alérgico, da maior maciez possível e... de onde será que vêm essas brotoejas terríveis que tomaram conta do corpinho desse bebê?

Intolerância à lactose, alergia à peixe e também à fralda topdelinhamaiscaradomundo, como eu não vi nada disso? Como não previ essas chateações? Onde estava o meu instinto materno que não me avisou que isso aconteceria? Que não me permitiu sentir o “cheiro” de que algo estava errado e poderia causar “danos” ao filho tão amado e querido??

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Isso é botar filho no mundo.

A gente acha que tem o controle de tudo, mas as nossas asas nunca parecem ser grandes o suficiente. Pior: elas parecem diminuir conforme a passagem do tempo.

Quer perder o controle total? Matricule a criança na escola. Você prepara o lanche mais saudável, natural e orgânico do mundo e descobre que o seu filho está roubando o bolinho Ana Maria do amigo. Aquele temido, cheio de açúcar e gordura trans...

Daí, você pode até achar que é melhor deixar o filhote em casa com uma babá. E, um dia, encontra o seu filho cantando uma música meio gospel, meio evangélica enquanto brinca. E, em seguida, descobre que a babá cantarola o mesmo repertório durante o trabalho. A babá mais bem recomendada, de confiança e experiente, que puxa o seu orçamento para baixo mensalmente...

Então, talvez pense que o melhor é largar tudo e ficar por conta do filho. Mas, um dia, ele começa a cantar e dançar o “Rebolation”, da mesma maneira que “flagrou” a faxineira que vem só uma vez por semana cantando e limpando os vidros da sala.

Melhor mandar para escola? Sim, talvez.

E o “Rebolation” volta a te assombrar, porém a “culpa” agora é da amiguinha querida, cuja mãe acha a maior graça em ensinar a letra e a coreografia de rebolation´s e afins. Ou, tem que escutar do seu filho que os DVDs da Xuxa são su-per legais. Uma outra amiguinha querida levou o DVD na escola e todos assistiram, se divertiram e gostaram.

Me diz: é justo? Justo com você que tenta controlar 24 horas por dia o conteúdo, o tipo de programa que o seu filho assiste na televisão e a qualidade das músicas que ele escuta?

Justo com você que ouviu “Babies Go Bach” durante a gravidez toda, só investe na coleção “Villa Lobos para crianças” e tem arrepios na coluna diante de qualquer menção à “Galinha Pintadinha”.

É justo? Hein?

Me digam, para onde correr?

Cadê as tão desejadas asas da mamãe galinha???

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segunda-feira, 28 de março de 2011

O meu obrigada à Babushka!



Desde que eu tive 3 filhos em apenas 14 meses, as piadinhas para a nossa família de coelhos rolam solto.

Ok, tô para achar alguém que consiga bater o nosso recorde e, por isso mesmo, falamos que Fertilidade é o nosso sobrenome.

Mas, é verdade: a gente exala fertilidade! Mais as crianças do que nós, os pais. Juntou um pai fértil e uma mãe fértil, então quando os meus filhos espirram, eles só podem liberar “vírus de fertilidade”, porque não?

TODAS as professoras dos meus 3 filhos engravidaram. JU-RO. Faltam as professoras desse ano, mas o ano letivo acabou de começar, teve o Carnaval, então ainda não deu tempo, mas até o final do ano eu volto para contar.

Ano passado eu fiz até uma piadinha com uma funcionária da escola, dizendo para ela prestar atenção que a próxima professora a engravidar seria a dos meninos. Pouco tempo depois, soube que ela estava grávida. (Além de exalar fertilidade, sou meio bruxa, maridinho pode confirmar.)

*****

Mas eu resolvi fazer essa introdução básica para contar que a Manu curtiu muito a gravidez de todas as professoras. Ela chegava me contando as novidades, pois as professoras deixavam os alunos participarem das “gravidezes”. Eles podiam fazer perguntas, esclarecer suas dúvidas e matar toda a curiosidade.

Fundamental, não é mesmo?

Daí, as professoras saiam de licença, mas depois mandavam fotos dos bebês recém-nascidos e ela curtia muito.

*****

A primeira professora da vida do Joaquim e do Pedro também engravidou, obviamente. E deixou que os alunos “participassem” da gravidez dela. Viram a barriga crescer e ficar grandona, souberam da escolha do nome, também falei muito no assunto, expliquei que a professora iria embora para o bebê nascer e cuidar dele, mas... nada! Zero interesse. Motivação em baixa pelo assunto “professora grávida”.

Ok, a professora foi embora, o assunto meio que acabou, professora nova e já querida, até que outro dia eles encontraram uma boneca da Manu, daquela russa que tem uma menor dentro da outra (o nome é “BABUSHKA” e arranjei uma imagem para ilustrar o post) e começaram a brincar.

Fiquei só olhando e percebi que eles abriam a boneca maior, tiravam uma pequena de dentro e diziam:

- Olha! O bebê da Carol nasceu! Nasceu a Juliana!

E, a partir daí, todas as bonecas da Manu passaram a se chamar Juliana, o nome escolhido pela professora Carol querida.

E eu achei lindo, babei horrores, mas tenho tido uma tendência a teorizar.

Só consigo pensar que a gravidez tem um tempo diferente para as crianças. A ficha não “cai” em 9 meses. Pra gente, ela obrigatoriamente tem que cair ao longo desses 9 meses, muitas vezes nem o bebê nascendo e chorando dia e noite faz a ficha de uma mãe cair.

Me lembro, então, que o tempo é sim relativo, o dos adultos e das crianças. Ele requer elaboração da simbologia que cada evento exige, o trabalho das expectativas e frustrações relacionadas ao assunto. Tudo isso merece o maior respeito e paciência do mundo. Não dá para a gente achar que um filho mais velho vai curtir a notícia da nossa gravidez assim que for recebida. Não dá para exigir que o mais velho ame o mais novo incondicionalmente no momento do nascimento.

Requer tempo, paciência, respeito e fantasia. Se nem a gente sabe direito o que esperar do nascimento de um filho, imaginem o que uma criancinha pode imaginar e fantasiar com a chegada de um irmão?

Respirar, contar até 10... mil e ajudar que eles elaborem toda essa enxurrada de novidades. No tempo deles, ok?

(Os nomes da professora e do bebê foram alterados por motivos óbvios.)

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sexta-feira, 25 de março de 2011

E dá para fugir da mãe???

Ser mãe é viver constantemente tendo flashbacks da própria infância.

Eu fico lembrando das brincadeiras, quem eram os meus amiguinhos, vejo fotos minhas pequena e choro de rir com o que era a moda para roupas e os cabelos nos anos 80.

Mas não é só isso.

Como mãe, fico revendo as atitudes, decisões e comportamentos da minha mãe e pensando o que eu faria ou não com os meus filhos. Por exemplo, diante daquele comunicado de “pediculose”, ou piolhos, para os íntimos, rezei muito para que já existisse algo mais tecnológico, moderno e agradável para matar esses bichos do que passar vinagre nos cabelos.

Sim, a minha mãe passava vinagre e pente fino no meu cabelo quando eu tinha piolho.

Sim, eu morria de vergonha e de medo que alguém sentisse aquele cheiro tão característico na minha cabeça, deduzisse que eu estava com piolho e me fizesse alvo de “bullying” (coisa que não existia nesses termos nos bons e velhos anos 80 e 90...).

Sim, eu passava uns perfumes por cima do vinagre e ia para a escola me achando espertona e cheirosa. Mas devia ficar uma confusão de cheiros que, meu Deus! Talvez até pior do que vinagre puro.

*****

Mas, parando de falar dos piolhos, que eram apenas o exemplo, vou revelar uma coisinha aqui: ninguém consegue fugir da própria mãe. Nem dos padrões de criação delas. E nem daquelas coisas que a gente jurou jamais fazer igual.

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A minha mamãezinha é muito friorenta. Muito. Muito mesmo. O padrão de frio dela não é parâmetro para ninguém, nem mesmo para quem habita esse país tropical, gente acostumada com o calorão e que treme o queixo de frio quando chega o outono.

Manuzinha tinha quase 6 meses, era Dezembro, a chegada do esperado verão e eu precisava sair para fazer umas compras de Natal. Recrutei a minha mãe para ficar com a netinha.

Ao chegar em casa, encontro a Manu de casaco, sapatinho e luvinha, tudo de lã! Só de ver a cena, começo a suar e a minha mãe a explicar que agasalhou bem a Manu, pois ELA estava com frio.

*****

Pois bem, nesses últimos dias em São Paulo, temos tido um tempo esquisito. Ás vezes faz frio, daí um calorão na hora do almoço, já resolvi sair de malha e bota e me senti cafona e com calor. Enfim, tempo indefinido e instável. Mas, na dúvida, resolvi agasalhar beeeem os meus filhos. Só que eles têm se mostrado calorentos. E têm me mostrado que não devo agasalhá-los de acordo com o MEU frio. Não é porque o meu pé é gelado, coisa que me irrita, me gela a alma e me faz dormir de meias até no verão, que eles têm as mesmas condições de temperatura nos dois membrinhos inferiores.

Tenho vestido meias nos três quando vão dormir. Mas, quando eu vou dormir e entro no quarto para cobri-los e dar um beijinho de “boa noite”, infalivelmente encontro três pares de meia do avesso jogados no chão, ao lado dos bercinhos e da caminha.

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E é tudo muito simples: a repetição dos padrões através das gerações. Não é mais ou menos isso o que caracteriza uma família, sua história e piadas internas??? E quem disse que eu ligo? Aposto que a minha mãe também não tá nem aí...

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quinta-feira, 24 de março de 2011

Manuela entendendo a religião

Outro dia, durante uma missa, a Manu perguntou porque, em determinado momento, as pessoas todas estavam enfileiradas lá na frente do altar, recebendo alguma coisa na boca.

Maridinho explicou que era o momento da comunhão, em que todos recebiam o "pãozinho do Papai do Céu" (se alguém souber uma outra maneira de explicar, fique à vontade).

Nesse último domingo, fomos à missa, Manuzinha atenta até o último fio de cabelo, percebeu as pessoas se enfileirando diante do altar e quis exibir a sua memória e o seu conhecimento:

- Olha lá, Papai, eles tão comendo o "biscoitinho do Papai do Céu"!

*****

Por favor, desconsiderem a "heresia", "biscoitinho" faz muito mais sentido quando não se tem nem 4 anos...

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quarta-feira, 23 de março de 2011

Que nota eles tiraram??

"Exercício" de completar os famosos ditados.

Mamãe para o Joaquim:

- Acabou-se o que era doce, quem comeu...

- ... o Pedro!!!

Mamãe para o Pedro:

- Acabou-se o que era doce, quem comeu...

- ... tudo!!!

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Nota zero em cultura popular?

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terça-feira, 22 de março de 2011

Retratos (ou fragmentos??) de uma mãe

Achei uma pipoca murcha na minha bolsa. Outra dentro da minha blusa.

O meu sutiã preferido, sumido há dias, foi encontrado na gaveta de calcinhas da Manu.

O Woody sumiu. Procura-se. Paga-se bem, criança triste.

Mas achei uma verdadeira coleção de brinquedos embaixo da minha cama.

Tropecei numas bolas e carrinhos.

Bexigas de alguma festinha estouraram durante a noite.

Mandei a menina para o ballet e esqueci a mochila com o uniforme da bailarina.

Mandei os meninos para a casa da bisa e esqueci de mandar as fraldas.

Um friozinho que chega e as calças resgatadas do último inverno exibem três canelinhas ainda bronzeadas.

Um email da escola das crianças comunicando um caso de "PEDICULOSE" quase me desestruturou. Obrigada ao Google, que me tranquilizou contando que não se passa de "piolho". Coisa que ninguém tem aqui em casa (ainda?).

O meu armário se encheu de formigas por culpa de um remédio sabor morango, framboesa ou cereja mal fechado.

Existe o banheiro da Manu, o do Joaquim e do Pedro e o da Mamãe e do Papai. Pois é este último que conta com tapetes anti-derrapantes, produtinhos Granado e Johnson´s, patinhos e barquinhos mil.

Ao lado do meu sofá branco, novo, lindo e maravilhoso há uma cozinha com-ple-ta e rosa da Hello Kitty. Há também manchas de pés, mãos, frutas e Nescau no meu sofá nem tão branco e novo assim...

Atrás do meu outro sofá, há uma lanchonete com-ple-ta e trambolhenta.

Vejo macacos de plástico pendurados nas plantas do meu terraço.

As nossas vagas da garagem servem de depósito para bicicletas, motinhos, carrinhos de bebê e berços portáteis para viagens.

Encontro o primeiro fio de cabelo branco na minha cabeça enquanto faço caretas e gracinhas no espelho para escovar os dentes de um dos meninos. (Não sei mesmo se era Joaquim ou Pedro, o achado do dia me tirou o rumo!)

Ponho as crianças para dormir e demoro uns 15 minutos para descobrir o que me atordoa tanto. Meio episódio depois, percebo que o Lazytown ainda permanece ligado.

Mas, é quando o silêncio toma conta de casa, que a gente sente saudades da “vida selvagem”!

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segunda-feira, 21 de março de 2011

As crianças e as regressões

Quem tem mais de um filho já deve ter tido a “oportunidade” de presenciar uma “regressão”.

O mais velho, na ocasião do nascimento do irmãozinho ou irmãzinha, regride e volta a fazer xixi na cama ou usar chupeta. Muitas outras coisas podem acontecer, mas esses comportamentos são os verdadeiros clássicos. Portanto, digam: “prazer, regressão”.

Regressões acontecem em várias fases da vida e se apresentam de maneiras bem diferentes e inusitadas. Até os próprios adultos podem “sofrer” disso. Sabe quando a gente tá ultra sobrecarregado de tarefas e responsabilidades e só consegue pensar no colinho (ou na barriga??) da mamãe?? Outro clássico....

*****

Houve uma época em que a Manu vivia coçando o dedão da mão com o dedo indicador. Fazia isso o tempo todo, quanto mais eu falava no assunto, mais ela coçava, não havia band-aid que desse conta e chegou até a ferir o dedo. Cutucava tanto que arrancava a pele.

Fiquei muito, muito preocupada, pensei em auto-mutilação, punição, coisa de mãe louca e psicóloga. Ainda bem que a mãe louca e psicóloga também tem a sua psicóloga, que me lembrou dessa história de regressão.

Interpretação vai, interpretação vem, levantamos a hipótese desse comportamento ser algo regressivo. Num possível salto de desenvolvimento, a Manu estaria agradando e acariciando a “Manuzinha”, a sua criança interna. (Até as crianças têm crianças interiores, dá para imaginar??). E, pelo fato de estar se machucando, chamava a minha atenção, que era o seu objetivo: apesar de ser mocinha em diversos aspectos, ainda pode ter necessidades de bebê em determinados momentos regressivos.

Descrito em um parágrafo é meio difícil de entender, eu sei, mas rolou muita terapia até chegarmos nisso. E, foi assim mesmo, hipótese aceita, hipótese testada.

Cheguei em casa doida para ela começar logo a cutucar o dedinho. Não demorou muito.

- Manu, sabe o que eu acho? Que quando você cutuca o seu dedinho assim, você está se fazendo um carinho, é a Manu fazendo carinho na Manuzinha, é isso?

Ela sorriu.

- Filha, você tá querendo um carinho?

Ela acenou que “sim” com a cabeça.

- Então, vamos fazer assim: quando você quiser um carinho, pode pedir para mim ou para o Papai que você ganha na hora. É só pedir, você sabe falar, não precisa cutucar o dedinho, pois acaba se machucando...

Ela entendeu direitinho o papo, achou graça na história da “Manuzinha” e de vez em quando falava: “Manuzinha tá querendo carinho...”.

Depois disso, nunca mais cutucou o dedo.

*****

Recentemente, o Joaquim e o Pedro, os caçulinhas, passaram por uma série de viroses fortes e recorrentes, que exigiram todo o esforço, cuidado, atenção, remedinhos, dietas e dedicação total.

Manuela, a primogênita, observou e entendeu tudo.

Daí, começou com um papo de que estava com dor de barriga. A gente sabe os sintomas de dor de barriga e ela não tinha nenhum. Lembrei da regressão, de chamar a atenção e voltei com a hipótese:

- Manu, você tem reclamado muito de dor de barriga, filha, estou preocupada. Será que não é melhor a gente ir ao médico para ver isso?

Ela não aceitou.

- Então, acho que eu vou ficar fazendo carinho na sua barriguinha e ver se passa, pode ser?

Nunca mais teve dor de barriga.

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sexta-feira, 18 de março de 2011

Mais polêmica das cadeirinhas...

Por motivos de força maior, precisamos adquirir três novas cadeirinhas para o carro.

A compra foi feita pela internet, recebemos tudo direitinho, sem problemas. No entanto, quando fui instalá-las no meu carro, notei que eram cadeirinhas fabricadas para instalação em cinto de 3 pontos. O meu carro tem dois desses cintos, um em cada janela do banco de trás, mas o banco do meio tem apenas o cinto abdominal.

Liguei na loja na intenção de trocar uma das cadeirinhas por alguma outra que ficasse presa pelo cinto abdominal. A loja não se recusou a fazer a troca, mas me informou que não são mais fabricadas cadeirinhas para cintos abdominais.

De acordo com essa nova lei das cadeirinhas, o mais seguro é realmente instalá-las no cinto de três pontos e, por isso, os fabricantes não fazem mais cadeirinhas de cinto abdominal. Não discordo na questão da segurança, mas e agora? Como é que faz? Preciso trocar o carro por um que tenha três cintos de três pontos? Para que assim eu possa transportar os meus três filhos de maneira segura e dentro da lei??

Absolutamente e absurdamente inviável!

Eu não fui checar essa informação, se realmente não fabricam mais as cadeirinhas de cinto abdominal, ou se é isso mesmo o que diz a lei, se alguém souber, por favor, me ajude. Fiquei tão chocada que me deu até preguiça e uma raivinha... Imagino que algumas lojas ainda devem ter esse tipo de cadeira para cinto abdominal, que tenham sobrado em estoque, não sei.

Tenho certeza de que os fabricantes estão loucos para vender milhares de cadeirinhas aos pais que pretendem transportar os seus filhos de modo seguro e de acordo com a lei, mas limitar as cadeirinhas ao cinto de três pontos é, no mínimo, uma decisão estranha (para não dizer burra, desvantajosa e nada rentável). Mais ainda, se isso é uma exigência da lei, é necessário que haja um tempo para as adequações necessárias. Lembram que adiaram a data de entrada em vigor dessa lei quando notaram que não haviam cadeirinhas suficientes no mercado? Agora, é a mesma coisa: como só vender cadeirinhas para cintos de três pontos se nem todos os carros têm esse tipo de cinto? Ok, sou exceção, tenho três filhos e preciso dessas três cadeirinhas devidamente instaladas em três cintos de três pontos.

(Acho que vou votar no BBB11 através de SMS, torcer para ser sorteada e ganhar um carro novo bem equipado com esses cintos mega-master seguros.)

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quinta-feira, 17 de março de 2011

Cenas da vida??

Duas cenas que envolviam crianças me chocaram muito nesse último final de semana.

Pensei nas mais variadas formas de discutir sobre elas, analisar futuras conseqüências, os motivos das pessoas se comportarem como eu vi e etc. Mas, não sei, às vezes me acho meio “radical” e “fatalista” nas minhas opiniões, então vou apenas descrever o que eu vi e vocês me falam o que acham. Pode ser??

- Cena 1: pai, mãe e filho (de uns 5 anos) no cinema, sábado à tarde, sessão lotada. O moleque passou o filme inteiro em pé e pulando na cadeira, atrapalhando todas as muitas pessoas que estavam atrás dele. Pai e mãe não se manifestaram, quer dizer, apenas abraçavam o filho.

- Cena 2: mãe, 3 filhos “escadinha” (5, 6 e 7 anos) e babá numa loja de brinquedos. O mais velho pegou um brinquedo para olhar e não devolveu na prateleira. A mãe mandou que ele guardasse direito e saiu andando, deixou o moleque e a responsabilidade para trás. O menino joga o brinquedo de qualquer jeito, a mãe já está longe e não vê nada, mas a babá, sim. Nisso, o “ser” de branco pega o menino pelo braço e manda ele guardar o brinquedo de novo e direito. Nada feito. Ele volta a jogar e a fulana, novamente, pega o menino pelo braço. Ele foi ficando cada vez mais bravo e ela mais agressiva. A cena se repetiu mais umas 3 vezes até que o brinquedo estivesse devidamente na prateleira. O corredor da loja em que a cena aconteceu estava lotado, as pessoas ficaram chocadas e paralisadas diante do que viam (Manu e eu também!) e ninguém teve coragem de falar ou fazer nada. A mãe, como já disse, estava longe e ausente do que acontecia e a babá não se intimidou em nada em se comportar dessa maneira repetidas vezes.

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Sou só eu, ou às vezes vocês também acham que o mundo está perdido???

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quarta-feira, 16 de março de 2011

Pedro, meu orgulho!

Com essa decisão de colocar os meninos em classes separadas confesso que a situação do Pedro me deixava mais insegura.

A insegurança só piorou quando recebi a lista de alunos da classe dele e notei que os amiguinhos já queridos e conhecidos estariam na turma do Joaquim. O Pedro foi colocado na turma dos alunos novos, porém ainda com a professora antiga. Me agarrei nessa referência importante para ele e torci muito para que se adaptasse numa boa.

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Daí, que mãe é um bicho bobo e besta e as crianças são poços de surpresa, né?! E o Pedro superou as minhas expectativas com relação à facilidade de adaptar-se.

Adora contar sobre os muitos amigos novos e tem até consolado uma fofa que deu um pouquinho de trabalho na adaptação e, segundo o próprio, "chora e chama a mamãe dela".

A fofa já é querida, chama-se Pietra, mas o Pepê acha mais "fácil" e carinhoso chamá-la de "Pirueta".

Tem uma outra amiguinha que é "linda e engraçada porque gosta de comer massinha".

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Tem como não amar e admirar muito???

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terça-feira, 15 de março de 2011

A NOSSA FESTA!!!


Incorporei à minha rotina diária o hábito de cobrir, ajeitar, dar a chupeta e as naninhas aos meus filhos antes de eu ir dormir. Dou um beijinho de “boa noite”, digo “amo você” e vou deitar. Todo dia ela faz tudo sempre igual mesmo.

Sem nem ter o conhecimento prévio dessa atitude, mas, outro dia, ouvi de uma psicóloga que esse hábito cria uma memória afetiva nos filhos do amor, do carinho, da dedicação e do zelo que a mãe desempenha. Eles estão dormindo capotadinhos, mas parece que registram tudo.

Boa notícia, não é?

Soube disso antes de criar esse blog, cujo propósito era sim deixar um registro extremamente afetivo aos meus três filhos das suas gracinhas, aprendizados, crescimento, desenvolvimento ao longo da infância. Assim, sem pretensão de nada. Puro registro e compartilhamento de experiências, idéias e dicas.

E, hoje, o blog completa 1 ano de vida!

Já são mais de 450 seguidores ao longo das 283 postagens e seus quase 4000 comentários deixados pelos 65 mil (e uns quebradinhos) acessos. Ah! E algumas publicaçõezinhas básicas em revistas e sites.

Se eu achei que poderia “atualizar” a nossa extensa família em relação às crianças, muito me surpreendi com as inúmeras e queridas amigas mães blogueiras que fiz e já conheci no mundo real.

Portanto, fiz cupcakes para todas vocês, queridas convidadas da festa de 1 ano do Mamãe Tá Ocupada!!!

Quem quer um??

*****

Olha só, tem cupcake até para os muitos anônimos que têm aparecido por aqui.

Honestamente, não me importo. Acho que quando a gente recebe críticas, discordâncias e até umas ofensinhas não deixa de existir um reconhecimento pelo “trabalho” que estamos fazendo. Gera uma certa polêmica e uma movimentação de acessos crescente e gritante aqui no blog, acho ótimo!

Mas, é o seguinte: se você acha que eu divulgo a minha vida inteira com fotos e detalhes sobre os meus filhos em um blog aberto para o mundo (o Anônimo disse exatamente isso) saiba que você está absurdamente enganado. A minha vida, dos meus filhos e da minha família vai muito além de 5 posts semanais.

Reduzir uma vida inteira em família a isso é de extrema pobreza. Sinto por você pensar assim, imagino que a sua seja bem sem graça e emoção (senão, nem perderia o seu tempo deixando esse tipo de comentário aqui).

Mais uma coisinha: comentar como anônimo além de covardia, é burrice, sabia? Numa rede como a internet, cheia de ferramentas que registram estatísticas, tudo fica gravado, caro Anônimo. O tipo da máquina que você usa, a sua localização, da onde veio, para onde foi, todos os cliques feitos e, mais importante de tudo, o seu IP.

Burrice é pouco, mediocridade também.

Então, o blog fez um ano e as regras mudaram um pouquinho.

Já que eu me exponho em mínimos aspectos da minha vida aqui, para participar, a partir de agora, tem que se identificar. Os anônimos não são mais permitidos. O blog é meu. As regras são minhas. Pode criticar e discordar à vontade.

Se você percorrer os milhares de comentários já feitos aqui, vai notar que está cheio disso. Porém, a diferença está na educação e na identificação, muitas vezes de pessoas queridas que vêm aqui para acrescentar.

(Ah! E se começar a criar perfis falsos para comentar e não ser identificado, o seu caminho é numa clínica psiquiátrica bem trash e longe daqui!).

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segunda-feira, 14 de março de 2011

ESTRÉIA NO FUTEBOL!!!!


Joaquim e Pedro foram ao Estádio do Morumbi assistir a um jogo do São Paulo pela primeira vez nesse final de semana.

Quem conhece a nossa família sabe a importância que esse “programa” tem. E sabe que, a partir de agora, deve se repetir semanalmente, visto que eles amaram, ficaram concentradinhos e quietinhos assistindo ao jogo.

Tiveram a oportunidade de gritar “Goooooool!!” três vezes, a molecada é pé quente e sãopaulina mesmo! Ainda bem! Só posso acreditar na “geneticidade” do fato, já que eu nunca vi o São Paulo ganhar, sou a maior pé frio da história.

Teve uma vez que o SPFC estava no auge, ganhava todas, ainda mais em casa. Fui levada a um clássico: São Paulo e Santos no Morumbi. Obviamente, o SPFC perdeu. Mas o pior: 4 X 0 para o Santos.

Outra vez, o SPFC só precisava vencer um joguinho besta e fácil para ganhar o campeonato algumas rodadas antes da final. Lá, fui eu. Maridinho achou que o meu pezinho não tivesse a capacidade de esfriar o Morumbi inteiro. Mas não duvidem de um pé frio oficial como eu: o São Paulo perdeu para o Juventus (!!!) em casa.

Ou seja, não me convidem nunca para assistir futebol. Sou do tipo que chega na sala e o time adversário faz gol, sabe??

Enfim, tô aqui meio enrolando no post, afinal, o jogo foi um "programa dos meninos”. Manu e eu ficamos de fora, fizemos o nosso programa de meninas. Acho justo.

Eu, basicamente, só soube que teve muito gol e sorvete de chocolate. E tem estréia melhor do que essa???

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sexta-feira, 11 de março de 2011

O sonho de uma mãe

Eu não tenho opinião muito formada com relação à existência ou não do instinto materno. Mas, é interessante notar que às vezes ele se manifesta.

*****

O meu vizinho de cima tem um bebê recém nascido. Quer dizer, acredito que seja RN pela freqüência e tipo de choro que eu tenho escutado ultimamente (olha aí, um pouquinho do instinto já dando as caras...).

Mas, teve uma noite em que o bebê chorou muito mesmo. E eu, naquela situação meio acordada e meio dormindo, quase na vigília acompanhando e aguardando o próximo choro do bebê (instinto! Instinto!), tive um sonho super longo e real com aquele bebê.

Sonhei que o bebê era meu, o meu quarto filho, ou melhor, filha. Ela chorava e eu cuidava, fazia massagem na barriguinha, pois ela tinha cólica, levava para a minha cama, ou seja, cuidados mil.

Acordei meio atordoada, devido à intensidade e a realidade do sonho. Quase saí para procurar a minha filhinha recém-nascida.

Mãe é mãe, né?! Mas, às vezes questiono mesmo a existência do instinto. Se eu não tivesse filhos e ouvisse o choro de um bebezinho a noite toda, teria tido o mesmo sonho?? Muito provavelmente, não.

E aí, o que vocês acham? Alguém se arrisca? Freud certamente explica...

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quinta-feira, 10 de março de 2011

Atenção aos adesivos!!!


Eu tenho ficado impressionada de ver a quantidade de carros que tem aqueles adesivo da família. Tem o bonequinho do pai, da mãe, dos filhos, cachorro, gato, papagaio e etc.

Como o blog deve servir de utilidade pública também, faço aqui um apelo: não coloquem esses adesivos em seus carros. Se você já colocou, tire ontem.

A Veja São Paulo publicou uma notinha algumas semanas atrás falando do sucesso do fabricante desses adesivos e eu devia até ter mandado um email me manifestando: gente, é muito perigoso! Em uma cidade especificamente como São Paulo, a mensagem é de estar dirigindo e contando para todo mundo os moldes da sua família. Daí, vem um maluco que resolve te seguir e aprende em quais horários você deixa os seus filhos na escola, descobre em qual escola eles estudam e, não gosto nem de pensar, mas é muito, muito arriscado!

Lembro de uma época em que os policiais diziam para que ninguém tivesse adesivos da escola dos filhos no carro, do clube, do condomínio da casa de praia e quaisquer outros que pudessem dar dicas e informações à respeito da vida e da família. Pois bem, esses adesivos são exatamente isso e não dá para imaginar a quantidade e os tipos de malucos soltos por aí.

Soube, inclusive, de uma pessoa que foi parada pela polícia e orientada a retirar o adesivo do carro. Portanto, gente, tirem já!! Reservem o adesivo para um enfeite de porta de maternidade, um álbum de fotos da família, mas no carro, não.

Prometem??

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quarta-feira, 9 de março de 2011

Post-its!

Dá licença? Vou usar o MEU blog para ME deixar alguns lembretes:

1) Na próxima compra de maiozinhos, biquininhos e sunguinhas, NUNCA MAIS comprar nenhum dos itens a cima que tenha QUALQUER detalhe na cor branca, independente do tamanho ou fofura.

2) Na próxima compra de maiozinhos, biquininhos e sunguinhas, NUNCA MAIS comprar nenhum dos itens a cima que tenha o forro completamente costurado à peça em questão. É FUNDAMENTAL que haja alguma abertura, ou que nem tenha forro mesmo, apenas uma super lycra.

*****

Estranharam? Pois é, mas na folia do nosso Carnaval de muita praia, mar, piscina, AREIA e PROTETOR SOLAR, os maiozinhos, biquininhos e sunguinhas que tinham os tais detalhes em branco, atualmente estão bem amareladinhos (tô até sendo sutil aqui!). E o excesso de areia que três criancinhas apaixonadas pela praia conseguiram reunir em suas roupinhas de banho, entupiram os forros e deixaram a lycra - agora, amarelada - cheia de pontinhos pretos.

Não há Sebastiana Quebra Galho que salve a situação aqui...

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sexta-feira, 4 de março de 2011

Bom carnaval!


Manuela-Jesse, Joaquim-Woody e Pedro-Buzz desejam a todos um Carnaval delicioso, cheio de confete e serpentina!

Voltamos depois do "baile da ressaca", ok?!

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quinta-feira, 3 de março de 2011

Natação...

Manuela começou a fazer natação na semana passada. Curtiu um monte a primeira aula, assim como o maiô, a touca, o óculos, o roupão e o banho depois da aulinha.

Pois bem, na segunda aula já entendeu que, apesar de todas as musiquinhas e brincadeiras que os professores fazem para ensinar as crianças a nadar, natação é “coisa séria” e inclui mergulhos, pulos na piscina e exercícios de flutuação.

O problema é que ela morre de medo de tudo isso, ainda se sente insegura na piscina, fica pendurada no pescoço de quem entra com ela e não há nada que possa convencê-la a pular e mergulhar.

Na terceira aula, foi um sufoco fazê-la entrar na água, resistiu e chorou, coisa que não é comum da Manu. É raro vê-la chorando à toa ou por birra, por isso entendi que era sério. Assisti à aula inteirinha com o coração na mão, pois os professores faziam uma certa pressão para que ela se soltasse, deixasse os medos e inseguranças de lado e, de fato, se arriscasse na piscina.

Isso aqui não é uma crítica aos professores ou ao método de ensino, nada disso. Acontece que eu conheço a minha filha. E sei que ela funciona de acordo com o seu próprio tempo, algo muito particular e específico dela. Não há insistência ou trabalho de convencimento que possa funcionar. E não é questão de ser “cabeça dura”.

Ela tem uma “chavinha” na cabecinha para cada assunto ou passo a ser dado no sentido do seu desenvolvimento. Foi assim com a chupeta, com a fralda diurna e noturna, com todas as conquistas realizadas e medos superados.

Portanto, nada de natação por enquanto. Acredito e confio muito nos dados que a minha filha sempre me passa. Acho fofo ela falar que só quer voltar na natação junto com os irmãos. Ok, sem problemas, mas por uma questão de idade e vagas, eles só poderão freqüentar a natação em agosto. Então, que seja, em agosto levo os três.

Ou, antes. Não sei, vejam só: acho mais fofo ainda ver a minha Manuzinha brincando de aula de natação durante o banho. Ela é a professora e tem a missão de ensinar as suas Polly´s e Moranguinhos a nadar. Reproduz exatamente as três aulas de que participou.

O brincar repetitivo é extremamente saudável, positivo para o desenvolvimento e pode ajudar nesse processo de superação dos medos e inseguranças.

Não tem problema, não, minha filha. Quem não nada em piscina olímpica, brinca um montão no banho e pode aprender tanto...

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quarta-feira, 2 de março de 2011

Alfabetização??

Semana passada, as crianças ganharam uma lembrancinha de uma festinha super legal: um daqueles bonecos de sementes, que você vai regando e o cabelinho vai crescendo. Eles chegaram imundos e exaustos da festa, mas fizeram questão de colocar o "cabeça de semente" no pratinho e regá-lo no minuto em que entraram em casa.

Mas, tinha um detalhe: o boneco vinha com uma plaquinha para que cada um pudesse identificar o seu. Coloquei a letra inicial do nome de cada um dos meus filhos na plaquinha, fiz isso na frente deles e falei que o "M" era da Manu, o "J" do Joaquim e o "P", do Pedro. Fiz isso mais pensando na Manu, já nessa fase de identificar o nome, as letrinhas e tentar reproduzir, o que é um dos objetivos da turma dela na escola esse ano. Para o Joaquim e o Pedro ainda é cedo, mas deixei que eles participassem da identificação dos bonecos mesmo assim. Porque não??

No dia seguinte, o Joaquim acordou e foi ver se o cabelo do cabeça de semente já tinha crescido. Para a frustração do moleque, ainda não, mas para a minha surpresa, ele identificou os 3 bonequinhos a partir das letrinhas iniciais escritas na noite anterior.

Desde então, ele vai lá todos os dias e identifica novamente os bonequinhos, passa o dia falando da letra de cada um e já aprendeu outras.

A Manu, que seria o "foco" dessa atividade pela faixa etária, até sabe, mas não se interessa muito. A gente pergunta das letras e ela sai chutando a primeira que lhe vem à cabeça.

O Pedro é daquele tipo observador, que fica na dele, esponjinha de tudo, absorvendo todas as informações e conhecimentos que o mundo lhe oferece. Mas, outro dia, ele abriu a porta do terraço sozinho e foi lá identificar os bonequinhos. Fez tudo certinho, eu me escondi e vi ele falando: "esse é o M da Manu, o J do Joaquim e o P do Pedro". Ele faz na dele, não precisa se "exibir" ou de platéia, sabe?

Toda mãe acha que os filhos são gênios e eu não sou diferente. O moleque identificar, reconhecer e verbalizar as letrinhas com 2 anos e meio não é pouca coisa, não. Mas esse nem é o ponto principal do meu post.

Uma coisa que eu amo observar nos meus filhos é a diferença pelos interesses, na personalidade e, nesse caso, nas diferentes inteligências. Isso não tem a ver com aquele papo de inteligência emocional, nada disso, mas estou falando das facilidades, habilidades e interesses referentes à inteligência. Eu não sei em qual área do conhecimento ele vai se destacar e ser um gênio (viram a coruja??), mas a facilidade e interesse podem ser visíveis já com essa idade, o que é muito legal. Não vou explorar e nem abusar dessa capacidade dele, porém já é uma boa dica na hora de escolher atividades extra-curriculares, por exemplo.

Eu sei que ele não tem noção do significado real de uma letra, de uma sílaba ou do processo de alfabetização, não é isso, mas essa habilidade por si só demonstra capacidade e interesse por questões relacionadas à memorização, o que ainda se fortalece por outros interesses já observados no Joaquim desde quando era menor ainda.

Isso é de extrema importância, já que um fato isolado não é determinante para nada, mas quando a gente consegue observar um padrão da criança, identificar uma série de interesses em comum em atividades diferentes, daí sim podemos atribuir de fato uma característica à criança.

Eu não vou colocar o meu filho para decorar a lista telefônica (ainda existe esse trambolho?), filmar e colocar no YouTube para todo mundo achar uma gracinha, mas isso me parece precioso na hora de decidir entre judô, futebol ou aulas de música, novamente, um exemplo.

Portanto, queridas mamães atentas, as brincadeiras preferidas não são apenas passatempos à toa, ou que nos dão um sosseguinho, podem ser um poço de dicas do que são os nossos filhos e para uma série de coisas importantes na vida. Tudo no seu tempo certo, ok??

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terça-feira, 1 de março de 2011

Programação Infantil

Eu me lembro, quando adolescente, de ficar fazendo piadinha dizendo que tinha PAITROCÍNIO para tudo: cinema, roupa nova, balada, cd (!!!), tudo, tudo na base da mesada.

E agora o feitiço virou contra a feiticeira aqui and the joke´s on me: MÃETORISTA.

Que vidinha mais agitada, cheia de compromissos e atividades que essa turma tem! É um leva e traz non stop. Quando não estou levando ou trazendo de algum lugar, tô correndo atrás do presente para o amiguinho da próxima festa, a compra do óculos e da touca para a natação e as infinitas eteceteras que eles demandam.

Tô pensando em organizar os horários, locais e saídas numa planilha maravilhosa do Excel e pendurar na geladeira, acho que ajudaria, porque, bem, a minha cabeça? Já era faz tempo! Tô do tipo que anota na agenda: "ligar para o maridinho, assunto X". JU-RO! Se não anoto o compromisso e o assunto, fico perdidinha.

Enfim, melhor que seja assim. Melhor para eles do que pra mim (oh, como sofrem as mãetoristas!). E, por favor, perdoem os meus esquecimentos, ok?

*****

Já sinto o cheiro de comentário anônimo, que será excluído, obviamente, por me chamar de "filhinha de papai" e de outras cositas mas por revelar o paitrocínio e a mesada. Sabe o tipo que vem falar que já trabalhava aos 13 anos e sustentava a família toda? E vem me criticar por torrar a mesada em cds? Por favor, não perca o seu tempo. O blog é meu e isso eu não publico.
Grata, a Presidência.

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