domingo, 2 de maio de 2010

Twinkle, Twinkle


Tive uma tartaruga, quando eu era criança, que se chamava Maria Pia, ou Pia para os íntimos. Conta a minha mãe que eu escolhi primeiro o apelido (Pia), para depois dar o nome completo (Maria Pia).

Eu me lembro de gostar da tartaruga, dar comida pra ela e tal; não era um bichinho super interativo, mas enfim, era o que eu tinha e tudo bem.

Quando chegaram as férias, os meus pais resolveram levar a Pia para a praia, junto com a família toda. Só sei que a tal da tartaruga sumiu, me contaram que ela tinha arrumado um namoradinho, resolveu ir embora com ele e deixou beijos.

Não tenho essa história como um grande trauma, sério, mesmo depois de me contarem que a Pia foi encontrada morta, provavelmente picada por uma aranha. Apenas me lembro da história, consigo lembrar bem, mas como nunca fui muito fã de bichos, não chegou a me traumatizar de fato.

E hoje, chegando em casa pós-pizza, notei que a Pequena Sereia, o Nemo e o Linguado haviam virado três estrelinhas. E eu não vou falar que eles arranjaram namoradinhos, vou contar que voltaram para o mar. Não tenho coragem, juro mesmo.

Nesse caso, a apostilinha de Psicologia do Luto, da matéria eletiva que eu escolhi e decidi fazer, são páginas e mais páginas em branco.

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9 comentários:

ANA ELISA disse...

Camila
Que coisinha chata, haja psicologia para lidar com isso e contar aos pequenos! O que aconteceu com eles? Você descobriu???
Beijo :-(

Camila disse...

Descobri nada, nadinha, cheguei em casa e encontrei os e peixinhos mortos... Ainda não contei pras crianças, amanhã cedo, na hora que geralmente damos a comidinha, eu conto, com dor no coração...

Di disse...

Oi Ca. Olha, não sei, de fato, com certeza o que eu faria no seu lugar. mas eu lembro do que meus pais faziam, e devo dizer que eu ate hoje lido muito bem com a morte (dos bichos e outras pessoas) relativamente bem. Eles contavam a verdade mesmo, lembro de uns 3 ou 4 passarinhos que vi mortos, ou morrerem, e como tinhamos aquele quintal enorme em casa, enterravamos todos.
Lembro também que algo que me ajudou, uma dessas muitas vezes, foi quando tive uma explicação do que aconetece quando as pessoas morrem, os bichos, etc. Acho que, claro, você não deve menyir e falar algo em que não acredita, mas pode aproveitar para explicar que tudo que e vivo um dia morre, em seu tempo, e isso e normal, e enfatizar aquilo que acredita ser importante, e se acreditar em algo alem, seja no paraiso, o que for seu, e achar importante, passar.
Quero dizer, e triste e dificil, mas você pode se surpreender com o fato deles não darem a minima, chorarem muito, ou apenas se interessarem mais pelo assunto. E, descobrir como cada um dos tres ira reagir a um fato qe, por mais doloroso para nos que seja, e natural, faz parte da vida e não podemos evitar.

Boa sorte, tenho certeza que vai achar a melhor solução pra vocês. Um abraço e boa sorte!

Camila disse...

Di, obrigada pelo comentário! Vou dormir pensando nisso no q vc falou... A verdade é q a gente não quer NUNCA ver os filhos sofrendo, ainda mais tão pequenininhos, qdo não sabemos o quanto eles aguentam e entendem da vida, né???
Bjos,
Camila

maria rita disse...

ô dóóó... cacau, os 3 no mesmo dia? fala da morte de uma forma poética pra eles. voltar pro mar não é uma mentira. eu nunca me arrependi da estoria da maria pia. pra mim foi poético ela ter ficado na praia com o namorado... até hoje gosto do final da estória... e como a adriana, confio na sua sensibilidade e sei que vc vai achar um jeito legal de contar pra eles. pode contar também que a vovó vai levar os 3 pra escolher outros peixinhos, ou tartarugas, ou coelhinhos... beijos!

Carol Garcia disse...

Ai Camila, espero mesmo que essa historia tenha um finzinho feliz.
As crianças surpreendem a gente, vai ver. Sabem lidar com essas dores bem melhor que nós.
Sou super contra mentir, acho que devemos falar a verdade desde sempre, mas o difícil é escolher a maneira que essa verdade vai ser dita.
Boa sorte com os pequenos
Bjocas
Carol
viajandonamaternidade.blogspot.com

Rafa disse...

Cá,

sabe que eu eu meus irmãos tivemos peixinhos iguais aos das crianças quando menores e também aconteceu uma coisa parecida. Não foi tudo no mesmo dia, mas eles foram morrendo, sem maiores motivos ou explicações... Não sei se essa raça não é muito sensível, mas já ouvi várias histórias parecidas com a sua e a minha.
Sei que deve ser muito difícil dar a notícia para os pequenos, mas penso que essa situação pode ajudá-los a entrar mais em contato com sentimentos como a saudade, a falta...

Beijos

Roberta Lippi disse...

Por essas e outras é que eu recusei outro dia um peixinho que o buffet distribuía no final de uma festa de aniversário.
Em primeiro lugar, onde já se viu dar peixe de "lembrancinha"? Achei um tanto absurdo, apesar de ser festa da filha de uma amiga. Em segundo, também já ouvi váaarias histórias sobre a fragilidade desses peixes. Se for dar outro bichinho pra eles, talvez seja melhor pensar numa outra opção. Ou então montar um aquário de verdade, com todos os recursos e ambientação adequada.
Bjs

Stefany Kulcheski disse...

tive dois peixinhos azuis: o 1º: Zulim/Zulinho,encontrado morto boiando de barriga pra cima no aquário,enterrado e nunca mais encontrado(Eu cavoquei pra encontrar)
e o Peixinho(Sim,Peixinho)e achei morrido(MORRIDO) no aquário,deitado,nas pedrinhas coloridas,não tava de cabeça pra baixo,não!
Mas hoje sei que eles estão no Céu De Animais
ja tive vários cãozinhos que estão todos juntos no céu!:)

 
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