quarta-feira, 28 de abril de 2010

Nostalgia de Mãe III


Ok, atendendo a pedidos, vou contar dos meus pós-partos, assunto que já me deixa inteira arrepiada de lembrar, ai...

Três filhos, duas cesáreas e dois pós-partos, belo currículo de mãe, não acham? Vou contar tudinho!

A minha primeira cesárea, quando a Manu nasceu, aconteceu exatamente no dia em que completei 40 semanas, como eu não entrei em trabalho de parto, não tive contração ou dilatação, o meu médico optou pela cesárea, não quis esperar. E, depois de conversar com muitas mães e grávidas, entendi que isso não passa de uma abordagem da medicina obstetrícia, cada médico segue uma linha, considerando os riscos da espera pelo parto normal para a mãe e o bebê.

Eu tinha pânico só de pensar em um parto normal e também não gostava de considerar uma cesárea, mas as coisas que deveriam acontecer, não aconteceram, por isso me internei na data combinada e o meu médico realizou a cesárea. Tudo rápido, tranqüilo, meu maridinho ao meu lado acompanhando tudo e a minha filha veio ao mundo sem me mostrar o que é dor de parto. Até hoje não sei o que é isso, o que considero um presente. Soube de uma amiga da minha mãe que falou que parto humanizado pra ela é com bastante anestesia, rápido e indolor. Também faço parte dessa turma.

Passada a emoção do nascimento da minha primeira filha, de pegá-la no colo pela primeira vez, de ver a sua carinha, a família ali do outro lado da janelinha (capítulo à parte, difííííícil de escrever, de explicar o que é isso que a gente sente quando se torna mãe!).

Chego no quarto da maternidade, doida para tomar um banho, colocar um dos pijaminhas do meu enxoval (mãe também precisa de enxovalzinho, viu?!), mas nada disso, a recomendação médica era de quase 24 horas deitada, em dieta líquida e com uma sonda fofa, o que não passava de uma precaução por conta da cirurgia e da anestesia. E eu lá com aquela camisolinha medonha do hospital.... ela não era só horrorosa, ela também tinha uma abertura nas costas, sabe o tipo? Que facilitava a hora em que o médico e das enfermeiras viessem me examinar. E tinha que facilitar mesmo, porque toda hora vinha alguém me virar do avesso, parte chata, bem chata...

Então, só me restava ver a minha barriga nova, eu passava a mão e me achava magrinha, barriga lisinha, quase pronta para brincar na praia de biquíni com a minha filhinha. Ai, que engano, ai, que decepção! Engordei 20 kg durante a minha primeira gravidez e logo após o nascimento da Manu, havia perdido apensa 6 kg, como assim??? Assim. Simplesmente. O biquíni veio uns 6 meses depois, com ajuda de ginástica e amamentação.

Bom, eu não pretendo ficar aqui contando das manobras que o nosso corpo faz para retomar o que era no período “não-grávido” (quem não conhece ainda, deixo descobrir essas “maravilhas” por conta própria no momento certo) e as que precisa fazer para receber o bebezinho, amamentá-lo e tudo o mais. São coisas muito pessoais, percebidas de maneiras absolutamente únicas e que exigem muita adaptação da mãe e do bebê. Passado esse período, eu curti muito amamentar, tinha leite de sobra e só parei, porque a Manu não quis mais. Daí, eu tirava o leite na bombinha e dava na mamadeira, até a hora em que ele acabou mesmo e passamos a consumir NAN desenfreadamente.

E, no dia seguinte ao parto, uma enfermeira fofa como a sonda, veio me trazer café da manhã às 5 e meia da manhã, porque eu precisava comer antes de levantar para tomar banho. Ótimo, o banho de esponjinha tinha acabado, mas precisava ser tão cedo? E a comida tão ruim? E o banho tão rápido que nem pude lavar o cabelo? “É para evitar a tontura, você passou por uma cirurgia e ficou muito tempo deitada”, dizia a fofinha que veio me “visitar” e cuidar de mim de madrugada...

Uns minutinhos depois da fofinha ir embora, eu de pé, ainda meio curvada (os pontos dooooooem e dá medo de esticar a coluna e estourar tudo), mas já no meu estado elétrico normal, fui tomar outro banho. Maridinho na porta do banheiro (eu assumo: tive medo da tal da tontura), tomei quase que um banho de princesa. Com direito a lavar, secar o cabelo e até passar uns creminhos. Sim, e tomei bronca da queridinha, quando ela veio me “visitar” novamente, mas eu estava feliz da vida e nem liguei.

Apesar dos incômodos e de todas as adaptações, o meu estado era de alegria total. De roupãozinho e protetor para aqueles sutiãs belíssimos de amamentação, curti muito a minha filha, na maternidade e em casa. Todo mundo me dizia que eu deveria aproveitar os momentos em que ela dormia, para descansar também. Mas não dava! Era muita “eletricidade”! Eu ficava exausta amamentando à noite, ficava olhando o relógio do quarto da Manu durante as mamadas e rezava para a hora passar rápido, porque bebezinhos recém-nascidos mamam na velocidade de uma tartaruga, quase meia hora de cada lado, só depois que eles pegam o jeito e aceleram o ritmo.

Esse post acabou ficando enorme, eu sinto que não contei nada e ainda falta um pós-parto... Cenas para um próximo capítulo, combinado? Este vai ser um pouco mais “assustador”, não é promessa, é verdade. Mas eu conto!

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1 comentários:

Doma! Lingerie disse...

Oi Camila,
A minha cesária foi bem tranquila, não tive dor nenhuma e minha recuperação também foi boa. Eu também fiquei totalmente sem conseguir dormir, principalmente na maternidade, mas depois foi melhorando (acho que o sono foi aumentando) e conseguia dormir entre as mamadas da noite.
Mas o melhor é que essa fase passou bem rápido!
Um beijo

 
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