terça-feira, 31 de maio de 2011

Cerimônias

Eu me considero uma pessoa cerimoniosa. Ou melhor, extremamente cerimoniosa.

Desde o ano passado, estamos em uma maratona de casamentos que ninguém acredita, convites e festas todos os meses. Em maio do ano passado, foi um casamento a cada final de semana, até 2 na mesma data. Teve casamento fora de São Paulo e até em Roma! Não dá para achar ruim, muito pelo contrário!

Daí, haja vestido, bolsa, sapato, cabelo, maquiagem, presentes e logística para deixar as crianças, né?

Eu sempre fico tentando organizar a vida das crianças, costumamos mandá-las para a casa de uma avó ou outra, pois queremos aproveitar a festa, voltar tarde e dormir sem hora no dia seguinte, merecido. (Quem foi que disse que o máximo da balada depois da maternidade são os casamentos? Pois são mesmo e eu adoro!)

Então, observei as mais variadas formas de convidar as pessoas para uma festa de casamento. Basicamente, tem o convite que vem “Sr. e Sra. Fulano de tal”, o que significa que apenas o casal está sendo convidado. E há também o que diz “Sr. Fulano de tal e família”, o que inclui as crianças. Sempre, sempre, sempre respeitei o que dizia no convite. Já aconteceu de serem os noivos um casal próximo, que conhece e convive com as crianças, mas o convite se dirigia exclusivamente ao casal. Então, não levávamos as crianças, por motivos óbvios de educação e cumprimento do convite que nos foi enviado. Já recebi convite para a família toda, mas também optei por não levar as crianças, por não ser um horário apropriado.

Acho de extrema delicadeza “obedecer” o que é dito no convite, não apenas por educação, mas por respeito a quem está dando a festa. Há sempre uma questão de número de convidados, orçamento, espaço, redução e cortes na lista, ou pode ser que os noivos tenham planejado uma mega balada que não combina com crianças e não tem nada a ver levar os filhos. E tudo bem, sem problema algum. Essa sou eu: cerimoniosa, rígida, literal e chata com essas questões de convite, educação e a etiqueta toda envolvida.

Agora que as crianças estão na escola, cada um em uma turma diferente, temos recebido inúmeros convites dos muitos amiguinhos para milhares de festinhas. (De hoje até os próximos 10 dias, serão 4!).

E tenho adotado a mesma estratégia dos casamentos.

Hoje chegou um convite para o Pedro, apenas o nome dele no envelope. Portanto, serei eu e o Pepê. A mãe do amigo não tem as obrigações de (1) saber que o meu filho tem mais dois irmãos e (2) convidar a galera toda. Se a intenção fosse essa, mesmo sem saber o número de irmãos, teria escrito “Pedro e família” no envelope, mas não e tudo bem. Em proporções diferentes, festa infantil, especialmente em buffets, têm também a questão do número de convidados, orçamento e etc. Portanto, sigo à risca, cerimoniosa e literal que sou.

Falei tudo isso para chegar no ponto que eu queria. Chegou hoje o tal do convite, peguei na agenda e saí falando:

- Olha, Pepê, que legal, vai ter a festa do seu amiguinho, chegou o convite dele.

A Manu me olha e pergunta:

- É da classe dele, Mamãe?

Respondo que sim e ela retruca no mesmo instante:

- Então, você leva o Pedro e eu e o Joaquim vamos passear com o Papai.

Certinho. É assim que funciona pra gente. E para vocês? Como é?

Compartilhar

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Manuela: a sabereta

- Mamãe, sabia que se não lavar a mão fica com bactéria e pega DOENCIA?

(O pior é que ela me pede para comprar Lifebuoy!)

*****

- Mamãe, sabia que não pode falar no telefone e dirigir?

(A CET implantou um espião no meu carro?)

*****

- Mamãe, sabia que a gente tem um osso na boca?

(Abrindo a boca e tentando me mostrar o tal do osso...)

*****

- Mamãe, sabia que o Santos é o novo campeão?

(Papai São-Paulino desmaiando já!)

*****

- Mamãe, sabia que o Jacaré-Açu da Amazônia fica na água esperando um bicho cair para ele comer?

- Mamãe, sabia que teve uma guerra no Paraguai?

(Cabulei essas aulas, filha, não sabia!)

Compartilhar

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Alergias alternativas

Algumas pessoas até já leram esse post das antigas, quando o Mamãe Tá Ocupada!!! era um recém nascido, mas resolvi publicar no blog do Sabará, pois foi uma reação alérgica beeeem esquisita e pouco comum que o Pedro teve.

O caminho continua o mesmo, esse aqui!

Compartilhar

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Vamos ajudar??

Queridíssimas leitoras e “experientes consultoras em maternidade real”,

recebi ontem um email de outra leitora pedindo ajuda. A questão é muito comum para muitas das mães que passam por aqui. Eu já dei a minha ajudinha e sugeri de fazer um post com o email dela (pedi autorização, mudei informações, nome da filha e etc) para vocês também colaborarem, afinal várias cabeças maternas juntas fazem a força e ajudam não apenas ela, mas outras mães também, concordam?

Bom, segue o email e “pitaquem” bastante nos comentários!

Oi Camila, bom dia! Tudo bem?

Tem um tempão que leio seu blog porque me identifiquei muito com seus relatos.
Apesar de ter só uma filha com 3 anos e 5 meses parece que temos as mesmas ideias. Mas, estou sofrendo um dilema, desculpe, lá vai o blá, blá blá:

Voltei a trabalhar quando a minha filha estava com 1 ano e 11 meses. Voltei como quando se solta um bicho que estava trancado, saltitante e feliz. O coração apertado por deixar minha filha (só desenvolvi uma gastrite nervosa, básica ) mas vi que estava sendo bom pra gente.
Deixava ela com minha mãe (doce e querida Vovó, mas é Vovó, você sabe as qualidades e defeitos!)

Este ano ela começou na escola e coloquei uma pessoa lá em casa pra ficar com ela e tomar conta da casa.

Vou almoçar e ela vem comigo pra ficar na escola. Nunca tive empregada, só tinha uma faxineira. PROBLEMA: não acostumo com uma pessoa ali em casa com minha filha, não sei o que é, não sei se troco de empregada ou se troco minha cabeça. Resumindo: estou odiando ter uma pessoa na minha casa. Você tem ideia de como distribuir tarefas para empregada? Parece que ela não dá a atenção para a minha filha que eu queria que desse. Ela chora toda manhã pedindo pra eu não ir trabalhar e eu que venho chorando trabalhar...

Sinto como se a empregada fosse "um corpo estranho" na minha casa, um cisco no olho.
Não sei se não me sinto bem com a pessoa que está lá em casa ou se isto já é GERAL, se todo mundo se sente assim, vou ter que aturar isto sempre? O que delegar pra estas pessoas? Estou deixando de organizar minha casa? (A Dona Culpa manda abraços...).

Desde quando pensamos em ter filhos nunca imaginamos colocá-los em período integral na escola. Acho o convívio familiar importante. Este contato com minha filha está fazendo bem pra ela e pra nós, pais. É errado querer deixá-la em casa com uma, até então, estranha? O que fazer? Você tem ideia de como conversar com empregadas que olham a casa e os filhos da gente?


Compartilhar

quarta-feira, 25 de maio de 2011

A ESCOLHA DO MEU NOME

Essa é simples, sem mistérios, histórias, significados ou lenga-lenga. Os meus pais achavam “Camila” um nome bonito e ponto. Sei que rolou uma discussão se a grafia seria com 1 ou 2 “L´s” e só: o nome da primeira filha do casal estava escolhido e “Camila” fiquei, muito bem, feliz e satisfeita, obrigada.

Dar um nome a um filho é uma tarefa difícil, pode até consumir mais tempo do que a própria gestação. Sabe o bebê que nasce e é chamado simplesmente de “bebê”, pois os pais não conseguiram descobrir do que ele tem cara? Então, acontece.

Mas o nome que eu quero falar aqui é do meu quarto filho, esse blog. Nomear um blog também é complicado, já perceberam? Eu conheço, leio e acompanho muitos milhares de blogs, comento em poucos, eu sei (mea culpa!), mas conheço muitos. Há os nomes mais variados do mundo, desde aqueles que são uma verdadeira expressão de amor, até... bem, o céu é o limite para a criatividade. Porque é difícil mesmo dar nomes e títulos por aí.

Eu já contei de onde surgiu “Mamãe Tá Ocupada!!!” e quero recontar a história, pois andaram me chamando de “Mãe Ocupada” por aí e isso é quase como escrever “Kamyllah” na minha comanda de consumação das baladas que eu freqüento (Nota: a pessoa é exagerada, ofendida e mentirosa!).

Mas, é assim: “Mamãe Tá Ocupada!!!”, é “tá” mesmo, e não “está” e tem 3 exclamações no final. Quem sabe o sentido e o emprego da exclamação entende, quem é mãe, também e, se você não se encontra em nenhuma dessas categorias, o Google é um amor, vai lá ver!

Eu não sou mais ou menos ocupada do que ninguém, ocupação é quase como amor: impossível de medir ou quantificar. Mas eu “tô” sempre ocupada e, aliás, não saberia não estar. Ficar de pernas para o ar me dá um pouco de alergia e “gastura”, sabem? E estou sempre ocupada para os meus filhos, vejam só como funciona:

- Mamãe, vem cá pegar todas as minhas 7546857498506889 Barbies da estante para eu brincar!

- Péra, filha, a mamãe tá ocupada trocando a fralda do Joaquim!

Ou:

- Ô, mamãe, pega o meu Dominó do McQueen?

- Péra, filho, a mamãe tá ocupada escovando os dentes do Pedro!

Ou:

- Mamanhêêê, eu quero a minha chupeta e a minha nanaaaaaaa!

- Péra, filho, a mamãe tá ocupada arrumando o cabelo da Manu!

E, obviamente, marido e mãe não ficam de fora. Quando me ligam, ninguém fala “Oi, tudo bem?”, a fala é:

- Tá ocupada ou pode falar?

A resposta é sempre a mesma:

- Tô ocupada, já te ligo!

Eu acabo poupando a pessoa de dizer que não estou apenas ocupada, mas enlouquecida e, muitas vezes, só retorno a ligação lá pelas 9 da noite, quando a casa dorme e eu já estou de pernas para o ar.

Captaram o sentido da coisa toda???

Compartilhar

terça-feira, 24 de maio de 2011

Visita à amiga

Fui lá dar uma olhadinha na barriga de 10 semanas da Anne, gente! E, claro, umas beijocas nas bochechas fofas do lindo e loiro Joaquim.

Não sabe onde é a casinha da Anne? O caminho é por aqui!

Compartilhar

segunda-feira, 23 de maio de 2011

A minha liberdade

Eu tive a oportunidade de amamentar apenas a Manu e foi uma experiência incrível, coisa muito boa mesmo. Amamentei de corpo e alma, entrega total, muito antes de acompanhar tudo o que eu já li sobre amamentação nos blogs da vida, coisa de instinto materno, eu acho.

Mas, sempre tem um diabinho que mora na minha cabeça e que me fazia pensar que a amamentação exclusiva no peito é uma escravidão, é viver um função daquele serzinho, sem liberdade de ir e vir a qualquer hora e nem do próprio corpo. (Hellô-ô, a maternidade é o que mesmo, hein?!).

Hoje, vejo como tudo aquilo passou tão rápido e como eu daria uma alta quantia de dinheiro (cash mesmo!) para voltar a um momento daqueles. Escravidão o caramba, é uma delícia!

Querem saber o que é escravidão mesmo? E quando tive a minha maior liberdade da vida? Quando dei fim à mamada das 11 da noite! As crianças já não mamavam mais de madrugada há um bom tempo, jantavam e iam dormir. Daí, eu achava que um leitinho às 11 horas fosse preencher as barriguinhas e garantir um soninho gostoso e confortável.

Maridinho e eu jantávamos depois das crianças irem dormir, tipo 9 da noite, no mínimo. Um papinho na mesa de jantar, uma televisãozinha e, pronto! Hora da mamada das 11! Hora de preparar as mamadeiras! Eram 3 barriguinhas para preencher às 11 horas! Três fraldas para trocar e às vezes alguém mamava, despertava totalmente achando que era hora de acordar e brincar. O processo todo, sem surpresas, durava uma hora. Se algo desse errado, ia longe. Ou seja, tempo para o casal fazer qualquer coisa? Vai sonhando....

Daí, o pediatra me orientou direitinho para tirar essa mamada, inclusive explicou que as crianças na idade em que estavam, nem precisavam mais desse leite. O jantar era o suficiente para preencher as barriguinhas e ninguém sentir fome de madrugada. Mais ainda: tomar uma mamadeira de leite às 11 da noite, poderia pesar no estômago, dificultando a digestão durante o sono e causar incômodos.

Foi muito mais simples do que eu poderia imaginar: diluir o leite na mamadeira por 3 noites, metade leite, metade água e depois, nunca mais. Fizemos e seguimos direitinho.

Juro que ninguém nunca acordou com fome e pediu mamadeira de madrugada.

E também garanti o tempinho do casal à noite depois que as crianças dormem. Uma certa liberdade muito bem-vinda que eu acho que todos os casais merecem ter e desfrutar.

Aprovado!

Recomendo!

Compartilhar

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Mais sobre a moda do bullying

Bullying? De novo? Ainda estão falando sobre isso?

Sim, estão. E faço coro junto à sábia e sensata Rosely Sayão lá no blog do Hospital Infantil Sabará. Já sabem o caminho??

É só clicar aqui!

Compartilhar

quinta-feira, 19 de maio de 2011

"Mamãecracia" by Priscilla Perlatti

Estou gostando muito, muitíssimo de receber as minhas amigas aqui no meu blog. Amiga mesmo, daquelas que a gente trocava uns comentários e tweets e agora troca idéias durante um cafezinho e descobre afinidades.

Por favor, recebam a Pri com o maior amor e carinho do mundo, ela merece! É uma fofa e querida, escreve o Mãe de Duas e tem duas filhas lindíssimas! Ah, e o assunto é de reflexão total para a utilidade pública materna.

*****

- Hoje eu quero só macarrão!

- E eu só vou comer arroz e feijão!

Vocês já frequentaram esses grupos de apoio tipo alcoólicos anônimos, vigilantes de peso, etc. em que você tem que se apresentar e contar seu problema? Então...

Oi, meu nome é Priscilla e eu sou mãe de duas meninas com personalidades e gostos completamente opostos. Ouço o diálogo acima quase todos os dias e, como aqui não é restaurante, ou uma delas cede e come o que tem ou fica sem uma refeição. Essa dualidade vem acontecendo em todas as situações possíveis. Para a pergunta "Quem quer ir ao parque?" há sempre duas respostas:

- Já tô colocando o sapato!

- Ah não! Quero ficar vendo televisão...

" Preferem banho agora ou depois?"

- Agora!

- Depois!

Até mesmo na hora de nascer foi tudo diferente. Da primeira vez me preparei para um parto normal e, por circunstâncias que não cabem aqui e agora, acabei fazendo uma cesárea. Na segunda gravidez, já conformada que "teria" que ser cesárea, entrei em trabalho de parto com 38 semanas e em menos 6 horas dava a luz à minha caçula através de um parto normal.

Por mais que a gente se desdobre, vire do avesso, faça concessões, tem sempre alguém insatisfeito. É frustrante, é cansativo e exige uma boa dose de paciência e criatividade para resolver os conflitos e acomodar as particularidades. Mãe é uma eterna mediadora.

É claro que acho saudável cada uma ter suas preferências. Aprendemos muito (muito!) com essas diferenças, mas família é um grupo e muitas vezes o exercício da democracia nos atrasa para compromissos. Daí partimos para a mamãecracia: eu decido!

Por isso admiro e respeito muito quem tem mais filhos do que mãos, como a Camila. Se com dois filhos a gente já tem que rebolar, com três filhos só mesmo dançando o tchan!

Alguém do grupo tem algo a mais a acrescentar?

Compartilhar

terça-feira, 17 de maio de 2011

Posso explicar?

O post sobre o Mamaço, publicado aqui ontem, teve uma repercussão bem maior do que eu imaginava e me incomodou profundamente por ter me sentido muito mal interpretada.

A verdade é que quando a gente dá uma opinião contrária ao um assunto entendido de maneira unânime pela maioria, está dando a cara a tapa e eu sabia disso. Mas não posso arquivar o assunto e partir para o próximo.

Sou assumidamente fã das polêmicas e não tenho medo de me colocar. Tenho sim uma visão bastante conservadora e até tradicionalista, o que me torna alvo fácil de críticas. Fazer o quê?

Continuando sobre as polêmicas, acho que quem bota filho no mundo, vai se deparar com elas quase que diariamente. Daí, você escolhe: fechar os olhos e se trancar no mundo ideal e cor-de-rosa da maternidade, ou discutir temas importantes para a tomada de decisões e escolhas diante da criação e educação dos filhos. Eu fico com a segunda opção, obviamente.

Que fique claro: eu não sou contra o Mamaço, não sou contra a amamentação e nem que seja feita em público. Mas, para mim, amamentar em público, não rola, por questões pessoais (me sinto obrigada a repetir isso). Sou pudica, cheia de pudores mesmo e ainda não entendi qual o problema nisso. Preservar a intimidade do meu momento de amamentar os meus filhos não deveria causar tanto incômodo.

Quanto à livre demanda, o que eu estava querendo fazer era justamente levantar uma discussão, por não me sentir convencida a adotar a LD caso eu tivesse outro filho por exemplo. Fiz a comparação com a horta orgânica, muitos não gostaram, mas essa é exatamente a sensação que me dá: ficar o dia inteiro com um bebê no peito.

Honestamente? É uma sensação que não me agrada, por questões também particulares de necessidade de ordem e rotina, coisas que, para quem tem 3 filhos, são importantes para o bom “funcionamento” da vida das crianças, da família e do casal.

Vejam o que eu falei sobre a LD: “Essa história de se alimentar a qualquer hora também me pega. É a tal da livre demanda, tão recomendada e tal, mas ainda não estou convencida. Entendo o argumento de não privar um bebê do alimento mais nutritivo e saudável do mundo, que é o leite materno. Porém, se eu tivesse uma horta orgânica em casa, não comeria o dia inteiro.

E como é que esse bebê entende que a livre demanda funciona das 6 da manhã às 8 da noite e que de madrugada não é tão legal assim? Quer dizer, as mães também precisam descansar, ou não? E peito da mãe não é chupeta, ou passou a ser? E como conciliar isso com o estabelecimento imprescindível (aprendi isso na prática cuidando simultaneamente de três bebês) da rotina? Hora para comer, brincar, tomar banho e dormir?


Percebam: são questionamentos e um convite à discussão saudável do assunto, quem sabe até entenderia melhor e me convencesse de que é sim o melhor método? Falaram sobre o estabelecimento do vínculo entre mãe e bebê, mas, como psicóloga, não considero a LM como condição sine qua non para que um vínculo suficientemente bom seja estabelecido.

Teve quem entendeu e teve quem se ofendeu, uma pena.

Agora, gente, pelamordedeus, eu não comparei a amamentação ao ato de fumar em público. Serei o mais literal e direta possível.

Vejam só: o governo cria uma lei determinando que em estabelecimentos particulares não é mais permitido fumar. Bares, restaurantes, prédios comerciais e residenciais, tudo proibido. No meu prédio, por exemplo, há uma placa dizendo “proibido fumar” de acordo com a lei tal e tal. Acho isso de um absurdo autoritário sem tamanho! O governo não é dono do meu prédio e de todos os outros estabelecimentos envolvidos na lei para ditar essass regras.

Se os moradores do meu prédio fizessem uma Assembléia e determinassem que é proibido fumar, eu aceitaria. Mas, o governo, não. É basicamente: “na minha casa, mando eu!”.

Reparem em padarias, por exemplo, aquelas placas “é proibida a entrada de cachorros” ou “é proibido entrar sem camisa”. O proprietário está estabelecendo as suas regras e considero que isso é permitido, pois ele é o dono da padaria.

Assim, o Itaú Cultural, como estabelecimento privado, na minha opinião, pode sim determinar as suas regras. Mas, como já disse, ele foi infeliz no modo de conduzir a situação, mandar a mãe para o cubículo dos bombeiros foi um absurdo. Eles acabaram mexendo com a raça materna, a mais unida do mundo, determinada, engajada, verdadeiras leoas mamíferas.

A iniciativa do Mamaço é incrível, parabenizo todas vocês novamente, mas acho que o Itaú Cultural não precisaria ter cedido às vontades das mães, eles poderiam ter mantido a postura inicial sem problemas, do meu ponto de vista.

Eu não quis atingir ou ofender ninguém ou nenhuma conduta, em hipótese alguma. Estava apenas discutindo as origens do Mamaço sob a minha ótica muito particular.

Estou sempre aberta e interessada nas discussões polêmicas saudáveis e que acrescentam algo novo. Respeito e admiro opiniões, condutas e pontos de vista diferentes do meu, convivendo muito bem com isso, inclusive na minha vida pessoal. Mas ofensas, agressividade e até ironias gratuitas e desrespeitosas não são bem-vindas, não fazem parte dos meus relacionamentos com as outras pessoas. Quem me conhece sabe, tenho certeza.

Compartilhar

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Sobre o Mamaço...

Eu fiquei meio quietinha, apenas acompanhando de longe todo o barulho do Mamaço nos blogs e sites. Mas agora acho que tenho as minhas idéias mais ou menos elaboradas e gostaria de me manifestar. Opinião extremamente pessoal, ok?

Melhor ir por partes para organizar as coisas da melhor maneira possível.

O Facebook, em primeiro lugar, é uma rede imensa, que dispõe de recursos extremamente avançados do ponto de vista tecnológico, “rastreando” e acompanhando tudo o que se passa ali.

Sei de uma pessoa que recebeu uma notificação avisando que a sua conta havia sido acessada de outro país, nada a ver com o Brasil, e consideraram o acesso meio esquisito. Portanto, o aviso é de que a conta poderia ter sido invadida ou hackeada. O usuário teve a conta cancelada e exigiram que fosse criada uma nova senha, por motivos de segurança.

Considerei a ação excelente e extremamente cuidadosa. Tenho certeza de que o Mr. Facebook, ou Mark Zuckerberg, não fica olhando usuário por usuário. Ele instalou lá uns robôs bastante inteligentes, que detectaram, no caso dos acontecimentos recentes, peitos. Em tempos de bullying e pedofilia, peito é perigoso e, por cautela, vamos retirar isso da rede.

Não há nada de conspiratório nisso, gente, ou muito menos levanta uma bandeira contra a amamentação. É um cuidado. As redes sociais nos rastreiam o tempo todo, deal with it. Se você não gosta, não disponibilize os seus dados e fotos nesses sites. São as vantagens e desvantagens do mundo virtual.

E a gente nem precisa ir tão longe assim: muitos estabelecimentos captam as nossas imagens em sistemas de segurança através das câmeras (Sorria! Você está sendo filmado!), a gente acaba caindo nessa “rede” também. O próprio Programa Mais do Pão de Açúcar, do qual faço parte, sou fã e tenho inúmeras vantagens, não deixa de ser uma banco de dados gigantesco para o meu querido Abílio Diniz.

O Itaú Cultural faz parte de uma instituição financeira privada e, portanto, tem todo o direito de regulamentar o que pode ou não acontecer ali dentro. A comparação pode ser infeliz, mas o governo estadual criou uma lei proibindo fumar em lugares particulares. Vejam, o cigarro é uma substância legal (a questão não é fazer mal ou não, mas é legalizado), os estabelecimentos são privados, os proprietários pagam impostos absurdamente altos para mantê-los e quem o governo pensa que é para dizer o que é permitido ou não fazer lá dentro? Há uma manifestação geral contra o cigarro e, no fim, todo mundo achou bom não poder fumar mais em bares, restaurante e escritórios, mas pensem bem qual é a atitude que está por trás dessa lei.

O Itaú fez a mesma coisa: eles não queriam uma mãe amamentando no seu espaço. Se tivessem proibido a entrada de um cachorro, não teria repercutido dessa maneira, mas proibiram uma mãe de amamentar e daí pegou mal pra caramba. A condução da situação foi trágica, concordo, de mandar a mãe para o tal cubículo dos bombeiros, que estava trancado e pronto! Mexeram com a “raça” mais brava e solidária do mundo: as mães. Então, surgiu o Mamaço.

Na minha opinião, o Itaú Cultural percebeu que a situação não caiu bem, tanto que se retratou, “apoiou” o Mamaço, organizou palestras e tal. Mas, penso que isso se deve muito mais a uma estratégia de marketing por uma manifestação materna forte e poderosa, do que por acreditar que as mães têm total liberdade de amamentar em público no seu espaço privado.

Acho o Mamaço uma manifestação incrível e muito válida, isso mostra a nossa força e o nosso poder, como mães que se unem e se mobilizam através das redes sociais em prol de uma causa nobre em comum. Estão todas de parabéns!

Por outro lado, o Itaú Cultural, como instituição financeira, bancária e particular, também tem o total direito de determinar o que é permitido fazer ou não ali. Amamentar, fumar, levar cachorros para passear, enfim, o eles quiserem. E as mães que não concordam com essa postura têm o direito de procurar outro lugar para ir, que permita toda a peitaria, coisa e tal. E assim a vida anda.

Eu, por questões de intimidade e de muitos pudores, não compartilhei fotos dos meus peitos de fora amamentando. Confesso que não tenho nenhuma, sou pudica mesmo (desde quando ser pudica se tornou algo negativo? A preservação da intimidade agora é ruim??).

Nunca amamentei em público, tenho vergonha, me sinto incomodada, considero a amamentação extremamente importante, mas, como sempre digo, identifico o ato de amamentar com algo tão precioso e íntimo, que merece privacidade, só isso.

Ok, vocês vão falar que amamentação é alimentação e se a gente vai almoçar em restaurantes com um monte de gente junto, por que um bebê não pode se alimentar em qualquer lugar e na hora em que sentir fome? Sei lá, penso na intimidade, no meu “puritanismo” e em respeitar o espaço de outras pessoas que podem não se sentir à vontade na presença dos peitos alheios. Uma vez, a mãe de um aluno, com quem eu não tinha a menor intimidade, veio me mostrar as lindas fotos do seu último parto, normal, diga-se. Parto é uma coisa linda, eu sei, mas o meu e para mim. Não me senti nem um pouco confortável diante daquelas imagens tão, tão explícitas de, praticamente, uma estranha. Só isso, ou melhor, tudo isso.

Essa história de se alimentar a qualquer hora também me pega. É a tal da livre demanda, tão recomendada e tal, mas ainda não estou convencida. Entendo o argumento de não privar um bebê do alimento mais nutritivo e saudável do mundo, que é o leite materno. Porém, se eu tivesse uma horta orgânica em casa, não comeria o dia inteiro.

E como é que esse bebê entende que a livre demanda funciona das 6 da manhã às 8 da noite e que de madrugada não é tão legal assim? Quer dizer, as mães também precisam descansar, ou não? E peito da mãe não é chupeta, ou passou a ser? E como conciliar isso com o estabelecimento imprescindível (aprendi isso na prática cuidando simultaneamente de três bebês) da rotina? Hora para comer, brincar, tomar banho e dormir?

Ufa! Acho que é isso!

Compartilhar

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Eu não tô aqui hoje

A pessoa aqui resolveu revelar aquele probleminha do TOC lá no meio médico.

Juntar uma mãe com TOC e três filhos pode dar certo? Qual é o resultado dessa combinação?

Vejam lá no blog do Hospital Infantil Sabará (modéstia á parte, o post tá valendo a pena!).

Compartilhar

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Haute Gastronomia e dilemas mundanos

Hoje não é nenhum dia ou ocasião especial, mas quem disse que tem que ser alguma data comemorativa pra convidar uma amiga vir aqui e escrever no blog? Ainda mais sendo ela tão cool e de um bom gosto absurdo... Bom, é só ir lá espiar o blog dela que vocês entenderão direitinho do que eu estou falando.

Aproveitem a Flávia, do Mamãe Sabe Tudo, voilà!

*****

-Venham almoçar, crianças! Lavaram as mãos?

Logo vieram Matraca-Trica, Fofoquinha e Smurfete* para a mesa. Fofoquinha convidou a amiguinha para brincar depois da aula. Fofoquinha se sentou à minha esquerda e Matraca-Trica à minha direita. O almoço era o que apelidei de menu continental infantil 2: arroz, feijão, salada, bife e ovinhos de codorna. O menu continental 1 é pasta com molho de tomate.

Eu tenho um chato em casa que não experimenta nada, então resolvi matar dois coelhos com uma cajadada só e não complicar minha vida nessa refeição. Para as gourmands, Mamãe e Fofoquinha, havia um prato tailandês, de carne com pimentão, gengibre e outras especiarias. Esse ainda não é o dilema do titulo, esse eu resolvi mais ou menos. Mais para o menos. Não vou deixar de comer o que gosto por causa do chato.
Dependendo do meu humor e do grau de exoticidade do prato, faço uma alternativa mais familiar para quem não quiser experimentar.

Bom, voltando ao assunto:

-O que você quer, Smurfete? - Perguntei.

- Arroz e ovinho, tia.- Ela me respondeu.

-Não quer uma saladinha, nem um bife ou feijão?

-Não gosto.

Ainda insisti na história e coloquei um pedacinho de bife no prato dela. Fato é que essa não é a primeira vez que isso acontece e com certeza não vai ser a última. Tá certo que eu não espero que as outras crianças tenham o mesmo paladar aventureiro que eu e Fofoquinha temos. Perguntei, como boa anfitriã, o que a Smurfete costuma comer na casa dela para fazer da próxima vez que ela vier, pois claramente meu menu não agradou a visita.

-Em casa a gente come nuggets, batatinha de carinha e macarrão.

Senhoras e senhores, apresento aqui o grande dilema. As duas primeiras opções nunca entraram em casa, são reservadas somente para festas de aniversário e olhe lá. Da última ninguém escapa, fazendo parte dos meus menus confiance. Até onde se vai para acomodar as visitas quando existe uma divergência assim tão grande de filosofias? Filosofia sim, pois se tem um assunto (mais um entre tantos outros) que eu levo muito à sério é gastronomia - tudo o que eu queria ser na vida era Chef. Serei fadada a fazer macarrão para o resto da vida em dias de brincadeira? O pior é que nem me aventurar em molhos vai ser possível. Alle vongoli? Nem pensar. Com salmão defumado e crème fraîche? Rá. E aquelas histórias de coisas que as crianças experimentam na casa das outras e acabam gostando? Não acontece mais porque? Minha irmã aprendeu a comer bacalhau na casa da amiga, história que minha mãe não se cansa de contar até hoje.

O que me assusta é que até arroz e feijão estão deixando de fazer parte do cotidiano das famílias brasileiras porque dá trabalho de fazer. Muito mais prático acender o forno e jogar alimentos industrializados nele, com todos os acidulantes, corantes, conservantes e tudo mais que acabe em “ante”. Alguém já foi no Youtube para assistir o processo de fabricação de salsicha? Esse vídeo deveria ser obrigatório nas escolas.

Smurfete mal tocou no prato e passei o resto da tarde preocupada com a menina, perguntando a cada meia hora se ela estava com fome. O que ela ia contar para a mãe? Que não tinha nada para ela comer? Servi um lanche reforçado e entupi a coitada de saunduichinhos até a hora de ela ir embora.

O que eu quero saber agora é: o que faço com as alcachofras que ia servir e desisti no meio do caminho?

* Para quem não me conhece, chamo meus filhos e todas as crianças que menciono em meu blog por nomes de personagens de desenho animado. São minhas crias a Fofoquinha, nascida em 2002 e o Matraca-Trica, que nasceu em 2005.

Compartilhar

quarta-feira, 11 de maio de 2011

A chiquésima

Eu sou muito fã da escola que escolhi para os meus filhos. Poderia listar uma série de motivos, mas no momento me atenho à qualidade dos eventos comemorativos, como o último Dia das Mães.

A festa foi uma gracinha, com a participação ativa dos pais nas atividades comuns, rotineiras e já bastante conhecidas dos alunos de cada faixa etária.

O presente também foi um sucesso: feito para uma mãe como eu! As crianças pintaram uns vasinhos de madeira branca e colocaram flores dentro, amei! Amo ganhar flores e ver a minha casa florida. Com algo feito pelos meus filhos então, melhor ainda. E atribuo muitos pontos à escola por ter inovado as tão tradicionais flores para o Dia das Mães. Vejam só:



E no quesito “cartões”, Manuela merece destaque: ASSINOU O PRÓPRIO NOME NO MEU CARTÃO!

É muita emoção para uma mãe só, gente! Já tínhamos feito diversas "atividades de treino” para a grafia do nome, mas nunca tinha saído como no cartão. Do jeitinho dela, obviamente, mas lindo de morrer e de chorar.

Algumas semanas atrás, ela só fazia algumas letras soltas, o “M”, o “A”, o “L” e o “U” e agora saiu inteirinho: M-A-N-U-E-LA. A foto que não me deixa mentir:



Agradeci imensamente aos meus filhos pelo Dia das Mães, pela comemoração e pelos meus presentes:

-Obrigada, meus amores, eu amei os meus vasinhos!

Manuela, aquela que já sabe escrever o nome, me responde:

- Não é vaso, Mamãe, é “CACHEPOT”!

Posso com isso? Além de linda e inteligente, ela é chique e chama vaso de cachepot.

Ploft!

Morri!

Compartilhar

terça-feira, 10 de maio de 2011

"Apelidando"

Todas as mães poderiam escrever livros e mais livros sobre os apelidos que atribuem aos filhos e suas origens.

Os meus têm milhares de apelidinhos fofos, constrangedores e cafonas. Obviamente, dentre os cafonas, resolvi chamar o Pedro de "Meu Chuchu" ("Chuchu" é ou não o clássico dos clássicos para um apelido cafona??).

Daí, falei para ele:

- Filho, você é o meu CHU...

O moleque me responde:

- CHURRASCO, Mamãe!

Então, tá. De CHUCHU para CHURRASCO, já pegou, é claro. Falta só definir o que é mais cafona e constrangedor...

Compartilhar

segunda-feira, 9 de maio de 2011

O bullying da mãe

Manuela não pronuncia o “R” no meio das palavras, ela simplesmente omite a letra. Então, “brinquedo” vira “binquedo”, “trocar” é “tocar”, “comprar” é “compar” e assim por diante.

Os meninos também falam exatamente como a Manu, não sei se é genético (acredito que isso não exista nesse tipo de questão da fala), ou se estão simplesmente imitando a musa inspiradora que a irmã mais velha é para eles.

De qualquer forma, comecei a me preocupar com essa questão recentemente. Apesar de saber que o “R” no meio das palavras é a última letra que a criança aprende a falar corretamente, tenho visto crianças até menores do que os meninos pronunciando os “R´s” direitinho.

O “prazo” é até os 4 anos e a Manu está a menos de 2 meses da sua data de vencimento para essa história do “R”.

A gente tentava chamar a atenção dela para as omissões da letrinha em questão, Manuzinha ficava brava, respondendo “eu falo do meu jeito! Eu falo do jeito que eu quiser!”. Até que, na semana passada, me contou que um amiguinho disse que ela “não sabe falar direito algumas palavras”, ficou meio chateada e eu achando que a minha filha tava sofrendo bullying, sabe? (LOU-CA! E-XA-GE-RA-DA!)

Conversei rapidamente com a professora, que me recomendou esperar até o aniversário de 4 anos, ou melhor, até o período pós-férias. Já que a Manu faz 4 anos no final de Junho, pode ser que vire uma chavinha na cabecinha e saia falando os “R´s” lindamente a partir do segundo semestre.

Enfim, até comentei sobre uma Doutora chamada Fono, que ensina a falar todas as palavrinhas direitinho, dá umas lições de casa divertidas e tal. Mas a piada principal sempre acontece na hora das refeições, quando a mocinha quer escolher o “pratinho” que vai usar:

- Mamãe, eu quero o “pato” da Moranguinho!

E a chata da mãe faz:

- Quén! Quén! Quer um “pato”, filha?

(Atenção: quem é mesmo que está causando bullying na menina?)

Daí, a espertinha me diz assim:

- Olha, Mamãe, eu nunca mais vou falar o nome daquela coisa que eu uso para comer!

*****

Ô, dó!!

Compartilhar

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Apenas outro Dia das Mães?

Estou especialmente sensibilizada pelo Dia das Mães desse ano. Não sei exatamente os motivos para isso, nem é o meu primeiro Dia das Mães. Na verdade, acho que até sei um pouco, mas não vem ao caso.

Eu já falei que a minha experiência da maternidade não é nada cor-de-rosa e, agora, vou além: é uma prisão que mantém as portas abertas e eu não quero sair. Tomo um banho de sol rapidamente e volto correndo.

Assustador, não é? É mesmo e vou seguindo assim, cada dia mais assustada com a intensidade das experiências e do amor. A gente acha que conforme as crianças crescem, mais fácil vai ficar. Assim como também imagina que o máximo da emoção é o momento do nascimento de um filho. Tudo errado, gente, tudo! Tudo!

Alguém tem noção da dimensão de algo chamado AMOR INCONDICIONAL? Talvez eu esteja começando a entender isso agora.

Não acho que uma mãe nasce amando incondicionalmente e nem que tenha consciência do que isso signifique. A minha consciência parece ter se ampliado mais um pouquinho e, por melhor que seja, dói. Dói assim, todos os dias. Dói porque eu tive uma consulta médica de manhã cedo outro dia e sai sem ver os meninos, que ainda dormiam. E dói não ver as carinhas e os sorrisinhos deles quando acordam. A Manu acordou mal-humorada e não quis falar comigo, nem me dar um beijo antes de eu sair. Vocês não podem imaginar o tamanho da dor de sair de casa sem ver o s filhos e sem ganhar um beijinho. Isso é muito assustador, como já disse, por melhor que seja.

Vai ser assim?

Para sempre?

Vai doer eternamente?

A dor do amor incondicional tem cura: o próprio amor. Se eu saí arrasada e com o coração partido para ir ao médico, na volta, quando abri a porta de casa, três criancinhas escutaram o barulho da chave, vieram correndo gritando “mamãe!!” e me presentearam com o melhor abraço triplo dos últimos tempos.

Amor que cura a dor do próprio amor. A coisa rima e parece poético, mas é bem mais simples: fiquei apenas imaginando se eu não deveria sair mais de casa e “largá-los” só pela recompensa dessa demonstração do amor e da saudade na volta.

Então, não me venham com o papo de que o Dia das Mães é uma data comemorativa comercial e blá, blá, blá. Ok, todos os dias são os Dias das Mães, mas dá licença de elegerem um diazinho em especial para comemorar? Comemorar o amor incondicional, o da dor, o simples, o poético, o que aprisiona, o da culpa, o do cansaço, enfim todas as variáveis do que é a maior, a mais complexa, a mais deliciosa e a mais viciante das experiências: ser mãe.

Feliz Dia das Mães a todas!

Compartilhar

quinta-feira, 5 de maio de 2011

QUEM QUER FALAR DE SEXO??

Os meus filhos já parecem ter entendido um pouco sobre alguns funcionamentos do corpo humano.

Vejam só: quando comem, sabem que a comida vai parar na barriga.

- “Olha, Mamãe, a minha barriguinha tá cheia de brócolis!”

(Ok, essa fala é meio mentirosa, ninguém eeeeeenche a barriga de brócolis, mas eles entenderam parte do caminho que a comida percorre, ok?).

Isso parece até meio besta, mas quem disse que a gente nasce sabendo para onde vai a comida? Porque a barriga e não a cabeça? Ou o pé? Isso é a nossa lógica, pensamento de adulto, definido como “pensamento operacional formal” pelo Piaget. Mas até chegarmos nisso, podem acreditar que foi um longo percurso e processo, coisa que não se atinge do dia para a noite.

Outra coisa que eles já entenderam é que quando a barriga fica enoooorme, tem um bebezinho lá dentro, portanto a mulher está grávida e vai nascer uma criança.

Os três têm brincado de ficarem “grávidos”, colocam bonecas e bichinhos de pelúcia debaixo da camiseta e saem falando que têm um bebê na barriga. (Obviamente, tenho explicado bastante que só as mulheres ficam grávidas, mas brincar, simbolizar e fantasiar faz parte dos processos de conhecimento da infância, portanto não vejo mal nenhum os meninos fazerem esse tipo de brincadeira).

A comida ir parar na barriga e a barriga grande por estar grávida são duas coisas separadas nas cabecinhas dos meus filhos, já pude notar. Ninguém acha que se comer brócolis, vai ficar grávida de brócolis e nascer um bebê-brócolis. São dois processos diferentes, eles entendem isso.

Agora é que vem o problema. A comida vai parar na barriga, porque comemos, mas e o bebê? Como vai parar lá dentro? E como sai? O que a gente responde quando surgirem essas perguntas difíceis e cabeludas? Quando elas surgem? As crianças estão cada vez mais precoces e “antecipadoras” das fases do desenvolvimento, principalmente quanto às curiosidades e a argumentação toda...

Na teoria, eu sei responder, mas na prática, acho que vou ficar branca de nervoso e de dúvida e, depois, roxa de vergonha de tocar nesse assunto e ter que ficar dando explicações. (Sim, tenho pudores, dificuldades e constrangimentos!).

E aí? Quem pode ajudar levanta a mão e capricha no comentário, please! Tenho certeza que a blogosfera materna inteirinha agradece!!

*****

Para descontrair, assistam o programa Lá em Casa da Vanessa Caubianco do dia 03/05/2011 sobre o que acontece com o casamento depois do nascimento dos filhos, Aqui, ó!

Compartilhar

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Agressividade infantil

Eu já contei que as crianças andavam encantadas com o filme “As Crônicas de Nárnia” e viviam “encenando” o filme por aqui. Basicamente, subiam nuns cavalinhos de pau, pegavam uma vassoura e um rodo de brinquedo da Manu , saiam correndo e gritando “por Nárnia! E por Aslan!”.

O meu sogro presenciou uma dessas cenas e resolveu comprar uma espada de brinquedo para o Joaquim e o Pedro. Rodou, rodou e rodou, demorou, mas finalmente encontrou uma espada de espuma que eles amaram, não largam de jeito nenhum e brincam muito.

Daí, que surgiu a discussão: porque essa dificuldade em comprar uma espada de brinquedo? E arminhas? Revólveres? Podem notar, não tem muito por aí, não.

E eu, como sempre bem chata e implicante, ponho a culpa no politicamente correto.

Uma criança brincar com uma espada ou uma arminha de brinquedo faz dela um bandido? Um delinqüente em potencial? Desperta a agressividade?

O meu ponto e crítica é sobre essa tendência em geral de reprimir de toda e qualquer forma as agressividades infantis. Mas a agressividade faz parte do ser humano, desde criança, independente de espada, arma ou faca.

O bebê já expressa a agressividade através das famosas mordidas e aposto que faz isso muito antes de saber o que é uma arminha de plástico ou de brincar com uma espada. E em todas as fases da vida, haverá e deve haver expressão da agressividade, porque isso é natural e humano. O que não é natural são os excessos. Obviamente, nem preciso dar exemplos, pois vemos esse tipo de notícia diariamente.

Não me lembro de ter brincado com arminhas, espadas e afins, os meus brinquedos eram praticamente femininos (outra questão do politicamente correto!), mas xingo e buzino no trânsito e, às vezes, não dou passagem para alguém de propósito.

Isso é (até) esperado diante de uma situação de raiva, mas tem medida e cabimento. Buzinar e xingar numa situação de stress é diferente de jogar uma criança numa lata de lixo ou de matar pai e mãe. Isso é agressividade em excesso, é doença, coisa que não é combatida pela ausência de determinados brinquedos nas lojas.

A agressividade é tão natural, que se não existe espada, uma criança bem mais inteligente e fantasiosa do que um fabricante de brinquedos transforma uma vassoura no seu “objeto de desejo”. Portanto, reprimir não é o segredo para combater a agressividade, principalmente, quando se trata de natureza humana. Pois, tudo o que é reprimido acaba “saindo” por algum outro lugar, entendem?

Contra os exageros, excessos e doenças, daí sim precisamos de ações mais específicas. Mas qual é o problema de uma criança querer brincar de caubói? Ou de super-heróis equipados com os mais variados tipo de armas? E quando eles pegam vários carrinhos, batem um no outro, imitando trombadas e acidentes entre eles?? Liberar a agressividade em carrinhos, pode, mas com espada, não?

Compartilhar

terça-feira, 3 de maio de 2011

Lá Em Casa: de novo, oba!!

Peço desculpas, mas hoje não tem post, não. Tem coisa até melhor que é um bate papo no Lá Em Casa da AllTV com a querida Vanessa Caubianco.

O tema do programa é "Como fica o casamento depois do nascimento dos filhos?", muito assunto, hein?!

Quem quiser assistir, participar através do chat e saber quem são as outras convidadas é só clicar aqui e ver tudo explicadinho pela Vanessa.

Vamos lá, gente, todo mundo participando!

Até às 16:00h!

Compartilhar

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Maldade pura!!

O Coelhinho da Páscoa quis ser super legal com os meus filhos e resolveu não empanturrá-los (tanto) de chocolate. Deu um daqueles ovos com brinquedo dentro para cada um e um DVD novo.

Manuela ganhou "Enrolados", que já tinha sido um sucesso quando assistimos no cinema e agora é sucesso aqui em casa.

Mas, vejam só que maldade esse filme fez comigo:

- Manu, vamos guardar os brinquedos, pois está na hora de jantar.

Ela retruca:

- Ai, Mamãe, não pode falar assim comigo, você parece a mãe da Rapunzel!

*****

- Manu, vamos escovar os dentes e dormir.

- Ai, Mamãe, não pode falar assim comigo, você parece a mãe da Rapunzel!

*****

- Manu, vamos colocar o uniforme, tá na hora de ir para a escola.

- Ai, Mamãe, não pode falar assim comigo, você parece a mãe da Rapunzel!

Ou seja, é só chamar a atenção ou dar uma bronca e, pronto! Pareço a mãe da Rapunzel! (Ai, gente, dói, sabia?)

E, não, ela não está se referindo à rainha fofa e querida, ela está falando daquela horrorosa que roubou a Rapunzel do castelo para manter-se eternamente jovem através dos longos e loiros cabelos da princesinha.

E aí, mereço? Acho que vou sortear aqui no blog o DVD novinho em folha do "Enrolados" que o Coelhinho trouxe de presente. Quem não entendeu a maldade da fala da Manu, vai entender, vai curtir um super filme e dar boas risadas da minha cara...

Compartilhar
 
Licença Creative Commons
O trabalho Mamãe Tá Ocupada!!! foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
Com base no trabalho disponível em www.mamaetaocupada.com.br.
Podem estar disponíveis autorizações adicionais ao âmbito desta licença em www.mamaetaocupada.com.br. Paperblog :Os melhores artigos dos blogs