terça-feira, 17 de agosto de 2010
A Biblioteca e os Presentes
Nós somos uma família que gosta e cria tradições. Já contei sobre a minha das cartinhas e o meu maridinho tem uma dos livros. Funciona assim: todos os nossos filhos ganharam um livrinho no momento do nascimento e ganham mais um a cada ano, no dia do aniversário. Não são quaisquer livros, eles são minuciosamente escolhidos de acordo com a idade e interesse. E o melhor de tudo: o Papai se empenha e capricha muitíssimo na dedicatória, que vai além de desejar “feliz aniversário!”.
Ele faz um relato, emocionante, to say the least, contando como foi o ano, as coisas mais importantes que aconteceram, que foram aprendidas, as gracinhas e fofurices. Desnecessário dizer que eu choro cada vez que leio uma dedicatória, né?!
E nem precisa ser manteiga derretida para chorar, só evito ler durante a TPM, senão posso acabar com o livro por motivos de umidade.
E a idéia é ir formando uma biblioteca muito, muito especial ao longo da vida, no melhor estilo “PAITROCINADA”.
Ontem foi o dia do Joaquim e o Pedro ganharem seus tesouros. E eram mesmo. Eles pi-ra-ram com os livros novos, folhearam e ouviram as histórias diversas vezes.
Manuela pirou também. De ciúmes por não ter ganhado um livro. Relembramos várias vezes que ela ganhou o seu quando fez 3 anos, há menos de 2 meses e entregamos o livro que ela ganhou na ocasião para que também participasse da “contação de histórias”, mas não resolveu muito, não.
*****
Hoje cedo, ela acordou e a primeira coisa que fez foi procurar os livrinhos novos dos irmãos e saiu correndo agarrada neles.
Daí, fiquei pensando, né? O assunto que deve “habitar” as famílias de “+ de 1”. (E os gêmeos não contam, afinal eles comemoram aniversários e ganham presentes juntos.)
Mas, então, nós nunca nem cogitamos adotar outra postura, cada um tem o seu dia de cantar “parabéns” e ganhar os presentes. Os meninos nunca ganharam presentes no aniversário da Manu e vice-e-versa. Vejam bem: nunca ganharam da gente, que somos os pais. Mas ganham muito dos outros.
E daí? O que fazer?
Eu, honestamente, não vejo problemas, acho apenas exagerado, mas penso que ninguém tem a obrigação de ensinar esse tipo de coisa e de educar nessa situação ou em outras. Cabe a nós mesmos, os pais.
E nem acho que essa seja a situação mais complicada, aliás, se for tratada com a simplicidade que ela exige, as coisas acontecerão de maneira tranqüila. Afinal, nenhuma dificuldade em explicar aos filhos que cada um tem o seu dia e o seu aniversário. Fim de história e ponto final.
O duro mesmo é agüentar a frustração de um pela alegria do outro, o presenteado.
Nem preciso lembrar que é a culpa, mais uma vez, dando as caras. A malvada, a terrível.
Eu prefiro não embrulhá-la no mesmo pacote do presente do aniversariante. Enchê-la de laços e papéis de presente coloridos só vai fortalecê-la, sabe?
É igual dar um presente à criança mais velha quando nasce o bebê. Quer dizer, além de ganhar um irmão ou irmã, “brinquedo” para a vida inteira, o fulaninho ainda ganha um presente. What´s the point? E o sentido nessa “presenteação” toda? Eu não sei, mas dessa culpa não me livrei e continuo agradando os filhos mais velhos que ganham irmãozinhos.
*****
Mas, escrevendo tudo isso, me lembrei de quando a minha irmã nasceu. Eu já tinha 10 anos e, junto com ela veio DIRETAMENTE da barriga da minha mãe a roupa mais linda da Pakalolo (!!!) que eu já tinha visto (momento vergonha da minha própria vida).
Me lembro de ter achado a minha irmãzinha o bebê mais legal do mundo. Não me lembro de ter tido ciúmes e acho que a minha mãe testemunharia ao meu favor.
Será que a idéia de dar a roupinha em tons neon deu certo??
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13 comentários:
Hahaaha
Adorei, deve ser mesmo muito dificil lidar com a alegria de uns e a frustração do outro... Culpa de mãe é praga, só pode ser!
Ahh e eu tb ia curtir muito ganhar uma roupa da Pakalolo!! KKKKKKKkkkkkkk
Muito boa a idéia dos livros com a dedicatória.
Eu e meu namorado somos loucos por leitura, e já combinamos que sempre daremos livros interessantes pra nossa filha, desde pequenininha!
É um problema mesmo isso de uns ganharem presente e outros não, mas, não deixa de ser uma boa oportunidade pra vc tentar conversar com a Manu e explicar que cada um tem o seu dia não é mesmo, e que o fato do presente ter sido pra eles, não significa que ela não poderá brincar e se divertir com isso, inclusive junto com os irmãos!
Boa sorte com ela!
Bjo!!
Como mãe de filha unica minha experiencia enquanto mãe é zero.ENQUANTO MAE!Pq quando eu só era filha, eu tenho muita experiencia!!rsrsrs Sou a primeira de 4!então vi muitos nascerem e perdi logo lugar de Xodó.Não eu não ganhei 3 presentes nos tres nascimentos.Não eu nao ganhava presentes no aniversario dos outros e sim eu sou feliz!!!hauahuahuaauh
Isso é da pessoa eu acho...Minha irmã, a segunda dos 4, quando nasceu o terceiro(e ela já tinha 9 anos), ela quase deu um treco de ciumes, e ganhou presentes junto com o aniversario do outro e por diversas vezes tivemos que cantar parabens pra ela no dia do meu aniversário!!E o terceiro por sua vez, quando minha mãe adotou a 4ª (sim, ela gosta mesmo de uma casa bem cheia!!!)implicava o tempo todo com a pobre da menina que já lutava pra se adaptar a nova casa,nova familia e ainda tinha que aguentar um fedelho que não deixava ela se aproximar da mãe!!!
Joaquim e Pedro tb nao demonstraram alguma frustração no "dia da Manu"?tudo bem que eles tem um ao outro pra se consolar né...
Ah!!!Adorei a ideia da biblioteca paitrocinada!!!lindo!!!
bj bj bj
Só as mães são felizes!
http://www.coisa-de-mae.blogspot.com
Amei a ideia dos livros especiais com dedicatórias idem. E estou ainda aprendendo a lidar com as frustrações da minha mais velha, já que ela acabou de ganhar uma irmã (que também trouxe para ela um presente muito legal diretamente da barriga).
Beijos
A Clara ganhou um presente do Gabriel, quando este veio ao mundo...
Adorei a idéia da dedicatória no livros.
Beijo!
Roberta, mãe dos gêmeos Rute e Miguel
http://www.familiamimi.blogspot.com/
Oi Camila,
muito legal essa ideia dos livros e ir montando a biblioteca da vida deles.
E não precisa ser manteiga derretida para chorar, não.
Eu aqui respeito o dia de cada uma, mas tem amigos, madrinhas, tias e avós que presenteiam as duas. Fazer o que, né?
A An Luiza ganhou um presente quando a irmã nas ceu e dizem que isso faz efeito. Eu não ganhei presente algum quando as minhas irmãs nasceram e não lembro de te sentido falta.
Sei lá.
beijos
Chris
http://inventandocomamamae.blogspot.com/
Eu não me lembro de ter ganhado presente "da minha irmã" quando ela nasceu, mas eu lembro que ela sempre ganhava presente quando eu ganhava. Ela sempre foi mega ciumenta e meus pais, para evitar um chilique (típico dela) já preparavam um presente bem parecido com o meu para ela. Eu ficava meio chateada porque nunca tinha uma data só minha. Ela sempre precisava chamar a atenção e eu nunca fazia questão disso quando chegava a vez dela ganhar os presentes na data dela.
O meu Joãozinho ainda é filho único. Pretendo dividir as coisas aqui em casa e dar presentes nas datas de cada um. Será que eu consigo, como vc? Heheheheh...
beijos,
Fabi
http://depoisqueeudescobri.wordpress.com/
camilitcha...
adorei a tradição!
que coisa mais fofa que o maridex aí faz.
tô emotiva hoje...
vou alí chorar até pela frustração da manu.
fim e até amanhã.
bo bjo
Que máximo as tradições de vcs. Essa do maridex com as dedicatórias então... é de chorar mesmo.
Também só tenho o Bento por enquanto, mas já vi várias ocasiões de parentes presenteando o mais velho quando o mais novo nasce ou faz aniversário. Eu sou a mais nova, mas só ganhava presente no meu aniversário mesmo. Acho que vou tentar fazer o mesmo quando Bento tiver um irmãozinho...
bjos!
Amei a idéia da biblioteca, parabéns ao maridão!
Bjinhos
Ana.
Menina, eu tinha certeza que conhecia todos os blogs maternos. Que nada! Estou descobrindo um monte (enquanto devia estar trabalhando). Adorei, vou linkar e seguir. =)
Eu, como só tenho uma princesa, não tenho essas preocupação de ciúmes e divisão. Sei o que todos dizem, que ter irmãozinho é importante pra aprender a dividir. Mas eu acho que essa não deve ser a razão principal de uma segunda gravidez, então por enquanto é esperar.
De qualquer forma, linda a tradição dos livros.
Camila, como eu gosto dos teus posts!
E engraçado que aqui em casa acontece a mesma coisa:
1. Livros de presente desde o nascimento (levei ela na Feira do Livro com 2 meses!!!)
2. O presentinho para o filho mais velho. Quando o meu irmão nasceu, às vésperas de eu entrar na pré-escola, ganhei uma super lancheira do Meu Pequeno Pônei, que o maninho quem trouxe!!! rssrsrs Recomendo todas as minhas amigas grávidas pela segunda vez a fazerem, porque não tive nada de ciúmes e achei meu irmão suuuper receptivo!
Mas levar presente para uma criança no aniversário de outra acho um pouco sem fundamento. Cada um tem seu dia, ué! Paciência!
Beijão!!!
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