Da nave?

A gente (família completa: pai, mãe, um carrinho duplo e um outro "avulso") costuma chegar e parar os lugares. Daí, o meu marido cochicha: "Estão chegando os ETs..." e logo vem alguém perguntar:
(olho no carrinho duplo)
" - É gêmeos?"
O meu marido cochicha: "Ai, a concordância..."
(Olho no carrinho avulso)
" - Não! É trigêmeos!!"
Então, começam as nossas explicações de que eles não são trigêmeos, tivemos uma menina e logo em seguida eu engravidei de novo, descobri quem eram dois bebês ("... pois é, tomei um susto, não, não fiz tratamento...")
Essa cena já se repetiu, se repete vai se repetir incontáveis vezes, a nossa babá diz que fez até curso para dar entrevista, porque quem passeia com gêmeos dá uma atrás da outra. No meu caso, procuro não cruzar olhares, principalmente em shoppings, fixo um ponto no horizonte e vou embora, ignorando as perguntas e comentários que vão desde "Ai, que fofos!" até "Ai, coitados!".
Isso tudo faz parte, assim como a trabalheira toda, o cansaço, mas agora estamos curtindo uma fase deliciosa da nossa família. O fato é que eles crescem rápido demais e as fases vão e vêm numa velocidade maior ainda. Os interesses aumentam, as habilidades surgem e se aprimoram, as primeiras palavrinhas, as frases completas, as histórias, os encantamentos, os gostos e, por tudo isso, cada final de semana tem sido uma festa! Programas diferentes, sempre em função deles, do que gostam, de lugares que já podem frequentar e aproveitar, casas das avós, dos amigos (churrascos!), parquinhos, teatros, pracinha. E, sem evitar o clichê, não tem preço ver os filhos felizes, brincando em família, esperando chegar o fim de semana, que é quando Papai não trabalha e todas as coisas legais acontecem!
Aos meus filhos e ao meu marido, eu amo vocês!

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