segunda-feira, 16 de maio de 2011

Sobre o Mamaço...

Eu fiquei meio quietinha, apenas acompanhando de longe todo o barulho do Mamaço nos blogs e sites. Mas agora acho que tenho as minhas idéias mais ou menos elaboradas e gostaria de me manifestar. Opinião extremamente pessoal, ok?

Melhor ir por partes para organizar as coisas da melhor maneira possível.

O Facebook, em primeiro lugar, é uma rede imensa, que dispõe de recursos extremamente avançados do ponto de vista tecnológico, “rastreando” e acompanhando tudo o que se passa ali.

Sei de uma pessoa que recebeu uma notificação avisando que a sua conta havia sido acessada de outro país, nada a ver com o Brasil, e consideraram o acesso meio esquisito. Portanto, o aviso é de que a conta poderia ter sido invadida ou hackeada. O usuário teve a conta cancelada e exigiram que fosse criada uma nova senha, por motivos de segurança.

Considerei a ação excelente e extremamente cuidadosa. Tenho certeza de que o Mr. Facebook, ou Mark Zuckerberg, não fica olhando usuário por usuário. Ele instalou lá uns robôs bastante inteligentes, que detectaram, no caso dos acontecimentos recentes, peitos. Em tempos de bullying e pedofilia, peito é perigoso e, por cautela, vamos retirar isso da rede.

Não há nada de conspiratório nisso, gente, ou muito menos levanta uma bandeira contra a amamentação. É um cuidado. As redes sociais nos rastreiam o tempo todo, deal with it. Se você não gosta, não disponibilize os seus dados e fotos nesses sites. São as vantagens e desvantagens do mundo virtual.

E a gente nem precisa ir tão longe assim: muitos estabelecimentos captam as nossas imagens em sistemas de segurança através das câmeras (Sorria! Você está sendo filmado!), a gente acaba caindo nessa “rede” também. O próprio Programa Mais do Pão de Açúcar, do qual faço parte, sou fã e tenho inúmeras vantagens, não deixa de ser uma banco de dados gigantesco para o meu querido Abílio Diniz.

O Itaú Cultural faz parte de uma instituição financeira privada e, portanto, tem todo o direito de regulamentar o que pode ou não acontecer ali dentro. A comparação pode ser infeliz, mas o governo estadual criou uma lei proibindo fumar em lugares particulares. Vejam, o cigarro é uma substância legal (a questão não é fazer mal ou não, mas é legalizado), os estabelecimentos são privados, os proprietários pagam impostos absurdamente altos para mantê-los e quem o governo pensa que é para dizer o que é permitido ou não fazer lá dentro? Há uma manifestação geral contra o cigarro e, no fim, todo mundo achou bom não poder fumar mais em bares, restaurante e escritórios, mas pensem bem qual é a atitude que está por trás dessa lei.

O Itaú fez a mesma coisa: eles não queriam uma mãe amamentando no seu espaço. Se tivessem proibido a entrada de um cachorro, não teria repercutido dessa maneira, mas proibiram uma mãe de amamentar e daí pegou mal pra caramba. A condução da situação foi trágica, concordo, de mandar a mãe para o tal cubículo dos bombeiros, que estava trancado e pronto! Mexeram com a “raça” mais brava e solidária do mundo: as mães. Então, surgiu o Mamaço.

Na minha opinião, o Itaú Cultural percebeu que a situação não caiu bem, tanto que se retratou, “apoiou” o Mamaço, organizou palestras e tal. Mas, penso que isso se deve muito mais a uma estratégia de marketing por uma manifestação materna forte e poderosa, do que por acreditar que as mães têm total liberdade de amamentar em público no seu espaço privado.

Acho o Mamaço uma manifestação incrível e muito válida, isso mostra a nossa força e o nosso poder, como mães que se unem e se mobilizam através das redes sociais em prol de uma causa nobre em comum. Estão todas de parabéns!

Por outro lado, o Itaú Cultural, como instituição financeira, bancária e particular, também tem o total direito de determinar o que é permitido fazer ou não ali. Amamentar, fumar, levar cachorros para passear, enfim, o eles quiserem. E as mães que não concordam com essa postura têm o direito de procurar outro lugar para ir, que permita toda a peitaria, coisa e tal. E assim a vida anda.

Eu, por questões de intimidade e de muitos pudores, não compartilhei fotos dos meus peitos de fora amamentando. Confesso que não tenho nenhuma, sou pudica mesmo (desde quando ser pudica se tornou algo negativo? A preservação da intimidade agora é ruim??).

Nunca amamentei em público, tenho vergonha, me sinto incomodada, considero a amamentação extremamente importante, mas, como sempre digo, identifico o ato de amamentar com algo tão precioso e íntimo, que merece privacidade, só isso.

Ok, vocês vão falar que amamentação é alimentação e se a gente vai almoçar em restaurantes com um monte de gente junto, por que um bebê não pode se alimentar em qualquer lugar e na hora em que sentir fome? Sei lá, penso na intimidade, no meu “puritanismo” e em respeitar o espaço de outras pessoas que podem não se sentir à vontade na presença dos peitos alheios. Uma vez, a mãe de um aluno, com quem eu não tinha a menor intimidade, veio me mostrar as lindas fotos do seu último parto, normal, diga-se. Parto é uma coisa linda, eu sei, mas o meu e para mim. Não me senti nem um pouco confortável diante daquelas imagens tão, tão explícitas de, praticamente, uma estranha. Só isso, ou melhor, tudo isso.

Essa história de se alimentar a qualquer hora também me pega. É a tal da livre demanda, tão recomendada e tal, mas ainda não estou convencida. Entendo o argumento de não privar um bebê do alimento mais nutritivo e saudável do mundo, que é o leite materno. Porém, se eu tivesse uma horta orgânica em casa, não comeria o dia inteiro.

E como é que esse bebê entende que a livre demanda funciona das 6 da manhã às 8 da noite e que de madrugada não é tão legal assim? Quer dizer, as mães também precisam descansar, ou não? E peito da mãe não é chupeta, ou passou a ser? E como conciliar isso com o estabelecimento imprescindível (aprendi isso na prática cuidando simultaneamente de três bebês) da rotina? Hora para comer, brincar, tomar banho e dormir?

Ufa! Acho que é isso!

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66 comentários:

Renata disse...

Camila, tenho que te agradecer aqui. Eu poderia ter escrito esse post, porém, não tive tempo e, confesso, ainda não tive coragem de expor assim algo que, de fato, ainda não vivi. Diriam todos que era falta de experiencia minha, com certa razão. Porém, concordo com você em todos os pontos e até conversei em off com algumas mamães via msn sobre tudo isso... Concordo que o movimento é válido, porém não acho que por sermos mães e estarmos em fase de amamentação da cria podemos julgar toda e qualquer pequena restrição como 'revolução mundial contra o leite materno e o ato em si'. Pelamor, né? Concordo que em todos os locais estamos sujeitos e sujeitAs a agir conforme se pede ali, ou será que vivemos isolados? Entendo tbm seu pudor, também tenho os meus e até fui criticada por já comentar em casa que o momento de amamentação do meu filho deverá ser respeitado. Não me vejo abrindo a blusa na maior na rua, mas, claro, meu filho é prioridade. Pq não encontrar um local e maneira confortavel para NÓS DOIS? É isso que importa, no final das contas. Concordo, ainda, que pudor com o peito dos outros é inadequado e que eu jamais vou agir contra uma mae que está amamentando livremente do meu lado. Mas, entendo um local público tomar seus cuidados. Entendo o Facebook tomar seus cuidados. É o mundo moderno.
Além de acertar em cheio tudo o que eu queria dizer - mas não pude - você ainda abriu discussão para a livre demanda - coisa que eu ainda questiono dentro do meu ser e mesmo antes do meu filho vir ao mundo... CONCORDO!
Espero que não receba comentários muito agressivos sobre tudo isso, pois seu post foi extremamente transparente - como todos. Por isso adoro seu cantinho e te admiro desde ja, viu?
Estou agora ansiosa para ler os outros comentários :)
Beijao!!!

Camila Bandeira disse...

Camila, parabéns mais uma vez pelo post. Argumentos super bem colocados. Eu, como você, também tenho minhas dúvidas sobre livre demanda e coisas do tipo. E também não tenho foto amamentando. Beijos e boa semana.
Camila

Gabi disse...

Excelente!
Fui procurar fotos amamentando e não achei! Confesso que fiquei triste, pq poxa, eu amamentei, né, e hj a gente registra tudo, mas eu também não amamentava na frente de todo mundo não, mas de parentes, com um paninho perto sim.
E essa livre demanda no início eu até concordo, apesar de nunca ter feito, mas nada como a rotina. É melhor para que a criança durma bem e já se adapte aos horários da casa.
Beijo Cami!
Sempre polemizando de forma bacana, sem agredir nada nem ninguém! Sou fã!
Gabi
minhas3filhaslindas.blogspot.com

Carla Mãe da Maria Clara disse...

To até sem palavras pra começar a comentar este seu post e também li o comentário da Renata.

Era exatamente o que eu estava pensando, mas vc soube verbalizar tudo muito bem.

Aqui em BH estão já criando um movimento pra expor várias mamães e seus filhos (talvez em baixo de sol, sem o conforto necessário) para o que? Ficar exibindo que a amamentação é algo importante? Quantas mães já não sabem disso e quantas pessoas, meu Deus.

Uma vez fiquei horrorizada vendo uma mãe dando mamá para o filho grande com a blusa levantada e ela andando às pressas com o menino. Eu gravei esta imagem. Entendo também que a fome dos nosso bebês é algo que não queremos, mas amamentar é algo tão individual, lindo, único... por que colocar este ato como algo tão explícito?

Fico com medo de não saber argumentar, mas é exatamente da forma que vc falou.

O mamaço deveria criar campanhas para incentivar as mães a dar de mamá, e não criar toda esta revolta porque quer amamentar num lugar público e não pode.

Ave Maria, né mamães... É tão sublime, tão bonito, tão doce amamentar seu filho. Sentir aquele contato direto... Na rua, que coloque uma fraldinha pra cobrir ou a blusa mesmo, posicione de maneira que transforme aquele momento pra vocês dois.

Acho que o moço lá foi infeliz talvez da forma como a abordou, mas criar toda esta revolta só vai secar o leite das mamães que ainda amamentam.

PARABÉNS PELO POST.

Dani Brito disse...

Camila, acho sempre enriquecedor ver outros pontos de vista. Fui uma que aderiu ao mamaço, apesar de não amamentar há anos.
Como vc não gostava de amamentar em público, mas às vezes coincidia disso acontecer. E quando eu tinha que amamentar em lugar público, procurava cantinhos e sempre tomava o cuidado de cobrir meu seio.
Pra que isso não acontecesse com frequência, eu não saía muito...mas não dá pra controlar a fome ou explicar pra um bb de poucos meses que estávamos num lugar público, que ele só poderia mamar dali a 30 min....

Agora, concordo com vc em relação à livre demanda. E seu argumento foi incrível. rs

Beijos e boa semana

flavia fiorillo disse...

Concordo, concordo, por isso fiquei quietinha sobre o assunto.
Minha única observação é que, pais de bebê "móveis" e pequenos perambulam pela cidade como se ainda não tivessem filhos (eu sei porque EU fiz muito disso!) e quando dá a hora de mamar, vc está lá no meio da rua. Com o segundo filho já não rola mais.

beijin
flavia
http://mamaesabetudo.blogspot.com

Fabi Coltri Galli disse...

Eu aderi ao mamaço.
Amamentei por 1 ano e 5 meses, e sempre tinha uma fraldinha pra tampar o seio, o rostinho da pequena eqto mamava e tal.

Acho que tudo tem o seu jeito.

Ótimo post!!!

Priscilla Perlatti disse...

Adorei o post.
Tenho uma opinião um pouco diferente da sua em alguns pontos, mas acho fantástico questionar a maioria num texto tão bem construído.
Ótimo protestar, melhor ainda refletir!
Bjs
Pri

Patrícia Boudakian disse...

Oi, querida, olha nós, mais uma vez discordando. rs
Eu aderi ao mamaço virtual, fui ao do Itau Cultural e representei diversas mulheres. Me sinto orgulhosa e em nenhum momento tive vergonha ou medo de mostrar os peitos. Ao contrário, fui de peito aberto.
E tenho certeza de que se isso rolasse mais, incentivaria mais mulheres a amamentarem.
Sou da opinião de que se pode sacar uma mamadeira e dar pro bebê, não tem nada de mais sacar o peito e alimentar a cria.
Pra mim, escravidão é amamentar com horário marcado. Minha filha mama em livre demanda. Mama bem o dia inteiro, à noite estende um pouco as mamadas até às 23h. Daí dorme até às 6 da manhã. Ou seja, não tenho que acordar pra amamenta-la. Acho meio besta (totalmente, na verdade) comparar amamentação com cigarro ou horta orgânica. O bebê sai do ventre e chega nesse mundo frio e barulhento, muitas vezes ele quer o peito por aconchego e não fome, por isso a inteligência dos pediatras (bons pediatras, pq ruins tem um monte!) de indicarem a livre demanda.
Mas cada um tem seu ponto de vista. E faz com seu corpo o que quiser. Só acho que não podemos regredir tanto assim. As mulheres lutaram tanto para chegar aonde estão e serem proibidas de amamentar em público por vergonha ou vergonha alheia é quase igual a não poder usar fio dental.
O que realmente eu não entendo é pessoas tão cheias de pudor em época de mulheres frutas e bundas rolando soltas na tevê. Pra mim é hipocrisia!
Sei que aqui é seu canto e vc expressa sua opinião, mas eu como sua seguidora, sinto-me a vontade para rebater com a minha!
E continuo gostando de vc! =)
beijo e mais uma vez parabéns pela coragem!

Nine disse...

Bom, creio que serei a primeira a discordar.

Não discordo quanto a inicitiva de mkt e tal, confesso que não havia pensado sob este ângulo, mas creio ser bem possível mesmo. E isso, se for verdade, foi uma baita estratégia que ajudou tanto ao Itaú, quanto às mães que lutam por tornar a maternidade e tudo que vem dela mais natural.

Veja bem, eu não sou o tipo mamífera tão apregoado na blogosfera, mas com o tempo fui lendo e aprendendo e me identificando com uma série de coisas.

Sobre a amamentação, eu fui bem pudica com a Ísis. Tinha vergonha. Não porque achasse o ato vergonhoso, mas porque sabia o que pensavam as pessoas a minha volta. E com isso eu mal saía de casa porque sabia que teria vergonha de amamentar. E eu amenetei até o nono mês! Imagina passar 9 meses sem poder sair de casa? Nas vezes em que saí levei o tal paninho, que muito me ajudou.

Não estou aqui querendo dizer que os peitos devem ser expostos e tal, considero a amamentação um ato íntimo e até para o sucesso da dela devemos procurar um lugar confortável, longe de barulho, um local reservado mesmo, não porque é vergonhoso amamentar em público, mas porque é melhor para mãe e bebê. Quem já amamentou em meio a uma confusão e no silêncio sabe a diferença.

Agora, quando acontece a necessidade e vc está numa exposição e a única alternativa que te dão é um cubículo onde vc não quer estar...

Até entendo o lance do Itaú poder fazer as próprias regras e tal, mas a comparação com o ato de fumar em público me soou desproporcional. Quando alguém fuma em local público está prejudicando a saúde de todas as pessoas que não querem fumar, e sobre a saúde pública o governo tem sim toda autoridade para legislar, autoridade essa garantida pela constituição e que está acima da particular.

Por último sobre a livre demanda: creio que cada um escolhe o que é melhor para si, mas um bebê ainda não sabe sobre os horários das refeições, ele sente fome, ele quer comer. Nós mesmos, não fosse a prática de comermos em determinados horários, teríamos fome em diversos outros, ditos não usuais. Antigamente o almoço acontecia as 10:00 e não as 12:00.

Eu pratiquei a livre demanda e posso garantir que ela funciona. Hoje minha filha tem 2 nos e come nos horários estipulados pela nossa família, não virou uma glutona que não tem hora para comer e que acorda de madrugada para se alimentar, como muitos dizem que pode acontecer.

Enfim, creio que cada um pode escolher o que melhor lhe convém, assim como eu fiz minhas escolhas, mas como vi que todos os comentários antes do meu foram favoráveis, e como fui contra sua argumentação (apesar de já ter concordado em diversos outros momentos), quis trazer um outro ponto de vista.

Beijos,
Nine
www.minhapequenaisis.blogspot.com

Vida de Gestante e Mãe disse...

Oie Camila! Concordo com muitas coisas que vc escreveu. Sobre a lvre demanda, tenho muitas dúvidas, pois não ter horário para mamar, pode ser muito bom, mas ensina o bebê que ele terá tudo q ele quer na hr que quiser. Eu como psicóloga, não acho isso legal. Minha cunhada está amamentando a nenê a cada 3h, caso ela chore pouco antes, ela dá antes,mas tenta seguir o horário. Eu não acho que a minha sobrinha está passando fome ou mamando sem ter vontade por conta disso. E assim, ela dorme super bem durante a noite, deixando minha cunhada descansar tmb. Meu nenê ainda está dentro de mim, então não tenho experiência e nem conversei com pediatra a esse respeito, mas se for possível, não farei a livre demanda, marcarei horário para ele(a) mamar. É isso! Beijoss

Mariana disse...

Camila, mais uma vez, acho que vc merece muitos muitos aplausos! Como sempre, sensata e delicada para colocar o seu ponto de vista extremamente bem construído e que vai contra a maré.
Eu ainda estou grávida, mas concordo com vc sobre amamentar em público: é um momento meu e da minha filha. Só. A vida inteira, usamos roupas cobrindo o nosso corpo, aprendemos desde pequenos que não é legal sair mostrando por aí "as nossas partes".
Acho de muito bom tom um paninho cobrindo o seio quando realmente não tem jeito e é preciso amamentar. E aí, vem todas aquelas pessoas dizendo que devemos então tentar comer com um lençol na cabeça. Mas não precisa ser tão radical e cobrir a cabeça da criança, um paninho cobrindo o seio é extremamente de bom tom, até porque nem todos que transitam são pais e conseguem enxergar a cena como um momento de alimentação em si, mas enxergam SIM uma mulher com as peitolas de fora!
Eu entendo essa situação como comer fora em um restaurante mastigando de boca aberta. Ninguém da mesa ao lado é obrigado a ver a sua comida sendo deglutida. Assim como ninguém da mesa ao lado é obrigado a ver uma mulher com os seios de fora e enxergar TODA a comida do bebê. Cobrir o peito sempre, para preservar a minha intimidade, sim. Afinal, sou mãe, amo minha filha, mas somos 2 seres independentes, e preservo o meu corpo assim como espero que ela preserve o dela.

Também concordo plenamente com a sua colocação sobre o facebook. Em tempos de pedofilia, abusos sexuais e câmeras ligadas 24h, acho muito melhor previnir TODOS, independente de qual seja a cena.

Mariana disse...

Ah, e sobre a livre demanda, eu penso o seguinte: o bebê estava na barriga sendo alimentado pelo cordão umbilical 24 horas por dia. Sua fome era saciada antes mesmo que ela chegasse.
O mundo aqui fora é um pouco diferente e acho difícil estabelecer uma rotina desde a primeira semana, pois acho que os bebês demoram um pouquinho mais para entender que saíram da barriga, que estão em outro mundo e que aqui as coisas funcionam diferente.
Sou extremamente a favor da rotina sim, mas acho que livre demanda até os dois meses (época em que as mães geralmente não saem de casa mesmo com as crianças por isso não terão problema em ter q colocar os peitos de fora a toda hora), até que consigamos colocar a criança numa rotinha, é bom sim para o bebê, apesar de deixar a mãe exausta.


E só para complementar, cito um caso que vi no shopping e achei bem feio... Uma mãe com um bebê de mais ou menos uns 8 meses no colo, andando pelo shopping, vendo vitrines e amamentando ao mesmo tempo. O bebê, a qualquer barulho que escutava, parava de mamar, virava a cabeça, e ficava procurando o barulho e o movimento. E enquanto isso, a mãe andava com o peito pendurado de fora vendo a vitrine, até que o bebê voltasse a mamar. Pra mim, podem falar o que quiser, mas foi um pouco demais. pra mim, passou do ponto, ainda mais porque o shopping tinha fraldário com um espaço para amamentação.
Eu, que vou ser mãe e acho que a amamentação é natural, me senti extremamente constrangida de olhar para aquela mulher.

Sandra Kautto disse...

Camila, sempre leio seus post e tenho um grande respeito por sua maneira de pensar e expor suas idéias. Participei do mamaço virtual, uma vez que não moro no Brasil não pude comparecer pessoalmente a manifestação. Concordo quando você diz que o Itaú como espaço privado tem o direito de determinar o que pode ou não dentro da área deles e que eles não souberam manejar a situação, por isso deu no que deu... mas não concordo com você quanto a livre demanda... meu filho vai fazer 3 meses e nunca até hoje ele dormiu mais de 3h seguidas, eu disse NUNCA. Ou seja, ele não entendeu que a livre demanda está "fechada" na madrugada!! Sei que vai chegar o dia em que ele vai compreender isso, e acredite, espero muito por esse dia em que ele vai dormir a noite inteira, ou pelo menos 4h seguidas...
Como disse...respeito sua opinião e acho que vc tem seus motivos para pensar dessa forma.

Abs

Sara Lima Saraceno disse...

Camila, achei bastante importante uma mãe mostrar um outro ponto de vista da questão.

Na minha opinião, o Mamaço é um movimento muito importante, pois eu acredito que as mães têm sim o direito de amamentar seus bebês onde quer que se encontrem. É incompatível o governo fazer tanta campanha em prol da amamentação e o setor provado estabelecer uma séries de restrições, mas, enfim, isso tb não obriga as mães que não se sentirem confortável em amamentar em público a fazê-lo.

Eu, particularmente, enquanto minha filha era bebezinha, amamentava em público sim... mas, com minhas reservas, colocando uma fraldinha, etc... não sou daquelas que não se incomoda em botar os peitos para fora não...rsrsrs!! Mas, enquanto foi necessário, eu o fiz!! Fui adepta da livre demanda e isso não significou ficar com a criança pendurada no peito o dia todo não, muito pelo contrário, a rotina vai se estabelecendo naturalmente...
Por outro lado, qdo minha filha fez 6 meses iniciei o desmame, por entender que ele não era mais NECESSÁRIO... foi um processo bem gradativo, que terminou qdo minha filha estava com 8 meses e meio e um dos motivos foi que EU não achava legal a criança grande puxando a roupa da mãe na rua...
Essa é minha opinião, sou à favor do mamaço, mas não fiquei colocando fotos minhas de peito de fora na net tb não.
Bjus
http://vivendoavidacomoelaeh.blogspot.com

KitKat disse...

Oi querida, excelente post!!
Compreendo perfeitamente seu ponto de vista e a coerência do seu raciocínio. Concordo com você que parto e amamentação são atos pessoalíssimos, mas não sou tão "pudica" quanto você. Quando Isabel tinha fome e queria mamar, meu desespero em alimentá-la era tão grande, que os incomodados que se retirassem: porque eu amamentava sim, obrigada. Onde quer que eu estivesse. E nem todas as vezes eu contava com o apoio do paninho, embora eu sempre tentasse cobrir meus peitos de alguma forma, para desviar os olhares de algum "curioso pervertido". Depois que fui mãe, os peitos assumiram outra conotação na minha vida, que não a sexual. Viraram, sim, fonte de alimentação. Agora, sempre tem uma pessoa sem noção no seu caminho que enxerga o cenário com perversão (e é isso o que eu acho: a pessoa que olha para um peito de uma mulher amamentando um bebê e tem devaneios sexuais só pode ser um pervertido - desculpe-me a franqueza). Mas é isso aí! Antonio quase não mamou. Só até os 3 meses e confesso: sair com aquele kit mamadeiras na rua é um saco. Meu Deus. Mais uma tarefa para oferecer a Ele num dia!! Um beijo enorme, Rita

Unknown disse...

Meninas, vou dizer aqui um pouco sobre os benefícios da Livre Demanda. Não um discurso radical, mas um discurso analítico e também algum conhecimento científico e de vivência pessoal sobre este assunto. Toda a bioperceção do bebê é desenvolvida e estimulada pelo contato pele a pele com sua mãe, ativando os aparelhos sensoriais externos do bebê:cheiro, gosto, toque, visão e audição.Garante também o seu desenvolvimento emocional e o cuidado no que chamamos de exterogestação. Existem estudos que comprovam que nós seres humanos nascemos antes do tempo e que a relação com amamentação e do vínculo com a mãe neste primeiro momento da vida do bebê é um fator agregador do processo maturacional do bebê de inserção ao mundo social. Bebês respondem bem ao uso dos slings,por exemplo, isso porque a memória uterina está sendo amadurecida neste processo. Quando a criança mama na mamadeira por exemplo,a sua relação com o objeto é mecânica. Ela até pode estabelecer um vínculo, mas este, será baseado em uma dependência, pois a não troca afetiva fundamental para o bebê neste processo, não responde às suas expectativas. Por isso que é tão difícil para muitas mães tirar seus bebês das chupetas e mamadeiras. Há também opiniões que dizem que a criança fica dependente, manhosa,insegura quanto mama prolongadamente. Mas isto não passa de um mito, e é justamente o oposto, pois nesta relação de troca intensa com a mãe, o que acontece de fato, é que o bebê regula e organiza os seus processos mentais e afetivos. Parte deste mito, relaciona-se ao desmame abrupto, onde o bebê tem dificuldade de fazer a assimilação de que, de uma hora para outra, o vínculo é cortado, gerando insegurança, medo, e consequentemente um apego exagerado à sua mãe e é vista como manhosa, chorona e dependente. Na verdade, esse comportamento é justamente o único mecanismo que a criança tem para expressar este sentimento de abandono que ela sente. Acredito que o maior desafio da prática da Livre Demanda está no fato das decisões da mãe. É necessária disposição, dedicação exclusiva e demanda tempo. As mães de hoje estão inseridas em um contexto frenético, dinâmico e cada vez mais afastam-se desta prática de amamentação prolongada com os seus filhos. Os resultados desta geração de filhos que vivemos estão ai à mostra, não precisaria me alongar neste assunto. Só quero me atentar que cada vez mais, parece existir um consenso(e falo isso mundialmente) da importância desta prática. Como mãe que amamentou meus filhos em Livre Demanda até os dois anos e meio, posso afirmar que os benefícios são comprovados à olhos nús. Crianças saudáveis, com pouca história de doenças, seguras e inteligentes. Eu acho muito positivo que temos muito acesso e disponibilidade de literaturas muito interessantes sobre o assunto como o do Pediatra Carlos González. o Pediatra americano Dr. Sears e da psicinalista Laura Gutman, dentre outros maravilhosos. Acredito que é uma mudança de olhar, desprendendo-se de um fascínio e sedução de uma indústria bilionária de fórmulas, chupetas e mamadeiras que insistem em tirar o foco daquilo que a natureza divinamente e gratuitametne oferece aos nossos bebês! Um beijo carinho á todas vocês mamães,

Sandra Kautto disse...

Uma coisa mais que esqueci... concordo qdo você diz que seio não é chupeta, mas acredite, já tentei todas as técnicas possíveis para que meu bebê "aprenda" a chupar a chupeta...e continuo tentando! E nesse caso faz o que?!

Nutricionista Infantil Karine N. C. Durães disse...

Olá Camila!
Sou nutri, especializada em pediatria e resolvi fazer um comentariozinho sobre a livre demanda, conforme você postou....livre demanda (ao pé da letra) é indicada nos primeiros dias do bebê em casa, para ele ditar seu ritmo, porém, temos que seguir algumas orientações quanto a isso, tipo o bebê mamar direto no mínimo 20 minutos para ficar satisfeito por conta da mudança da estruturação do leite. A partir dos primeiros dias, o bebê vai ditar seu ritmo (2:30h entre as mamadas? 3:00h? 3:30h?) e a mamãe, se adequar a ele. A Livre demanda, é na verdade, nos horários que o bebê está com fome (sem a regra ao pé da letra das 3 em 3 horas), e não colocar o seio na boca do bebê qualquer momento que ele quiser, exatamente para não o fazer de chupeta. O termo que é pouco explicado, mas funciona, e é indicado pela Organização Mundial da Saúde. Sei que o desafio está em analisar quando o bebê está com fome, mas enfim....sou mãe e tive o prazer de amamentar por um longo período.
Beijos e parabéns pelo blog!

Isabella Estanislau disse...

Oi Camila,
Sempre leio o seu blog e me identifico com muitas das suas colocações e situações vivenciadas por você, porém dessa vez sinto a necessidade de comentar e ... discordar. Achei muita pieguice de sua parte comparar a mamamentação com o ato de "fumar" e o leite materno com "horta orgânica". Nós bem sabemos que o leite materno é a única forma de alimento de muitos bebês, os quais ainda não têm discernimento para saber se um lugar é ou não apropriado para a sua alimentação. Lugares que abrem suas portas para o PÚBLICO têm que estar preparados para esse tipo de situação. Nunca fiquei em público de "PEITO" aberto para quem quisesse ver porque sempre percebi que isso incomodava mais as pessoas ao meu redor do que a mim, e sempre tentei respeitar isso. Sei que esse é o "seu espaço" e que portanto cocê fala "o que você quiser", só acho que você foi bem infeliz com as palavras.

Vanessa Guerra disse...

Sigo seu blog e adoro.. leio sempre que posso.
Mas achei de mal gosto comparar a amamentação com o ato de fumar, amamentar não prejudica a saúde alheia.
Amamento meu filho de 3 em 3 horas e sempre que saio e chega a hora dele mamar eu procuro um lugar mais reservado e coloco a fraldinha tampando, mas faço isso não porque sinto vergonha, mas sim porque sei que existem pessoas que preferem se preocupar com a vida dos outros e sentem a tal vergonha alheia.

Unknown disse...

Oi Camila
Como sempre seu post é bastante interessante. Eu havia escrito mais ou menos isso no meu blog, mas o post sobre o mamaço meu e de muitas outras foi simplesmente apagado... sumiu.
Eu também não me sentia bem amamentando em público e confesso não ficar nem um pouco a vontade quando uma mãe arranca o peito para fora em qualquer lugar e começa a amamentar a criança. É um ato de amor sim, mas temos que nos preservar, nem todo mundo olha o peito de mãe como fonte de alimentação e para começarem a pensar besteira é um pulo.
Percebi que tenho somente 3 fotos amamentando e todas tiradas por mim mesmo do celular... não acho que tenho que ficar expondo isso, era um momento meu e da minha filha. Poucas pessoas, somente família e minhas 2 melhores amigas partilharam dele. Não ficava com os peitos a mostra em qualquer canto, não me sinto bem com isso.
E acho o uó mães de crianças grandes, que elas mesmas tiram o peito da mãe para mamar e a mãe continua conversando como se nada estivesse acontecendo... acho que as mães também tem que parar um pouco de dramatizar e polemizar tudo que acontece e curtir mais a maternidade.
Beijos mil

Mariana - viciados em colo disse...

camila,

gostei de ler um ponto de vista divergente: é bom até para esquentar o debate. e trazer para o bytes discussões que já rolam no mundo dos átomos.

concordo com você quando fala do facebook, até porque os robôs são inteligentes, mas nem tanto e não conseguem diferenciar um peito de uma teta (se é que me entende!). e prefiro ter as fotos de tetas excluídas do que ficar me deparando com peitos e outras partes no meu feed.

porém discordo de quase todos os seus argumentos em relação à amamentação em público.

sim: o itaú pode legislar sobre seu espaço e as mães podem contestar esta lei. até porque posso apostar que o banco tem algum tipo de incentivo público (isenções e tals) para a manutenção do espaço.

sem dúvida foi muito inteligente (comercialmente) acolher a manifestação e transformar a crise num fato extremamente positivo para a sua imagem, além para expor gratuitamente sua marca/sei nome em páginas e mais páginas de jornal. acho que saíram desta crise melhor do que entraram, em termos de imagem.

existe uma diferença gritante em amamentar e fumar em público: ver um peito não prejudica ninguém. inalar a fumaça alheia comprovadamente traz enormes prejuízos para a saúde e pode causar câncer e tals.

se a pessoa não gosta de ver peito, basta olhar para outro lado. também não sou afeita a colocar as tetas de fora indiscriminadamente, tenhos meus cuidades, tenho meus pudores, mas acho que estes pudores não são suficientes para eu me incomodar com o peito dos outros.

sobre a livre-demanda: tal como patrícia acho a livre-demanda prática e libertadora. nas poucas vezes que ele acorda na madrugada acho muito melhor botar no peito e dormir, do que ficar de pé ninando ele ou lhe preparar um leitinho.

quando saímos, às vezes, o peito é a única forma que tenho para acalmar arthur mesmo depois de comer (que passou a recusar a chupeta).

e livre-demanda não significa que a mulher ficará 24/7 com o bebê pendurado no peito. isso pode até acontecer nas primeiras semanas, mas com o tempo eles se auto-regulam, mamam de 3x3, como o corpo de qualquer ser-humano saudável pede. pelo menos aqui em casa a experiência é esta.

enfim, acho que cada mãe faz o que quer com seu peito e cada uma deve ter a liberdade de fazê-lo. nunca sofri nenhum constragimento de amamentar em público e acho realmente muito atrasado este tipo de impedimento.

adorei o mamaço porque o movimento provou que coletivamente, e de maneira pacífica e civilizada, conseguimos soluções que melhoram nossa vida.

mãe também é um ser político e isso provamos diariamente aqui no mundo dos bytes.

beijoca

Vanessa Cavasotto Leite disse...

Discordo de tudo!
Mas faz bem pra cuca ler opiniões diferentes.
Esperava mais de ti do q comparar amamentar em publico com fumar ou levar cachorro!
Já fui fumante e compreendo o abismo entre uma coisa e outra.
Não gosto de amamentar em publico, mas entre o q gosto e o q meu filho precisa fico com a segunda opção. Pra isso existe capa p amamentar.

Anne disse...

Sim é um post interessante, e acho que você imagina a minha opinião: hahaha diferente da sua!
Adoro o espaço aberto para formentar discussões e debater, refletir com consciência e tirar conclusões baseadas em informações e por isso gosto de posts assim.

Mas confesso que fico segura por mim, e pela fatia de mãe que assim como você pensa inteligentemente sobre as coisas, toma decisões e arca com as consequencias (eu sou um exemplo vivo de mãe de livre demanda, que ficou 13 meses sem dormir. Acredito piamente na LD, não faria diferente mas eventualmente e no seu tempo Joaquim aprendeu a dormir e eu agradeço, sem que eu tivesse que fixar horários para alimentá-lo)

Assim como acredito que um mãe que opta por horários fixos deve ter em mente que assim ela pode estar prejudicando o processo de lactação, especialmente no comecinho quando a sucção é tão importante para a produção do leite.

Vejo constantemente mães reclamando: eu não tenho leite! Mas você o amamenta de 4h em 4h! Como quer ter leite farto??? Taí o que me preocupa quando vejo posta como esse: com as pessoas que com menos informação ou menos habilidade para questionar possam pegar meias verdades que depois viram contra suas próprias vontades.

Explico: alguém que concorde com você sobre a questão do pudor em se amamentar em público. e ainda assim queira seguir as recomendações da OMS (que não são uma invenção barata e sim recomendações fundamentadas para a saúde geral da humanidade)= essa pessoa está lascada!! essa pessoa vai ter que ou mudar de idéia sobre o pudor, ou invariavelmente terá mais obstáculos para mater o filho no peito exclusivo e prolongado. e a gente tem visto, aparentemente a relação com a amamentação está tão frágil, que toda e quaçquer dificuldade vence o processo.

rachaduras, "falta de leite", bbs cesariados que perdem o reflexo da sucção. falta de disposição, dpp, bb que não engorda, pediatras sem escrupulos, grande oferta de produtos para substituir o Lm...
Já existem muitos impecilhos.

Concordo que instituições privadas têm o direito de regulamentar suas regras. Mas também que arquem com as consequencias da antipatia e total desserviço a uma causa humana como a amamentação.

Eu escolho empresas que apoiam amor e saúde.

E tem mais uma coisa: quando o foco desse fuá todo sai da mulher, do seio, do paninho e vai para quer realmente deve ser O BEBÊ não tem discussão. Eles tem o direito de serem alimentados, whenever, wherever, whatever!

Bjos, gosto da polêmica, mas não concordo!

Renata disse...

Ca, como já conversamos várias vezes, eu sempre amamentei em qualquer lugar e sou super favorável ao direito de amamentar em qualquer lugar, considerando que é uma necessidade do bebê.
NO entanto, concordo que uma instituição privada possa permitir ou não o que bem entender no seu estabelecimento (nãotinha pensado por esse ponto), mas tratando de um assunto tão polêmico, pegou mal, né?
De todo jeito, parabéns por devender seu ponto de vista.
beijos, Re

Mariana disse...

Ah, e sobre a livre demanda, eu penso o seguinte: o bebê estava na barriga sendo alimentado pelo cordão umbilical 24 horas por dia. Sua fome era saciada antes mesmo que ela chegasse.
O mundo aqui fora é um pouco diferente e acho difícil estabelecer uma rotina desde a primeira semana, pois acho que os bebês demoram um pouquinho mais para entender que saíram da barriga, que estão em outro mundo e que aqui as coisas funcionam diferente.
Sou extremamente a favor da rotina sim, mas acho que livre demanda até os dois meses (época em que as mães geralmente não saem de casa mesmo com as crianças por isso não terão problema em ter q colocar os peitos de fora a toda hora), até que consigamos colocar a criança numa rotinha, é bom sim para o bebê, apesar de deixar a mãe exausta. O bebê mesmo acaba se acostumando e fazendo os horários dele...


E só para complementar, cito um caso que vi no shopping e achei bem feio... Uma mãe com um bebê de mais ou menos uns 8 meses no colo, andando pelo shopping, vendo vitrines e amamentando ao mesmo tempo. O bebê, a qualquer barulho que escutava, parava de mamar, virava a cabeça, e ficava procurando o barulho e o movimento. E enquanto isso, a mãe andava com o peito pendurado de fora vendo a vitrine, até que o bebê voltasse a mamar. Pra mim, podem falar o que quiser, mas foi um pouco demais. pra mim, passou do ponto, ainda mais porque o shopping tinha fraldário com um espaço para amamentação.
Eu, que vou ser mãe e acho que a amamentação é natural, me senti extremamente constrangida de olhar para aquela mulher.

Bruna disse...

Simplesmente adorei! Não tenho nenhuma opinião pra dar a respeito do seu post. Achei ele claro, e concordo muito com o que vc escreveu! Parabéns, e deixo o meu apoio!
Abços,
Bruna

Jackie disse...

Oláaaaaaaaaaaaa.. Amei o post em boas partes, eu não me sentia a vontade em amamentar na frente de todo mundo, até por que o Davi nunca me deixou cobrir enquanto mamava, ele queria olhar tudo em volta. Mas pra minha tristeza essa parte da livre demanda existia sim , e durante a noite toda também, ele mamava a cada 30 min , eu parecia uma vaca leiteira de tanto leite e ele sempre estava faminto e ganhando peso e até hpje mama 3 vezes de madrugada.Um terror, mas fazer o que.
Me lembro de como fiquei constrangida logo que saí da maternidade, estava no carro e meu marido parou para comprar os remdios pos parto, nisso o Davi chorou de fome e eu tava amamentando ele no banco de tras do MEU carro e parou um velho na frente e ficou olhando pros meus peitos, fiquei tão constrangida e com tanto nojo, que isso me travou em amamentar assim e olha que nem foi tão em público e sob um vidro com insufilm.

Mas acho que as pessoas podem sim escolher e decidir o que deve ou não acontecer em seu espaço, mas também devem deixar explícito isso, como colocar uma placa. Pra pessoa não ser pega desprevinida, afinal o que fazer depois que vc entrou no local e seu filho está chorando desesperadamente pra mamar ( pq o Davi não chorava ele gritavaaa). Então se eu tivesse que ir a um lugar e visse que era proibido amamentar eu não entraria, pois conhecia bem o meu filho e por esse motivo não me senti nunca culpada quando ele por vontade propria optou pela mamadeira, já que ele precisava de complemento quando voltei a trabalhar.

bjussssssssssssss e parabéns por expor sua opnião .

Carol Passuello disse...

Já que tu pediu minha opinião...

Versão sem cortes!

Acho muito complicado tu comparares o cigarro com a amamentação. O primeiro é um vício que só faz mal e é atribuído a cada pessoa decidir se o terá ou não. Amamentar é a forma natural de alimentar uma criança durante um tempo de sua vida. Antes que venham me tocar pedras, eu não sou daquelas que acha que tenha que amamentar os filhos até os 5 anos, muito pelo contrário, por serem dois nunca consegui amamentá-los exclusivamento e isso me dói.

Também não podemos colocar os interesses privados antes dos interesses públicos. Não é porque o Itaú é privado que pode fazer o que bem entende. Não poderia barrar o acesso a negros, por exemplo. Isso não compete a ele. Não é porque tem $ que faz o que quer.E o governo regula tudo isso sim. Esse papo que pagam impostos altíssimos e verdade, mas também tem margens exorbitantes como bancos (uma regulação para isso, por favor) e ainda se beneficiam com a lei Rouanet.

Sobre amamentar em público, acho que a questão não é 'mostrar os peitos' ou não. Se for essa a questão vai ser sempre não mostrar. O que eu penso que tem que ficar explícito na sociedade é que amamentar é um ato natural e que pode ser feito em qualquer lugar, ninguém deve se envergonhar por isso. Um peito que está a mostra porque um bebê está mamando não é um peito a mostra em uma fantasia de carnaval... Acho que ninguém deveria ter vegonha de amamentar.

Tchella disse...

aiiii tinha escrito um baita comentario e o blogger comeu ele!

vamos de novo...

antes de ser mae, enquanto gravida, e agora pós nene, eu nunca andei por ai de barriga de fora (nem de minisaia, nem com decote profundo) nao é do meu feitio, sou puritana por isso? ah ok, otimo. nao vejo problema nenhum ser purita, céus que mundo é esse que ser puritana é coisa ruim. e nao nunca vou me acostumar com mulheres frutas como alguem citou e aqui em casa criança nao assite tv, de nenhum tipo, justamente por toda essa porcariada que estamos sujeitos. (que mundo é esse que puritanismo é feio, e milhoes de coisas feias, sao normais, alguem me explica?)

assim sendo, por que eu deveria achar normal estar com meu peito a mostra? "ah mas tu ta amamentando" ok estou mesmo, mas continua sendo meu peito, lembram? e eu acho constragedor uma mulher dando mama se tem outros homens com exceçao ao dela no local, mesmo q o homem em questao nao seja meu marido, fique claro, qualquer homem, me ponho no lugar dela e me sinto constrangida. meuuuu peito tche. meu tá?

lucas tem, 8 meses e meio, mama a cada 3h no maior estilo: mamae-manda, assim sendo tendo rotina, meu filho NUNCA chora por fome, se ele mama as 15, e eu estou fora de casa, lá por 14:45 (hora que ele esta dormindo, porque ele tem rotina) eu tenho um tempinho de ir a cata de um lugar para amamentar e troca-lo. se houver trocador no banheiro, pergunto para alguem que trabalha se me conseguem uma cadeira, para eu dar mama ali mesmo, se me oferecessem o cantinho dos bombeiros eu me sentiria feliz pela preocupaçao comigo com um lugar mais reservado e ia td serelepe lá, antes me certificando de nao ter nenhum bombeiro lá...

amei o exemplo da horta ri mto, hehehehe

apesar de ter entendido, e concordado com o raciocinio, tenho q dizer que a questao do cigarro foi mto forte, pq cigarro mata, né, e prejudica pessoas a volta, temos que trocar esse exemplo, mas te entendi e concordo.

eu qria escrever mais mas a bateria do meu note está no fim.... entao... bjooo

Coisas de mãe disse...

Nossa, fiquei impressionada com o tamanho dos comentários. Acho que este assunto ainda não tinha sido explorado o suficiente ne?

LEndo seu post cheguei a conclusão que fui um pouco omissa porque concordo com você mas não tinha me manisfestado sobre isto. Eu tambem sou pudica e acho que nem tenho fotos amamentando, se tiver eu escondi. Por outro lado, sou super a favor da amamentação, acho que ainda tem muita mãe que ainda não tem consciência de como amamaentar é importante tanto porque o leite materno é completo e rico como por causa da ligação gerada entre mãe e filho.(provavelmente na blogosfera que frequentamos estas mães são suuuuper escassas)

Em resumo, fiquei com medo de me manisfestar e acabar dando a impressão errada sobre minha posição.

Mas você conseguiu fazer um post tão bem explicado e com tanto bom senso que, mesmo quem discorda, defende seu direito de manisfestar-se.

Muito bacana.

Parabens.

beijo

Pati

Thais disse...

Ate que enfim um post coerente sobre esse assunto! Parabens!

Concordo em tudo. Super a favor o direito de amamentar, amamentei como manda o figurino ate quando minha filha quis, mas o radicalismo esta passando dos limites.

Realmente um estabelecimento privado tem o direito de decidir o que rola la dentro.

E sobre facebook, ao se cadastrar vc concorda com os termos de uso. Se nao concorda mais, eh so clicar em cancelar a conta. Pronto.

E na boa, muitas coisas sao naturais, como fazer sexo, xixi, coco e nem por isso o Facebook tem que aceitar fotos. Simples assim.

Unknown disse...

Olha Camila, concordo com você.
Se um monte de mulher com peito de fora fosse de fato fazer diferença na cabeça de gente careta a cássia kiss com os peitos de fora em rede nacional já teria o feito.

Fiquei calada quanto ao mamaço porque acho que as pessoas (e empresas) tem o direito de pensar diferente da gente.

Não é isso que as mães pregam? Liberdade de decidir o que é melhor para o seu filho?
Se eu amamentasse escolheria lugares onde a aceitação fosse boa e o "público" adequado.

É como o beijo homossexual.
Eu entendo, aceito, apoio, agora dizer que todo mundo se sente confortável vendo, são outros 500.

beijos

Renata disse...

Muito bom o teu post e polémico também. Concordo com você sobre a exposição... Porém, quando eu amamentava, não me importava o lugar, escolhia onde era mais confortável para nós,...se tivesse que dar o seio para mamar, eu dava,...tentava ser o mais discreta possível (já usava até roupas apropriadas para isso), em respeito aos meus filhos , a mim e a quem estivesse por perto. Não me sentiria a vontade tirando toda a mama para fora de forma explícita.
Mas isso era comigo e não me importo se outras mães acabam se expondo um pouco mais. Eu aderi ao mamaço virtual e com orgulho! Acho que atitudes como essa só ajudam à causa.
Não tem como aceitar um lugar proibir algo como esse,... entao que proíba entrada de pessoas com bebês de colo e coloque um aviso bem grande na entrada, porque é extremamente constrangedor e de péssimo gosto abordar uma mãe, com um bebê de 2 MESES (sim, dois meses!) e proibí-la de amamentar, ou mandá-la para o "cantinho da enfermaria...". Também achei a comparação com o cigarro bastante forçada,... na verdade nem dá para comparar...
Quanto à livre demanda, isso é uma escolha de cada mãe... e cabe a elas julgar se é bom ou não.
Bem, para mim, a amamentação é algo muito natural e lindo, por isso tenho essa opinião... cada um tem a sua e o legal de tudo isso é dividirmos nossas opiniões. Parabéns!

Thaís disse...

Você é uma das blogueiras mais sensatas que conheço! Concordo em gênero, número e grau com tudo o que disso!

Flavia Bernardo disse...

Nossa!
Desculpe, mas vou discordar. Vc até expos sua opinião de forma clara, mas pecou qdo comparou amamentar em publico com fumar em lugares fechados.
E sabe o que é o pior? Um monte de gente concordando, sendo q muitas ainda estao grávidas, nem vivenciaram a experiência da amamentação ainda e já estão formando suas opiniões a partir de uma opinião isolada.

Ok, ok...vc tem esse seu ponto de vista, mas nesse post sabe a conclusão que ficou? Que amamentar em público é desrespeitoso. Q o grande barato é tampar o peitinho com um paninho. Fotos amamentando? Não obrigada!

Puxa...e sabe qual é minha maior frustração? Não ter fotos do meu filho mamando já maiorzinho. Ele mamou até 1 ano e 3 meses e fiquei muito chateada quando me dei conta que a ultima foto dele sendo amamentado é qdo ele tinha 8 meses!!

Portanto gravidinhas que passem por aqui, se querem um conselho: Amamentem, seja dentro de casa ou na rua (o bebê não consegue distinguir um local do outro) e registrem! Porque é gostoso demais reviver esses momentos através de fotos!

Quanto a livre demanda, apesar de ser a favor, nao comento pq realmente é polêmcio e as opiniões divergem muito. Mas não consegui ficar quietinha qdo vi vc falar com tanta convicção sobre a vergonha de amamentar em publico e ainda comparar isso a fumar e dar apoio a atitudes como o Itau Cultural teve.

Beijcoas.
Flávia

Mirys Segalla disse...

Camila:

Obrigada por mais um post super elucidativo! Como sempre!!!

Eu estava vendo essa overdose de peitos alheios e perguntando: o que está acontecendo? É só mais uma campanha de amamentação?

Bjos e bençãos.
Mirys
www.diariodos3mosqueteiros.blogspot.com

Bianca disse...

Oi Camila!
Olha, eu tb andei pensando sobre esse ato, e concordo com vc na maioria das suas citações, inclusive não entendi que vc comparou o "ato de fumar" ao ato de amamentar, entendi como uma comparação entre "regras" que cada lugar possui,não ??(ou entendi errado? rs!)
Enfim, tb acho que tem que amamentar, é lindo, maravilhoso, livre demanda ou não cada uma sabe o que é melhor para sí e para o bebê, eu não me incomodo em ver uma mulher amamentando, amamentei em público pouquíssimas vezes, tb sempre gostei de ter o meu cantinho, o meu momento com o meu bebê, enfim...
Mas de qualquer forma achei a sua opinião super pertinente. Parabéns!
beijo

Mariana disse...

Só um comentário pra Flávia aí de cima...

Acho que toda mulher tem mesmo o direito de amamentar e tirar fotos se assim o quiser... Mas, colocar em rede nacional? Usar uma foto em que o meu PEITO aparece como forma de protesto? Não, obrigada! Acho que tudo tem limites.

Você não usa guardanapo no colo qdo vai comer? E porque não pode colocar um pano no ombro? Veja bem: não é cobrir a cabeça do bebê. É tampar o seu seio para se preservar.

Eu sempre aprendi que não devo mostrar as partes íntimas. Não uso blusa decotada, não uso mini-saia, minha mãe sempre me ensinou que o corpo é algo íntimo e que os meus seios e a minha genitália devem ser vistos APENAS por mim e por quem eu quiser que veja.

Tá, meu filho tem fome? Se ele tem necessidades, então é melhor que eu frequente um lugar onde ele é bem-vindo e tenha estrutura pra recebê-lo. Se ali não tem fraldário pra ele comer, ali não vou e ponto.
Amamentar no meio da rua? Cadê a higiene? Acho que vai tb analisar um pouco de cada mãe. Eu não como nada no meio da rua, então, não vou desejar o mesmo pro meu filho.

Eu me sinto constrangida de imaginar que vou parar no meio do shopping, sentar em um banco e que podem passar ali homens com mil e um tipo de pensamentos, adolescentes com hormônios a flor da pele e que vão ver 80% do meu seio (pq os outros 20%, o bebê cobre).
Mais uma vez: não, obrigada!
Se um lugar não tem um fraldário, pra mim, fica clara a mensagem de que não é interesse deles receberem pessoas com crianças pequenas. Então, não vou. É direito deles selecionarem quem eles querem que entre. Assim como podem te proibir de entrar em um lugar com regatas ou bermudas.
Assim como tb entramos em diversos lugares onde está escrito: proibida a entrada com alimentos ou bebidas.

É como se todo mundo que estivesse na Abadia de Westminster se achasse no direito de entrar no casamento do príncipe William soh pq o local é público e eles pagam impostos. Ficava claro q a plebe não era bem-vinda ali, assim como inúmeros lugares sem fraldários deixam claro que mães com bebês pequenas não são bem-vindas ali. Todos tem o mesmo direito. O nosso começa onde o do outro termina. Eu não quero estar passeando no shopping e ter q me deparar com peitos alheios, assim como tb não folheio jornal em época de carnaval. Só que o jornal, eu posso escolher se vou abrir ou não. A pessoa com o peito de fora, eu não posso tirar do meu caminho.
Um paninho no ombro faz muito bem à mãe, que preserva o seu corpo, e a quem passa do lado.

Juliana Ramos disse...

Olá!
Belo post!
Concordo em partes...

Não li todos os comentários, mas vc deve estar "apanhando" por comparar amamentação em público com fumar em lugares públicos.

Mamaço virtual: Postei um foto amamentando a Lia (a única que tenho) no grupo das Mamães blogueiras no FB. Não postaria em outro lugar. Nem no meu perfil, nem no blog... Nisso concordo com vc plenamente. Não me achava pudica, mas vendo assim...

Sobre a livre demanda: Concordo, concordo e concordo.
Qdo aprendi a amamentar (não é nada fácil) aprendi que tbém tinha que ter regras para o bem da "nação" (e meu sono). E sabe, dormir a noite inteira tbém é importante para o crescimento do bebê.

A Lia nasceu dormindo a noite INTEIRA. Mamava tão bem durante o dia que não tinha fome para mamar a noite. Sou do tempo da vovózinha que diz que bebê que acorda de noite é fome... (sempre digo isso e já fui apedrejada)

Acho, tbém, que tem gente que gosta de protestos, e se tá afim, OK!!!

Eu confesso que tenho preguiça e se fosse convidada a me retirar de um lugar que eu tivesse amamentando, ou fazendo qq outro tipo de coisa, (com meus filhos ou não) sairia bem brava, mas ficaria na minha. Riscaria do meu roteiro pra sempre e ponto final.

Mas eu gostei do Mamaço!
Admiro quem acredita em algo e vai até o fim, por marketing ou por qq outro motivo.

Bjo

ludemari disse...

conheci teu blog agora e já com um post e uma discussão tão boa assim? :)

Priscila Blazko disse...

Gostei muito do seu post e concordei várias vezes com ele.
Gostaria de ler todos os comentários enormes que fizeram, mas me falta tempo.
Então, apenas a parabenizo pela coragem de colocar seu ponto de vista de maneira tão clara e sincera.
Abraço.

Simone disse...

Eu sou digamos "pudica" como vc, não tenho fotos amamentando, sempre tinha uma fralda pra tampar os seios, e se possivel ia pro lugar apropriado, mas mesmo assim discordo com você. Primeiro pq sou a favor da livre demanda,com minha filha foi assim ate entrar com a alimentação aos 6 meses, pra nós foi otimo, e ela foi amamentada ate 1 ano e 7 meses (inclusive acordando pra mamar ate ser desmamada). Seus argumentos são bons sim (exceto pela comparação com cigarro), mas vamos combinar? No pais da mulher pelada, do carnaval, uma mulher amamentando ser muito, é hipocrisia não é nao?

Thais disse...

Melhor post que li a respeito. Obrigada por postar.

Renata Senlle disse...

Uau! Que tema bom pra discussão!
Eu tb tinha ficado quieta acompanhando o mamaço e sua repercussão.
Tb sou meio pudica e não tenho fotos amamentando a peito aberto. Fico constrangida de amamentar em público, mas se saio e o Bernardo quer mamar, acho um canto, coloco uma fralda e alimento o pequeno sem medo de ser feliz. Ele é a prioridade.
Sou (ou era) adepta da livre demanda, mas por sorte meu bebê é organizado como a mãe e logo com dois meses encontrou sua rotina. Mas isso não acontece com todo mundo, então, acredito que o "protesto" é bastante saudável pra deixar as mães mais à vontade para amamentar e , talvez, as empresas começarem a pensar em espaços de amamentação, como os dos shoppings, que uniriam o útil ao agradável. Eu seria adepta de todos os museus de SP. Seria mais uma forma de (re)inclusão das mães na sociedade além de garantir a privacidade! rsrs
bjks
Rê Senlle
http://umavidamaisordinaria.blogspot.com

Querida Mariana disse...

Concordo com vc em gênero, número e grau! Parabéns!

lolo disse...

Ai, discordo. E olha que eu nem fiz livre demanda, justamente porque minha filha demandava sempre em horários bem definidos. Agora ela só mama de manha e à noite, mas não vejo nada de mais em amamentar em público, tenho vergonha em mostrar os peitos,sou discreta, geralmente vou para um cantinho com uma fraldinha, mas considero que posso amamentar no avião, na praia, no restaurante, etc, em lugares que minha filha quiser mamar. E acho que aceitar que o Itau tem direito de simplesmente proibir a amamentacao é mais ou menos a mesma coisa de aceitar que, por exemplo, lá não tivesse rampas (já que estamos fazendo comparações). Ele pode nao colocar rampas, mas os deficientes, se protestarem, garantirao rampas ali e em outros lugares. Assim como as maes garantiram, com certeza, que poderão voar, ir à praia, ou ir a uma galeria com seus bebes mamadores sem problemas. Gente, é só um peitinho!!

Camila disse...

Divergências à parte, coisa q eu adoro e acho q sempre enriquecem, por favor, não me entendam mal, como mtas fizeram: EU NÃO COMPAREI O ATO DE AMAMENTAR AO ATO DE FUMAR. Estou apenas falando q se o governo resolve criar uma lei proibindo fumar em estabelecimento particulares, o Itaú, como mais um estabelecimento privado, tbem pode sim e tem o direito de permitir ou não o que quer que seja de acontecer em seu espaço, ou no caso, destinar um espaço reservado para a amamentação. A falha foi o cubículo dos bombeiros, mas não vejo nada de errado com os fraldários, por exemplo.
Só queria explicar isso.
Bjos,
Camila
www.mamaaetaocupada.com.br

feliz e muito amadaa disse...

Oi Camila, adorei o post, vc escreve super bem!
Eu tb acho que o banco como uma instituiçao particular dita suas próprias regras, embora eu ache que nao foi péssimo para o marketing do banco.
Sobre alimentar os bebes em público eu nao acho legal, nunca fiz embora tenha amamentado apenas 2 meses, nao acho que as outras pessoas devam presenciar esse momento. Acho que fere a intimidade alheia e olha que nao sou puritana, rsrsrsrs.
Quanto a livre demanda, ninguém me convence que isso é o mais correto, ninguém pode comer 24 horas por dia direto, quase 90% dos bebes que usam a livre demanda fazem o peito como um acessório e nao como forma de "matar" sua fome. MInha filha tem hora pra tudo desde o primeiro mes, até para o banho eu sigo sempre o mesmo ritual e isso me ajuda muito e creio que a ela tb. Acho que um bebe criado com disciplinas cresce mais saudavel.

bjus pra vc e para suas fofurinhas!

Júnia disse...

Oi Camila, eu achava que era uma das poucas mães que considerou um tanto radical este mamaço. Escrevi até um post sobre isto no blog (http://maebarriga.blogspot.com). Basicamente, não é pq. viramos mães que o resto da humanidade tem que se submeter às nossas escolhas, né não? E a amamentação é um momento ÚNICO entre mãe e filho, especial demais para ser feito dessa forma tão banal como vejo por aí. bjo

Gleice disse...

Oi Camila!
Texto muito bom. Concordo com tudo o que foi escrito e assino em baixo.
Eu penso como você, inclusive sobre a questão da livre demanda.

Eu não pratico livre demanda e nem por isso deixei meu bebê chorando de fome, ele nunca passou sede, está dentro do peso e crescimento previstos para a idade dele, e nunca ficou doente.

O fato de não dar o peito para qualquer reclamação do meu bebê me deixou muito mais alerta para observar a vida dele e as coisas que aconteciam (fome? sono? tédio?)

É isso aí.
Bjo.

Unknown disse...

Camila,

eu amamento o Gui em livre demanda por opção, pois essa rotina de 3 em 3 horas não colou com ele.

E durante a noite, ele acordava de 3 em 3 horas para mamar. E a partir do 2º mês, era de hora em hora, pois o nervoso do dente começou nessa época e aí, nem o peito adiantava. Não sou fã de chupeta e preferi não dar. Mas acredite, que ele só voltou a dormir a noite toda quando completou 8 meses e seus primeiros dentes nasceram. Ele sofreu demais.

Então, a nossa LD não atrapalhou em nada. A rotina é muito importante. Mas ele consegue acordar apenas uma vez durante a noite para um mamiquinho básico e depois capota. Se fosse com mamadeira, acho q me daria mais trabalho ter que levantar da cama, ir para a cozinha, preparar tudo... mais fácil por o seio para fora e ele mamar!!

Em relação ao mamaço, eu sou totalmente a favor, eu amamento em locais públicos, mas não deixo os meus seios a mostra. Claro que na hora em que eu os tiro da blusa deve aparecer um pouco antes dele por na boca, mas EU não me sinto incomodada com olhares reprovadores. Mas super entendo as mães que não se sentem a vontade em fazer em locais públicos. Ué, isso é de cada um. Eu te entendo perfeitamente. Tenho várias amigas que se isolam na hora do "mamico" e depois voltam. Mas nós as mães, temos o direito de amamentar os nossos filhos onde quisermos. Não pode ser considerado uma falta de pudor, ou um ato obsceno.

Antigamente as mães ficavam praticamente em casa até os bebês pararem de mamar. Mas hoje, saímos sozinhas, temos mil responsabilidades que não seja apenas com o filho.

Claro que o apoio do itaú foi puro marketing, mas pelo menos serviu para o movimento.

beijos

Mônica disse...

Oi Camila,
Eu fui totalmente a favor do mamaço, acho que a luta pelo direito em amamentar em qualquer lugar e a qualquer hora é muito, muito válida. Isso não significa que todas se sintam a vontade em faze-lo e eu particularmente nunca o fiz. A vergonha que sentia em amamentar na frente de pessoas era só por causa dos peitos ao vento e as pessoas devem respeitar isso. Até procurei e achei uma foto minha amamentando os dois pequenos ao mesmo tempo mas na hora de postar, gelei, não rolou..
Quanto à livre demanda, é complicado. Eu sou contra, mesmo! Mas isso não quer dizer que critique quem a pratica porque entendo que cada mãe faz a melhor escolha para si e para o bebê. Sem criticar ninguém por isso.

Rafael Gazzola disse...

Camila, me desculpe, mas suas comparações são, de fato, extremamente infelizes. Em primeiro lugar, um espaço privado de acesso público NÃO tem absoluta liberdade para determinar o que é aceito ou não ali dentro. Precisa, antes, respeitar os limites da lei e do bom senso. Você acharia legítimo, por exemplo, um estabeleimento de acesso público não aceitar a entrada de um negro, de um idoso ou de uma pessoa com deficiência? A questão do cigarro envolve questões muito mais complexas, como a saúde dos outros frequentadores. A segunda comparação infeliz é a da livre demanda, que não significa mamar o dia inteiro, como sua comparação subentende. Significa dar o peito quando o bebê precisa mamar. Mantendo a argumentação na sua linha de comparação, você não comeria o dia inteiro se tivesse uma horta orgânica em casa, mas comeria quando quisesse ou tivesse necessidade. Livre demanda, no meu entender (ou como o próprio nome diz), é isso!

Keli disse...

Camila, eu simplesmente amei seu post, achei muito delicada a forma como voce colocou sua opinião sem ofender "a classe".

Eu não me pronunciei sobre o Mamaço porque não tenho esse "dom com as palavras" e tenho um medo danado de acabar sendo mal interpretada. Mas, acho que voce falou por tantas.

Muito barulho por algo que já sabemos: amamentar é otimo! Nao preciso ficar mostrando as peitcholas por ai pra provar algo ou defender uma causa já ganha...há tempos.

Quanto a ser puritana, tambem o sou, porque sempre evitei amamentar minha flha em publico, e quando o fiz lancei mão do paninho para cobrir pelo menos o seio. Sim, sou mãe, mas não deixei de ser mulher e de ter vergonha de andar com partes do meu corpo pra fora, mostrando pra todo mundo.

Em shoppings sem areas para amamentar eu entro em lojas de departamento e procuro amamentar no conforto dos provadores com bancos....sempre funcionou, fica a dica.

Amei o post. Parabens!

Keli
http://mimosdavale.blogspot.com

Alexandra disse...

Engraçado as pessoas continuarem criticando a comparação do cigarro, mesmo vc tendo deixado claro no texto qual o nível dela. Esse é o problema dos escritos, a interpretação depende da vontade de quem lê, que geralmente enxerga com mais ênfase somente o que quer.
Mas eu concordo contigo em tudo, acho um incômodo grande ver mulheres expondo seu corpo, simplesmente pelo fato de serem mães e amamentarem. Lógico que é um ato natural e de amor, mas muitas coisas são assim e não são feitas para todos olharem.
As coisas ficaram desproporcionais.

Luíza Diener disse...

Olha, Camila, eu concordo com muito do que você escreveu. Acho que o Itaú Cultural aproveitou isso como mídia espontânea e que a questão não é amamentar ou não. Eles viram nisso uma oportunidade para apoiar (ou melhor, aparecer para) um novo público. Ok.

Teoricamente a internet é um lugar livre onde as pessoas se expressam, razão pela qual fizeram tanto barulho por esta questão.
Você tem todo o direito de pensar diferente e de escrever isso no seu blog.

Mas acho que você foi infeliz na sua comparação. Os Direitos Humanos nos dão o direito de ir e vir. Não aos cachorros, e é por isso que um estabelecimento pode ou não restringir a presença de um animal (até por questões sanitárias, né?).
Mas um estabelecimento, privado ou não, não pode proibir a presença de negros ou homossexuais, por exemplo. Isso daria o maior bafafá.
Um bebê recém nascido tem necessidades imediatas que nem sempre dão pra esperar até que se encontre a chave de uma enfermaria. Você é mãe de 3, e sabe disso, né?

Eu compararia isso a um casal que decide abraçar-se em público. Alguns podem ficar incomodados, mas isso é apenas um ato de carinho que não deveria ofender ninguém.

Aí alguém pode dizer: se for assim, nem saia de casa. Discordo novamente. Eu não vou deixar de fazer minhas coisas só porque alguém pode se incomodar ao me ver amamentar.
Uma coisa é chamar isso de pudor (você chama como quiser, mas pra mim isso é alguma vergonha que vocÊ tem) e preferir fazer isso em particular. Normal.
Mas pra mim, alguém que vê malícia nisso tem problemas sexuais sérios. Sei que não é o seu caso, mas já tem gente comparando amamentar em público à masturbação.
Me poupe, né?

Beijos

Anônimo disse...

Confesso que eu estava bem por fora do "Mamaço", quando vi as fotos no face achei que era apenas um manifesto a favor da amamentação (esses meses com enjôos me afastaram um pouco do mundo virtual e fiquei mais por fora do que habitualmente)

Mas agora, lendo seu post, acho que captei a idéia.

Olha Camila, concordo com tudo o que vc falou. E acho que defender um ponto de vista, quando é o contrário da maioria, é muito difícil! Mas nem por isso devemos deixar de expressar o que pensamos, até porque o blog é nosso, a vida é nossa e cada um tem o direito de se manisfetar como quiser e dizer o que pensa.

Não acho que seu post tenha ofendido ngm, nenhuma mãe. Muito pelo contrário, mostrou um outro lado da maternidade que muitas mães têm: querer privacidade, como vc falou, no momento de amamentar. Não ficar exibindo fotos de partos e peitos, enfim, cada um é um e como falei no post anterior, todo mundo merece respeito.

Bons argumentos!
Gostei do seu ponto de vista ;)
Beijos
Ju

Aretusa disse...

Pra mim o que fica de lição nisso tudo é que as pessoas querem mais aparecer do quê se comprometer com uma causa. Se amamentar em público é importante, eu acho ainda mais importante esclarecer para as futuras mães que AMAMENTAR é importante, que DOAR leite materno é importante e que RESPEITAR as mães que não conseguiram amamentar também é importante.
O mamaço chegou pra mim nesse sentido, mas observando agora tudo que aconteceu, sei que tem muito mais pessoas querendo aparecer do que apoiar ou criticar com consitência!
Bem, é isso!
Bjks.

Naiara Krauspenhar disse...

Cheguei tarde mas cheguei... rs
Eu também sou das timidas, que tem vergonha de amamentar em publico.
Sou bem púdica nesse ponto. Sempre carregava uma fraldinha própria pra isso e cobria tudo para que nada ficasse a mostra... rs

Mesmo assim quis participar, porque não se trata de mim, e sim de todas as mulheres que amamentam.
E uma campanha pró-amamentação é sempre muito, muito válida.

BJoooooooo

Unknown disse...

Olá mamãe! Lindo blog! Vale muito à pena dizermos nossa opinião sobre assuntos polêmicos. Debater é sempre positivo.
Não esqueça de nos visitar também. O Carinho a Cada Passo já está no ar e lançou a sua primeira promoção. E olha só que presente ótimo para o seu bebê: um kit de sapatinhos da Pimpolho especial para bebês de até 3 anos. Saiba mais: http://carinhoacadapasso.com.br/index.php/posts/p/um_presente_para_o_seu_bebe

Calu disse...

Querida,
Demorei mas voltei....
Vamos lá:
Concordo com tudo que você escreveu. E achei seu texto extremamente bem escrito e ponderado.
Concordo inclusive com a importância da amamentação e do mamaço em si.
Também acho que foi uma excelente estratégia do Itau a maneira como conseguiram reverter o ocorrido. Uma lição que a Folha de SP deveria aprender....

Achei engraçado que nesse dia o blogger teve uma falha técnica e muitos posts sumiram. O nosso post desse dia era sobre sling e sumiu também. Mas no FB e até aqui nos comentários vi pessoas bolando uma teoria da conspiração de que o Google tinha apagado por causa do tema, como uma forma de boicote ou sensura.
Na verdade foi uma grande coincidência muitos blogs falarem desse tema naquele dia.
Mas é engraçado como as pessoas tem uma coisa de perseguição, né?
Ah, e o post voltou no dia seguinte, só perdemos os comentários....

E sobre a LD: Eu tive gêmeos e amamentei exclusivamente no peito até 1 ano. Segui horários a risca (caso contrário eu enlouqueceria, e viraria um Drive Throu de leite)
E posso afirmar: foi fantástico. Rotina é fundamental para os bebês, e estabelecendo uma rotina eu pude ter vida própria, dormir um pouco durante o dia e assim organizar minha vida e manter a amamentação por tanto tempo.

Só posso dizer:
clap clap clap

PS: Eu entendi sua analogia com a lei do cigarro, não foi uma comparação de amamentar com fumar.
Estou acostumada com esse tipo de mal entendido e confusão nos meus posts....
Naõ se preocupe, está claro.

Beijos e parabéns.

Calu

http://blog.mulheremae.com.br

Anônimo disse...

Sobre a livre demanda, a questão é que a amamentação tem dupla finalidade, por assim dizer: a principal é alimentar o bebezinho, mas também o reflexo de sugar o acalma e acolhe... amamentei livre demanda e olhando agora em retrocesso, vejo que virei chupeta a certa àltura... rsrsr... o consenso da livre demanda talvez esteja em perceber quando seu filho está com fome mesmo, e quando quer se acalmar pelo reflexo de sugar... livre demanda, mas com bom senso e observação... aaaaaafff, como agente tem que pensar pra tentar fazer o certo, né, Camila? um grande abraço da leitora aqui. ps, Camila, seus filhinhos usaram chupeta, as pacifiers? do you like them?

Andrea disse...

Camila, discordo de você, infelizmente amamentei apenas por 6 meses, sendo 3 para cada filha e nunca tive nenhum pudor em amamentá-las em público. E sim, já precisei parar as compras no mercado e achar um banco por ali mesmo pra amamentar, e fazia isso numa boa. Minha segunda filha berrava enlouquecidamente quando tinha fome, e não dava sinais disso, começava do nada. Para mim amamentar é algo tão natural que sinceramente não consigo entender como as pessoas podem se sentir incomodadas com uma mãe amamentando um bebê. Confesso que fiquei até chocada de saber dessas proibições e de tantas pessoas que se incomodam com isso. Quanto a livre demanda não estudei a fundo e não posso afirmar o que é melhor ou pior, posso relatar minha experiência, amamentei em livre demanda, tanto LM quanto LA, e minhas filhas naturalmente foram criando hábitos mais regulares de se alimentar, eu acredito que elas se sentem seguras por sentir um desconforto (fome) e serem saciadas e quanto mais seguro um bebê se sente mais tranquilo ele ficará. Hoje minha bebê tem uma rotina de comer de 3 em 3 horas durante o dia e faz a última refeição às 23hs e depois só às 9 hs da manhã, ela está com 8 meses agora.

beijoca

Line =) disse...

Oi, Camila! Acabei de conhecer seu blog e já li milhares de posts, estou AMANDO, me identifiquei mt com seu jeito de pensar e criar seus filhos! E olha, tudo que eu posso dizer é que concordo com tudinho o que vc escreveu, sem tirar nem pôr. Quando começou toda essa onda pelo direito de amamentar em público, etc, etc, a primeira coisa que eu pensei foi "pra quê tudo isso?". E posso falar isso pq estou grávida e acho super importante amamentar, mas acho que o nosso direito termina onde começa o do próximo. Enfim, não vou me alongar, queria apenas te parabenizar pela coragem de defender um ponto de vista sabidamente polêmico. Parabéns!!!

 
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