segunda-feira, 31 de maio de 2010

Tic-Tac


Futebol aqui em casa é coisa seria. O tipo do compromisso que compete com nascimento e aniversário de filho, sééééério.

A Manu, com umas 24 horas de vida, foi pé quente para um jogo importante do São Paulo (ah! Esqueci de mencionar que esse é o time do coração? Então, é o SPFC).

Ainda bem que ela nasceu um dia antes do jogo, senão... Não gosto nem de pensar!
Mas assistimos ao jogo na maternidade, Manu pacotinho mamando e as visitas básicas deram um respiro por 90 minutos. Maridinho agradeceu e comemorou bastante.

E, praticamente, toda quarta feira, é dia, né? Essa semana, teve jogo no Morumbi. O meu marido veio cedo pra casa, as crianças acordadas, fizeram companhia enquanto jantávamos e, depois, era a hora do papai se arrumar e sair para o jogo.

Os três também adoram fazer companhia para ele nesse momento: se fecham no meu quarto, ficam conversando e ele se aprontando. Organizado que é, deixa todas as coisas separadas na mesinha de cabeceira. Carteira, celular, ingressos e balinhas Tic-Tac. Sim, balas. Sim, ele adora, é viciadinho nessas balinhas, principalmente Tic-Tac de laranja.

E a Manu (fofaaaaaa!), já sabe do gosto do pai, quando vê Tic-Tac em algum lugar, vai pegando e querendo levar para o seu "papaizinho queridinho".

Pois ela viu a caixinha laranja lá, separadinha junto com a carteira.

- Papai! A balinha que eu te dei! E quase acabou.

(Ela notou que estava realmente no fim).

- É, filha, só tem duas. Você quer uma?

Obviamente, a formiguinha aceitou uma e o papai falou que levaria a última bala para ele comer durante o jogo.

Ele vai até o banheiro, escova os dentes e ela lá, secando a última bala da caixinha. Ele finge que não tá vendo e nem percebendo nada, escova os dentes, meio de cabeça baixa, mas com os olhos na mocinha.

De repente, muito rapidamente, ela sai do quarto "seqüestrando" a cobiçada bala.

- Manu! Aonde você vai com a minha bala?

- Vou levar ela pra lá um pouquinho.

Vai pra sala, após o tempo de umas mastigadinhas, volta com a caixinha vazia. E põe lá, junto com a carteira, o ingresso e o celular.

Papai só olha. Não precisa falar nada e ela vai explicando:

- Vou deixar a caixinha aqui para você brincar um pouquinho com ela.

- Manu, eu não falei que só tinham duas balas e que eu ia dividir com você? Você comeria uma e a outra era minha. Cadê a outra bala?

- Papai, só que, só que, só que, só que, só que eu comi!!!

Ela precisava se entregar? Alguém duvidava da autoria do "crime"?

Elementar, meu caro Watson?

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domingo, 30 de maio de 2010

O Sábado


Ontem tivemos festinha na escola das crianças e entendi toda a confusão da Copa do Mundo em Cuscuz (assim com letra maiúscula, afinal, de acordo com a minha filha gênia, trata-se de um país, viu?!).

A escola organizou uma sala de culinária e deu dicas de receitas típicas africanas preparadas pelas crianças. Lá estava o nosso cuscuz! (Agora que entendemos tudinho, posso tirar o "C" maiúsculo e voltar a considerar o cuscuz apenas como um prato.)

Era tipo um cuscuz marroquino, facilitando a explicação. As crianças experimentaram, comeram tudinho e adoraram. Querem a receita?

Cuscuz (prato típico do Deserto do Saara)

Ingredientes:
250 gramas de sêmola de trigo
tomate
pimentão verde
cebola
pepino
folhas de hortelã
azeite
pinhões
limão
sal

Modo de preparo: corte em cubos cada um dos legumes. Em um recipiente, coloque a sêmola de trigo e cubra com água quente até que o grão comece a inchar. Amasse as folhas de hortelã com o azeite em um pilão. Assim que o molho estiver pronto, deixe-o descansar. Misture os legumes com a sêmola em uma saladeira. Em uma frigideira, refogue os pinhões até que fiquem dourados. Depois misture-os com a sêmola, acrescentando o limão. Por último, acrescente o molho de hortelã e um pouco de sal. O cuscuz está pronto.

Até para mim, que mal sei onde fica a cozinha, parece fácil. Depois vocês me contam!

*****

Ontem também tivemos o casamento. A família estava toda muito bonitinha e produzida, destaque especial para as nossas três criancinhas, os "daminhos".

Eu, lá no altar, lencinho preparado nas mãos, ouço a música, reconheço como a das crianças, vejo a porta se abrindo e lá vem o Pepê liderando a turma. Atravessou toda a nave da igreja, o Joaquim veio também, ao lado do irmão, papai e mamãe morrendo de orgulho da duplinha idêntica de coletinho, camisa branca e All Star. Subiram as escadas e ficaram conosco um pouquinho durante a cerimônia.

Não vão pensando que eu esqueci da Manu, mas é que a mocinha não quis entrar meeesmo! Toda linda de vestido florido, buquezinho, borboleta bordada nas costas, e outras duas de brilhantes nas orelhinhas, mas não teve jeito. Disse que ficou "com vergonha da igreja". Desculpas aceitas, vai... Não dá para forçar e traumatizar a coitadinha.

Ficaram um pouco na festa, participaram das fotos oficiais com os noivos e padrinhos, dançaram animados na pista e foram embora para a casa da vovó exaustos! Com os rostinhos e mãozinhas lambuzados de bem-casados.

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sexta-feira, 28 de maio de 2010

Orquestra Baby


Hoje ouvi uma história daquelas que a gente ama, morre de rir e quer compartilhar. Aconteceu com uma amiga da minha irmã, não vou divulgar o nome dela, obviamente, mas já consegui autorização para contar o que aconteceu. Nem sei se ela vai ler, afinal a amiga grávida está praticamente com o barrigão aguardando o obstetra na sala de parto.

Mas foi o seguinte: final da segunda gestação, agora vem uma menininha, já posicionada, cabecinha para baixo, só esperando a hora certa. Mas não é que, na reta final, a menina conseguiu se virar e ficar sentada? Eis que, a mãe, ansiosa, querendo um parto normal, queria, porque queria que a menina virasse novamente (quem deu uma cambalhota, pode dar 2!) e sentiu dores. E achou que a explicação para este incômodo era pela segunda cambalhotinha. Mas queria se certificar. Era terça-feira e
o ultrassom estava marcado para sexta.

Pega o telefone, liga para a obstetra, que, de cara, responde:

- Não, eu não vou te dar um pedido para um ultrassom hoje. Fique em casa, repousando, como eu já determinei, sem dirigir, como também determinei e aguarde até sexta-feira para o seu exame.

Mas grávida nenhuma aceita desaforo, não dá muita bola para as recomendações médicas, ainda mais quando se trata da segunda vez. Além do mais, as ansiedades e vontades de grávidas devem ser atendidas mais rápido do que de qualquer criança, senão o resultado é pior do que um capetinha mimado. Aviso: não criem confusão com uma grávida. Elas são seres à parte, que, literalmente, têm o rei (ou a rainha!) na barriga e todo o poder do mundo. Falo com conhecimento de causa: estive lá. Duas vezes. Três crianças. Poderosíssima!!!

Nossa amiga grávida teve uma grande idéia: já que a médica não atendeu a sua vontade, correu no hospital “concorrente” (dirigindo sozinha!!), pediu urgência para ser atendida, inventando dores terríveis, portanto, precisava fazer um ultrassom.

- Não, senhora, vou fazer o exame de toque.

- Eu preciso de um ultrassom.

- Não, senhora, vou fazer o exame de toque.

- Eu preciso de um ultrassom.

E assim foi, por algum tempo. Até que a médica venceu e o exame de toque revelou 4 cm de dilatação, ainda antes da data prevista para o parto.

A médica concorrente avisou:

- Preciso do telefone da sua médica.

Daí, começou o desespero de verdade. Se desse o telefone, a médica descobriria a “arte”. Ela, então, “simulou” uma ligação para a sua médica, do próprio celular e inventou que a “falsa doutora” estaria muito ocupada e não poderia falar naquele momento, pois estava entrando na sala de cirurgia para um parto.

Mas, a plantonista, que de boba não tem nada e parece conhecer as artimanhas (e a falta de limites, sorry!!) de uma grávida, avisou que não poderia liberá-la sem conversar com a médica oficial. Ela voltou a inventar desculpas (piores do que as das crianças, acreditem!), até que não se agüentou e contou toda a verdade: não tinha dor coisa nenhuma, só correu para o hospital por curiosidade de fazer um
ultrassom para ver a posição da filhinha.

- Bom, mas agora o assunto é sério: você pode não ter dor, mas está com 4 cm de dilatação. Preciso falar com a sua médica já!

Finalmente, a médica foi contatada e o final nada feliz, foi uma ida para outro hospital, o não-concorrente dessa vez, aquele onde trabalha a médica. Ela foi de ambulância, já de noite, com o marido e a obstetra aguardando na porta, com cara de bravos, já beeeem preparados para aquela bronca, sabe? E o pior: não fez o ultrassom!!

Após 5 noites no hospital e muito esporro do marido, ela continua de repouso absoluto e vigiado, aguardando a sua hora: de conhecer a filha e para saber a partir de qual posição ela virá ao mundo...

Apostas?

*****

Ontem, fiz um programinha delicioso com o meu maridinho, um daqueles que a gente sempre adorou fazer, mas não conseguíamos há muito tempo.

Fomos assistir ao concerto da Osesp na Sala São Paulo. Sou nada entendida de música clássica, ou erudita, nem sei como classificar o “estilo”. Não conheço as composições, apenas compositores de nomes conhecidos. Mas o programa é uma delícia, o lugar é lindíssimo e assistir à Osesp é um verdadeiro espetáculo.

Eu fico absolutamente fascinada com todos aqueles músicos, milhares de instrumentos e sons, mas o que sempre me chama mais atenção é o maestro.

Imaginem só o que é reger uma orquestra? Como já disse, tantos músicos e instrumentos diferentes tocando que resultam nas coisas mais bonitas e, de fato, emocionantes que uma pessoa pode escutar. Como ele consegue tamanha perfeição? Beleza e emoção? Como eles todos conseguem?

O maestro, para chegar até ali, não aprendeu simplesmente códigos gestuais para música, tem muito mais por trás de cada movimento de braço, na sua intensidade, direção e força. Ele chega a pular, até balança a cabeça e, se eu pudesse ver além das suas costas, tenho certeza sobre qual seria a expressão em seu rosto e o suor na testa.

E isso tem a ver com esse blog porque? Há! Não perceberam a metáfora? Me vi a própria maestra, regendo os meus filhotes, não com a perfeição do maestro Yan Pascal Tortelier da Osesp, mas eu me esforço. Não estudei, nem tenho a prática e experiência dele, porém tenho certeza da minha boa vontade, disposição e bom senso. (Conto também com um diploma de Psicologia pela PUC-SP e alguns anos como professora de educação infantil, se é que mãe precisa de currículo.)

E a minha orquestra? Quem já parou para ouvi-la sabe que ela está longe de ser afinada, ou de conhecer oboés, flautas e violinos. Ainda tocam “maracas” e chocalhos coloridos. Mas eles são capazes de lotar a Sala São Paulo aqui da nossa casa, encher o meu coração de orgulho, os meus olhos de lágrimas e a minha vida de alegria diariamente. O concerto aqui não tem hora para começar ou terminar, não segue programa, ritmo e nem rotina de ensaios. Mas é, certamente, o espetáculo mais maravilhoso que uma mãe pode experimentar.

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quinta-feira, 27 de maio de 2010

Mamãe Eu Quero


Eu não sei se a questão é exclusiva da minha filha-na-contagem-regressiva-para-os-três-anos ou se tem tudo a ver com crianças de três anos em geral. Mas sei que eu só posso ter cara de “mamãe, eu quero!”.

Simples. Ela me vê e fala:

- Mamãe, eu quero me fantasiar!

- Mamãe, eu quero ver um filminho!

- Mamãe, eu quero fazer um rabinho de cavalo!

- Mamãe, eu quero um suquinho!

- Mamãe, eu quero a minha chupeta!

- Mamãe, eu quero a minha bunnyinha!

- Mamãe, eu quero a minha mantinha!

- Mamãe, eu quero o meu mamá gelado!

Ou, eu sento para almoçar/jantar:

- Mamãe, eu quero fazer xixi!

- Mamãe, eu quero fazer cocô!

(Esses dois pedidos são clássicos nas horas das refeições e eles acontecem simultaneamente. Primeiro, faz um. Depois, pede de novo e faz o outro).

Tem outros também:

- Mamãe, eu quero que você tirA ele daqui. (Obviamente, um dos irmãos)

- Mamãe, eu quero me arrumar!

- Mamãe, eu quero pôr aquele vestido, com essa meia calça e uma sapatilha rosa!

- Mamãe, eu quero trocar de roupa!

- Mamãe, eu quero colocar outro sapato!

- Mamãe, eu quero relaxar na sua cama!

- Mamãe, eu quero dormir na sua cama! (Essa acontece de madrugada!)

- Mamãe, eu quero o papaaaaaaaaai!

Daí, resolvi me poupar um pouco diante dessa conhecida marchinha de Carnaval e deixei de atender prontamente aos tantos pedidos. Liberei a autonomia, autorizando a mocinha a fazer determinadas coisas sozinhas, aquelas que já consegue, claro.
E quando falo:

- Você quer a sua mantinha? Então, pode ir lá pegar.

Sabe o que ela tem me respondido?

- Mamãe, eu não quero que você falA assim comigo...

A minha lombar padece, enquanto o ortopedista agradece. Os fabricantes de analgésicos e de antiinflamatórios também.

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quarta-feira, 26 de maio de 2010

Outro assopro, por favor!!


Vou contar tudo cronologicamente, ok?

Ontem à noite, a maior cena com o Pedro. Testando todos os meus limites e a minha paciência. Encarnei a Super Nanny para enfrentar a situação. Depois de tudo aparentemente resolvido, precisei entrar em um banho quente e demorado, tamanho o meu cansaço emocional.

Pedro é muito dorminhoco, dorme rápido, principalmente depois da escola. Ontem, ficou "conversando" no berço até às 10 da noite. Inacreditável! Ele estava exausto e, quando finalmente apagou, pensei: "agora vai embora até amanhã cedo".

Às 5 da manhã começo a ouvir uma conversinha. Era ele, Pedro. Vou lá, ajeito no berço, checo afralda, falo sério: "filho, hora de dormir, chega de brincar e de conversar".

Para resumir, a brincadeira do rapaz durou até às 7 da manhã. Já viram criança com insônia? Eu já! Das 5 às 7! E a Zumbi mãe só voltou a dormir às 7 e meia da manhã. Dormi picadinho até às 9.

O Zumbi levanta e entra rapidinho no clima: Manu recebeu a visita de 3 amiguinhos hoje! Foi uma bagunça deliciosa, até esqueci do sono e da insônia. Imaginem vocês que eu tinha 6 crianças em casa hoje!!

Todo mundo almoçado, trocado, penteado, dente escovado e rumo à escola. Fiz duas viagens, meu carro não comportou 6 crianças de uma vez...

Uma hora depois, me liga a professora do Pedro, dizendo que ele está com o olhinho vermelho e com secreção. Volto eu para a escola, pela terceira vez em uma hora...

Realmente, o olho não estava bom, liguei para o pediatra e o diagnóstico foi pelo telefone: conjuntivite.

E aqui está ele ao meu lado, brincando e desenhando, fazendo compressinhas de soro fisiológico no olho mais coitadinho do mundo.

E ele precisa melhorar logo. E a Manu e o Joaquim (a mamãe e o papai também!) não podem pegar: sábado tem festinha na escola e à noite temos um casamento. Nós somos padrinhos e as minhas três coisinhas mais lindas do mundo serão "daminhos".

Vamos todo mundo, novamente, assoprar às 9 da noite de hoje para mandar a nuvem da conjuntivite embora...

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terça-feira, 25 de maio de 2010

Os Mundos


Continuando a falar da Edição Veja Especial Mulher, tem um artigo a respeito de trabalho e maternidade, cujo título é “Meu bebê é como um vício – Por que o feminismo não admite o prazer de ser mãe?”, escrito pela escritora e jornalista Katie Roiphe, especialista em temas femininos.

O título em si já é maravilhoso e a escritora começa contando que perdeu “todas as ambições mundanas” a partir do nascimento do seu bebê. Quando precisa pensar em trabalho, a sensação é de “pavor”.

Alguém se identifica? Ou se identificou? Tudo isso parece familiar, mas, ao mesmo tempo, tão particular, que muitas vezes nem conseguimos colocar em palavras, afinal, não entendemos o que está acontecendo, que mudanças são essas, esses sentimentos novos e necessidades absurdas de adaptação. E se, de repente, você começar a chorar mais do que um bebê, é disso aí que ela está falando.

Mas eu queria colocar nesse post as palavras dela, tão esclarecedoras, que agem como um verdadeiro alívio, especialmente para as “mães frescas”:

“As pessoas costumam comparar o fato de ter um bebê aos primeiros dias de um namoro, o que faz sentido até certo ponto. Mas a fixação física e o anseio pelo bebê são muito mais intensos. Com que freqüência num namoro você se vê literalmente às lágrimas porque ficou longe de um homem durante três horas? Imagino que uma metáfora melhor seria a dependência química.

Uma das desonestidades menores do movimento feminista tem sido subestimar a paixão dessa fase da vida, para em vez disso tentar uma avaliação racional e politicamente vantajosa. Historicamente, as feministas enfatizam as dificuldades e o peso de ser mãe. Elas tentaram traçar uma analogia entre a puericultura e o trabalho masculino; então, por muito tempo as mulheres chamaram a maternidade de “vocação”. A tarefa de cuidar de um bebê é árdua e exigente, é claro, mas é mais bárbara e narcótica do que qualquer tipo de trabalho que eu já tenha feito.

Imagino que pessoas normalmente inteligentes e descomplicadas achem esse tipo de conversa sobre bebês muito chato. Noto que, quando tento me forçar a conversar sobre outra coisa que não o meu filhote, tenho de pensar: “Agora é hora de conversar sobre outra coisa que não o bebê. Admito vagamente que isso é que é maçante nos pais, e certamente na nossa atual cultura da paternidade/maternidade: esse fluxo subterrâneo de autocongratulação.

Parte da atração da licença-maternidade é precisamente essa: você abre mão de tudo. Os livros na estante não são os seus livros; as roupas penduradas no armário não são as suas roupas. Você é o animal vago, lento e exausto, tomando conta dos seus filhotes. Qualquer coisa graciosa, original, aguda ou inteligente que você tivesse sumiu, é a negação total do mundo exterior – mais eis o apelo desse período.
Sei que em algum lugar por aí há um grande mundo, onde as pessoas conversam, pensam e escrevem, mas ainda não estou interessada em ir para lá.”


E vocês, em que mundo se encontram?

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segunda-feira, 24 de maio de 2010

Angelcare


Depois de algum tempo, volto a falar da Veja. Eles publicaram essa semana um Especial Mulher e o conteúdo é bem previsível: o discurso feminista, a mulher no mercado de trabalho (ainda com salários inferiores aos dos homens), o adiamento da maternidade, enfim, tudo meio repetitivo, ainda mais pra mim, que sou zero feminista e muito mulherzinha.

Acho o máximo um homem que paga a conta e abre a porta do carro e não é uma questão de grana, não. Se você, homenzinho, pode pagar R$50 em um jantar, procure um restaurante de R$25 por pessoa e não um de R$100, para aí, no final, fazer a sua lady abrir a bolsa. Não vale!

E, mesmo as que acham “normal” e “moderno” rachar a conta, quando encontrarem um gentleman (espécie rara!) que, você mal percebeu, e a conta já está paga, vai A-DO-RAR! E, provavelmente não admitir... Mas esse é assunto pra outro tipo de blog, apenas não resisti.

Então, quando a gente acha que o assunto já se esgotou, a pílula anticoncepcional resolve comemorar 50 anos e, pronto! A festa está feita.

Vou comentando aos poucos algumas das matérias dessa edição, mas essa novidade que a Angelcare lançou chamou a minha atenção.

É uma babá eletrônica daquelas: tem um sensor que deve ser instalado sob o colchão e detecta qualquer movimento respiratório exagerado e mudanças bruscas de posição. E, por precaução, se nenhuma movimentação ocorrer por mais de vinte segundos, um alarme é disparado.

Imaginem que agradável... As babás eletrônicas já são o terror da interferência e do chiado, acrescente um alarme que dispara a cada vinte segundos... A Veja diz que a recomendação é para bebês de até 14 meses e para mães exageradamente preocupadas.

Se a mãe já não dormia antes, pensa só com essa babá que dispara de 20 em 20 SEGUNDOS!!! Tenho certeza que ela vai dar mais canseira que o próprio bebê e que é o caminho mais rápido para a Zumbilândia!

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domingo, 23 de maio de 2010

Mamãe Tá RE-VOL-TA-DA


Gente, vou deixar aqui registrada minha “pequena” revolta do fim de semana. Não, foi tudo ótimo, delicioso, sem problemas, mas aconteceu uma coisa. E não é a primeira vez.

Sábado, muito frio e chuvinha fina em São Paulo, fizemos um programa típico: shopping. No fim, a gente sempre tem coisinhas para resolver no fim de semana, acaba recorrendo ao shopping mesmo, almoça por lá, as crianças aproveitam, enfim, bem gostoso devida a situação dessa cidade com chuva.

O meu maridinho precisava cortar o cabelo, depois das crianças, era a vez dele. E, enquanto estava cortando, fiquei com os três no Piks. Já falei sobre esse espaço aqui (continuo recomendando)e nada mais é que um lugar cheio de brinquedos, oficinas mil (desenho, pintura, massinha, decoração de bolos e biscoitos), cabeleireiro, vídeo game, autorama, tudo o que criança gosta. Ah! Esqueci da lojinha. Obrigatório, para pais e filhos se enlouquecerem na saída.

Mas, tá, cheguei lá com os três e ficamos por apenas meia horinha. Mas o que mais me chama a atenção, todas as vezes em que vou a um lugar desses, não são os infinitos brinquedos, mas a “nuvem branca” (termo utilizado pela minha sogra para aquele muuuundo de babás, resolvi adotá-lo, ok?).

Não estou aqui para julgar nenhum pai ou mãe que deixa o filho brincando no sábado com a babá, cada um tem as suas necessidades, mas “sofri” um preconceito ao contrário, se é que isso existe e caracteriza a situação. E, vejam bem, não é a primeira vez.

Sentei em uma mesinha, a Manu e o Pedro estavam desenhando, e eu olhava o Joaquim andar num carrinho perto de mim. Chega uma babá, com a criança e sentam para desenhar. Ela me vê com os dois e exclama com ar de horror:

- Você cuida dos dois sozinha???
Respondo, séria, firme e antipática:

- Não, eles são meus filhos e tem mais um ali.

Ela não se toca e continua:

- Como é que você dá conta?

Continuo séria, firme, antipática e agora querendo terminar a conversa:

- Eu me viro bem.

Vocês se revoltaram também? Nem um pouquinho, que seja??? Quer dizer, uma mãe (que sempre toma o cuidado de não sair vestindo branco em situações em que sabe da presença da “nuvem branca”, para evitar a “confusão”...) não pode sentar e brincar com os seus filhos em um sábado de manhã sem ser tida como uma babá???

Na primeira vez, estávamos em uma festinha. Montes de brinquedos. Sentei com o Joaquim e o Pedro para que eles fossem se familiarizando àquela situação, de um espaço diferente, com pessoas e crianças estranhas. Cuidado meu, como sempre.
A “nuvem branca” presente, of course. Eis que, a fulana solta a mesma pérola:

- Você cuida deles sozinha?

Solto um “ahã” meio tô-nem-aí-para-você-e-não-quero-papo-MESMO e começo a falar para as crianças:

- Filho, vem cá com a mamãe, vem ver isso aqui!

Respondida a sua pergunta, criatura de branco???

Na pracinha aqui do lado, durante a semana chega a ser chato. Explico: as crianças estão sempre com as babás, daí chego eu, a “diferentona”. Mas, quando vejo, estão todas as crianças brincando juntas e eu cercada de babás. Raramente me dirigem a palavra, mas não têm o cuidado em disfarçar ou mudar de assunto. Estão sempre reclamando das “patroas”, das folgas, das crianças que não dormem, que dão trabalho para comer e por aí vai.... longe, garanto!

Então, quer dizer, o que está acontecendo??? Quem cuida, brinca e passeia é a babá?? Seja durante a semana ou sábado e domingo? Vista branco, rosa, preto ou azul? O meu radar disparou e a minha sirene já tá gritando....

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sexta-feira, 21 de maio de 2010

Da série: o meu filho preciiisa disso IV


Eu amo galochas, não tenho nenhuma, não sei porque, mas acho o máximo!

Para criança então....

E essa? Tem mais charmosa?

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Bom fim de semana!!!


E hoje o post é light, porque muitas coisas nada light aconteceram nessas duas últimas semanas. Além de tudo, é sexta feira, amanhã é sábado, depois domingo. Os dias mais esperados, quando o “papai fica em casa” e fazemos programas gostosos.

Ontem, dei carambola pela primeira vez às crianças. Eles são bons de boca, não preciso fazer muita ginástica para que comam bem (toda regra tem exceções e crianças têm dias bons e ruins, já sabemos disso também).

Mas a carambola é daquelas frutas “lúdicas”, que facilitam na hora da alimentação, sabe? É só cortar direitinho, sem sacrifício nenhum e, pronto! Você enche o prato dos filhotes de estrelinhas, tem mais bonitinho??? Os meus ontem se acabaram e se divertiram bastante.

A minha cozinheira comentou que carambola é excelente para pressão alta, ok essa informação, zero útil para os pequenos, nunca ouvi falar em criança que sofre de pressão alta.

Mas a carambola é uma fruta cítrica, o que é sempre bom. O nosso pediatra falou que eles devem comer uma fruta cítrica por dia.

Poooontos para a carambola!! Que em inglês chama-se “Star Fruit”, não é muito legal???

*****

Essa semana a Manu chegou toda animada da escola, falando feito doida: na Copa do Mundo, na África, na África do Sul, no filme do Madagascar e que ia fazer um cuscuz.

Daí, achei que os assuntos tinham certa conexão, só não sei da onde tiraram que o cuscuz seria uma receita africana, mas, enfim, o Google tem dessas surpresas.

Depois, recebemos um comunicado da escola contando que as crianças estão “estudando” a Copa do Mundo e os assuntos relacionados, tipo a África.

Ah, tá, agora entendi o papo da minha filha.

Mas o auge foi quando tentei incentivar o assunto. Comecei assim:
- Manu, você sabe onde vai ser a Copa do Mundo?
- Ahã.
- Onde?
- Em cuscuz!!!

A baixinha deve ter cochilado na aula, ou já faz parte da turma do fundão...

*****

Hoje levei os três para cortar os cabelinhos. Choraram bem menos e se divertiram mais, jogando todos os esmaltes coloridos no chão.

Mas o que eu queria contar é que eles ficaram tão, tão lindos, que eu mal acredito (ouviram a coruja??).

Joaquim e Pedro, com cara de hominhos, passaram até máquina e perderam a carinha de bebês, tão parecendo criança de cinco anos.

A Manu cortou só as pontinhas, e o cabeleireiro perguntou se ela queria secar o cabelo. Tava um super frio, eu já me adiantei falando que ela ODEIA secador. Para a minha surpresa e para me contradizer (filho adora fazer isso, reparem), ela disse que sim. O cabeleireiro, nada bobo, tratou de fazer uma escova nela, afinal, ele precisa garantir a fidelidade das clientes desde cedo...

Sou contra essa vaidade infantil precoce e excessiva, mas topei a escova, e o resultado foi um cabelinho bem arrumadinho e todo viradinho pra fora. Linda de morrer! Com cara de criança, nada daquela história de “perua mirim”, sabe?

Mas o melhor mesmo aconteceu quando estávamos quase na porta. Uma senhorinha vira e fala:
- Parabéns pelos seus filhos! Eles são lindos e educadíssimos!
(Viram? Passou uma coruja feliz da vida voando logo ali na janela....)

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quinta-feira, 20 de maio de 2010

Selinho novo!!


Oba!! Hoje recebi da Fê do Mamma Mini mais um Selinho (gente, vão fuçar o blog e a coleção de roupas dela, tudo lindo e de muito bom gosto!). Adorei!

É um ótimo jeito de comemorar o recorde de acessos do MTO (gostaram da sigla para o meu blog? Thanks, Cô!) ontem e um possível novo recorde hoje.
Que máximo! Estou curtindo muito tudo isso aqui, todas as pessoas que tenho conhecido e me comunicado, mundos e blogs tão diferentes e encantadores.

Seguem os meus 5 indicados:
Mamãe Eu Quero


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Compartilhando Neuroses II


Neurótica e ordeira que sou, quase enlouqueço diante da bagunça dos meus filhos. Não é que eles estão proibidos de bagunçar, nada disso. Eu só gostaria que eles mantivessem a ordem, que eu luto tanto para estabelecer.

Após cada brincadeira e bagunça, vou lá e ponho tudo no seu devido lugar. Tem a caixa para os carros, a malinha das ferramentas, a mochila dos brinquedos de montar, um saquinho de pano com fantoches, uma caixa enorme só com panelinhas, comidinhas e etc, milhares de estojos com lápis de cor, giz de cera (canetinha, não! Nem pensar!), cestos de livros, de Barbies, kit de beleza, de médico, bolsa com roupinhas e acessórios das bonecas...

Enfim, são tantos, mas tantos brinquedos, tanta bagunça, tantas tentativas de organização... Mas eu não desisto!

Já ensinei todos os “adultos” da casa, mas ninguém faz como eu (maridinho querido, é verdade, meu amor...). A babá é um doce, mas organizar brinquedos também não é com ela.

Mas, aos pouquinhos, eu tento ensinar as crianças, porque é meu dever como mãe e obrigação deles como crianças bagunceiras, não é mesmo?

Criança tem que brincar, mas também tem condição de arrumar, faz parte da educação.

Várias vezes peço a ajuda deles, de acordo com o que eles já conseguem guardar.

Falo para pegarem os livros e colocar no cesto, por exemplo, ou os blocos de montar na caixa. Procuro mostrar a eles a organização por categorias. Não é neurose pura e dá resultados.

A hora em que eu coloco todo mundo para organizar os quartos, ou a sala, começo a ver que eles estão entendendo direitinho e que têm noção de organização externa, o que é fundamental para a organização interna (essa é a psicóloga falando). Mas com criança é assim mesmo.

Se o mundo externo da criança é uma verdadeira bagunça, desconexa, sem ordem e lógica, o que dá para esperar do mundinho interno deles? Organizar pensamentos, sensações e idéias começa desde a primeira infância e deve partir do concreto, para então atingir a complexidade conforme a idade vai avançando.

Mas, ok, já me confessei aqui neurótica e faço o mea culpa para determinados comportamentos dessas crianças, sangue do meu sangue.

Filho de peixe, peixinho é, já dizia alguma sábia criatura.

A Manu adora separar as coisas dela antes do banho, pega tudo direitinho, desde pequena. Uma calcinha, uma meia, o pijama adequado para a estação, 2 (prestem atenção, apenas DOIS) cotonetes, um para limpar o ouvido e o outro para o nariz, uma pantufa, chinelo ou Crocs, perfume, pente e creme para o cabelo (já contei que, além de neurotiquinha, a mocinha é super vaidosa?). E não é simplesmente pegar as coisas, ela organiza tudo direitinho em cima da minha cama (o banho é sempre na minha banheirona), a roupinha aberta, seja pijama ou camisola, bem esticadinha. Alô, papai, conhece alguém que faz assim também?

O Joaquim tá com a mania de mandar a gente guardar e fechar as coisas. Brinca e depois fala para guardar. Ou, se passamos pela porta do corredor, ele fala “fecha, fecha”. E não pode ver nada fora do lugar.

Ele tem um macaco de pelúcia que fica no berço e eu cismei que aquele bicho dava alergia nele, então deixei fora do berço, à disposição no quarto para eles brincarem. Todos os dias encontro o macaco no berço dele. É o próprio rapazinho que o coloca lá, já espiei e constatei. E, quando ele vai dormir, fica de pé no berço, dá uma olhada geral, vê o macaco lá longe e fala meio choroso: “caco, caco”.
“Filho, a mamãe entende que você já “captou” a ordem das coisas, mas podemos mudar de vez em quando, não??? (Ainda mais se o macaco te faz espirrar... e faz mesmo!)”.

O Pedro, esse sim é um espetáculo, de bem com a vida, na dele, super bom humor e achei que ele estava imune às neuroses dessa mãe aqui. Mas a gente sabe que neurose de mãe é praticamente para sempre, tipo trauma de infância, sabe?

(Ui! Peguei pesado! Exagerei!)

Mas, enfim, outro dia peguei ele recolhendo as almofadas do chão e organizando uma a uma no sofá, exatamente no padrão da ordem da mamãe. Não satisfeito com isso, ele pegou cada um dos Backyardigans de pelúcia e encostou cada um em uma almofada. Ele não parou para admirar a coisa linda que ele tinha feito e arrumado, mas eu sim.

Exageros e neuroses à parte, ensinar a ordem é fundamental para a sobrevivência da família em casa e para o desenvolvimento interno dos pequenos. Podem acreditar.

E eu continuo sonhando com aqueles quartos cheios de cestinhos organizadores, forrados com tecidos fofos e tags com o nome de cada “categoria” de brinquedo. O quarto dos filhos da Monica Geller by Pottery Barn!


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quarta-feira, 19 de maio de 2010

1, 2, 3, bolo já!!!


Eu já tinha cantado essa bola aqui: as crianças não agüentam mais a dieta anti-dor de barriga! E hoje comprovei.

- Pedro, o que você quer comer?

- Bolo!!! Peixe!!!

- Joaquim, e você?

- Pizza!!

Tadicos...

*****

Mas, ontem, foi a minha vez. Tive uma mega crise de dor nas costas, que me rendeu um dia inteiro no pronto-socorro, com direito a 4 horas de remédio na veia.

Cheguei em casa dopadinha (ainda estou um pouquinho...), com tontura e enjôo devido aos analgésicos e antiinflamatórios tão fortes. A dor permanece, os remédios, também e eles devem ir aliviando essa contratura muscular aos poucos.

Mas, o melhor foi o atestado médico que eu recebi. Continha as palavras “dispensa” e “repouso domiciliar”.

Há! Se eu sou a chefe do RH, a quem devo encaminhar esse atestado?

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terça-feira, 18 de maio de 2010

Ainda com dorzinha de barriga....


Gente, eu estou tentando, com todas as minhas forças, mas a dorzinha de barriga deles é recorrente, incansável, insiste em permanecer aqui em casa e aparecer em horários mais do que desagradáveis. Essa noite, socorri uma mocinha às 5 da manhã, um estrago daqueles, mas sem detalhes, por favor.

E, além de tudo, eles não agüentam mais a dieta da diarréia: arroz, frango, batata, cenoura, mandioquinha, biscoito de polvilho, maçã, banana e água de coco.

Só para terem uma idéia, não posso falar água de coco que eles já me torcem o nariz. Chamo de “suco de coco” e mostro a caixa azul, daí os meninos até tomam, mas a Manu...

Outro dia falei baixinho pro meu marido:
- Vou pegar um pouco do Pedialyte pra Manu!
(Já comprei de todos os sabores...)
Cheguei fazendo festa, com o copinho na mão:
- Filha, trouxe um suco ma-ra-vi-lho-so pra você!
Ela nem encostou no copo. Me olhou sério e falou:
- Não é suco, mamãe, é Pedialyte.

E hoje acordei inspirada, coisa rara quando o assunto são invenções e variedades na cozinha, um mundo à parte para esta mãe aqui. Mas eles precisam comer e tem que ser da dieta desagradável. As mães juntam forças e têm idéias não sei de onde , mas deu certo.

O almoço foi um franguinho desfiado com purê de batata, mas pedi para a cozinheira montar o prato como se fosse frango com catupiry e saí anunciando o menu. Um sucesso! Ponto pra mim!

No jantar, sopinha básica de legumes, com macarrãozinho para alegrar, mas a sobremesa... Maçã cortadinha, cozida no microondas com um pouquinho de canela. EU “criei” e “preparei” rapidamente essa iguaria de dificuldade nível zero. Anunciei “maçã com chocolate” de sobremesa.

Estourei em pontos, acreditam???

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segunda-feira, 17 de maio de 2010

Da série: o meu filho preciiisa disso III


E agora fico achando que os meu filhotes gêmeos, muito moleques, não vão ser completamente felizes se não tiverem essa casinha/navio pirata para brincar...

Concordam???


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Amiguinhas


Eu adoro morar em São Paulo, num lugar com cara e jeito de bairro do interior, sabe?

Todo mundo sabe o que acontece, de bom e ruim, desde o assalto na pracinha, até a inauguração do supermercado, das lojas e de novos serviços para os moradores.

As pessoas se encontram, cruzam olhares e se reconhecem, pois todas freqüentam o mesmo cabeleireiro, padaria, lavanderia, academia, pet shop, papelaria e livraria.

Bom, como fico na função das crianças e praticamente fiz a minha vida por aqui, escolhemos matriculá-las na escola do bairro. Não por ser simplesmente a escola do bairro, que me consome um minuto e meio de carro para levar e buscar os meus filhos diariamente, mas também por ser muito boa, ter mais de 30 anos de existência e bastante reconhecimento. Pena que só tenha educação infantil, mas tudo bem, fico muito tranqüila e satisfeita em saber que estou oferecendo essa oportunidade que cabe tão bem a nós e aos nossos filhos. Principalmente enquanto eles são pequenos e totalmente em formação nos diversos aspectos de suas vidinhas.

Tudo isso para contar que as nossas escolhas de onde morar e de escola para as crianças vêm trazendo coisas muito legais, ainda mais para uma cidade como São Paulo, em que as opções, muitas vezes, parecem se resumir aos shoppings.

Direto ao ponto: a Manu, que já está maiorzinha e mais mocinha, começou a falar em trazer as amigas em casa para brincar, o tipo de programa que eu apoio e incentivo com todas as minhas forças. Então, pedi para a professora me mandar os telefones dos amigos da classe. Novamente, morando em São Paulo, ninguém “libera” o telefone com tanta facilidade. A desconfiança e o medo sempre falam mais alto.

A professora sugeriu que eu mandasse o telefone aos amiguinhos da Manu e então quem quisesse poderia entrar em contato e combinar alguma coisa.

Assim foi feito.

E a Manu recebeu, no celular da mamãe, 2 ligações de mães das amigas, para conversar, conhecer e combinar o “playdate”. Fiquei super, super feliz! Além de pensar que eu de fato estava proporcionando algo muito legal e divertido à minha filha, que eu fazia quando criança e adorava, a sensação de vê-la querida pelos outros é deliciosa.

Sim, os filhos são nossos eternos bebês, mas devemos lembrar de criá-los para o mundo, sendo ele assustador diante da ingenuidade dos pequenos, mas também muito gostoso em tantas outras coisas.

E lá foi ela, a minha mocinha, brincar na casa da amiga na sexta feira de manhã.

Acordou e foi. Mamãe levou, claro!

Ela quis ficar para o almoço e foram juntas para a escola à tarde. Claro também que, ao deixar os meninos na escola no mesmo dia, entrei lá, dei uma espiadinha e um beijinho na mocinha. Só checando, estava inteira, sorridente e felizinha. (Mais uma vantagem da escola do bairro: a gente entra e sai a hora que quer, todo mundo conhece todas as crianças e os seus pais. Nada paga isso!).

No sábado de manhã, lá fomos nós de novo na casa de outra amiga. Dessa vez, fui junto, a mãe convidou e, com toda razão, queria me conhecer e saber quem éramos, se poderia ficar tranqüila em mandar a filha para brincar na nossa casa. Certíssima! E uma graça de mãe!

Quarta feira vou receber essa amiguinha aqui em casa. Vou correr lá no supermercado, feliz da vida, comprar tudo de que ela me contou que gosta, para que a visita seja completa.

Tem melhor do que ser criança e brincar? Com os amigos da escola? E que ainda são praticamente nossos vizinhos???

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sábado, 15 de maio de 2010

A Festa


(Acho que eu vou conseguir sair do assunto doença e partir para um outro. Ufa! Parece que está tudo bem, criançada a mil por hora, se alimentando e indo para a escola.)

*****

Essa semana comecei a pensar na festinha das crianças. Quer dizer, já venho pensando nisso há muito tempo, mas comecei a ver as coisas agora. Resolvemos fazer uma festa para os 3, já que a Manu é do final de junho e os meninos da metade de agosto. Não são nem 2 meses e eles ainda não vão me cobrar ou me crucificar por isso, né? Então, ainda sendo possível fazer uma única festa, vou aproveitar a proximidade das datas e comemorar junto.

Bom, daí começamos a planejar, fazer lista de convidados e pensei que já tinha visto aquele filme antes... Lembrei do meu casamento e de outros que eu acompanhei os preparativos e a organização.

A lista é um escândalo!! E não dá para cortar. Diferente de um casamento, eu não vou convidar “conhecidos”, “clientes”, “pessoas com quem precisamos fazer média”, não, não, só a nossa família, os nossos melhores amigos queridos, amiguinhos da escola e alguns outros já preenchem uma folha inteira. Frente e verso. Não tem possibilidade de corte. Família grande e filhos queridos, únicos netos e sobrinhos (aqui o tom é de metida, couldn´t help it!). Fazer o que?

Bom, olhei, analisei, imaginei e viajei no meu salão de festas. Difícil conseguir tudo isso em um espaço tão pequeno, sem mesas e cadeiras, daí já botei na lista: alugar mesas e cadeiras. O espaço externo é legal, poderíamos aproveitar super, mas e se chover? Item 2 da lista: cobertura???

Depois das listas de convidados e de providências, logística e organização, desisti. Resolvi sair à caça dos maravilhosos buffets infantis. Espero que quem os inventou, tenha patenteado, porque a idéia é boa, prática e fácil. (Nem tão barato, porém... mas pagar o sossego, a tranqüilidade e a falta de tempo para determinadas coisas, não tem preço!).

Iniciei a peregrinação aos buffets, utilizando o critério de proximidade. Ah! É necessário sim utilizar um critério de procura e eliminação. Porque? Joga “buffet infantil” no Google. Ta aí o porque.

Me lembrei de novo dos casamentos. Os buffets oferecem pacotes fechados, você escolhe as coisas a partir de várias opções oferecidas por eles, desde comida (salgadinhos? Jantar? Almoço? Café da manhã?),bebidas alcoólicas ou não, docinhos, decoração (padrão ou upgrade?), atrações tipo teatrinhos, monitores, cabelereiro, camarim, lembrancinhas, convites, degustações (!!!), manobristas (quando incluídos!), faxineiras, copeiras, cafezinho, licorzinho na saída, chuva de balões na hora do parabéns.

Enfim, é um sem fim de escolhas, opções e fornecedores. Ainda não indicam estilistas para as noivas mirins, ops!, aniversariantes e seus pais. Mas, ok, tô adorando, me divertindo e viva os buffets!! Só uma dica para os proprietários desses estabelecimentos: áreas abertas e arejadas são fundamentais, porque o cheiro de fritura de uma festinha infantil beira a insalubridade e isso não dá! Um a menos na minha lista!!!

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quinta-feira, 13 de maio de 2010

Mamãe Tá Ocupada!!! O verdadeiro e original!


Vamos colaborar? Quando der 9 horas da noite de hoje, 13/05/2010, cada um assopra um pouquinho, quem sabe assim a "nuvem" da virose vai embora da minha casa?

Podem ajudar também mentalizando contra o Norovírus, tudo aponta para esse bicho!

Chega, gente, já judiou muito dos meus pequenos, o Pepê perdeu quase 1 kg, tá magrinho que dá para sentir...

Quando der, eu volto com notícias. Enquanto isso, bem que VOCÊ poderia colaborar e não deixar esse blog tão abandonado...

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quarta-feira, 12 de maio de 2010

Ainda padecendo??


Três filhos depois, essa é a primeira vez em que um pediatra solicita o tal do exame de fezes. Seria um recorde diante de tantas doencinhas, resfriados, viroses e diarréias (para ser direta!) que já vivi e presenciei aqui me casa?

Prometo um post breve, nada detalhista ou escatológico, mas o que eu vivi desde o pedido médico, passando pela “coleta” e chegando na “entrega do material” renderia boas risadas, porque é isso o que me resta...

Mas não, não vou fazer isso com vocês. Prefiro só compartilhar a frase que não me sai da cabeça: “ser mãe é padecer no paraíso!”.

*****

Falando em paraíso, o Joaquim também aprendeu a me chamar de “mamãezinha”, só que o mais fofo é a entonação, a pausa. Mais ou menos assim: “mamãe...zinha!”. E quando a gente fala “tchau” pra ele, a resposta é “manhã”, diminutivo de “até amanhã!”.

Educadinho, não?? Coisa linda! (Outra gracinha que ele também aprendeu a falar: “ossa inda”, mas eu sei, ainda é “primitivo”, do tipo que só a própria mãe entende...)

*****

FYI, ainda estou esperando a SUA contribuição aqui no blog. Eu sei que você está lendo e sabe que o assunto é com você mesmo. Corre, antes que eu comece uma campanha para te atormentar, coisa que eu consigo tranquilamente!!

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terça-feira, 11 de maio de 2010

O que é mais difícil mesmo?? Hein??


Ontem li um post em um blog que eu adoro, o NY with Kids e me fez pensar bastante. A questão é a respeito de qual idade dos filhos é mais difícil, as fases mais complicadas. E uma pesquisa com famílias cujos filhos, de ambos os sexos, já tinham completado 18 anos apontou que são os 15 anos para os meninos e os 14 para as meninas. Mais uma boa notícia: criar meninas é mais difícil.

Já ouvi toda essa conversa, não sabia a idade exata, é verdade, e só posso ficar aqui meio que “elocubrando”, pois parece que eu estou far, far away dos tempos mais difíceis dos meus filhos. Notícia boa ou ruim? Depende, depende muito mesmo.

Outro dia, naquela mesma consulta com a minha dermatologista querida, conversamos exatamente sobre esse assunto. Ela tem um filho de 10 anos e estava me contando das dificuldades de criar e educar um menino dessa idade. Simples:

- Filhota (lembram? Ela me chama assim!), qual é a dificuldade que você enfrenta com os seus filhos pequenos? É uma dificuldade que resulta em um cansaço físico, mas você ainda tem total controle deles, da onde vão, com quem vão, se relacionam e tal.

É a pura verdade. Imaginem só, o filho dela queria entrar no Facebook e ela estava em pânico, por uma série de motivos, todos eles válidos. Desde o cyberbullying, até o assédio que ele poderia sofrer e por aí vai, todos conhecem a história.

Enfim, ela argumentou, conversou, explicou e encontrou a sua solução, tendo em mente que não poderia proibir a página no Facebook (tudo o que é proibido é mais gostoso, desperta maior curiosidade, interesse. Parece besteira, mas, na prática, funciona). No fim, o menino entrou no Facebook, jogou Farmville por 1 mês e cansou, enjoou. Ufa! Que sorte a dela!

Mas ela me mostrou que as dificuldades devem, de fato, aumentar, num nível de cansaço mental, emocional e menos físico. Quer dizer, os nossos filhos, em breve, deixarão de usar fraldas, vão utilizar o banheiro sozinhos, tomar banho sozinhos, comer sozinhos, adquirir quase que total autonomia e independência. E aí teremos tempo para aprender a argumentar, conversar, explicar e nos preocuparmos mais ainda.
O “NÃO” não é simplesmente em um tom mais alto, sério, que se faz entender por conta própria, ele deverá vir acompanhado de milhões de explicações, bilhões de motivos, que muitas vezes não vão convencer e vão nos fazer aturar caras feias e portas batendo por dias. Já imaginaram?

Isso faz da rotina de pouco sono, troca de fraldas, banhos, viroses, resfriados, cólicas parecer fácil, fácil. E a falta de sono só piora. Porque ver o seu filho aceso, às vezes chorando é moleza quando ele está no quarto ao lado e você pode comprar o “Nana, nenê”, aplicar por alguns dias e, pronto! O sono da família estará garantido. Já se imaginou acordada porque o seu “ex-bebê” tá na balada, sabe-se lá em qual, com quem, fazendo o que e o que mais mesmo???

Acho que ainda prefiro argumentar com a Manu que ela não pode ir de fantasia para a escola, ou usar vestido de alcinha no frio e que sapato colorido listrado não combina com vestido xadrez...

Mas, só para constar, das fases mais difíceis, para mim, é lá pelos 8, 9 meses e a criança começa a engatinhar. Acabou o sossego! A criança se movimenta por todos os cantos, com a maior facilidade, fica em pé rapidinho, abre as gavetas, joga tudo para fora e é só o começo para o mundo ir ficando muuuuito perigoso....

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domingo, 9 de maio de 2010

Home Care 2


A tal da reação da tal da vacina H1N1 já estava durando alguns longos dias, até que o Pepê começou com diarréia e vômito (essas questões ficam menos nojentas e bem triviais quando se tem filhos...) e eu comecei a entender que tudo aquilo não era só da vacina.

Vomitou na sexta feira à noite, sábado de manhã estava absolutamente caído, prostrado, foi um sufoco acordá-lo quase às 10 da manhã. Estranho, bem estranho, aquele não era o meu Pepê, que acabou ficando em casa e não foi à festa do Dia das Mães na escola.

A festa foi uma gracinha, aproveitei, me emocionei, mas a turminha não estava completa e uma parte minha ficou arrasada. E à tarde, eu tinha um chá de cozinha, que, como amiga e madrinha da noiva, tinha ajudado a organizar e achei que tudo bem ir, sem problemas. O meu marido ficaria com as crianças, a minha sogra de sobreaviso e achei que poderia me divertir um pouquinho por direito, sabe?

Ok, organizamos tudo, mesa linda, tudo bem temático, alegre, colorido e eu estava me divertindo. Até que, durante a brincadeira de adivinhar-abrir-os-presentes-pagar-prenda, pego o celular e vejo 6 ligações não atendidas do meu marido. Retorno na hora e o relatório era o seguinte: acabou a luz, as crianças estavam cada uma num canto da casa, começaram a berrar de medo e susto, o meu marido não encontrava as velas e o Pedro tinha vomitado 4 vezes.

As caipirinhas esquentaram. O champagne perdeu as bolhinhas.

Dei um beijo em algumas pessoas, mal me despedi e corri pra casa. O cenário não me agradou, passei a mão no telefone e liguei para o pediatra. Eu ODEIO ligar no sábado à noite, mas ele que escolheu essa profissão, não é mesmo? E, como era sábado à noite, mandou que fôssemos ao pronto-socorro do Einstein. Não achei de todo mal, imaginei que ele receberia um “tratamento de choque”, melhoraria logo, era relativamente cedo, o pronto-socorro não deveria estar tão lotado e eu poderia voltar para casa a tempo de garantir umas horinhas boas de sono.

Ah, mamãe ingênua...

Chegamos umas 8 e meia, fomos muito bem atendidos e nada demorado, mas foram tantos, tantos procedimentos que, para resumir: triagem, consulta com a pediatra, exame de sangue, 2 saquinhos de soro na veia, inalação, Zofran e corticóides também na veia.

Os exames acusaram que ele estava super desidratado por conta de um quadro de laringite viral, uma virose que causou toda a diarréia e os vômitos. Então, depois de estar mais ou menos estabilizado, deram uma mamadeira, para ver como ele reagiria ao leite, pois não tinha se alimentado o dia inteiro, nada parava na barriguinha dele. Tomou todo o leite, não vomitou, estava até mais animado, mas pediram um exame de glicose. Más notícias: uma mamadeira inteira, num gole só e nada da glicose subir. A médica prescreveu glicose na veia e mais um saquinho de soro em seguida.

O fim da história foram alguns medicamentos, muita inalação, repouso 3 dias em casa, evitar contato com outras crianças, atenção à alimentação, coisinhas leves, sem forçar nada, bastante líquido e uma alta do pronto-socorro à 3 da manhã. Ahã.

E o Dia das Mães foi em casa. Com frio, com sono, um relógio novo lindo, um almocinho delicioso em família feito pelo maridinho, um pouquinho de vinho, um soninho à tarde, umas visitinhas à noite.

E o Pepê está melhor, comendo pouco e sorrindo muito, mas esse é um bom termômetro para uma mãe: o nível de gracinhas e fofurices. O dele está no limite máximo, quase estourou. Mamãe fica mais calma. Tosse ainda. O Joaquim está com febrinha. Ah! E com tosse. Mamãe já se antecipa sabendo de mais uma semana de home care intensiva. Amanhã o pediatra quer examinar o Pedro. Será que levo o Joaquim junto?

E o presente da Vovó Lena? Vou ter que levar também: ficou intacto no armário.

Podem anotar: botas, casacos, vestido com meia calça e a laringite viral são as tendências fortes do inverno. Tirando a parte fashion, é uma pena, mas pelos inúmeros casos do pronto-socorro de ontem, é a virose do momento, pós-gripe suína.

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sexta-feira, 7 de maio de 2010

Home Care


E depois de uma semana inteira em casa, turminha doente, as observações da grande observadora Manuela foram:

- Mamãe, você não tem sossego, né?!

- Tem que ter paciência, paciência, né, mamãe? Porque vocês te enlouquecem...

Sabe tudo, essa menina!

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Selinho


Recebi mais um selinho, adorei, Carol!! Ela vem de , o blog é uma delícia de ler, sou super fã!
Fazendo as honras, obviamente eu indico o blog dela, mas vamos a mais alguns (resolvi indicar alguns outros que não tem nada a ver com mães e crianças, afinal de contas, temos um mundo além disso... mesmo sendo difícil algumas vezes...):
Vizinhos de Útero http://www.vizinhosdeutero.blogspot.com/
Les Choses de Marie http://leschosesdemarie.blogspot.com/
Mamma Mini http://mammamini.blogspot.com/
Múltiplos http://meuquarteto.blogspot.com/
Sou Mais Bonita que Você http://soumaisbonitaquevoce.blog.terra.com.br/
Viajando Com Pimpolhos http://viajandocompimpolhos.wordpress.com/
Agora o negócio é ser mãe! http://agoraonegocioesermae.blogspot.com/
B de Bel http://b-de-bel.blogspot.com/
Novas Peripécias de Cecília http://fotocecilia.blogspot.com/
Para Ver Escutando http://paraverescutando.wordpress.com/
Ai, são muitos... Bem mais de 10... Mandem mais selinhos e eu indico mais blogs, que tal??

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Dia das Mães


O meu Dia das Mães já está bem programadinho, tirando as surpresas e os presentes (ai, fico ansiosa!), já sei tudo o que vai acontecer. Combinei um brunch com a minha mãe e um lanchinho no fim da tarde na casa da minha sogra, filhotinhos e marido sempre à tiracolo, claro.
Mas a tradição do Dia das Mães é o almoço e vocês podem até pensar: “que família é essa que não vai almoçar junto no Dia das Mães?”. A gente vai almoçar sim. E não é pouca coisa, não.
O meu marido tem uma bisavó ainda viva, isso significa que os meus filhos têm uma trisavó, raro, raríssimo, hoje em dia. E ela, a querida Vovó Lena, completa 100 anos de vida em pleno Dia das Mães. Precisa de mais para comemorar? Ainda mais no segundo domingo de maio? Ela é a mãe do ano, de todos esses 100 anos, do século!
Pensei muito nisso hoje, imagina o que deve ser comemorar o centésimo ano de vida? Olhar para baixo do nome dela na árvore genealógica dessa família e ver tudo o que ela construiu, todas as pessoas e gerações que vieram depois dela. Dá para ter orgulho maior?
Vovó Lena teve filhos, netos, inúmeros sobrinhos-netos, bisnetos e até trisnetos. É impecável para lembrar dos aniversários de todos eles e ligar para cumprimentá-los. Promove almoços todas as quartas feiras na sua própria casa, do tipo que convida a família toda e vai quem pode, sem obrigação, porque a obrigação é meio chata. Muitos vão, fazem disso um verdadeiro compromisso (entendem a diferença entre obrigação e compromisso??) honrado todas as semanas.
Me lembro de quando ela fez 90 anos, teve festa, para a família toda e, na hora em que fomos ajudá-la a entrar no carro, a sua saia longa levantou um pouquinho e mostrou as canelas. Ela se mostrou meio envergonhada, puxando a saia e falando baixinho: “ai, a minha canela!”.
Isso, obviamente, não existe mais, mas deveria. É por isso e por muitas outras centenas de motivos que a homenagem do Dia das Mães vai inteirinha para a Vovó Lena!

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IBM


Outro dia, tive uma consulta com a minha dermatologista. Tomei banho, lavei o cabelo, me arrumei, almocei, deixei as crianças na escola e fui.

Essa hora do dia, de conseguir sair de casa depois do almoço, é sempre uma correria: tenho que me arrumar, arrumar os 3, ajeitar as mochilas, os lanches, dar o almoço... É comum eu sair falando: “vamos, gente, estamos atrasados...”. E aquele dia não foi diferente, mas ok, deu tudo certo, cheguei a tempo na minha consulta.

Daí, a minha Doutora Querida foi me examinar, bateu os olhos nos meus joelhos e fez um olhar de espanto:

- “Filhota (ela me chama assim), o que é esse joelho??”

Eu expliquei que tinha saído de casa correndo, tomei banho, lavei o cabelo, almocei, essas foram as minhas prioridades, o hidratante ficou em segundo plano... E acrescentei:

- “E eu também fico muito brincando no chão com as crianças, tenho carpete nos quartos, então esse é o resultado para os meus joelhos...”

Sabe a resposta dela?

- “Acho que eu não fui uma boa mãe, nunca fiquei com os joelhos ressecados de brincar no chão com o meu filho!”

Aha! Acabei de encontrar um item para identificar o IBM (Índice da Boa Mãe):olhem os seus joelhos. Ressecados ou hidratados?

Lembram do Hipoglós debaixo da unha? Era o item número 1 do IBM.

Um super feliz Dia das Mães para todas!!

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quinta-feira, 6 de maio de 2010

Da série: O meu filho preciiisa disso II


Para os fãs do Mickey e da Disney. Porém, com um tom muito, muito moderno, amei!

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NA SALA DE ESPERA!!!


Mamãe tá muito ocupada mesmo. Uma mocinha com faringite e um rapazinho com um febrão por reação da 2a. dose da vacina da gripe A. Mas a vida continua, a geladeira vai ficando vazia, a gaveta de fraldas também e a fada madrinha ainda não apareceu por aqui para resolver essas questõezinhas domésticas.

Então, fui ao supermercado com o meu ajudante Joaquim, que é o único que está 100% (por enquanto, porque a reação em cadeia costuma atacar aqui em casa...). Aproveitei para comprar montes de flores para a casa, não só como antecipação do Dia das Mães, mas na intenção de "bons fluidos" para a turminha que tá meio caidinha...

Mas ontem, tive que levar a Manu no pediatra, ele estava atendendo num consultório láááá longe, mas tive que ir. Aquele trânsito, a consulta era um encaixe, enfim, durou a tarde toda. E a gente lá na sala de espera, um monte de criança doente, tossindo, espirrando, termômetros digitais apitando freneticamente e, mesmo assim, a energia que eles têm é impressionante. Uma zona na sala de espera! Cada mãe se vira como pode, afinal aquilo não era um parquinho, era uma sala de espera de um consultório médico. Umas abrem a bolsa e deixam o filho mexer e fuçar em tudo, outra deixa brincar com o Iphone, dão lanchinho, ficam folheando revista junto, mostrando as fotos e tal.

Mas tinha uma, ai, essa uma... Eu só queria ter o computador comigo e contar para vocês a "vergonha passiva" que eu tava sentindo.

Já não era mais tão novinha, a filha devia ter 1 ano, já andava e a mãe passou os 45 minutos de espera cantando e dançando com a menina. Todo mundo olhava e desviava o olhar, tamanho o constrangimento. Abraçava a filha dançando a tal da música entre os sofás da SALA DE ESPERA! E, de vez em quando, cansada de cantar a música (a tolerância dela àquela situação musical era absolutamente a cima do normal), pegava a filha e ficava brincando e querendo exibir as gracinhas da filha, mas fingindo um estilo low profile. E ela mesma disfarçava o olhar para ver a reação daquele monte de gente diante das gracinnhas da filha. E nós, o monte de gente, virávamos os olhos rapidamente para qualquer outra coisa, que não aquela situação constrangedora, NA SALA DE ESPERA.

Espero que p médico tenha receitado aquele antibiótico poderoso, tiro e queda, chamado Simancol.

Muito indignada? Intolerante?

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quarta-feira, 5 de maio de 2010

Presente de Dia das Mães


Depois do relato postado no Vizinhos de Útero e de conhecer mais o blog, encontrei a seguinte citação lá:

"Em muitas religiões africanas a mulher que concebe gêmeos é aplaudida nas ruas, pois a crença deles diz que as almas escolhem a família a que querem pertencer, e as mães de gêmeos são seres iluminados por serem escolhidas por duas ao mesmo tempo.”

É, sem dúvida, um lindo presente antecipado!

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Vizinhos de Útero


Estou absolutamente mergulhada e encantada com o mundo dos blogs! A gente conhece pessoas e histórias novas, com as quais nos identificamos, compartilhando risadas e choros (mãe é um bicho besta!). Tem muita coisa diferente, e é delicioso trocar figurinhas, opiniões, palpitar, muito legal mesmo. Já encontrei, no mundo virtual, sem querer mesmo, amiga de infância, amiga de amiga, e em tão pouco tempo, muita coisa aconteceu.
Uma delas foi ter conhecido o blog Vizinhos de útero, da Jê. Ela é gêmea bivitelina e construiu esse blog só sobre gêmeos. Para quem é, ou tem múltiplos, é um prato cheio e, para quem não tem nada a ver com o assunto, também! É cheio de relatos, depoimentos, histórias interessantes de gêmeos famosos e não famosos.
Nessas, trocamos uma série de emails, ela é uma graça de pessoa e me pediu um relato de mãe de gêmeos. Fiz um texto com o maior carinho do mundo e ela postou lá, com direito a fotinho e tudo. Vão ver, deixem comentários e opiniões e fucem bastante o Vizinhos de Útero, é o máximo!!!

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terça-feira, 4 de maio de 2010

Mais das Cores


Eu embarquei na segunda e terceira viagens da maternidade assim meio no susto, meio sem querer, querendo. E, desde sempre, quando descobri a gravidez, já dizia: “a segunda vez é tão diferente...”. Também ouvia muitas mulheres falando isso, ouço até hoje e comecei a pensar.

É diferente sim e, quem não tem filhos, chega a dar indiretinhas de que o primeiro filho é o preferido, mais amado, mas essa está looooonge de ser a diferença.

No segundo filho (e terceiro, no meu caso) , a diferença estava na previsão, no conhecimento de “causa”. Eu já tinha ficado grávida, passado pelos eternos 9 meses, com enjôo, sono e cansaço. Já tinha botado uma filha no mundo, amamentado e cuidado dela até aquele ponto. Então, estava mais tranqüila, menos ansiosa, preocupada e com medo. Prestem atenção: menos, mas não totalmente sem nenhum desses sentimentos.

A diferença é que a gente não começa a fazer o quarto e o enxoval assim que descobre a gravidez, pelo contrário, espera quase até o último minuto, porque, sabe, vai dar tempo... na maior calma. A mala da maternidade? É praticamente arrumada com o marido lá na garagem só te esperando para ir ter o bebê. Exageros e exemplos à parte, é meio assim que funciona.

Depois que o bebê nasce então, piece of cake! Você já sabe dar banho, trocar fralda, preparar mamadeira, dar mamadeira, esterilizar mamadeira, cuidar de cólica, agüenta passar noites em claro, enfim, é diplomada, claro! Aí, que percebe que o medo, a preocupação e a ansiedade passam bem longe da sua casa.

Mas, por outro lado, preciso confessar! Eu imaginei que por já ter passado por tudo isso, não sentiria determinadas emoções e não vibraria tanto com as conquistas dos meus filhos. Calma, pareceu horrível, mas não é. Eu chorei quando vi o Pedro engatinhar pela primeira vez. Também chorei quando encontrei o primeiro dentinho do Joaquim. Chorei mais ainda quando ele começou a andar e eu não estava por perto. E me emociono cada vez que eles me olham e falam (apaixonados, tenho certeza!) “mamãe”.

E eu quero contar pra todo mundo, poderia escrever o dia inteiro nesse blog contando as gracinhas dos meus filhos, tudo o que eles aprendem, como são os mais lindos, inteligentes, carinhosos e fofos do mundo. Ok, os meus são, viu? Coisa de mãe, de todas as mães !

Não sei se me expliquei bem, mas a gente tende a se achar meio “calejada” na segunda, terceira ou quarta vez que se torna mãe, pensando que aquela emoção que o primeiro filho faz a gente sentir em tudo o que ele faz, não é possível existir igual. Errado, muito errado, erradíssimo!! E é aí que eu solto a frase que me acompanha muito: “só quem tem, sabe...”.

A minha mãe e a minha sogra falam do amor de avó, que é a coisa mais deliciosa e grandiosa do mundo e eu não consigo acreditar que possa ser maior do que o amor de mãe. E elas poderiam me responder: “só quem é, sabe...”. Mas pra isso também vai chegar a minha hora, espero que demore muito, mas nem tanto...

E eu falei tudo isso, fiz essa introduçãozinha básica, para contar que estou me deliciando com os meus filhos aprendendo as cores. Novamente, de uma maneira que eu jamais poderia imaginar, a minha primeira filha já aprendeu as cores, eu já me orgulhei e achei uma gracinha, mas reviver isso é tão intenso como se fosse a primeira vez.

Eu, como todas as mães, acho que os meus filhos são gêmeos-gênios, suuuuper precoces para a idade deles (um descontinho, vai?!). E fico besta com as associações que fazem para apreender todas as cores que o mundo lhes apresenta.

Por exemplo, o rosa, já virou “Rosa-Manu”. Quando apontamos para qualquer coisa rosa, eles já falam “Manu”, meio que abreviado e eu estou pensando seriamente em patentear o tal do “Rosa-Manu” para a próxima coleção de esmaltes da Chanel. Sim, porque o “Rosa-Manu” não é simplesmente Colorama, é, no mínimo, Chanel.

As cores escuras, tipo azul marinho ou preto, são cores-Papai. Os bodyzinhos novos azul marinho, eles amaram, porque associavam ao pai. As minhas calças pretas também são papai.

Tem mais fofos?

Tem mais inteligentes?

E mais coruja?

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segunda-feira, 3 de maio de 2010

A História dos Peixinhos


A história foi a seguinte: os amigos dos peixinhos ficaram com saudades e vieram buscá-los para que voltassem para o mar, onde é mais divertido, espaçoso e tem mamãe, papai, amiguinhos e etc.
O Joaquim só repetia, num tom meio magoado-choroso, "peixe, papá, peixe, papá". (Era aquela hora do dia em que sentávamos juntos para dar a comidinha...)
O Pepê pareceu não ligar...
A Manu viu os aquários limpos e vazios em cima da pia e contou para a nossa cozinheira a história que eu tinha inventado, de voltar para o mar com os amigos e tal. Parou, pensou e perguntou:
- Mas como ele saiu do aquário e foi nadando até o mar?
Falei que choveu muito durante a noite, então eles aproveitaram a enxurrada da chuva e foram para o mar. Prometi uma ida à praia para fazer uma visitinha para os peixinhos. Eu sei que vou ser cobrada, mas será que convenci nas explicações todas??

*****

Obrigada por todas as mensagens, dicas e conselhos, foram todos ótimos e muito carinhosos!

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domingo, 2 de maio de 2010

Twinkle, Twinkle


Tive uma tartaruga, quando eu era criança, que se chamava Maria Pia, ou Pia para os íntimos. Conta a minha mãe que eu escolhi primeiro o apelido (Pia), para depois dar o nome completo (Maria Pia).

Eu me lembro de gostar da tartaruga, dar comida pra ela e tal; não era um bichinho super interativo, mas enfim, era o que eu tinha e tudo bem.

Quando chegaram as férias, os meus pais resolveram levar a Pia para a praia, junto com a família toda. Só sei que a tal da tartaruga sumiu, me contaram que ela tinha arrumado um namoradinho, resolveu ir embora com ele e deixou beijos.

Não tenho essa história como um grande trauma, sério, mesmo depois de me contarem que a Pia foi encontrada morta, provavelmente picada por uma aranha. Apenas me lembro da história, consigo lembrar bem, mas como nunca fui muito fã de bichos, não chegou a me traumatizar de fato.

E hoje, chegando em casa pós-pizza, notei que a Pequena Sereia, o Nemo e o Linguado haviam virado três estrelinhas. E eu não vou falar que eles arranjaram namoradinhos, vou contar que voltaram para o mar. Não tenho coragem, juro mesmo.

Nesse caso, a apostilinha de Psicologia do Luto, da matéria eletiva que eu escolhi e decidi fazer, são páginas e mais páginas em branco.

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sábado, 1 de maio de 2010

Sessão Pipoca



O título é um daqueles clichês bonitinhos, super cabíveis no assunto do post, mas , não, a pipoca não está liberada aqui em casa. Atenção! Mais uma neurose sendo compartilhada! Essa herdei da família do meu marido e também depois de ver a Manu engasgada-roxinha com uma casquinha do milho. Eu sei que ela come e adora pipoca, até mando para a escola de vez em quando, já está mais mocinha, mas os meninos são absolutamente “incompetentes” para consumir esse tipo de comida tãããão perigosa.
Pipocas à parte, sábado à noite, um friozinho, uma mantinha e filminhos.
Criança tem fase para tudo e para os filmes também. Eu tava pensando, tem aqueles de bebezinhos mesmo, que quando eles implicam e enjoam mesmo, não tem como assistir mais, é melhor passar o DVD pra frente, para o próximo bebezinho, priminho, filho de amiga, qualquer um, porque esse tipo de filme vai ficar só ocupando espaço em casa.
Daí, tem os “atemporais”: não importa a idade, a fase, nada, nada, são sempre um sucesso, o que eu chamo de “acalma bebês”, para “aqueles” momentos de agitação, bagunça total e mãe cansada. Não tem jeito, recorra a um deles.
Os “sucessos do momento” também servem como “acalma bebês”, mas são os mais novos, aqueles que não saem da nossa cabeça de tanto que passam em casa. As próprias crianças, mesmo as pequenininhas, já repetem algumas falas e sabem a sequência do filme.
A última classificação da “DVDteca” , deve ser uma gaveta à parte, com um “label” dizendo “frustrações da mamãe”. Precisa explicar? Sabe aquele filme que você acha que o seu filho vai amar, porque você conhece ele tão bem e sabe tudo o que ele gosta? Pois é, errou, ele odiou! Ou, porque era o seu preferido na infância? Errou de novo, a infância dele é outra... melhor fazer uma sessão nostalgia sozinha...
Dividindo os títulos com vocês:
• Bebezinhos enjoados: Backyardigans e Cocoricó (coitados dos pais, que não tiram as músicas da cabeça nunca... “chove, mas como chove...” ou “vamos passear em Lolalândia...”, é grave, muito grave, eu juro!)
• Acalma bebês: todos do HI-5, Baby Einstein, Barney, Branca de Neve, Cinderela , A Bela Adormecida, Dumbo, Os Dálmatas e Robin Hood (alguém conhece a fórmula??)
• Sucessos do momento: Alvin e os Esquilos 1 e 2, Tá dando Onda
• Frustrações de(ssa) mãe: Madagascar, A Era do Gelo, A Princesa e o Sapo, A Pequena Sereia.

Boa pipoca, para quem tem competência, bom sábado e bom filme, mas depois conta qual foi, hein?!

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