terça-feira, 22 de novembro de 2011

NYC - parte final

Acho que uma ida à Nova York tem lá as suas obrigatoriedades, como ir aos museus e passear no Central Park, concordam? Faz parte do pacote, sem o menor sacrifício, mas o legal mesmo é descobrir novidades num pacote nem tão fechado assim.

Quanto aos museus, tivemos a grata surpresa de ir ao The Cloisters. Foi, sem dúvida, o ponto alto da viagem, o melhor passeio que fizemos e fechamos as férias com chave de ouro já que deixamos o programa para o nosso último dia em NYC.

Fomos meio sem saber o que veríamos ou o que esperar, mas trata-se de um museu integrante do Metropolitan que fica dentro de um parque, chamado Fort Tyron. É bem afastado (ao norte de NY), você pega um trem expresso e desce na estação da rua 190th, um pouquinho mais de meia hora de “viagem”. Chegando lá, parece um mundo à parte, como se tivesse andado muito, muito e nem está mais em NY. O parque é um escândalo de bonito, especialmente durante essa época do ano, no outono. As cores mais lindas que eu já vi, tons de amarelo, vermelho e alaranjados indescritíveis, tudo isso acontecendo paralelo ao Rio Hudson, uma vista realmente espetacular.

Daí, você caminha dentro do parque até que chega ao The Cloisters, que não é simplesmente um museu, é um monastério europeu da Idade Média que ia ser desativado e foi comprado por aquela família pobre, os Rockfeller. Eles levaram para os EUA pedra por pedra e reconstruíram o monastério em seu formato original. Eles podem ser pobrinhos, mas foram generosos e doaram tudo para o Metropolitan, ainda bem!

Além do monastério, há a capela gótica, os jardins e até uma espécie de horta com plantas medievais, usadas para finalidades de magia, de veneno (!!!) e de remédio, tudo devidamente identificado com plaquinhas.

Como havia dito no começo do post, o Central Park é uma obrigação e pudemos presenciar também a beleza desse parque no outono, devido à presença dos amarelos, vermelhos e laranjas, tão bonito como o Fort Tyron. Eu sou suspeita, pois sou apaixonada pelas cores do outono e quando vejo essas paisagens maravilhosas nessa época específica do ano, tenho até vontade de me mudar para um país que tenha um outono “de verdade”!

Passeamos bastante sem rumo no Central Park, mas também “usamos” o parque para cortar caminho nas nossas longas caminhadas. Além de realmente cortar caminho, pudemos conhecer ainda mais o parque. Nessas andanças, acompanhamos os preparativos da famosa Maratona de Nova York, não assistimos à maratona, mas a confusão que fica a cidade no final da corrida, nós vimos bem de pertinho. Interessante ver o orgulho que os maratonistas têm e exibem: dois dias após a maratona, os caras ainda andam pela cidade com as medLinkalhas penduradas no pescoço!

Um dos motivos de não termos assistido à maratona, foi a escolha por um outro programinha no domingo. O Mario Batali inaugurou um empreendimento, o Eataly, que é como se fosse um “mercadão” com produtos top italianos, desde massas, queijos, azeites, que te deixa com vontade de comprar e trazer “um de cada, por favor!” para casa!

Há várias opções de restaurantes e vale a pena almoçar por lá, já que é tudo preparado com os produtos e ingredientes deliciosos e fresquíssimos disponíveis nas prateleiras.

Depois dessa comilança toda, fomos conhecer e andar no Highline, um projeto novo, ainda inacabado e muito interessante, pois buscou revitalizar algo como o Minhocão daqui de São Paulo.

É simplesmente uma passarela + jardim suspenso que segue acompanhando ruas do Meatpacking District até o Chelsea e fica lotado de gente passeando, inclusive com milhares de carrinhos de bebês! Tem vários jardins, espreguiçadeiras, ou seja, uma idéia nota 10!

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Agora, algumas constatações extremamente pessoais.

Tive a impressão de que a crise bateu forte por lá, já que notei americanos trabalhando em empregos que eram considerados "típicos de imigrantes". Nessa mesma linha de raciocínio da crise, por pura interpretação pessoal, parece que as mulheres se viram sem a opção de ficar em casa e cuidar dos filhos, elas precisaram sair, procurar emprego e trabalhar. Fato que notei pelo excesso de babás que vimos em todos os lugares. Certamente, visão e mão de obra antes inexistentes nos EUA.

Agora, ponto para nós! O Brasil está anos à frente da realidade americana na questão do lixo e das sacolinhas plásticas, sabiam? Chega a ser triste ver a quantidade de lixo que os estabelecimentos produzem e largam nas calçadas em imensos e numerosos sacos pretos. Notei também que qualquer compra, da mais leve e pequena que seja, é colocada em sacolinha plástica e reforçada com uma extra (sabe sacolinha dupla para uma garrafinha de água? Então...). Um verdadeiro exagero! Nada de eco-bags desfilando em NYC.

Por outro lado, os EUA são sempre vistos como má referência em alimentação e hábitos saudáveis, mas reparei que em qualquer restaurante, diner, ou lanchonete que se entre, eles já servem água, vão te abastecendo de refil e não cobram nada por isso. Quer dizer, a água é da torneira mesmo, mas que é potável e não custa nada, se você quiser água com gás ou água “gourmet”, será cobrado. Mas acho que é um hábito extremamente saudável que não se vê por aqui, muito menos de graça e com refil.

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Dica final: cada um faz a sua viagem, do seu jeito, com a sua própria cara e interesses pessoais. Nós contamos com dicas de amigos, de blogs, sites e guias de viagem.

Por pura coincidência, na semana em que fiz a reserva das nossas passagens, fui convidada pela Pati Papp para o lançamento do guia de Nova York da Didi Wagner, o "Minha Nova York", da Pulp.

O universo estava conspirando a nosso favor, certeza! Como dica boa a gente tem que compartilhar, se você for à NYC, invista em um guia da Didi! Como diz o título, é a Nova York dela, mas ficou um bom tanto pra gente também!

Além da Didi, que estava presente apenas nas páginas do guia, contamos com a companhia de amigos queridos de tudo, gente que mora lá e gente que estava de férias como nós. Foram inúmeros programas, de turistas e de "new yorkers" também! Obrigada, Gu, Marília, Cris, Chico, Mari, Malzo, Bibi, Michael, Leo e Joa!

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Bom, chega de férias? Podemos voltar à realidade da maternidade?



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3 comentários:

Beatriz Zogaib disse...

Que delícia de viagem hein Camila?
Um dia ainda faço a minha!
beijos
Bia
www.maedacabecaaospes.com.br

Renata disse...

Babei Caca.
Demais sua viagem.
O meu sonho mesmo é passar 1 finde só com meu marido. Será que consigo? hahahaha


Pior que vc me fez repensar em NY. Fui lá há uns 10 anos e não curti muito. Prefiro lugar com mais natureza, no entanto amei a sua experiencia. Toparia voltar lá! com certeza!

Mariana disse...

Fotos, quero fotos destes lugates lindos e do outono principalmente! Bjo

 
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