segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Barra do Una, ou como quiserem chamar

Passamos o final de semana em Barra do Una, ou Barracuda, Barra Nunuda ou Barra do Canudo, como a Manu resolveu “batizá-la”.

Barra do Una é uma praia no litoral norte de São Paulo, entre a Riviera e Juqueí. Ela é bastante extensa, nada lotada de gente ou de barraquinhas mil, em que se pode ver o encontro do Rio Una com o mar, tem areia branca e fininha. Um verdadeiro paraíso! Mas, eu não achava nada disso quando o meu pai comprou um flat em um condomínio lá e praticamente nos obrigava a passar todos os finais de semana com ele na praia.

Legal mesmo era ficar em São Paulo e sair com as amigas. Que graça teria uma praia sem agito nenhum, sem “turma”, cujo auge da gastronomia era comer o PF da Tia Maria, que custava uns R$4,50, grande o suficiente para a família inteira, mais freqüentado pelas moscas do que pelos habitantes ou turistas?? Ah! Tinha também a balada dos caiçaras! O nome era incrível: “Discou do Una”, assim mesmo, sem nenhum erro de digitação.

Mas, bastou um verão e Barra do Una começou a “ganhar graça”. Com 15 anos, a gente só precisava dos amigos da praia e fomos fazendo, conhecendo gente do condomínio, um que conhecia o outro e pronto! Estava formada a “galera da praia”! Os programas ainda eram a praia, obviamente e a famosa fogueira, o violão e o Jose Cuervo à noite. (Quer me ver mais enjoada do que grávida no começo da gestação? É só me oferecer uma tequila... Não, obrigada, tenho trauma!).

Com o tempo, a Discou virou um supermercadinho bem bom, as casinhas simples, de pescadores se transformaram em lojinhas bonitinhas, as opções gastronômicas foram ampliadas e Barra do Una até entrou na "moda do verão", quando alguém montou uma daquelas sorveterias por quilo e era um sucesso! Nós, adolescenetes na época, até achávamos "chique" a presença da Galisteu, da Tiazinha (lembram?!) e do Paulinho Vilhena passando férias perto da gente. (Ai, além de cafona, entrega a idade, hein?!)

Mais tempo ainda e todo mundo começou a tirar carta de motorista, daí os luaus ficaram para trás, as baladas eram nas praias vizinhas, Juqueí, Camburi, Maresias...
Foi uma adolescência extremamente feliz, muito bem aproveitada. (Maridinho diz que não há nada melhor do que adolescência de praia, assino embaixo!).

Os Revéillons eram obrigatórios por lá, sempre de capa e debaixo da chuva, São Pedro nunca colaborou nos 31 de Dezembro... Todas as minhas amigas de São Paulo também passaram bons tempos na praia conosco e aposto que têm excelentes lembranças, boas histórias que trazem gargalhadas daquelas.

A minha irmã e eu passávamos 2 meses seguidos na praia, descalças e de biquíni 60 dias seguidos(a mala era pequenininha...). Na volta para São Paulo, era difícil vestir uma calça, botar um sapato e usar o secador. Revelação vergonha master: parecíamos 2 caiçarinhas e sempre voltávamos com bicho geográfico! A minha mãe já preparava o estoque daquela pomadinha Tiabena...

Mais um tempo, maridinho e eu começamos a ir juntos para lá. Já era outra época, menos adolescente, tudo mais calmo, jantarzinhos só nós dois, passeios na praia de mãos dadas, DVDs à noite em casa, outra história, outra fase, muito, muito boa também! Ele surfava de cedinho, comprava o café da manhã e voltava para me acordar, a gente lia na rede, tudo delicioso.

Mas, um dia, o meu pai vendeu a casa. E acabou Barra do Una, nunca mais.

Então, recebemos um convite para passar o final de semana lá. Topamos. Família completa, nós cinco. E lá fui eu, conhecer uma nova Barra do Una, afinal é isso o que os filhos fazem: reconstroem o mundo a nossa volta, acrescentam e mudam as cores, os cheiros, os programas, as impressões, tudo, tudo, tudo...

Barra do Una tem asfalto, muito até para o meu gosto. Tem pousadas mil, para todos os bolsos e preços. Tem McDonald´s e Pão de Açúcar a 30 quilômteros de lá (isso me chocou! Que modernização da civilização praiana!). A Tia Maria montou um restaurante com um terração bem charmoso e estava lotado! O mar não é tão child friendly, a praia é de tombo, o tipo de coisa que eu nunca tinha percebido ou prestado atenção. A sorveteria por quilo ainda é um sucesso, quem tem filho deve concordar comigo. Os pernilongos me trouxeram uma preocupação nova, pois adoram as pernoquinhas e bochechinhas dos meus filhos.

E, dentre muitas outras coisas, conheci uma nova e maravilhosa Barra do Una. Só não tive coragem de uma coisa: de voltar lá e espiar o nosso antigo flat. Será que foi pintado? Reformado? Ou está caindo aos pedaços? Abandonado e mal cuidado? Não me importa, determinadas lembranças devem permanecer intocadas para serem eternamente boas e lindas...

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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Oba, oba, oba!!!

Mais um fim de semana, mais uma viagem. A última das férias das crianças. Fechando com chave de ouro. Uma oportunidade de mostrar aos filhotes um lugar especialíssimo da vida desse casal antes de imaginarmos uma tropinha como essa.

Só para dar um gostinho, a imagem do final de semana todinho vai ser mais ou menos assim:



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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

"Petecando!"

Eu ando aqui bem enlouquecida tentando dar conta da minha vida, dos meus filhos, da minha casa, do trabalho que me apareceu e das longas e eternas férias escolares. Já foram 3 viagens, sexta feira partimos para mais uma, o que é extremamente compensador, mas o "antes" é daquelas canseiras que quase me faz desistir.

Também me dei conta de que preciso fazer dieta e me impus ginástica diariamente. Os emails só se multiplicam, o Google Reader vive lotado, muitas "mentions" ficam sem respostas, publicações interessantes no FB e blogs sem comentários, milhares de links que não são "clicados", o telefone não para de tocar, filho exige, marido exige, família exige, cliente exige, casa exige...

Já abandonei a estratégia de fazer listas. Para quê? Para chorar em cima delas? De tudo o que tenho que fazer e não consigo? Prefiro apostar na minha cabeça e na minha memória (que perigo!!), ultimamente elas têm me lembrado das prioridades urgentes em cima da hora...

Enfim, também gostaria de ter feito um post super legal compilando toodas as dicas excelentes e maravilhosas que o post de ontem recebeu. Não rolou a compilação, mas não deixem de ler o texto e os comentários, utilidade pública para as mães que estão enfrentando o desfralde ou que ainda enfrentarão.

A verdade é que eu não quero deixar a peteca cair, nem de um lado ou do outro, mas, no meu caso, haja coluna lombar para jogar tanta peteca assim!

E o exemplo máximo disso tudo é chegar em casa no fim da tarde do domingo, depois de 4 dias deliciosos de feriado (mas com um monte de coisa para botar em ordem e providenciar diante de uma semana curta!) e ouvir do Joaquim na cozinha encarando a fruteira:

- Não tem fruta, Mamãe...

*****

(Só para constar: as frutas existiam e estavam na geladeira, para que "sobrevivessem" a nossa ausência durante o feriado...)

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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O famoso desfralde...

Exatamente há um ano, eu enfrentava o desfraldamento da Manu. Ela tinha 2 anos e meio, dava sinais claros de que estava prontinha, avisava que tinha feito xixi ou cocô na fralda e sentava na privada para fazer xixi, quando oferecíamos.

Aproveitamos as férias de verão na fazenda para tirar a fralda de vez. (Bem mais fácil lá, não há carpetes, ela vivia de maiozinho, caso estivesse “apertada”, poderia fazer na graminha ou no chuveirão da piscina, uma beleza!)

Foram 10 dias de um verdadeiro inferno!

Ju-ro! In-fer-no! Dez dias!

Daí, ela virou a chavinha e, pronto! Sucesso!

A fralda da noite foi facinho, facinho. Tive medo de tirar e acontecer algum acidente, mas com o tempo, a fralda passou a amanhecer sequinha, ela chegou a acordar de madrugada para levantar e fazer xixi, tentou fazer isso sozinha algumas vezes e, juro, de novo, nunca troquei lençol molhado de xixi à noite, ou forrei colchão com protetor plástico, nada disso, super tranqüilo.

*****

Um ano depois, consideramos chegada a vez do Joaquim e do Pedro e queríamos aproveitar novamente as férias de verão na fazenda.

Eu andei reclamando Twitter afora, mas, sabe, 140 caracteres são muito pouco para contar a experiência falha , desastrosa, cansativa e “maumorenta” de desfraldar 2 menininhos gêmeos.

Fim da introdução, post justificado.

*****

Ok, tiramos as fraldas, colocamos liiiindas cuecas do Toy Story nos meninos, falamos 54748490965 vezes como o Buzz, o Woody, o Rex, o Slink e os ETs ficariam extremamente chateados se recebessem uma cachoeirinha quente e amarela neles.

Oferecemos 746748569605 para que fizessem xixi, meninos têm aquela facilidade (?) de botar o pipi pra fora e molhar a plantinha (olha que legal, meninos!).

O resultado? Foram 48475849658069 cuecas, 3746735847594895 bermudas e shorts molhados em apenas uma manhã. Nenhum xixi na privada ou na plantinha. A graça era tirar toda a roupa e ficar de perna aberta na grama dizendo que ia fazer xixi. E fizeram? Não. Nenhum. Só no Buzz, no Woody e em todos os brinquedos preferidos do Andy. (Só de lembrar já fico nervosa e mal-humorada...).

Pois bem, insisti por 2 manhãs, reclamei, reclamei e reclamei e desisti. Assim mesmo, fail total.

As minhas considerações são as seguintes: os meninos têm 2 anos e 4 meses, 2 meses a menos do que a Manu na época em que tirou a fralda. Considero que esses 2 meses fazem muita diferença na questão da maturidade para o desfraldamento (por favor, concordem comigo aqui!!) e também acredito que os meninos amadurecem mais tarde, acho os dois bem mais “bebezões” do que a Manu com a mesma idade (ou não, dizem que mãe é um bicho esquecido, por maior vontade que tenha de registrar tudo – eu tenho um blog dos meus filhos! – sempre acaba esquecendo...).

Eles até falam que fizeram cocô ou xixi e pedem para que sejam trocados, porém têm pânico da privada, não sentam em hipótese alguma. Comprei o redutor do McQueen, aquele carro vermelho fofo e querido, que ajuda qualquer um dos dois a comer quiabo e chicória.

Pergunta se alguém quis sentar no McQueen e tentar fazer um xixizinho? Não. Nada. Nenhum.

Passei a achar que a história de ficarem “peladões” e de perna aberta na grama, girando sem parar não significava maturidade para desfraldar e, sim pura farra! (Perceberam como estou ainda mais mal-humorada?).

Isso sem contar toooooda a discussão de bastidores entre maridinho e eu. Ele dizia que eu realmente não me lembrava como era, que deveria insistir mais alguns dias (10? Mil?) e ter paciência. Fora o fato de menino fazer xixi de pé ou sentado...

E aí? Como é? Senta ou fica de pé?

Maridinho acha que devem ficar de pé e eu que devem sentar, pois não têm altura para fazer xixi de pé e, portanto, devem começar o processo todo sentadinhos (evita respingos também, não é?!).

*****

E, no fim, eu só via dois bebezões brincando de ficar pelados na grama... O pior: fico achando que serão desfraldados no famoso intercâmbio dos 16 anos...

Mas, como parte de mim é brasileira, não desisto de uma vez e por inteiro, cheguei em São Paulo e resolvi comprar um penico (ai, como eu sou contra! Ai, como eu acho anti-higiêncio! Ai, como eu acho que só acrescenta uma outra etapa, porque eles, mais cedo ou no intercâmbio, vão ter que matar o monstro que mora na privada e sentar na bendita!!!).

Vejam bem, não é um penico. Ele é de ouro e vale um milhão de dólares: contém um assento redutor, vira banquinho, toca música e tem uma gravador para a mãe deixar uma mensagem do tipo “viva! Parabéns! Você fez xixi no peninquinho!”. Na minha época, penico não passava de um tupperware gigante e colorido, mas resolvi investir a poupança do intercâmbio nesse aparato moderno.

Pergunta: “ e aí? Deu certo? Eles gostaram? Sentaram? Sucesso?”.

Sentaram, acharam graça, não vejo a hora de botar a mensagem para tocar, mas nada. Nem um pinguinho de xixi.

*****

Me ajuda? Me abraça?

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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

E para o fim de semana também...

Uma pérola do Pepê para fechar a semana e aproveitar o feriado bem feliz.

Depois de assistir "Enrolados" (recomendo muitíssimo!), estávamos conversando e falei:

- Pepê, a Rapunzel tem cabelo amarelo, então ela é LO....

Resposta rápida do moleque:

- LOUCA!!

Bom fim de semana e um excelente feriado para todos!

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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Emília???

Manuela passou umas duas vezes naquela fila, por princípio, feminina. Pulou a do cabelo, mas foi e voltou algumas vezes para a da “tagarelice”, tomou algumas pílulas falantes do Dr. Caramujo e ainda levou um pouco de pó de Pirlimpimpim de brinde na saída.

A moça fala, fala e fala, meu Deus!! Questiona tudo, participa e interrompe todas as conversas, quer saber do que estamos falando... É assim, o dia inteiro, todos os dias.

Teve uma fase engraçada de querer entender o significado da palavra “porém” e utilizá-la em suas falas. Essa ela aprendeu com a Malévola. Agora, a professora é a Fiona, que ensinou o que são “conseqüências”. Além de engraçado, chega até a ser didático e educativo, certamente renderá um post!

Mas, então, ela vai cortando, interrompendo e atropelando todo mundo, especialmente o Joaquim e o Pedro. É a nossa “tesourinha”.

E eu fico lá mediando, tentando impedir que eles não sejam tão atropelados. O Joaquim costuma soltar uns “deixa eu falar, Manu!!” (fofo!), mas o Pepê fica quietinho e a tesoura continua cortando freneticamente.

Adotei a estratégia de fazer perguntas direcionadas a cada um (“Pedro, o que você mais gosta de comer?”, por exemplo) e , mesmo assim, a Manu atravessa e tenta responder. Eu só reajo falando:

- Você é Pedro? Não? Então, deixa o seu irmão responder.

Um dia desses, na fazenda, maridinho perguntou ao Pedro o que ele mais tinha gostado de ganhar do Papai Noel. Eu me empolguei:

- É, Pepê, conta, o que você mais gostou?

Manuela virou pra mim, mãozinha na cintura e soltou:

- Você é Pedro??? Não! Então deixa ele falar.

*****

Só para compartilhar: um comentário maldoso, ofensivo e impossível de reproduzir me chamou, básica e resumidamente, de “neo-burguesa” pelo fato de eu ter ajuda para cuidar da casa e de TRÊS crianças.

(O comentário foi nesse post aqui).

Engraçado, a fulana (quer dizer fulana, não, ela assinou e parece ser minha xará) jogou no Google “crianças que se apegam a empregadas” e caiu no meu blog. Certamente estava em busca de algum tipo de ajuda, mas achou mais interessante me criticar e ofender.

Talvez seja por esse tipo de atitude que entendemos os motivos de algumas crianças se apegarem mais às empregadas (dica básica, xarazinha!)... A realidade dói, não é mesmo? Não foi assim que você falou? E por isso duvidou que eu publicasse o seu comentário? Não publico e deleto mesmo, o blog é meu e para comentários que não acrescentam absolutamente nada, não há democracia. Mas, fiz questão de salvar o seu IP e as suas informações fornecidas pela minha querida ferramenta de estatísticas (obrigada, Sitemeter!).

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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Estante Mágica

Escrevi esse texto sobre leitura para crianças para o site Estante Mágica (super legal, por sinal, vale a pena fuçar!). Quem não leu lá, pode ler aqui.

Aproveitem!

"Aqui em casa, as crianças têm horário para tudo: almoçar, jantar, tomar lanchinho, dormir, tomar banho e tudo o mais que envolve a rotina deles.

No entanto, há uma coisa que vive fugindo da rotina. Ou melhor, que não se tem rotina ou controle nenhum: a leitura. Toda hora é hora! Ouvem historinhas sempre que querem. Muitas vezes, eles mesmos contam (do jeitinho fofo deles!) um para o outro.

Vejam só: Manuela tem 3 anos, Joaquim e Pedro são gêmeos que acabaram de completar 2. Os livros sempre fizeram parte das vidinhas deles, estando expostos, disponíveis e acessíveis desde que nasceram.

Considero importante manter uma “bibliotequinha” no quarto da criança, estejam os livros em estantes, caixas ou em qualquer outra disposição possível. Com a minha experiência, percebi, no entanto, que nem todos os livros devem estar à disposição. Ou seja, eles devem se adequar à idade das crianças.

Um bebê, quando começa a se interessar pelos livrinhos e tenta manuseá-los não tem condição de “ler” com o cuidado que livro exige e merece, ele pode (e vai!) rasgar as páginas e levá-las à boca. Então, nessa fase, o ideal são os aqueles de plástico e com páginas grossas.

Um parênteses necessário para os livros de plástico: super, super úteis e recomendados para os momentos de banho. Servem tanto para o relaxamento delicioso que o banho oferece, proporciona maior interação entre mãe/pai e criança, pode acalmar e distrair aqueles que ainda não são muito fãs do banho e, o melhor de tudo, une o banho à leitura, porque não quando se é pequeno?

Também tenho alguns livrinhos na copa do meu apartamento, exclusivos para a hora da comida. Nesse caso, escolho alguns de plástico, pois vai cair alguma comidinha e sujar, nada que um paninho molhado não resolva. Mas separo os de menor tamanho, para não ocupar tanto espaço no cadeirão e “competir” com a comida. Nos dias de hoje, em que a televisão parece ser a solução para tudo, contar história durante as refeições é muito mais enriquecedor do que ligar a TV no Discovery Kids!

De tempos em tempos, dou uma “geral” nos livros. Separo para doações aqueles pelos quais eles não se interessam mais e que já passaram da idade. Outra coisa muito importante que eu faço com (muita!) freqüência é consertar os livros com um durex básico.

Infelizmente, não tem jeito, por mais que a gente se esforce e ensine os cuidados com os livros, sempre tem um rasgadinho ou outro.

Acredito que isso acontece por dois motivos simples: o primeiro diz respeito ao manusear o livro. É necessária uma coordenação motora fina e desenvolvida para mudar as páginas adequadamente e isso só vem com tempo e o “treino”.

O segundo é um fato característico da infância: a criança se descobre capaz de rasgar e “picar” as coisas e, para o nosso desespero, acha isso uma delícia! Tudo bem, mas não com os livros, certo?! Se perceber que esse é o caso, basta oferecer revistas velhas e jornais lidos e eles vão se deliciar por algum tempo.

A experiência da maternidade me ensinou que há tipos de livros para as diferentes idades.

Tem aqueles que você aperta botõezinhos e fazem barulhos de bichinhos, de meios de transportes variados, tocam musiquinhas e tal. Tem os chamados livros “pop ups”, com milhares de portinhas, janelinhas e outras coisas para a criança abrir, identificar, reconhecer e encontrar objetos e personagens.

Tanto os livrinhos “barulhentos”, quanto os de “abrir” são absolutamente fascinantes no que são capazes de ensinar aos nossos filhos. Acredito que vale a pena investir, ensinar e incentivar esse tipo de leitura. Os temas e assuntos são bastante variados e vão, certamente, ampliar muitíssimo o repertório da criança, despertando o seu interesse para tudo o que lhe for apresentado.

Há também os livros de histórias curtas e simples, mas que se baseiam principalmente na repetição. Um exemplo é o “Bruxa, Bruxa, venha à minha festa” da Brinque Book.

Trata de uma menina que pede que todos os seres assustadores compareçam a sua festa: bruxa, gato, espantalho, coruja, árvore, duende, dragão, pirata, tubarão, cobra, unicórnio, fantasma, babuíno, lobo e Chapeuzinho Vermelho. Os diálogos são sempre idênticos, mudando apenas o “convidado” em questão. Nesse caso específico, a criança aprende rapidamente a reproduzir a história inteirinha e, de quebra, conhece com a maior facilidade os novos personagens que a história nos traz.

O próximo tipo são as histórias propriamente ditas e o objetivo é partir de enredos simples e curtos, para os mais complexos e longos. Mas, para isso, deve-se respeitar a idade em questão, o tempo de concentração e atenção que a criança apresenta e a capacidade de compreensão das histórias.

São comuns também aqueles livros que eu chamaria de “auto-ajuda” infantil.

Calma, calma, explico: historinhas sobre a chegada do irmãozinho, sobre não usar mais fralda ou chupeta e todas essas questões do dia-a-dia das crianças, que envolvem fases de crescimento, nem sempre tão simples de serem superadas.

Acredito nesse tipo de leitura, as crianças são movidas por exemplos e modelos e quando se encantam por um personagem de alguma história, podem muito bem se identificar com ele e atingir algo novo e maravilhoso no sentido de superar medos, por exemplo.

Esse é m pouco do jeito que a leitura entra na minha família e participa da rotina dos meus filhos. Não se deve ter regras. Talvez objetivos e intenções.

Se o seu filho te pede diariamente para contar uma história antes de dormir, escuta tudo, prestando a maior atenção, participando e interagindo da história, com os olhinhos arregalados e brilhantes, o caminho é esse mesmo!

Objetivo conquistado!"


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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Os "queridos" brinquedos novos...

Às vezes eu acho que as empresas fabricantes de brinquedos nos odeiam.

Justo a gente?

Aqui as enxurradas de presentes, na maioria brinquedos, diga-se, acontecem 3 vezes ao ano (aniversários, Dia das Crianças e Natal) multiplicados por 3. Só isso já deveria me garantir um cartão fidelidade top master. Mas, não.

Sabe o que eles fazem comigo? Me humilham diante dos meus filhos quando “prendem” na caixa um carrinho de controle remoto com 16 arames, 4 em cada roda. O controle, propriamente dito, tem mais uns 4. Daí, já estou espertinha, sempre tenho um tesoura – essa sim é top master – para ir cortando os arames.

Então, o brinquedo está livre, vamos brincar?

É claro que não, são necessárias 20 pilhas para o carrinho e mais 15 para o controle remoto: QUE NUNCA SÃO INCLUÍDAS e nos fazem o favor de avisar esse “detalhe” na parte mais escondida da caixa e naquelas letrinhas minúsculas.

Liga na fábrica de pilhas, encomenda um estoque (veja bem, melhor garantir, o quanto que esse brinquedo não deve gastar de pilha??). Chegaram as pilhas, vamos brincar? É claro que não, quem tem uma chave Philips para abrir o compartimento das pilhas?

O carrinho estava pronto, montado, carregado e funcionando quando a pobre da criança já estava dormindo exausta no sofá, aproveitou bem mais a programação de Natal da Discovery Kids do que o presente trazido pelo Papai Noel.

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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Vai mais uma pérola aí??

Perolinha da Manu para começar bem a semana.

A mocinha estava na cozinha, fuçando a dispensa, pega um saquinho e me pergunta:

- Que balinha é essa, Mamãe?

- Não é bala, filha, é damasco.

- E o que é damasco?

Tento explicar:

- É uma fruta SECA, tipo aquelas dos panetones, sabe?

Manuela pensativa responde:

- Sei... Mas, Mamãe, e qual fruta que é MOLHADA?

*****

Boa semana para todos!

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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Lulu

Já que o blog não "abre" amanhã, me antecipo aqui para desejar um milhão de felicidades e parabéns para a queridíssima Giuliana, mãe da Lulu, menina linda e insone. (Aquela que dispersa #luluvibes por aí!)

Somos todos fãs do "Ou Isto ou Aquilo" da Cecília Meireles e eis que descubro uma poesia chamada "Cantiga para Adormecer Lulu". Não poderia deixar de compartilhar, especialmente no aniversário da Giuliana, pois o que eu e todos os seguidores do blog dela desejamos é que as #luluvibes não cheguem aos TT´s do Twitter, certo?! (Quer dizer, se Lulu virar uma dorminhoca daquelas, o blog acaba?? Isso, não, nunca, jamais!).

Espero que gostem...

"Cantiga para Adormecer Lulu"

Lulu, Lulu, Lulu, Lulu,
vou fazer uma cantiga
para o anjinho de São Paulo
que criava uma lombriga.

A lombriga tinha uns olhos
de rubim.
Tinha um rabo revirado
no fim.

Tinha um focinho bicudo
assim.
Tinha uma dentuça muito
ruim.

Lulu, Lulu, Lulu, Lulu,
vou fazer uma cantiga
para o anjinho de São Paulo
que criava essa lombriga.

A lombriga devorava
seu pão,
a banana, o doce, o queijo,
o pirão.

A lombriga parecia
um leão.
E o anjinho andava triste
e chorão.

Lulu, Lulu, Lulu, Lulu,
pois eu faço essa cantiga
para o anjinho de São Paulo
que alimentava a lombriga.

A lombriga ia ficando
maior
que o anjinho de São Paulo!
(Que horror!)

Mas um dia chega um ca-
çador!
Firma a sua pontaria,
sem rumor!

Lulu, Lulu, Lulu, Lulu,
paro até minha cantiga
sobre o anjinho de São Paulo!

A espingarda faz pum-pum!
pim-pim!
O anjinho abana as asas
assim!

A lombriga salta fora,
enfim!
(E foi correndo! E tocava
bandolim!)

Querida, um super feliz aniversário e muitas felicidades sempre!!

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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Pós-Natal???

Maridinho e eu temos pais separados. Sabem o que isso significa? Obviamente, não, só a minha querida Dra. Psicanalista e as paredes da sala dela. Mas, na prática, há consequências "reveláveis", especialmente na época do ano que acabou de passar.

O Natal é uma verdadeira maratona, temos que nos dividir entre mãe, pai, sogro, sogra, avós, bisavós. Às vezes acho que deve ser mais fácil e menos cansativo correr a São Silvestre.

Mas, esse ano que passou, foi diferente. Resolvemos passar o Natal fora, com a família da minha mãe, lá na Ilhabela, também conhecida como Capital da Vela.

Minha mãe estava fe-liz da vida, "toda-toda", se achando. Então, tivemos que antecipar as comemorações com pai, sogro, sogra e todo o resto da família antes da nossa viagem. Portanto, corri a São Silvestre durante todo o mês de deezembro. Ok, sem problemas, foram jantares e almoços deliciosos.

Criancinhas ficavam radiantes quando anunciávamos: "hoje é o Natal do Vovô Afonso..., hojé é do Vovô Marinho..., hoje da Vovó Vânia...". Como eles gostam de comemorar o nascimento do Menino Jesus, impressionante! (Mentira, legal mesmo é ganhar presentes!)

*****

Nessa tarde do dia 12 de janeiro de 2011, quase 20 dias depois do Natal, Manuela estava bem pensativa, sobrancelhas franzidas, quando vira para mim e me pergunta:

- Ô, Mamãe, não vai ter o Natal da Vovó Rita?

*****

(Vovó Rita, também conhecida como "a minha mãe" estava conosco lá na Ilhabela... )

*****

E aí, Mãe, não vai ter?

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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Pérolas da fazenda

Em primeiro lugar, apresentações:
Vovó Célia - um tesouro de bisavó que os meus filhos têm. Dessa vez, ela não veio ainda para a fazenda. Está viajando e deve chegar entre hoje ou amanhã.
Dom - o cachorrinho Yorkshire da Vovó Célia. Um verdadeiro lorde, mais educado e comportado do que muita criança que se vê por aí (ui!). Ele "mora" em São Paulo, mas veio nos fazer companhia na fazenda e não aguenta mais de saudades da Vovó Célia!
Maria e Arnaldo - o casal que trabalha e cuida da fazenda há uns 20 anos. Ela é a cozinheira, daquele tipo que poderia desfilar tranquilamente em qualquer estrelado do Michelin e ele é o caseiro, faz tudo. Um excelente e querido casal!

Estávamos comentando como o Dom está tristinho e "jururu" sem a Vovó Célia por perto, quietinho, meio deprê, carente... De dar dó! Até o maridinho que não é nada fã de cachorro, ficou com pena, fez uns carinhos nele e deu uma atençãozinha mais especial.
Então, a Maria fala para a Manu:
- Quando a Vovó Célia não está aqui, eu sou a Vovó do Dom, sabia?!
(Coitada da Maria, não sabia com quem estava mexendo...)
A possessiva e protetora da minha filha responde:
- Não é nada! Você é a Maria cozinheira!
E a Maria tentando explicar:
- Mas, Manu, quando a Vovó Célia não está aqui, o Dom dorme lá comigo...
E a Manu tentando mostrar o que entendeu:
- Ué, dorme com você? Mas você não casou com o Arnaldo?

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sábado, 1 de janeiro de 2011

2011!!

Tem gente que tem milhares de rituais para o Reveillon: comer lentilha, romä, uva, pular onda e tantas outras que eu nem sei. No meu caso, apenas faço questäo da roupa branca e nova.

Ontem, dia 31, estávamos na piscina, criancinhas brincando a nossa volta, sempre de boinhas ou coletinhos de nadar, cinco adultos por perto fiscalizando e lá foi o Joaquim encher mais um baldinho de àgua na piscina grande e poft! Caiu na àgua! Um susto daqueles, maridinho mergulhou na hora e em 2 segundos ele estava "salvo".

Dai, na noite do dia 31 para o dia 1o. de janeiro, acordo com um super barulho seguido de um choro daqueles: Manuela caiu da cama.

O Pedro está bem e intacto, obrigada.

Entâo, vou além dos rituais comuns e já conhecidos para a interpretaçâo desses acontecimentos justo na virada de 2010 para 2011.

Ai, quem me ajuda? Nessas horas, o coraçâo vai a mil, a cabeça parece que não funciona. Mas é levantando que se cai? É caindo que se aprende? É chorando que se tem ajuda?

Desculpem o post meio desajeitado, digitar no celular na conexäo rural é mais complicado do que parece. Eu só queria desabafar, compartilhar e desejar um super 2011 para todos que passarem por aqui!

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