quinta-feira, 15 de abril de 2010
Mais uma dos gêmeos....
Essa semana considero ter vivido a minha primeira experiência emocional como mãe de gêmeos.
Pedro ficou doente, uma febrinha, talvez por causa dos dentes, mas acabou ficando em casa sozinho, só levei a Manu e o Joaquim na escola, depois voltei para mimar e ficar com o meu "doentinho". Ficamos na minha cama, dei lanchinho (até chocolate!), assistimos desenho juntos, pra mim estava uma delícia, mas, um tempo depois e ele começou a ficar inquieto. Jogava tudo o que via, coisa que não faz geralmente, começou a andar pela casa meio bravo e procurando os irmãos. Foi várias vezes até o berço do Joaquim e chamava "Quiquim, Quiquim", até que uma hora desistiu e passou o resto da tarde quietinho, caidinho e triste.
No fim da tarde, quando a irmã e o irmão voltaram da escola, foi a maior alegria, parecia aqueles encontros de irmãos separados por anos, sabe?
No dia seguinte, o Pedro ainda estava com febre e teve que ficar em casa de novo e sozinho, porque a Manu e o Joaquim estavam ótimos e iriam para a escola. Eu já estava me antecipando da tristeza dele, morrendo de pena e tal, mas fazer o que?
Três horas da tarde, recebo uma ligação da professora: "O Joaquim está com febre, 37,8." Eu estava na rua, praticamente na esquina e cheguei em dois minutos para buscá-lo. Encontrei o meu filho com uma cara séria meio triste, com a chupeta na boca, quieto, não deu nenhum sorriso, tudo muito diferente do que lhe é comum. Coração na mão novamente, volto para casa. Bom, daí, tudo mudou. Quando entrou e viu o Pedro, foi uma festa com direito a abraços, sorrisos e pulinhos. Em questão de minutos, estava bem fresquinho, nem sinal mais da febre.
Malandragem? Para um adolescente, eu até poderia dizer que sim, mas vi de perto a intensidade que existe na relação entre irmãos gêmeos, uma ligação tão forte e profunda que não conseguimos medir, avaliar ou até discutir, só posso constatar e tentar ajudá-los. Acho lindo o companheirismo e a proteção que um exerce sobre o outro, o carinho demonstrado diaria e mutuamente, mas às vezes me preocupa. Que escolhas eles farão na vida para que possam manter esse vínculo? Será que vão conseguir? Que vão sofrer diante de situaçãoes em que tenham que ser separados?
É claro que sim, mas ninguém quer ver um filho sofrendo de saudades ou por sentir a falta do irmão, por caminhar meio torto na ausência dele...
Eles estão aqui brincando ao meu lado, felizes, bonzinhos e vou sentindo um nó na minha garganta, meus olhos começam a encher de lágrimas, dedos trêmulos no computador... Não é fácil, a gente sabe que não, mas não pode nem imaginar as situações em que a vida nos coloca, muito menos para os nossos filhos. E a gente não quer que elas sejam ruins, pra mim, tudo bem, mas pra eles, NUNCA! Bom se fosse possível...
O que estiver ao meu alcance, eu vou fazer, esse é mais um compromisso que faço com vocês, Joaquim e Pedro. Amo vocês com todo o meu coração!
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3 comentários:
Ai ca! que lindos! mas ja ouvi varias historias de gemeos. a amiga da minha mae, que tem irma gemea, qdo engravidou. a irma dela tbm sentia os enjoos...
e uma menina na australia q nao queria voltar pro BR, o irmao gemeo largou tudo soh pra ficar com ela.... realmente eh forte ne? nao tem o q vc preocupar nao... no final, eles saberao de suas escolhas!
LINDISSIMO post!
beijos
Mi
Camila
Que história mais gostosa de ler! Irmãos gêmeos devem ter uma ligação emocional maior, sim...eu acho!!! E você, continua fazendo o papel MARAVILHOSO de mãe!!! Continuo adorando lerseu blog.....
Beijo grande!
Tia Lisa (a nº 1, pois a nº 2 é sua irmãzinha)
Ca,
que lindo.. .fiquei muito emocionada com esse post...
beijão, Jo (Joana Singer)
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