terça-feira, 19 de abril de 2011

Das discriminações e afins

Toda hora a gente ouve histórias ou vê casos de preconceito, racismo e discriminação. Tenho pensado e me preocupado bastante com o assunto, coisa que veio a acontecer principalmente depois que eu me tornei mãe.

Não vou fazer disso uma bandeira, acho tudo o que é politicamente correto bem chato, mas mesmo assim me considero extremamente educada e respeitadora (modesta também, for sure!).

Mas, daí que eu vejo que preconceito, racismo e discriminação são temas bastante difundidos no que é politicamente correto. Ok, está certo, mas no caminho inverso também rola. Eu simplesmente pensei em alguns exemplos, gostaria de apresentá-los e
discutir com vocês, minhas leitoras e melhores debatedoras de polêmicas.

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Topam?

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Exemplo 1: conheço um cara, da idade do meu pai, rico, bem rico. Não é dinheiro de família ou herança, o cara ficou rico pelo próprio trabalho (com ONGs, diga-se), sabe quanto custa cada coisa, tem valores e princípios bem legais. Por isso, se preocupa em passar isso para os filhos e, com o dinheiro que tem hoje, foi procurar uma das melhores e mais caras escolas para os seus 4 filhos. Lá foi ele pedir um desconto no total das mensalidades, afinal, eram 4 filhos e isso é praxe nas escolas. A Diretora tomou um susto, pois descontos naquela escola não existem e nunca ninguém solicitou nenhum. Ok, o cara sacou onde tava se metendo, aceitou pagar o valor integral das 4 mensalidades, pois continuou insistindo na melhor educação que poderia oferecer aos filhos. Algum tempo depois, os filhos já tinham um monte de amigos e queriam convidá-los para ir em casa. O pai ou a mãe, não sei bem, pediram os telefones dos amigos para entrar em contato e fazer as combinações necessárias. Quando começaram a telefonar, notaram que falar com os pais dos amigos dos filhos era uma missão impossível. Era tudo combinado através das babás e motoristas. Aquela situação incomodou, mas eles insistiram mais um pouco em nome das amizades dos filhos. No final de uma conversa, a babá de um dos amigos pergunta: “o carro do senhor é blindado?”. Ele responde que não. A babá lamenta e diz que o fulaninho não poderia ir brincar na casa do menino sem ir de carro blindado. O cara desistiu da escola.

*****

Exemplo 2: na escola em que eu trabalhava, de vez em quando haviam passeios para as crianças. Em uma dessas ocasiões, foi escolhido um passeio em um lugar tipo uma fazendinha, mas que havia também índios e uma tribo. Era tudo “fake” mesmo, tipo uma exposição real e especial no mês em que se comemora do Dia do Índio. Vinham uns índios não sei de onde e eles montavam uma tribo de verdade, se vestiam tipicamente, pintavam os corpos, faziam danças, as comidas e brincadeiras típicas. A gente tá cansado de saber que índio de verdade não existe mais, a tal da Globalização acabou com eles, posso imaginar lan houses, IPods e IPhones nas extintas tribos, mas enfim, era um “fake” bem feitinho e interessante para as crianças conhecerem de perto esse “mundo indígena” que habitou o nosso país. (Vejam só, na saída da fazendinha, os índios montavam uma lojinha de produtos típicos, ou seja, ninguém ficava pelado e com o corpo pintado de graça). Enfim, novamente, eu participei do passeio e achei legal. A maioria dos alunos também foi e curtiu bastante, a experiência foi positiva. Dos meus quase 20 alunos na época, apenas 1 não foi autorizado a ir. Resolvi conversar com os pais e saber quais os motivos da não participação do menino, argumentei que seria legal, sair da rotina, passear com todos os amigos da escola, aquela bagunça toda de ir no ônibus e tal. A mãe me respondeu: “eu não quero que o meu filho tenha contato com índio”. Fiquei sem resposta.

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Exemplo 3: na mesma escola, a Diretora oferecia bolsa integral a todos os filhos dos funcionários. Da coordenadora à faxineira. Legal, né?! Escola particular, bilíngüe, de qualidade, uma oportunidade. Nunca nenhuma faxineira, auxiliar ou cozinheira matriculou o filho lá. Era preferível colocar na escola pública perto de casa, pagar por um serviço de transporte para levar e buscar (esse tipo de serviço nunca é gratuito), ou pagar uma escola particular mais simples e em conta do próprio bairro ou até pagar uma vizinha para “olhar” a criança enquanto a mãe trabalhava. E eu, até hoje, me pergunto os motivos disso. Cadê a diversidade que tanto se fala hoje em dia? A troca de experiências? O enriquecimento em conviver com o diferente? É legal o rico conviver com o pobre, mas o contrário não vale? (Aliás, ainda pode falar "rico" e "pobre"?).

Talvez os exemplos sejam pontuais e não um reflexo da “vida real”, mas aconteceram e acho que vocês devem conhecer outros exemplos semelhantes.

E aí? O que me dizem?

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28 comentários:

Unknown disse...

exemplo 1: tipicamento brasileiro
exemplo 2: me dsculpem mas chamo de ignnorancia
exemplo 3: acredito q as funcionarias queiram poupar seus filhos de serem acuados ou humilhados. O que acho um desperdico as criancas serem poupadas de um ensino melhor,mas nao discordo da atitude e sem falar no fator financeiro de quanto nao custaria para essas familias com menos necessidades. Uma pena.

Lu disse...

Oi Camila,

eu me impressiono ainda com a mediocridade dessas pessoas desses "causos" q vc escreveu. Com tanta evolução em tanta coisa, com tantos problemas "reais" q temos (doenças sem cura, falta de grana, falta de emprego), pq ainda existem pessoas q perdem seu tempo e sua energia com preconceito, né?

Aqui em Israel não existe mto preconceito rico x pobre, acho q a diferença entre classes sociais não é táo grande como ai, e também como a maioria dos serviços é pública, rico e pobre têm q conviver nos hospitais, nas escolas, nas ruas. Também tem o lado social, tipo a minha faxineira ganha muito bem por hora, mais do q muita gente q trabalha com alguma coisa mais "digana" pros padrões do brasileiro preconceituoso. Então ela é vista com menos falta de respeito. Por outro lado, ainda há aqui mtos esteriótipos com relação às diferentes raças e religiões q vivem no pais. Tipo o judeu israelense se acha melhor do q o católio russo, q levanta o nariz pro árabe muçulmano... Enfim, não importa onde, mas em todo lugar tem uma galera bobinha, né?

beijos!

Unknown disse...

Olha entendo o primeiro e segundo exemplo causar espanto, mas o terceiro eu consigo ver o motivo.

O fato é que querendo ou não a faxineira, cozinheira, ou o que seja preferiu poupar os filhos de alguma situação constrangedora, por exemplo, ricos passam as férias em casa? não, né? daí eles chegam na escola, enquanto os amigos tem um monte de novidades eles não teriam nada (ou quase nada) para contar.
Amigos sempre brincam na casa de amigos, os mais pobres se sentiriam menosprezados de alguma maneira, não estou dizendo que é certo ou errado, mas entendo o ponto de vista de quem opta por não colocar o filho que não tem as mesmas condições sociais para conviver com quem pode muito, veja bem, nesse caso são extremos, pois até onde me consta, escolas bilingues são as mais caras.
Um dos maiores problemas do Brasil é a má distribuição de renda, fato, então, ou conviver com gente muito mais rica pode despertar um interesse em crescer profissionalmente ou despertar uma sensação de injustiça e revolta nessa criança, como mãe, eu também não arriscaria.

beijo

Graziela disse...

Oi Camila, parabens pelo blog.
Adoro, sempre passo por aqui, mas nao comento tanto.
Gostei muito desse em especial, porque tambem acho que existe muito racismo e preconceito velado por ai, bem disfarcado e as consequencias disso, muitas vezes, sao piores do que quando a coisa e' discarada.
Tambem trabalhei numa escola, onde todo mundo tinha bolsa de estudo, mas o problema nao era esse, e sim todos os outros "encargos": material, uniforme, passeios. Que por fim os funcionarios nao conseguiam dar conta, era muito fora do salario deles. Entao acho que nem e' por mal mesmo...
Gostei da sua reflexao.
Abracos
Graziela

Carol Garcia disse...

triste, camilitcha...
o mundo já está um tanto louco e com valores completamente invertidos. triste ver que ainda há pais/mães/responsáveis que insistem em contribuir para que essa loucura toda continue.
quando eu era criança + meus 4 primos, minha mãe e tias faziam questão de nos dar a tarefa de organizar e recolher donativos, dar uma geral nos brinquedos e roupas não mais utilizados e duas vezes por ano nós íamos entregar na comunidade mais carente daqui.
não pela caridade, sempre explicou a minha mãe, mas "para vcs saberem, conhecerem e aprenderem que existe o diferente da vida de vcs e que eles não são menos nem menores, e que podem nos dar várias lições".
e a gente sempre voltava com novos aprendizados e valores para a vida. os quais carrego até hoje.
tá.
acontece que hoje, minha sobrinha de 16 anos não anda de ônibus sozinha pq ensinaram a ela que "ônibus não é pra ela" ou "em ônibus só anda bandido". TRISTE.
triste pelo preconceito e mais triste ainda porque formaram alí uma pessoa vazia em vários sentidos.
bjo querida, ótima idéia essa de discutir algo tão importante.

Bruna disse...

Adorei!!! Principalmente o último exemplo. Não sou rica, e nem pobre... mas ainda sim qualquer pessoa q tenha um pouco menos de R$ que a gente já sai falando até do que não sabe.... que mundo cruel estamos vivendo... onde não se pode nem pensar alto q alguém do lado vai te processar.
Abços,
Bruna

Roberta Lippi disse...

Camila, acho que até entendo as mães desse terceiro caso, das funcionárias da escola. Se nossos filhos já convivem com esse meio tão consumista, imaginem o filho da faxineira estudando naquela escola mas sendo rotulado filho da faxineira, o único que não vai pra Disney nas férias, o único que não pode comprar tais e tais brinquedos, o único que não pode usufruir tudo o que naquele meio é normal. Não sei se é um preconceito por parte dessas mães. Talvez seja mais medo de que seus filhos sofram por serem diferentes do bando. Poucos pais e filhos teriam maturidade para enfrentar isso com hombridade e passar ilesos ao sentimento de exclusão. Bom assunto pra discutir.
Beijos

Gabi disse...

Nossa Cami, fiquei um pouco assustada! Que mundo estamos vivendo? Que mundo estamos deixando para os nossos filhos? Acho que preconceitos sempre irão existir... Nós é que temos que ensiná-los as diferenças, o que é certo ou não!
Beijos
Gabi
minhas3filhaslindas.blogspot.com

Unknown disse...

Camila,
Em relação ao exemplo 2, realmente não sei o que falar. Acho que minha reação seria a mesma.
Em relação aos exemplos 1 e 3, acredito que, na verdade, as explicações seguem a mesma linha. O pai rico tirou os filhos da escola porque, apesar de ter tanta grana ou até mais que os pais dos outros alunos, percebeu que a realidade era diferente da que sua família vivia e que ia ser complicado para seus filhos fazerem amizade etc. Da mesma forma, talvez até inconscientemente, as faxineiras da escola tiveram essa percepção e viram que ia ser complicado os seus filhos viverem o cotidiano de uma realidade diferente das suas. Na minha escola estudava a filha do porteiro, que tinha ganhado uma bolsa. Ela tinha muito amigos sim, mas rolava sempre um "a filha do porteiro" para se referir a ela. Não sei se é saudável para a cabeça de uma criança...

Marcia Pergameni disse...

Camila vc tem razão! esses três exemplos mostram bem como anda o brasileiro. Mas essa mãe que não quer que o filho fale com indíos vive em que mundo? Esta criando o filho em uma bolha?? Não sei mesmo onde vamos parar... tenho medo pelos meus filhos!

Mirys Segalla disse...

Camila:

Eu também acho que rola muito desse preconceito às avessas, hoje em dia. Fui professora de faculdade (pasmem!) e se eu achava que um trabalho estava ruim, estava ruim e ponto! Tinha gente que me entregava uma página copiada da internet e não se dava ao trabalho de tirar o "próxima página" ou o "imprimir" do final da folha. Maaaaaaas, se eu falasse que um trabalho desses estava ruim e ele fosse de alguém negro (posso falar isso, ainda hoje?), ai, ai, ai! O aluno vinha com aquela ladainha: "não é o trabalho que está ruim... é porque eu sou negro!" PÓPARÁ!!!

Enfim, essas coisas, às vezes, me cansam. Mas, quando eu falo, acham que eu sou uma louca (e preconceituosa), mesmo que eu esteja com cara de sã, sentada ao lado dos meus irmãos (adotivos) e dos meus amigos (negros). Vai entender....

Bjos e bençãos.
Mirys

Sara Lima Saraceno disse...

Gente, o caso 2 me chocou TOTAL!!
O primeiro, vamos combinar que não precisa ser riquíssimo para acontecer, digo em relação à parte em que os pais delegam seus filhos a babás e motoristas... vemos isso o tempo todo. O terceiro, também acho que a pessoa pode ter motivos internos de não querer que seu filho se sinta "inferiorizado", sei lá... mas o segundo, em que a pessoa tem a coragem de admitir que não quer que seu filho tenha contato com o diferente, foi o cúmulo, dos cúmulos, dos cúmulos...
Aff! Eu sou super preocupada em não passar meus preconceitos para minha filha... e isso não estou falando de conviver pacificamente com o que é diferente de nós... estou falando de comidas que não gosto, animais que tenho medo, etc. Imagina, em tempos de hoje, impor esse nivel de preconceito para a criança??
Deus abençoe essa família, viu? Porque só muita oração...
http://www.vivendoavidacomoelaeh.blogspot.com/

Mamma Mini disse...

Ca sao motivos de sobra p balancear a escolha dos pais em relação as escolas dos filhos! Ser so a melhor Nao basta pq temos q pensar em q mundo estamos inserindo nossas crias antes de tudo... Eu acho super complicado isso tudo, aqui em casa tento trazer os filhos da baba e empregada p a vida do David e desta maneira ele os considera super amigos assim como é best friend dos porteiros e faxineiros do prédio... Existem muitos níveis sociais mas somos responsáveis por mostrar aos filhotes q o mundo é composto de muito mais pessoas q nos importam alem da turminha da escola cara... E eu Nao colocaria ele em uma escola q so tivesse milionários mesmo q fosse a top simplesmente pq ele viveria num mundo surreal e Nao é isso q esperamos p ele!
Uma beijoca querida, ótimo tema!

Renata disse...

Posso comparar o caso três com o que se passa aqui no meu condomínio, por exemplo. Absurdo. O zelador mora no prédio e tem três meninos - muito educados, alias. Há quem reclame do vai e vem dos pequenos pelos arredores do prédio e o zelador mesmo limita esse contato. Pouco vejo os meninos por aqui e, quando vejo, eles estão ajudando o pai em alguma tarefa pelo prédio. Acho total e completo absurdo e tento incentivar a presença dos pequenos por aqui, afinal, isso é liberado via convenção e síndico. Mas, os moradores não gostam e ouvi do zelador (muito querido tbm) que tem medo de os filhos serem culpados por algo que aparecer quebrado ou danificado no prédio... Comassim??? Acredito, honestamente, que existe diversidade e inclusão, sim, até certo status. É uma média que observo. De classe D a B, existem sim mais pessoas conscientes. Será? Posso estar errada, mas minha impressão é que as classes mais altas segregam mais e tem medo dessa convivência saudável.

Anne disse...

caso 1: totalmente compreensível a atitude do rico, porém esperto pai. diga-me com quem andas que te direi quem és...
caso 2: tb fui na toca da raposa, é o máximo do contato que essa criançadinha terá com a cultura indígena.ainda que vendam peças no final, achei rico e uma mãe que não permite o contato deve estar no mínimo equivocada.
caso 3: é o que mais se encaixa na questão preconceito para mim... de todos os lados, e difícil comentar...
bjo

Anônimo disse...

Oi Camila,

Concordo muito com você. Acho que o Brasil vive numa democracia disfarçada e que muitas pessoas fingem não ter preconceito, mas na realidade a coisa é bem diferente!
No terceiro caso, acho que os pais (trabalhadores da escola) têm medo de não poderem dar aos filhos o mesmo que os outros pais. Por exemplo: um presente (que as crianças chegam contando que ganharam), uma viagem à Disney (que os amiguinhos contam que foram), uma festa de aniversário... Não acho que esteja totalmente certo não colocar os filhos numa boa escola por esses motivos, mas entendo a posição deles. Sei disso porque também trabalhei em escolas de educação infantil muito boas e que acontecia a mesma coisa e quando fui questionar para as mães o porquê, foi isso que elas me responderam. Ah! Também disseram que os pais não tratavam os filhos da mesma forma e que os pais excluíam elas nas reuniões de pais e festas da escola...
Triste, né?

Beijos!

Lívia.

Renata Senlle disse...

Sabe que nos dois primeiros casos acho que é pura ignorância mesmo, viu...Já no último, até dá pra entender. Difícil conviver com pessoas que têm (coisas) que não poderemos dar. Deve dar menos a sensação de que você está dando um diferencial a mais pro seu filho (a educação de qualidade) e mais a sensação de que você nunca vai dar algumas coisas para ele (viagens, roupas, brinquedos, fora o acesso a eventos culturais, por exemplo.) Complicado saber se a equação compensa à longo prazo.

bj!
PS: Adorei o coment de ontem no meu blog, mas nunca sei se comento de volta no próprio blog ou mando e-mail pra pessoa, ou comento no blog dela...afff
Mais uma dúvida pro "Manual"! rsrsrs

Re disse...

Sempre tive em mente que prefiro colocar a Manuela numa escola cujo nivel socio economico seja igual ou inferior ao meu, do que num maior que o meu (por mais que eu consiga pagar a escola), pq acredito que assim fazendo ela aprenderá a dar mais valor as coisas que ofereceremos a ela..mas que esses exemplos existem e muito, existem, o que eh uma pena, afinal, nos perguntamos: que filhos estamos deixando para o mundo?

graziela disse...

fiquei muito intrigada com os casos, acho que eles dão pano para longas discussões. mas o que mais me incomodou foi uma colocação sua: como assim índio de verdade não existe??? não existe índio como há 500 anos atrás, assim como não existe europeu como há 500 anos atrás.

Camila disse...

Graziela, vc tem toda razão! Já tinham me alertado para esse "detalhe", é isso mesmo, não existem mais índios como há 500 anos. Digo isso pq no caso desse passeio específico, antes da "encenação típica" dos índios, eles estavam vestidos com conjunto de moleton Adidas, tênis Nike e ouvindo MP3, sabe? Nada que se compare ao que era antes...
Bjos,
Camila
http://www.mamaetaocupada.blogspot.com

Roberta Alessandra disse...

Nossa, choquei com os dois primeiros e quanto ao terceiro, discordo de algumas meninas que postaram aqui. Acho sim que é mais por preconceito avesso do que por evitar ‘constrangimentos’. É o sonho de qualquer pai dar a melhor educação para o filho. Na minha escola também tinha esse esquema, muitas pessoas sonhavam em trabalhar lá como faxineiros só para poder colocar o filho lá. Alguns amigos eram filhos de funcionários e nunca presenciei nenhum tipo de preconceito de outros colegas contra eles, pelo contrário, eles eram como qualquer outro aluno e algumas vezes, até os mais “pops” da turma! O problema, eu acho, que o preconceito vem muito mais dos adultos e pais do que das próprias crianças... Criança não liga pro cargo que o pai do coleguinha ocupa profissionalmente. Achar normal e conveniente que cada um fique no “seu quadrado” que para mim é bem lamentável.
Beijos a todas!

Tati Schiavini disse...

Ai ai ai, nem sei bem o que dizer... Andei lendo o que as outras mamães disseram e concordei com quase tudo.
É triste ver tanta desigualdade num mundo onde, no final das contas, vamos todos pro mesmo buraco.
Então cada uma de nós faz o seu melhor pra criarmos cidadãos conscientes, sem acharem que são melhores ou piores que ninguém.

sou mãe, e agora??? disse...

Olá Camila, é incrível como a maternidade nos torna tão diferentes não é mesmo?!? Eu tbm venho me preocupando muito com coisas deste tipo. Mas eu vi um vídeo em um blog outro dia que me emocionou muito, foi um vídeo feito em 92 em uma conferência aqui no Rio, onde representantes de todo o mundo decidiam os destinos de cada nação. No vídeo uma criança pede por um futuro. Também não sou uma pessoa politicamente correta. Mas esse vídeo me tocou profundamente como mãe... Não é uma tentativa de angariar mais uma seguidora, mas eu gostaria que vc desse uma olhadinha. Sei que vc já é muito ocupada mais se puder eu sei que não vai ser tempo perdido.. Bjks!!!

Carioca disse...

Sinceramente? As faxineiras se mostraram muito mais espertas do que o empresário que ficou rico com ONGS (dá pra ficar rico honestamente com ONG? Isso me soa taaaao estranho..). Querer ensino de qualidade é uma coisa, mas querer transitar num meio que não é o seu, traz consequências para as quais as crianças podem não estar preparadas. Achar que isso não vai afetá-las é ingenuidade.
No segundo caso, a mulher era uma idiota. Ponto.

Sarah disse...

Quando li o exemplo 3 tive a mesma impressão dita nos comentários acima: as mães não querem expor os filhos a situações constrangedoras. Provavelmente não poderão pagar pelo material escolar, pelos passeios...
No caso 1 o pai foi esperto, tomou a melhor decisão mesmo.
Já o caso 2... melhor nem comentar, tamanha ignorância.
bjos!

Livia, mãe da Carol disse...

O pai que procurou a melhor escola, na minha opinião, fez certo, nas duas vzs, tanto na hora de matricular as crianças qto na hora de tirá-los. acho que teria feito o mesmo. A mãe que disse o absurdo do filho não poder conhecer o índio, é no mínimo, uma pessoa desinformada e que vai privar o filho de ter contato com o diferente, o que é muito legal. O gde lance da educação pra mim é mesmo isso. Educar como eu quero e apresentar o diferente para que ela possa escolher. Já o terceiro caso, vou te dizer que entendo a posição da mãe. Não que eu concorde, mas entendo. Em todo caso, Camila, acho lamentável qualquer tipo de preconceito, mas é uma realidade e acontece não apenas com aclasse social, mas com a raça, religião, nacionalidade...

Erica Bosi disse...

Oi Camila, desta vez eu vou discordar de você, pelo menos em partes. É que você acreditar que não existe índio de verdade já é um ato discriminatório, mesmo que incosciente. A falta de conhecimento profundo sobre certos assuntos faz com que produzimos e reproduzimos conceitos errados. E como educadora, devo orientá-la a pesquisar mais sobre o assunto.
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Outra questão que eu gostaria de levantar é que nem sempre as escolas particulares são melhores que as públicas. Não digo isto por causa da escola que você escreveu, pois nem sei qual é, mas do mesmo jeito que existe o preconceito exposto por você, também existe o preconceito por escolas púbicas.

Camila disse...

eu só digo que ignorância é, também, dizer que no Brasil não existe índio, ou ainda querer que os mesmo vivam em tocas, pelados e com os costumes estáticos ao tempo.

A cultura é dinâmica, e mudança não significa necessariamente perda ou roubo da identidade.

 
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